21.07.2015 Views

FORPLAD - Pró-Reitoria de Administração e Finanças - UFG

FORPLAD - Pró-Reitoria de Administração e Finanças - UFG

FORPLAD - Pró-Reitoria de Administração e Finanças - UFG

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>FORPLAD</strong>FÓRUM DE PRÓ-REITORES DEPLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃOCONTRIBUIÇÃO ÀS DISCUSSÕESNACIONAIS SOBRE ENSINO SUPERIORAGOSTO 20041


SUMÁRIOOrientações gerais para a execução <strong>de</strong> convênios a partir das<strong>de</strong>cisões do tribunal <strong>de</strong> contas da união e da legislação pertinente........7Apresentação ............................................................................................... 91 - Principais Improprieda<strong>de</strong>s Verificadas na Execução <strong>de</strong> ConvêniosCelebrados entre as Instituições <strong>de</strong> Ensino e suas Fundações<strong>de</strong> Apoio .......... ..........................................................................................112 - Plano <strong>de</strong> Trabalho e Plano <strong>de</strong> Atendimento..........................................133 - Cláusulas que Obrigatoriamente Devem Constar no Termo<strong>de</strong> Convênio................................................................................................174 - Cláusulas que não Devem Constar no Termo <strong>de</strong> Convênio..................205 - Procedimentos a Serem Adotados após o Recebimento dosRecursos......................................................................................................226 - Cuidados a Serem Tomados Durante a Execução do Convênio...........237 - Orientações para a Verificação do Processo <strong>de</strong> Prestação <strong>de</strong> Contas....248 - Prestação <strong>de</strong> Contas Parcial ..................................................................289 - Prestação <strong>de</strong> Contas Final .....................................................................2910 - Procedimentos Inerentes à Formulação do Convênio ........................31Indicadores <strong>de</strong> gestão................................................................................35Avaliação das ifes......................................................................................77Análise da Lei orgânica das Universida<strong>de</strong>s Públicas Fe<strong>de</strong>rais (UPF)proposta/ANDIFES...................................................................................891 - Introdução .............................................................................................892 - Anteprojeto <strong>de</strong> Lei Orgânica das UPF: Visão Geral ............................922


2.1 - Autonomia Didático-Científica .........................................................932.2 - Autonomia Administrativa ................................................................932.3 - Autonomia <strong>de</strong> Gestão Financeira e Patrimonial ................................952.4 - Sistema <strong>de</strong> Instituições Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> Ensino Superior (SIFES) ..........962.5 - Planos <strong>de</strong> Carreira e Regimento Jurídico ..........................................983 - A Questão Orçamentário-Financeira Na Lei Orgânica.........................993.1 - A Fonte <strong>de</strong> Financiamento das IFES na Lei Orgânica ....................1003.2 - Avaliação Objetiva do Suporte Orçamentário das IFES na LeiOrgânica....................................................................................................1073.3 - A Distribuição do Orçamento das IFES na Lei Orgânica ...............1103.4 - Uma Nova Base Orçamentário-Financeira para aLei Orgânica das UFP...............................................................................113AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA ......................................................115QUADROSQuadro Nº 1 - Demonstração das Dotações Orçamentáriasda União Previstas no Art. 212 da Constituição do Brasil (CF) ..............101Quadro Nº 2 - Orçamento do Governo Fe<strong>de</strong>ral: Dados Básicos1998 – 2002..............................................................................................102Quadro Nº 3 - Orçamento do Governo Fe<strong>de</strong>ral: Dados Básicos1998 - 2002 em Proporção ao PIB ...........................................................104Quadro Nº 4 - Orçamento do MEC e das IFES: DadosBásicos 1998 – 2002 ................................................................................105Quadro Nº 5 - Orçamento do MEC e das IFES – RecursosDo Tesouro Dados Básicos em Proporção ao PIB - 1998 – 2002 ...........106Quadro Nº 6 - Orçamento das IFES - Recursos do TesouroEvolução 1998 – 2002 .............................................................................1083


