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Gabarito da P2 - Plato

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FE<strong>P2</strong>195-Física para a Engenharia I - 2 a Prova - <strong>Gabarito</strong> - 13/05/2010Dados: Considere g = 10m/s 2 .1) Uma pessoa de 60 kg, correndo inicialmente com uma veloci<strong>da</strong>dede 4 m/s pula em um carrinho de 120 kg que encontra-seinicialmente em repouso. Ao pular, a pessoa escorrega, vindo adeslizar sobre a superfície superior do carrinho até parar, ficandoem repouso em relação a este. O coeficiente de atrito cinético entrea pessoa e a superfície do carrinho é de 0,4. O atrito entre ocarrinho e o solo pode ser desprezado. Pede-se calcular:a) (0,5) A veloci<strong>da</strong>de final do sistema carrinho mais pessoa em relação ao solo.b) (0,5) A força de atrito atuando sobre a pessoa enquanto ela está deslizando.c) (1,0) O trabalho realizado pela força de atrito e o deslocamento <strong>da</strong> pessoa sobre a superfíciedo carrinho em relação ao carrinho.d) (0,5) A variação <strong>da</strong> energia cinética do carrinho.Solução:a) seja m p , v p a massa e a veloci<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pessoa e m c , v c a massa e a veloci<strong>da</strong>de do carrinho,então podemos escrever que:m p v p = (m p + m c )v c ⇒ v c =m p v p(m p + m c ) = 60.4180 = 4 3 m/sb)F at = µN = 0, 4.60.10 = −240Ni(o sinal de menos é devido ao fato de a força de atrito ter a direção contrária ao vetor unitário i querepresenta a direção do movimento)c)∆K = WW = m pv 2 p,f2∫W =(2)(1)− m pv 2 p,i2= 602( 43) 2− 60.162= − 12803 JF.dl = −240N.∆x h = − 12803 J ⇒ ∆x h = 12803.240 = 169m em relação ao solo.Deslocamento do carrinho:x c (t) = 240N t 2120kg 2 = t2 m/s 2 → v c (t) = 2t m/s1


Fazendo v c (t) = v f = 4 3 m/s, temos t = 2 3 s, e portanto um deslocamento do carrinho de x c = 4 9 m.O deslocamento do homem na superfíciedo carrinho será∆x = x h − x c = 169 m − 4 9 m = 4 3 md)∆K = m cv 2 c,f2− m pv 2 c,i2= 1202( 43) 2= 107J2) Considere um potencial, descrevendo uma força conservativa, <strong>da</strong>do pela funçãoU(x) = k 2 x2 ,se|x| < Ak A 4, se|x| ≥ A.2 x2 a) (1,0) Faça o gráfico <strong>da</strong> função potencial U(x) e <strong>da</strong> força F (x) associa<strong>da</strong> a este potencial,indicando os pontos de máximo e mínimo locais, os pontos em que U(x) = 0 e F (x) = 0, e os valoresassintóticos para os limites de x → ∞ e x → −∞.b) (1,0) Desejamos empregar este potencial para aprisionar uma partícula de massa M. Qual éa veloci<strong>da</strong>de máxima v M <strong>da</strong> partícula, em x = 0, para que a mesma fique confina<strong>da</strong> no potencial?c) (0,5) Para uma partícula com veloci<strong>da</strong>de v > v M , vin<strong>da</strong> de |x| ≫ A, podemos realizar oaprisionamento adicionando uma força dissipativa: na região entre −A e A, a partícula sofre pequenasvariações de momento ∆p, opostas ao seu deslocamento, a um intervalo médio τ (muito menor queo tempo de vôo nesta região), resultando em uma força de atrito constante F A = ∆p/τ se suaveloci<strong>da</strong>de não for nula. Qual a veloci<strong>da</strong>de máxima de aprisionamento <strong>da</strong> partícula em função dosparâmetros desta armadilha?Um sistema semelhante é empregado para aprisionar e resfriar átomos usando campos magnéticose feixes laser.Solução: a) Por derivação temosF (x) = −kx, se|x| < Ak A 4,x3 se|x| ≥ A.O valor assintótico de F (x) e U(x) no limite x → ∞ é zero, e U(A) = U(−A) = kA 2 /2. F (x)será descontínua nestes pontos, e seu valor deve ser calculado usando as duas funções. O gráficoresultante será:2


