PhocidaeHydrurga leptonyx (DD) Foca-leopar<strong>do</strong>Lobo<strong>do</strong>n carcinophagus (DD) Foca-caranguejeiraMirounga leonina (DD) Elefante-marinho-<strong>do</strong>-sul2.3 Sirênios (2 espécies)Trichechus inunguis (VU) Peixe-boi da AmazôniaTrichechus manatus (CR) Peixe-boi marinho2.4 Mustelí<strong>de</strong>os (2 espécies)Lontra longicaudis (DD) Lontra, lontrinhaPteronura brasiliensis (EN) Ariranha, onça d'água3 Relação das Espécies sob maior Pressão AntrópicaNesta seção foram apenas incluídas as espécies sob evi<strong>de</strong>nte pressão antrópica; outras espécies,<strong>de</strong>ntre elas Orcinus orca, Pseu<strong>do</strong>rca crassi<strong>de</strong>ns, Stenella frontalis, Steno bredanensis eArctocephalus australis, provavelmente também sofrem pressões em águas sob jurisdiçãobrasileira, em menor ou maior grau, mas os da<strong>do</strong>s disponíveis não permitem avaliá-las comsegurança.3.1 Cetáceos3.1.1 Megaptera novaeangliae (Jubarte)Status e distribuiçãoClassificação IUCN: VU (2000)CITES: Apêndice IClassificação PA II: VUConsta da Lista Oficial da fauna <strong>Brasil</strong>eira Ameaçada <strong>de</strong> Extinção.No Hemisfério Sul, existem possivelmente cerca <strong>de</strong> 12.000 indivíduos, dividi<strong>do</strong>s em setepopulações (KLINOWSKA, 1991). No Atlântico Sul Oci<strong>de</strong>ntal, a principal área <strong>de</strong> reproduçãoconhecida é o banco <strong>do</strong>s Abrolhos, no sul da Bahia. Estimativa populacional baseada em mo<strong>de</strong>lo<strong>de</strong> marcação e recaptura <strong>de</strong> indivíduos foto-i<strong>de</strong>ntifica<strong>do</strong>s resultou em um número aproxima<strong>do</strong> <strong>de</strong>1.634 (90% CI 1.379 – 1.887) baleias utilizan<strong>do</strong> o banco <strong>de</strong> Abrolhos para reprodução (KINAS;BETHLEM, 1998). Ocorrem registros ao longo <strong>de</strong> toda a costa brasileira, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong>Sul até Fernan<strong>do</strong> <strong>de</strong> Noronha (PINEDO; ROSAS; MARMONTEL, 1992; LODI, 1994).Des<strong>de</strong> 1989 vêm sen<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> foto-i<strong>de</strong>ntificação da espécie, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong>cataloga<strong>do</strong>s, até 1999, 801 indivíduos (FREITAS et al., 2001). Comparações entre o DNAmitocondrial da população <strong>de</strong> Abrolhos e <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> alimentação na Antártica sugerem uma12
ligação entre as populações das duas áreas, apesar da ausência <strong>de</strong> pareamento nas comparações<strong>de</strong> foto-i<strong>de</strong>ntificação (ENGEl et al. 1999; MUÑOZ, com. pess.). A correspon<strong>de</strong>nte área <strong>de</strong>alimentação na região Antártica permanece <strong>de</strong>sconhecida até o momento. Análises <strong>do</strong> DNAmitocondrial <strong>de</strong> amostras coletadas em Abrolhos nos anos <strong>de</strong> 1997 e 1998, <strong>de</strong>monstraram apre<strong>do</strong>minância <strong>de</strong> machos nessa população similar à <strong>de</strong>scrita para outras áreas <strong>de</strong> reprodução daespécie (ENGEL et al. 1999).Na região <strong>do</strong>s Abrolhos, grupos conten<strong>do</strong> filhotes são mais freqüentes em águas mais rasas numraio <strong>de</strong> quatro milhas náuticas ao re<strong>do</strong>r <strong>do</strong> arquipélago, enquanto as <strong>de</strong>mais classes etárias nãoevi<strong>de</strong>nciam preferência <strong>de</strong> uso da área (MARTINS et al., 2000).AmeaçasA ativida<strong>de</strong> turística constitui possível ameaça à reprodução da espécie na região. A análise <strong>do</strong>sda<strong>do</strong>s <strong>do</strong> turismo no Parque Nacional Marinho <strong>do</strong>s Abrolhos, entretanto, tem <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong>ligeira queda e tendência à estabilização no total anual <strong>de</strong> visitantes (FREITAS; ENGEL;MORETE, 2000). O tráfego <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s navios na região <strong>do</strong>s Abrolhos e o crescimento nonúmero <strong>de</strong> lanchas rápidas no turismo <strong>de</strong> Abrolhos provocam aumento no risco <strong>de</strong> colisões comos animais.Ocorre interação com a pesca, resultan<strong>do</strong> em morte <strong>de</strong> baleotes pelo emalhamento em re<strong>de</strong>s(PIZZORNO et al., 1998). Indivíduos adultos mortos têm si<strong>do</strong> encontra<strong>do</strong>s sem que as causaspossam ser <strong>de</strong>terminadas.As ativida<strong>de</strong>s petrolíferas na região <strong>do</strong> banco <strong>do</strong>s Abrolhos (BA) e adjacências, e na bacia <strong>de</strong>Campos (RJ), são causa <strong>de</strong> preocupação quanto a futuros impactos sobre as baleias jubartes.3.1.2 Eubalaena australisClassificação IUCN: LR (cd) (2000)CITES: Apêndice IClassificação PA II: VUConsta da Lista Oficial <strong>de</strong> Espécies da Fauna <strong>Brasil</strong>eira Ameaçada <strong>de</strong> Extinção.A baleia-franca-<strong>do</strong>-sul ocorre no Hemisfério Sul, sen<strong>do</strong> conhecidas sete áreas <strong>de</strong> concentraçãopara reprodução da espécie, incluin<strong>do</strong> o litoral <strong>do</strong> sul <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> (CÂMARA; PALAZZOJUNIOR, 1984). Historicamente, a espécie se distribuiu na costa brasileira <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a divisa com oUruguai, ao sul, até a baía <strong>de</strong> To<strong>do</strong>s os Santos, Bahia, ao norte. Entretanto, a espécie foidizimada por pressão contínua <strong>de</strong> caça indiscriminada no Atlântico Sul, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as "armações" <strong>de</strong>caça <strong>do</strong> <strong>Brasil</strong> Colônia à matança ilegal nas décadas <strong>de</strong> 60-70, no litoral <strong>de</strong> Santa Catarina, e emáreas oceânicas por frotas da extinta União Soviética (PALAZZO JUNIOR; <strong>CAR</strong>TER, 1983;IUCN, 1994; TORMOSOV et al., 1998).Atualmente, no <strong>Brasil</strong>, a principal área <strong>de</strong> concentração para reprodução compreen<strong>de</strong> a costa <strong>do</strong>Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, Paraná e, principalmente, Santa Catarina. Existem também registros para aregião Su<strong>de</strong>ste (SANTOS et al., 2001) e Bahia (banco <strong>do</strong>s Abrolhos), sempre nos meses <strong>de</strong>inverno e primavera (LODI; SICILIANO; BELLINI, 1996; ENGEL et al., 1997). Estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong>foto-i<strong>de</strong>ntificação realiza<strong>do</strong>s nas décadas <strong>de</strong> 80 e 90 confirmam o <strong>de</strong>slocamento <strong>de</strong> indivíduos daespécie entre áreas distintas <strong>de</strong> concentração, indican<strong>do</strong> uma inter-relação das populações <strong>do</strong>Atlântico Sul (BEST et al., 1993). Não há informações concretas sobre as áreas <strong>de</strong> alimentação13
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