Quadro Nº 7 - Orçamento das IFES - Recursos do TesouroEvolução em Proporção ao PIB - 1998 – 2002 ........................................109Quadro Nº 8 - Despesas Totais das IFES - Recursos do TesouroComparação entre Despesas Efetivadas e as que Po<strong>de</strong>riamter SIDOCOM: Base na Proposta Lei Orgânica dasUniversida<strong>de</strong>s Públicas Fe<strong>de</strong>rais (LOUPF) - 1998-2002 ........................1124


COORDENAÇÃO NACIONALTITULARES FUNÇÃO SUPLENTESIlka Maria <strong>de</strong> AlmeidaMoreira / <strong>UFG</strong>Coor<strong>de</strong>nadoraNacionalRoberto Assad P.Machado / UFMSRoberto da Luz Junior /UFSMVice-Coor<strong>de</strong>nadorNacionalZaki Akel Sobrinho /UFPRHermínio Ramos Souza 2° Vice-José Airto Batista / UFS/ UFPECoor<strong>de</strong>nadorNacionalRegina Célia Lopes Secretária Raquel CristinaAraújo / UFRRJEdmilson Bruno daSilveira / UFMACOORDENAÇÃO REGIONALRadames <strong>de</strong> Sá / UFU2ª Secretária Francisco <strong>de</strong> AssisMatos <strong>de</strong> Abreu / UFPATITULARES REGIÃO SUPLENTESJosé Eduardo M. <strong>de</strong> B.Melo / UNIRNorte Robinson Antonio <strong>de</strong> R.Braga / UFACJosé Airto Batista / UFS Nor<strong>de</strong>ste Luiz Carlos UchoaSaun<strong>de</strong>rs / UFCRoberto Assad P.Machado / UFMSCentro-Oeste Adriana R. Weska /UFMTTakumi Noda / UNIFEI Su<strong>de</strong>ste Marly Aparecida Balarin/ FMTMZaki Akel Sobrinho /UFPRSulElizabete Simão Flausino/ UFSC5


ORIENTAÇÕES GERAIS PARA AEXECUÇÃO DE CONVÊNIOS A PARTIRDAS DECISÕES DO TRIBUNAL DE CONTASDA UNIÃO E DA LEGISLAÇÃOPERTINENTECOMISSÃO ESPECIAL DE RELACIONAMENTO ENTREAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO E SUAS FUNDAÇÕESDE APOIONATAL/RNJANEIRO DE 20037


Comissão Especial <strong>de</strong> Relacionamento entre asInstituições <strong>de</strong> Ensino e as suas Fundações <strong>de</strong> Apoio:Célia Maria da Rocha RibeiroPró-Reitora <strong>de</strong> Administração e Assuntos Estudantis - UFRNCoor<strong>de</strong>nadora da ComissãoHerbert B. CarneiroPró-Reitor <strong>de</strong> Administração - UFESJosé Airto BatistaPró-Reitor <strong>de</strong> Administração - UFSMúcio Antônio Sobreira SoutoPró-Reitor <strong>de</strong> Administração - UFPBRonaldo Ta<strong>de</strong>u PenaPró-Reitor <strong>de</strong> Planejamento – UFMGSuomar Bitar e SilvaDiretor <strong>de</strong> Administração – CEFET/MGVilson OngarattoDiretor <strong>de</strong> Orçamento, Finanças e Pessoal – CEFET/PR8


APRESENTAÇÃOCom o objetivo <strong>de</strong> orientar a formulação, execução eprestação <strong>de</strong> contas <strong>de</strong> Convênios celebrados entre asInstituições <strong>de</strong> Ensino e suas Fundações <strong>de</strong> Apoio, foi criadapela Coor<strong>de</strong>nação Nacional do <strong>FORPLAD</strong> uma ComissãoEspecial <strong>de</strong>signada para este fim, que preparou estedocumento inicial com base nos Relatórios das Auditoriasque passaram pelas IFES no exercício <strong>de</strong> 2002.As informações aqui reunidas propiciarão aosdirigentes e técnicos envolvidos, conhecimentos específicosnecessários ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s relativas àelaboração, gestão e prestação <strong>de</strong> contas <strong>de</strong> convênios,<strong>de</strong>vendo contribuir significativamente para a redução <strong>de</strong>improprieda<strong>de</strong>s e irregularida<strong>de</strong>s verificadas nos convênioscelebrados, principalmente com essas Fundações.Célia Maria da Rocha RibeiroCoor<strong>de</strong>nadora da Comissão Especial <strong>de</strong> Relacionamentoentre a Instituições <strong>de</strong> Ensino e as suas Fundações <strong>de</strong> Apoio9


