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terceira idade e turismo em joão pessoa - Profª Carla Mary S. Oliveira

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Terceira Idade e Turismo <strong>em</strong> João Pessoa: um estudo de caso sobre a atuação do SESC 29seja onde moram. Sent<strong>em</strong> necess<strong>idade</strong> urgente de se desfazert<strong>em</strong>porariamente do fardo das condições normais de trabalho, de moradia,de lazer, a fim de estar <strong>em</strong> condições de retomá-lo quando regress<strong>em</strong>.”(Krippendorf, 1989, p. 17)A fim de compensar essas relações cotidianas, o ser humano passa a buscar nas viagensuma suposta felic<strong>idade</strong> que venha a colocar <strong>em</strong> “equilíbrio” o seu estado de espírito, destaforma, a viag<strong>em</strong> passa a ser motivada muito mais pelo desejo de deixar algo do que ir buscaralgo. O fato da evasão à vida cotidiana passa a des<strong>em</strong>penhar um papel muito mais importantedo que o interesse de conhecer e vivenciar as regiões visitadas.A nossa sociedade propôs o que Krippendorf chama de ciclo de reconstituição do serhumano, <strong>em</strong> que se viaja para recompor as energias esgotadas pelo estresse cotidiano,enfatizando-se que esse estresse não resulta apenas de uma situação que se tornouincontrolável <strong>em</strong> razão da sobrecarga diária, ele pode muito b<strong>em</strong> estar associado ao tédioprovocado pela deficiência nas relações humanas.COTIDIANO VIAGEM REGRESSOESTRESSADO“ESPAÇOSTERAPÊUTICOS”REVIGORADONeste contexto, o <strong>turismo</strong> passa a se ass<strong>em</strong>elhar cada vez mais a uma fuga face asreal<strong>idade</strong>s cotidianas <strong>em</strong> direção a um reino imaginário da liberdade. Porém, a viag<strong>em</strong> nãodeve ser utilizada como uma fuga de um cotidiano desgastante, o interessante é que o dia-adiadas <strong>pessoa</strong>s esteja <strong>em</strong> harmonia para que o <strong>turismo</strong> não se caracterize como uma evasão esim como a soma de experiências boas à um cotidiano agradável.“Se ele está feliz e satisfeito no cotidiano, se seu trabalho e sua vida lhesproporcionam liberdade e possibil<strong>idade</strong>s para o desabrochar <strong>pessoa</strong>l, se eleconsegue evitar o estresse permanente ou o isolamento e compartilhar deuma vida estimulante com outras <strong>pessoa</strong>s, se, enfim, ele se sente b<strong>em</strong> <strong>em</strong>sua própria casa, o ser humano não t<strong>em</strong> necess<strong>idade</strong> de recorrer à viag<strong>em</strong> eàs férias para fugir e compensar.” (Krippendorf, 1989, p. 120)Para ele a viag<strong>em</strong> irá se caracterizar como um verdadeiro enriquecimento, tendo <strong>em</strong>vista que o seu cotidiano não é frustrante n<strong>em</strong> vazio, enfatizando-se que, aquele que não pode

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