U(x)kA 22-A00F(x)AxkA-A0 Ax-kAb) Em x = 0, U(x) = 0, e a partícula tem apenas energia cinética T = mv 2 /2. O valor máximo depotencial é <strong>da</strong>do por U(A) = U(−A) = kA 2 /2. Se T ≥ U(A), a partícula desloca-se até o ponto demáximo do potencial, e escapa <strong>da</strong> região de aprisionamento. Portanto, para a partícula permanecerconfina<strong>da</strong>, temos T < U(A), e portanto v < A √ k/m.c) A partícula, com energia inicial v 0 , e energia cinética T 0 = mv 2 0 /2, sofrerá na região entre −Ae A a ação de uma força conservativa do potencial U(X), mais uma força de atrito constante F A . Otrabalho realizado pela força de atrito neste intervalo seráW A =∫ A−AF A dx = 2AF AEla ficará presa se no processo dissipativo a per<strong>da</strong> de energia for maior que a diferença entre aenergia cinética inicial soma<strong>da</strong> à energia potencial no limite <strong>da</strong> região de aprisionamento.W A > T 0 − U(A)2AF A > m 2 v2 − k 2 A2√4AFA + kA 2|v|


3)Um trem é carregado com areia ao passarsob uma ponte. A areia é despeja<strong>da</strong> nos vagõesà taxa de 500kg por segundo. Como a areia édespeja<strong>da</strong> verticalmente de uma altura de váriosmetros, ao atingir a caçamba do vagão, a veloci<strong>da</strong>dedos grãos de areia é de cerca de 14m/s. A massa do vagão vazio é de 2.000kg, e é preenchidocom 6.000kg de areia ao passar sob a ponte.a)(1,0) Desprezando-se as per<strong>da</strong>s por atrito com os trilhos, determine a força que a locomotivaprecisa fazer para puxar o trem a uma veloci<strong>da</strong>de constante de 0, 5m/s e a potência necessária paramanter o movimento. Note que como o sistema não pode ser considerado como uma partícula não éconveniente a utilização do teorema trabalho-energia cinética.b)(1,0) Determine a força suporta<strong>da</strong> pelo trecho de trilhos sob um vagão quando este estiver 50%preenchido de areia. Suponha que o trecho de trilhos em questão suporta somente este vagão nestemomento.c) (0,5) Se a locomotiva desengatar do primeiro vagão quantos segundos se passarão até que orestante do trem reduza sua veloci<strong>da</strong>de à metade <strong>da</strong> inicial? Suponha que a massa do restante dotrem (incluindo a areia) seja de 10.000kg no instante do desengate.Solução:a) Como a areia cai com veloci<strong>da</strong>de horizontal nula no vagão, é necessário transferir a ela umimpulso dJ x = dmv T para que a massa dm que caiu no intervalo dt atinja a veloci<strong>da</strong>de do tremv T = 0, 5m/s. Como o impulso é <strong>da</strong>do por dJ x = F x dt a força horizontal média é F x = dm dt v =500 × 0, 5 = 250N. A potência é <strong>da</strong><strong>da</strong> por P = F x v = 250 × 0, 5 = 125W.b) A massa total do vagão, quando 50% preenchido é m V = 2000+0, 5×6000 = 5000kg, e seu pesom V g = 50000N. A força adicional vertical correspondente ao impulso necessário para frear a areiaque cai atingindo o vagão com veloci<strong>da</strong>de vertical v a = 14 m/s é F y = dm dt v a = 500 × 14 = 7000N,portanto a força total suporta<strong>da</strong> pelo trilho é a soma destas duas forças verticais N = 57000N.c) A força corresponte ao impulso horizontal absorvido do trem pela areia agora depende dotempo, através <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de instantânea do trem v x (t), isto é, F x (t) = − dm dt v x(t) (o sinal de menosindica que esta força é oposta à direção <strong>da</strong> veloci<strong>da</strong>de). Pela segun<strong>da</strong> lei: F x (t) = m dvx(t)dv xv xdt=− dm dt v x(t), onde m é a massa total do trem no instante t. Rearranjando: = − dm m . Integrandodos dois lados esta equação, considerando os limites de integração de v T até v T2para a veloci<strong>da</strong>dee m 0 = 10000kg até m F para a massa temos:ln 1 2 = ln m 0m F, ou seja, a massa final do trem serám F = 2m 0 = 20000kg. O tempo necessário para que caia a massa m a = m F − m 0 = 10000kg deareia é t = 10000500= 20s.Outra maneira de chegar a este resultado é considerar conservação <strong>da</strong> componente x do momentolinear total do sistema “trem-com-areia (m 0 ) mais massa-de-areia-que-cairá ( m a )” sobre o qual nãoatua nenhuma força externa horizontal: P x = m 0 v T +0m a = m 0 v T = (m 0 +m a ) vt2, de onde se obtema massa de areia m a = m 0 = 10000kg, e <strong>da</strong>í o tempo de 20s como na solução anterior.4