1. PRINCIPAIS IMPROPRIEDADES /IRREGULARIDADES VERIFICADAS NA EXECUÇÃODE CONVÊNIOS CELEBRADOS ENTRE ASINSTITUIÇÕES DE ENSINO E SUAS FUNDAÇÕES DEAPOIOIMPROPRIEDADES/IRREGULARIDADES MAIS COMUNS EMFACE DE DESOBEDIÊNCIA E/OU DESVIRTUAMENTO DALEGISLAÇÃO PERTINENTEIMPROPRIEDADES/IRREGULARIDADESPlano <strong>de</strong> Atendimento e Plano <strong>de</strong> Trabalho comausência das informações exigidas por lei.Descumprimento <strong>de</strong> Cláusulas <strong>de</strong> Convênios.Realização <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas em datas posteriores ouanteriores à vigência do convênio.Pagamentos a funcionários pertencentes aos quadrosdos entes convenentes.Afastamento <strong>de</strong> servidores/professores para atuaçãonas Fundações.Realização <strong>de</strong> gastos em <strong>de</strong>sacordo com oprogramado no Plano <strong>de</strong> Trabalho.Emissão <strong>de</strong> recibo sem valor fiscal e documentoscomprobatórios das <strong>de</strong>spesas que não guardamvinculação ao convênio.Valor <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas maior que o previsto no Plano <strong>de</strong>Trabalho;LEGISLAÇÃOESPECÍFICAArt. 116, Lei8.666/93 – Art. 2º,IN STN 01/97.Art. 66, Lei8.666/93 – Art. 7º,IN STN 01/97.Inciso III, art. 7º eincisos V, VI, art. 8ºda IN STN 01/97.§§ 2º e 3º do art. 4ºda Lei 8.958/94 eInciso II, art. 8º, INSTN 01/97.Inciso I, Art. 36 eArt. 37 IN STN01/97.Art. 30, IN STN01/97.Inciso V, art. 2º eart. 21, IN STN11


Aplicação <strong>de</strong> recursos com <strong>de</strong>spesas não previstas noPlano <strong>de</strong> Trabalho.Comprovantes <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas arquivados<strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nadamente e misturados a outroscomprovantes estranhos ao convênio.Indícios <strong>de</strong> frau<strong>de</strong> em documentação fiscal.Não comprovação das aplicações dos recursosreferentes às contrapartidas.Não recolhimento dos saldos à conta do órgão ouentida<strong>de</strong> repassadora, quando do encerramento doconvênio;Não publicação, por parte do órgão repassador, doextrato do convênio.Livros <strong>de</strong> escrituração (balancetes, livro razão e livrodiário) <strong>de</strong>satualizados.Ficha financeira <strong>de</strong>satualizada, impossibilitando aauditoria <strong>de</strong> conferir os saldos do convênio;Existência <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas provenientes <strong>de</strong> outrosconvênios.Existência <strong>de</strong> saldos em convênios após o término,contrariando cláusulas dos referidos convênios.Obra sendo executada com recursos obtidos através<strong>de</strong> Emendas Parlamentares, não tendo ocorridoaporte <strong>de</strong> recursos para a totalida<strong>de</strong> da obra em umsó exercício orçamentário e tampouco previstos noorçamento plurianual.Projeto Básico da obra não levando em consi<strong>de</strong>raçãoserviços <strong>de</strong> amarração, <strong>de</strong>molições e edificaçõesnecessárias.A falha no Projeto Básico, gerando execução <strong>de</strong>serviços extras contrariando a vedação e o limitelegal.Realização <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas em <strong>de</strong>sacordo com afinalida<strong>de</strong> do convênio.Convênios com prazos <strong>de</strong> vigência in<strong>de</strong>terminados.01/97.Art. 30, IN STN01/97.Inciso XIII, Art. 7 e§ 4º, art. 28, INSTN 01/97.Inciso XI, art. 7º, INSTN 01/97.Art. 17, IN STN01/97.§ 1º, Art. 67, Lei8.666/93 – Art. 24,IN STN 01/97.Inciso XI, art. 7º INSTN 01/97.§ 1º, Art. 65,ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral – Arts. 7º,15º e 16º, Decreto-Lei 200.Art. 6º, Lei8.666/93.§§ 1º e 2ª do art. 65,da Lei 8.666/93.Inciso IV, art. 8º, INSTN 01/97.Art. 57, Lei8.666/93 – Inciso II,art. 7º, IN STN12


