|12| {MUNDO}SÃO PAULO, QUINTA-FEIRA, 7 DE MARÇO DE 2013www.readmetro.comImagens11 E 2 . CARLOS GARCIA RAWLINS/REUTERS 3 . JORGE DANLOPEZ/REUTERS 4 . JAIME SALDARRIAGA/REUTERS5 . VASILY FEDOSENKO/REUTERSMultidão seguecortejo de ChávezVenezuela. No dia após a morte do presidente, Caracas fica dividida em duas: metadeestá de luto, e metade, observando. Dilma viaja hoje ao país para acompanhar funeral32451Saudação heroica. Seguidorescomparam Chávez a BolívarCorreligionários levavam pinturas do líder históricovenezuelano ao cortejo. Muitos querem que Chávezseja enterrado ao lado de Bolívar, no Panteão.2Choro generalizado. Chavistasrezam pelo presidenteEmpunhando fotos de um saudável Hugo Chávez, eleitoresdesejaram que ele voltasse à vida.3Cortejo para Caracas. Multidãopresta homenagemMetade da população venezuelana seguiu o caixão paradar o último adeus a Chávez. Enterro será na sexta.4Caricaturas nas ruas. Artistaspintam muros da cidadeAs já frequentes caricaturas de Chávez devem se multiplicarnos próximos dias.5Luto estrangeiro. Flores sãolevadas às embaixadasNa Bielorrúsia, presidente também foi exaltado.Chavistas cercam caminhão que leva o corpo de Hugo Chávez | JORGE DAN LOPEZ/REUTERSUma maré vermelha acompanhouo cortejo fúnebre deHugo Chávez, fechando asruas de Caracas, na Venezuela.As homenagens começaramàs 8h, com 21 salvas detiros de canhão. Até sexta--feira, quando o presidenteserá enterrado, um tiro vaiecoar a cada hora no país.A multidão seguia o caixãode Chávez com lágrimas nosolhos. A outra metade da população,a que estava em desacordocom as políticas domandatário, decidiu se calar efechar as portas das empresas.“O que ocorre a seguir estámuito claramente estabelecido”,disse o ministro de RelaçõesInternacionais, ElíasJaua, ainda na noite de terça--feira. Ele se referia aos próximospassos na política venezuelana:o poder seguecom o vice, Nicolás Maduro,que deve convocar eleiçõesem 30 dias, com ele própriosaindo como favorito.Pesquisas mostram queMaduro sairia vencedor emuma disputa com principalnome da oposição, HenriqueCapriles. E a maioriados analistas acredita quea comoção pela morte deChávez deve impulsionar acandidatura de Maduro.O problema do herdeirochavista será se manterno topo. “A médio e longoO epicentro da dor bolivarianafoi no hospital militaronde Chávez passou suas últimashoras. “Ele se foi fisicamente,mas deixou umasemente que nós, os jovens,devemos colher. Não vamosabandonar a luta revolucionária”,disse uma mulher.Alguns correligionáriospediam o sepultamento deChávez no Panteão Nacional,onde está o corpo de SimónBolívar. O problema é que, segundoa Constituição, os restosmortais de uma personalidadesó podem ser levadosprazo, o chavismo é insustentável”,diz David Smilde,especialista do Wola (WashingtonOffice para AméricaLatina). “Continuaráexistindo, mas como é hojeo peronismo ou o sandinismo”,compara.para lá após 25 anos da datade sua morte. O presidentedeve ser enterrado em Barinas,sua província natal.LutoDiversos países decretaramluto pela morte de Chávez, entreeles, o Brasil. A presidenteDilma Rousseff viaja hojea Caracas, para acompanharo funeral. Lá, ela vai se unir aoutros líderes latino-americanose ao ex-presidente Lula.Os EUA também devem enviaruma delegação à cerimônia.METRO INTERNACIONAL‘Mito se mantém, masmodelo é insustentável’Maduro (à dir.): tentativa de perpetuar o chavismo | CARLOS GARCIA RAWLINS/REUTERSA figura de Chávez, porsua vez, será para sempreexaltada,. “O mito se mantém,mas a Venezuela teráproblemas muito sérios.”CAROLINA VICENTINMETRO SÃO PAULODepoimentoMeu dia como presidenteUm homem de quasedois metros de altura tiraum pedaço de queijoda geladeira e coloca naboca. Ele é como o provadorpessoal de um imperadore repete o movimentocom toda a mesado café da manhã. O alimentoé para o presidenteHugo Chávez, que estáno interior da Venezuelapara a transmissão doprograma “Alô Sr. Presidenten º 171”. É 9 de novembrode 2003.A 300 quilômetros deCaracas, em uma fazenda,Chávez é maquiado eeu pude ver como o presidentevenezuelano tinhao tratamento de uma estrelade rock.Após a transmissão,Chávez e seus delegadoscomeçaram a visitar a fazenda.Para mim, foi aúnica oportunidade de falarcom ele. Entre empurrõese cotoveladas, meaproximei: “Senhor presidente,sou um jornalistamexicano!” Chávez se virou,me deu a mão e disse:“Espere um minuto!Vou cumprimentar meuamigo mexicano.”