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História da Cultura e das Artes - Resumos.net

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Gonçalo Vaz de Carvalho - 2008<br />

A evolução artística dos povos peninsulares até à i<strong>da</strong>de do ferro foi influencia<strong>da</strong> pelas invasões indo-<br />

europeias (1º milénio a.C.), fenícias e gregas (séc. VIII a.C.). Contudo, a evolução artística foi muito mais<br />

condiciona<strong>da</strong> pelo povo Celta (indo-europeu) do que pelos outros. Tendo-se este povo fixado na península<br />

desde o séc.VI a.C., divulgarou a cultura castreja, principalmente no norte de Portugal e Galiza. Os castros<br />

tornam-se, então, a forma mais característica de povoamento até ao séc. I d.C.. A citânia de Briteiros, em<br />

Guimarães, e a Citânia de Sanfins, em Paços de Ferreira, são dois importantes exemplos <strong>da</strong>quele tipo de<br />

arquitectura.<br />

A cultura castreja evidenciou-se principalmente em três áreas: na ourivesaria/cerâmica, através <strong>da</strong><br />

produção de rosetas, cadeias, cor<strong>da</strong>s, entrançados..., na arquitectura, através <strong>da</strong> construção de castros, e na<br />

escultura, pelo meio <strong>da</strong> produção de berrões e <strong>da</strong>s estátuas de guerreiros celto-lusitanos.<br />

Os castros eram constituídos por casas familiares, que formavam os bairros, pela casa circular, que servia<br />

para o conselho dos anciãos, e por variados espaços públicos.<br />

_Passagem <strong>da</strong> pré-história à história<br />

A invenção <strong>da</strong> escrita é considera<strong>da</strong> a referência <strong>da</strong> passagem <strong>da</strong> pré-história à história, uma vez que o<br />

registo documental marca profun<strong>da</strong>mente o futuro do Homem. No entanto, não é apenas esta razão que leva à<br />

separação dos dois períodos. Coincidente com a invenção <strong>da</strong> escrita, houve uma enorme aceleração no processo<br />

de evolução do homem, relativamente ao passado.<br />

Basicamente, a pré-história constitui um período de a<strong>da</strong>ptação do homem ao ambiente terrestre, às<br />

adversi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. Na história, e ultrapassa<strong>da</strong> a revolução neolítica, a terra é não mais que a total imposição<br />

do homem sobre a natureza.<br />

_Arte nas culturas pré-clássicas<br />

A partir do IV milénio a.C, a região em volta do mediterrâneo vai albergar as primeiras civilizações, os<br />

primeiros esforços conjuntos do homem de grandes proporções. As primeiras aparecerão na zona entre o rio<br />

Tigre e Eufrates — civilizações mesopotâmicas — e na zona que envolve o Nilo — a civilização egípcia.<br />

Estas civilizações trouxeram uma grande novi<strong>da</strong>de relativamente ao passado: criação de religiões<br />

propriamente ditas, isto é, sistema de crenças que se regiam por códigos de conduta e pela interpretação <strong>da</strong><br />

reali<strong>da</strong>de. A religião foi tema principal <strong>da</strong>s obras artísticas <strong>da</strong>s diferentes civilizações. A arte estava sempre<br />

liga<strong>da</strong> ou ao culto cerimonial ou funerário. Desta maneira, evidenciava-se a dimensão sagra<strong>da</strong> nas obras.<br />

Tal como a religião ficou imutável durante 3 milénios, assim ficou a arte: durante todo este tempo não se<br />

assistiu a desenvolvimento em nenhum dos campos — se a religião se mantinha característica, uniforme e<br />

invariável, assim se deveria manter a arte.<br />

Ambas as culturas mesopotâmica e egípcia se regeram pelo mesmo conceito de representação: a imagem<br />

deve duplicar aquilo que representa, para perpetuar, por exemplo, a vi<strong>da</strong> de um morto, a oração de um orador...<br />

As representações não eram cópias fidedignas <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de; tinham, ao invés, a finali<strong>da</strong>de de destacar as<br />

características fun<strong>da</strong>mentais do objecto a ser representado.<br />

_A arte no antigo Egipto<br />

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