Ausência <strong>de</strong> procedimentos para prestação <strong>de</strong>contas;In<strong>de</strong>finição das obrigações das partes.Utilização do instrumento “convênio” comcaracterísticas <strong>de</strong> contrato.Ausência dos comprovantes <strong>de</strong> regularida<strong>de</strong> fiscal daentida<strong>de</strong> frente à Fazenda Municipal, Estadual,Fe<strong>de</strong>ral e com o INSS e o FGTS.01/97.Inciso XIII do art.7º, §§ 2º e 3º do art.21 e art. 28 da INSTN 01/97.§ 1º, art. 54 da Lei8.666/93 – Inciso II,art. 7º IN STN01/97.Art. 54 da Lei8.666/93 - Inciso 1º,art. 1º da IN STN01/97.Art. 29 e Inciso XIIIdo art. 55 da Lei8.666/93 - Art. 3º daIN STN 01/97.2. PLANO DE TRABALHO E PLANO DE ATENDIMENTOA celebração do instrumento <strong>de</strong> TransferênciaVoluntária <strong>de</strong> recursos da União <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da aprovaçãoprévia do Plano <strong>de</strong> Trabalho ou <strong>de</strong> Atendimento, conformeo caso, apresentado pelo beneficiário dos recursos. Sãocaracterizados conforme as <strong>de</strong>finições abaixo:Plano <strong>de</strong> Trabalho: É o instrumento programático eintegrante do Termo a ser celebrado, que evi<strong>de</strong>ncia o<strong>de</strong>talhamento das responsabilida<strong>de</strong>s assumidas pelospartícipes, i<strong>de</strong>ntificando objetivo, programação física efinanceira, cronograma <strong>de</strong> <strong>de</strong>sembolso e outras informaçõesnecessárias ao bom <strong>de</strong>sempenho do Convênio. Deve serapresentado em propostas referentes à realização <strong>de</strong> projetos,ativida<strong>de</strong>s ou eventos <strong>de</strong> duração certa. (IN STN 01/97, <strong>de</strong>15/01/1997).13