4) Num parque de diversões, um carrinho descesem atrito de uma altura h para <strong>da</strong>r a volta num loopcircular de raio R, conforme mostrado na figura.a) (1,0) Qual é o menor valor de h (chame estevalor h 1 ) necessário para que o carrinho faça a voltacompleta do loop?hRAθBCb) (1,0) Se R < h < h 1 , o carrinho cai do trilhoem um ponto B, quando ain<strong>da</strong> falta percorrer maisum ângulo θ para chegar até o topo A. Calcule θ.c) (0,5) Suponha que agora, por alguma razão, haja atrito cinético entre o carrinho e o trilho.Sabendo que o carrinho foi solto (no repouso) <strong>da</strong> altura h = 2R e que ele passou no ponto C do loopcom veloci<strong>da</strong>de escalar v c , qual é o trabalho realizado pela força de atrito até o ponto C?5


Solução:a)Apenas a força normal N e a força peso P atuam sobre o carrinho. Como a força normal é perpendicular aodeslocamento a qualquer momento, o trabalho dela é nulo. Nestas condições, apenas a força peso realiza trabalho.Como esta força é conservativa, a energia mecânica do sistema é conserva<strong>da</strong>, e podemos escrever:E1 22= E mgh1mg( 2R)mv v 2g(h12R)1 M→ = +A→A=2M A−onde supusemos o eixo y orientado para cima e com origem no solo.Para <strong>da</strong>r uma volta completa, o carrinho deve encostar no trilho a qualquer momento, o que significa que a forçanormal deve sempre atuar sobre ele. No ponto mais alto A, podemos então dizer que N r= N ≥ 0 . Portanto, noponto A, ao longo do eixo radial <strong>da</strong> trajetória circular, temos2vA∑ Fext= ma = P + N = m →R5→ 2( h1− 2R)≥ R → h1≥ R22vA2g(h1− 2R)N = m − P = m− mg ≥ 0RRA altura mínima é portanto h = 51R2b)Usando o mesmo raciocínio que para o item a, temos1 22mgh = mg(R + R cosθ ) + mv → vB= 2g(h − R(1+ cosθ)2B)onde a altura do ponto B em relação ao solo é R + R cosθ.Como o carrinho se desprende do trillho no ponto B, temos que, naquele ponto, N=0. Podemos portantonovamente escrever que, ao longo do eixo radial <strong>da</strong> trajetória circular,2vB2g(h − R(1+ cosθ))∑ Fext= ma = Pcosθ= m → mg cosθ= mRR→ gRcosθ= 2gh− 2gR− 2gRcosθ→2( h − R)cosθ=3R→⎛ 2 h ⎞θ = Ar cos⎜( −1)⎟⎝ 3 R ⎠c)Agora, além <strong>da</strong> força peso, a força de atrito cinético f r atambém realiza um trabalho. Como esta força é dissipativa,haverá per<strong>da</strong> de energia mecânica do sistema, e podemos escreverTf a= ∆EM→Tf a1= mgR + mv22C1 2− mg2R= mvC− mgR26

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