“O que você está fazendoaqui, tão longe do México?”Eu respondi quevim para dizer “olá” e perguntarse ele poderia daruma mensagem ao México.Nossa conversa durouenquanto nós andamosao longo de um corredore foi encerrada com outroaperto de mão. “Saudaçõesao povo mexicano.Viva a América Latina!”Nessa viagem à Venezuela,eu aprendi que umgrande segmento da populaçãoidolatrava Chávez.Mas eu também vique outro segmento, omais rico, estava em desacordocom suas políticas.Venezuela foi e aindaé um país dividido.ALFREDOGONZÁLEZEditor-chefe,<strong>Metro</strong> México
SÃO PAULO, QUINTA-FEIRA, 7 DE MARÇO DE 2013www.readmetro.com {MUNDO} |13|◊◊‘Dever patriótico’. Sarkozyconsidera voltar à políticaBebê de Kate.É uma meninaO arcebispo ora na Basílica de São Pedro | MASTRANGELO REINO/FRAME/FOLHAPRESSQuase um ano depois deser derrotado pelo atualpresidente francês, NicolasSarkozy admitiu que podevoltar à vida política.Em um artigo que serápublicado hoje na revista“Valeurs Actuelles”, o ex--mandatário diz consideraressa possibilidade, não porquequer, mas por “dever”patriótico. “Haverá um momentoem que a questãonão será mais: ‘Você quer?’,mas ‘Você tem escolha?’”,escreveu.O atual presidente, FrançoisHollande, amarga baixapopularidade, e o partidode Sarkozy ainda patinapara formar uma liderança.METROO ex-presidente, em um jogo, nomês passado | GONZALO FUENTES/REUTERSA duquesa de Cambridge,Kate Middleton, deixou escaparque espera uma menina.Segundo a imprensa britânica,a princesa recebeuum presente de uma mulhere, ao agradecer, disse:“obrigada, vou levar paraminha filha”, sem completara frase. O bebê deve nascerem julho. METROEspecialistaaposta emdom OdiloVaticano. Andreas Englisch, famosocorrespondente alemão, diz que o cardealbrasileiro está entre os três favoritos paraassumir o papado. Em entrevista ao <strong>Metro</strong>,ele falou sobre a sucessão na Igreja. Ontem,religiosos foram proibidos de falar com aimprensa. Ainda não há data para o conclaveMuitos analistas apontamo brasileiro dom OdiloScherer como um fortepapável. O senhor acreditaque ele tem boas chances?Sim, eu tenho certeza. O Brasilé o maior país católico domundo e tem o maior problema.A Igreja Católica brasileiraperdeu 30 milhões defiéis em 30 anos, e isso precisaser interrompido. Estoucerto de que os cardeais alemãesvão votar nele.Há também apostas emuma retomada do controleda Igreja pela Itália. O senhortem algum palpite?Os cardeais italianos vão fazerde tudo para voltar aotrono papal. O cardeal AngeloScola, arcebispo de Milão,tem excelentes chancesde sucesso, mas ele precisavencer o resto do mundo. Euacho que a decisão vai ficarentre Scola, Scherer e (o austríacoChristoph) Schönborn.Andreas com Bento 16, o homemque não queria ser papa | DIVULGAÇÃONo livro “O Homem quenão queria ser papa”, o senhormenciona que os religiososlatino-americanossão conservadores. Diantedisso, o que esperar de umeventual papa daqui?Creio que ele continuará aglobalizar a Igreja. Mais de550 milhões de católicos vivemno continente americano.Um papa da AméricaLatina vai mudar o mundo.O senhor acompanhou deperto a trajetória de Bento16. No que ele acertou?Ele fez um excelente trabalhona questão dos abusossexuais. É muito triste, porqueBento 16 teve que resolverum problema que tentouevitar o tempo todo. Ele pediua João Paulo 2º para sersevero com os abusadores,mas isso não aconteceu.O VatiLeaks acelerou arenúncia?Sim, mas porque ninguém odefendeu. Nos últimos anos,o Vaticano apoiou João Paulo2º, mas deixou Bento 16 sozinhoquando ele realmenteprecisava de ajuda.CAROLINAVICENTINMETRO SÃO PAULO
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