Plano <strong>de</strong> Atendimento: É o instrumentoprogramático e integrante do Termo a ser celebrado, queevi<strong>de</strong>ncia o <strong>de</strong>talhamento das responsabilida<strong>de</strong>s assumidaspelos partícipes, i<strong>de</strong>ntificando objetivo, programação física efinanceira, cronograma <strong>de</strong> <strong>de</strong>sembolso e outras informaçõesnecessárias ao bom <strong>de</strong>sempenho do Convênio. Deve serapresentado em solicitações referentes à assistência social,médica ou educacional. (IN STN 03/93, <strong>de</strong> 19/04/93). Deveseobservar que esta norma aplica-se, tão somente, aativida<strong>de</strong>s, que são um conjunto <strong>de</strong> operações que serealizam <strong>de</strong> modo contínuo e permanente, das quais resultaum produto necessário à manutenção da ação <strong>de</strong> governo(Portaria nº 42, <strong>de</strong> 14 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1999, do Ministro <strong>de</strong> Estadodo Orçamento e Gestão).Os Planos <strong>de</strong> Trabalho ou <strong>de</strong> Atendimento não po<strong>de</strong>m serelaborados <strong>de</strong> forma genérica, <strong>de</strong>vendo trazer, <strong>de</strong> forma clara esucinta, todas as informações suficientes para a i<strong>de</strong>ntificação doprojeto, ativida<strong>de</strong> ou evento <strong>de</strong> duração certa (Decisão TCU nº706/1994 – Plenário). Ao ser analisado, e porventura aprovado peloconce<strong>de</strong>nte, os Planos <strong>de</strong> Trabalho e <strong>de</strong> Atendimento serãoconsi<strong>de</strong>rados partes integrantes dos convênios a serem celebrados.Conforme dispõem a IN 01/97 – STN, art. 2º e incisos, eLei nº 8.666/1993, art. 116, <strong>de</strong>vem conter, no mínimo:1. Razões que justifiquem a celebração do convênio;2. Descrição completa do objeto a ser executado;3. Descrição das metas a serem atingidas, qualitativa equantitativamente;4. Etapas ou fases da execução do objeto, com previsão <strong>de</strong>início e fim;5. Plano <strong>de</strong> aplicação dos recursos a serem <strong>de</strong>sembolsadospelo conce<strong>de</strong>nte e a contrapartida financeira doproponente, se for o caso, para cada projeto ou evento.Consiste na previsão <strong>de</strong> gastos por elemento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesa,discriminando, principalmente, as Despesas Correntes e<strong>de</strong> Capital, indicando o que ser aplicado em cada14


elemento com recursos do conce<strong>de</strong>nte e os provenientesda contrapartida;6. Declaração do convenente <strong>de</strong> que não está em situação<strong>de</strong> mora ou <strong>de</strong> inadimplência junto a qualquer órgão ouentida<strong>de</strong> da Administração Pública Fe<strong>de</strong>ral Direta eIndireta;7. Cronograma <strong>de</strong> <strong>de</strong>sembolso. Indica-se a perspectiva dorecebimento dos recursos no mês em que provavelmenteocorrerá o início da execução e conseqüentemente ocomeço da efetivação das <strong>de</strong>spesas. O atendimento aoCronograma <strong>de</strong> Desembolso proposto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá dasdisponibilida<strong>de</strong>s financeiras do órgão ou entida<strong>de</strong>conce<strong>de</strong>nte;8. Comprovação <strong>de</strong> que os recursos da contrapartida estãoassegurados, salvo nos casos <strong>de</strong> inexigência <strong>de</strong>contrapartida;9. Comprovação do exercício pleno da proprieda<strong>de</strong> doimóvel, mediante certidão <strong>de</strong> registro no cartório <strong>de</strong>imóvel, quando o convênio tiver por objeto a execução<strong>de</strong> obras, ou benfeitorias no mesmo;10. A especificação completa do bem a ser produzido ouadquirido ou, no caso <strong>de</strong> obras ou serviços, o projetobásico, conjunto <strong>de</strong> elementos necessários e suficientes,com nível <strong>de</strong> precisão a<strong>de</strong>quado, para caracterizar aobra ou serviço, ou complexo <strong>de</strong> obras ou serviçosobjeto da licitação, elaborado com base nas indicaçõesdos estudos técnicos preliminares, que assegurem aviabilida<strong>de</strong> técnica e o a<strong>de</strong>quado tratamento do impactoambiental do empreendimento, e que possibilite aavaliação do custo da obra e a <strong>de</strong>finição dos métodos edo prazo <strong>de</strong> execução, <strong>de</strong>vendo conter os seguinteselementos (Lei nº 8.666/93, art. 6º, IX):15


a. Desenvolvimento da solução escolhida <strong>de</strong>forma a fornecer visão global da obra ei<strong>de</strong>ntificar todos os seus elementosconstitutivos com clareza;b. Soluções técnicas globais e localizadas,suficientemente <strong>de</strong>talhadas, <strong>de</strong> forma aminimizar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> reformulação ou<strong>de</strong> variantes durante as fases <strong>de</strong> elaboração doprojeto executivo e <strong>de</strong> realização das obras emontagem;c. I<strong>de</strong>ntificação dos tipos <strong>de</strong> serviços a executar e<strong>de</strong> materiais e equipamentos a incorporar àobra, bem como suas especificações queassegurem os melhores resultados para oempreendimento, sem frustrar o carátercompetitivo para a sua execução;d. Informações que possibilitem o estudo e a<strong>de</strong>dução <strong>de</strong> métodos construtivos, instalaçõesprovisórias e condições organizacionais para aobra, sem frustrar o caráter competitivo para asua execução;e. Subsídios para montagem do plano <strong>de</strong>licitação e gestão da obra, compreen<strong>de</strong>ndo asua programação, a estratégia <strong>de</strong> suprimentos,as normas <strong>de</strong> fiscalização e outros dadosnecessários em cada caso;f. Orçamento <strong>de</strong>talhado do custo global da obra,fundamentado em quantitativos <strong>de</strong> serviços efornecimentos propriamente avaliados;O Plano <strong>de</strong> Trabalho proposto pelo órgão ou entida<strong>de</strong>solicitante será apreciado pela unida<strong>de</strong> técnica do conce<strong>de</strong>ntee aprovado caso seja:16


1. Compatível com os programas e ações financiáveis,<strong>de</strong>finidas em função das políticas públicas;2. Consistente com as normas técnicas exigíveis, efinanceira e economicamente viável;3. Exeqüível <strong>de</strong>ntro do prazo da vigência dos créditosorçamentários e haja disponibilida<strong>de</strong>s financeiras e aautorização ministerial ou <strong>de</strong>corrente da LeiOrçamentária Anual (emendas parlamentares).Em casos excepcionais, po<strong>de</strong>rá ser alterado o Plano<strong>de</strong> Trabalho aprovado, notadamente no que diz respeito aoremanejamento <strong>de</strong> gastos do Plano <strong>de</strong> Aplicação. Nessahipótese, a solicitação <strong>de</strong>verá ser encaminhada, <strong>de</strong>ntro doprazo <strong>de</strong> execução físico-financeira, ao órgão ou entida<strong>de</strong>conce<strong>de</strong>nte, para fins <strong>de</strong> análise, po<strong>de</strong>ndo ser aprovada ounão. Em qualquer caso, a <strong>de</strong>cisão nesse sentido <strong>de</strong>verá sercomunicada ao interessado.Na hipótese da alteração do Plano <strong>de</strong> TrabalhoAprovado <strong>de</strong>correr também a prorrogação da vigência doinstrumento, mediante a necessária celebração <strong>de</strong> TermoAditivo, a solicitação <strong>de</strong> alteração do Plano <strong>de</strong> Trabalho<strong>de</strong>verá ser encaminhada até 20 (vinte) dias do término doprazo <strong>de</strong> execução, ou seja, no mínimo 80 (oitenta) dias antesdo final da vigência do convênio.É vedada qualquer alteração do Plano <strong>de</strong> Trabalhoque implique mudança do objeto do convênio.3. CLÁUSULAS QUE OBRIGATORIAMENTE DEVEMCONSTAR NO TERMO DE CONVÊNIOO Convênio conterá, expressa e obrigatoriamente,cláusulas estabelecendo (art. 7º IN STN 01/97):17


1. O objeto e seus elementos característicos com a<strong>de</strong>scrição precisa <strong>de</strong> que se preten<strong>de</strong> realizar ou obter,em consonância com o Plano <strong>de</strong> Trabalho ou <strong>de</strong>Atendimento, que integrará o convênioin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> transcrição;2. A obrigação <strong>de</strong> cada um dos partícipes, inclusive acontrapartida;3. A vigência, que <strong>de</strong>ve ser fixada <strong>de</strong> acordo com o prazoprevisto para a execução do objeto expresso no Plano <strong>de</strong>Trabalho ou <strong>de</strong> Atendimento, acrescido <strong>de</strong> 60 (sessenta)dias para a apresentação da prestação <strong>de</strong> contas final;4. A obrigação do conce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> prorrogar “<strong>de</strong> ofício” avigência do convênio, quando houver atraso naliberação dos recursos, limitada a prorrogação ao exatoperíodo <strong>de</strong> atraso mencionado;5. A prerrogativa da União, exercida pelo órgão ouentida<strong>de</strong> responsável pelo programa, <strong>de</strong> conservar aautorida<strong>de</strong> normativa e exercer controle e fiscalizaçãosobre a execução, bem como <strong>de</strong> assumir ou transferir aresponsabilida<strong>de</strong> pelo mesmo, no caso <strong>de</strong> paralisação ou<strong>de</strong> fato relevante que venha a acorrer, <strong>de</strong> modo a evitar a<strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> do serviço;6. A classificação funcional-programática e econômica da<strong>de</strong>spesa, mencionando-se o número e data da nota <strong>de</strong>empenho ou nota <strong>de</strong> movimentação <strong>de</strong> crédito;7. A liberação <strong>de</strong> recursos, obe<strong>de</strong>cerá ao cronograma <strong>de</strong><strong>de</strong>sembolso constante do Plano <strong>de</strong> Trabalho ou <strong>de</strong>Atendimento;8. A obrigatorieda<strong>de</strong> do convenente <strong>de</strong> apresentarrelatórios <strong>de</strong> execução físico-financeira e prestar contasdos recursos recebidos, na forma prevista na IN Nº 01<strong>de</strong> 15.01.97;9. A <strong>de</strong>finição do direito <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong> dos bensremanescentes na data da conclusão ou extinção doinstrumento, e que, em razão <strong>de</strong>ste, tenham sido18


adquiridos, transformados ou construídos, respeitado odisposto na legislação pertinente;10. A faculda<strong>de</strong> aos partícipes para <strong>de</strong>nunciá-lo ou rescindiloa qualquer tempo, imputando-se-lhes asresponsabilida<strong>de</strong>s das obrigações <strong>de</strong>correntes do prazoem que tenham vigido e creditando-se-lhes, igualmenteos benefícios adquiridos no mesmo período;11. A obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> restituição <strong>de</strong> eventual saldo <strong>de</strong>recursos, inclusive os rendimentos da aplicaçãofinanceira, ao conce<strong>de</strong>nte ao Tesouro Nacional,conforme o caso, na data <strong>de</strong> sua conclusão ou extinção;12. Compromisso do convenente <strong>de</strong> restituir ao conce<strong>de</strong>nteo valor transferido atualizado monetariamente, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> adata do recebimento, acrescido <strong>de</strong> juros legais, na formada legislação aplicável aos débitos para com a FazendaFe<strong>de</strong>ral, nos seguintes casos:a. Quando não executado o objeto da avença;b. Quando não for apresentada no prazo exigido,a prestação <strong>de</strong> contas parcial ou final;c. Quando os recursos forem utilizados emfinalida<strong>de</strong> diversa da estabelecida noconvênio;13. O compromisso do convenente <strong>de</strong> recolher à conta doconce<strong>de</strong>nte o valor corrigido da contrapartida pactuadaquando não comprovar a sua utilização na execução doobjeto;14. O compromisso do convenente <strong>de</strong> recolher à conta doconce<strong>de</strong>nte o valor correspon<strong>de</strong>nte a rendimentos <strong>de</strong>aplicação no mercado financeiro, referente ao períodocompreendido entre a liberação do recurso e suautilização, quando não comprovar o seu emprego naconsecução do objeto, ainda que não feito aplicação;19


15. A indicação, quando for o caso, <strong>de</strong> cada parcela da<strong>de</strong>spesa relativa à parte a ser executada em exercíciofuturos, com a <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> que serão indicados emTermos Aditivos, os créditos e empenhos ou notas <strong>de</strong>movimentação <strong>de</strong> crédito para sua cobertura;16. A indicação <strong>de</strong> que os recursos para as <strong>de</strong>spesas emexercícios futuros, no caso <strong>de</strong> investimentos, estãoconsignados no plano plurianual, ou em prévia lei que oautorize e fixe o montante das dotações, que,anualmente, constarão <strong>de</strong> orçamento, durante o prazo <strong>de</strong>sua execução;17. As obrigações do interveniente e do executor, quandohouver;18. O livre acesso <strong>de</strong> servidores do sistema <strong>de</strong> controleinterno ao qual esteja subordinado o conce<strong>de</strong>nte, aqualquer tempo e lugar, a todos os atos e fatosrelacionados direta ou indiretamente com o instrumentopactuado, quando em missão <strong>de</strong> fiscalização ouauditoria;19. O compromisso do convenente <strong>de</strong> movimentar osrecursos em conta bancária específica, quando emmissão <strong>de</strong> fiscalização ou auditoria;20. A indicação <strong>de</strong> foro para dirimir dúvidas <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong>sua execução.4. CLÁUSULAS QUE NÃO DEVEM CONSTAR NOTERMO DE CONVÊNIOÉ vedada a inclusão, tolerância ou admissão, nosconvênios, sob pena <strong>de</strong> nulida<strong>de</strong> do ato e responsabilida<strong>de</strong> doagente, <strong>de</strong> cláusulas ou condições que prevejam ou permitam(art. 8º IN STN 01/97):20


1. Realização <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas a título <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong>administração, <strong>de</strong> gerência ou similar;2. Pagamento <strong>de</strong> gratificação ou qualquer outra espécie <strong>de</strong>remuneração adicional, a servidor que pertença aosquadros <strong>de</strong> órgãos ou <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s da AdministraçãoPública Fe<strong>de</strong>ral, Estadual ou Municipal ou do DistritoFe<strong>de</strong>ral, que esteja lotado ou em exercício <strong>de</strong> qualquerdos entes partícipes;3. Aditamento com alteração do objeto, ou das metas;4. Utilização dos recursos em finalida<strong>de</strong> diversa daestabelecida no respectivo instrumento, ainda que emcaráter <strong>de</strong> emergência;5. Realização <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas em data anterior ou posterior asua vigência;6. Atribuição <strong>de</strong> vigência ou <strong>de</strong> efeitos financeirosretroativos;7. Realização <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesas com taxas bancárias, commultas, juros ou correção monetária, inclusive,referentes a pagamentos ou recolhimentos fora dosprazos;É nulo e <strong>de</strong> nenhum efeito, o convênio verbal com aUnião ou com entida<strong>de</strong> da Administração Fe<strong>de</strong>ral (§ 2º doart. 9º da IN STN 01/97);Para que o convênio tenha valida<strong>de</strong>, além dosrequisitos supra citados, é necessário que sejam cumpridas asseguintes condições:1. Emissão <strong>de</strong> empenho pelo órgão conce<strong>de</strong>nte até a datada assinatura do convênio (§ 6º do art. 34 da Lei10.266/2001 – LDO/2001);2. Assinatura do Termo <strong>de</strong> Convênio pelos partícipes, duastestemunhas <strong>de</strong>vidamente qualificadas e o interveniente,se houver (art. 10 da IN STN 01/97);21


3. Publicação do extrato do convênio no Diário Oficial daUnião (publicação provi<strong>de</strong>nciada pelo órgão repassador– art. 17 da IN STN 01/97).5. PROCEDIMENTOS A SEREM ADOTADOS APÓSO RECEBIMENTO DOS RECURSOSApós o recebimento dos recursos do convênio, oconvenente <strong>de</strong>ve observar os seguintes procedimentosbásicos, obrigatórios (Lei 8.666/93 e IN n° 01/97/STN, arts.20 e 27):1. Manter os recursos em conta individualizada –específica para o convênio;2. Realizar saques somente para o pagamento <strong>de</strong> <strong>de</strong>spesasprevistas no plano <strong>de</strong> trabalho, mediante chequenominativo ao credor ou or<strong>de</strong>m bancária ou paraaplicação no mercado financeiro;3. Aplicar os recursos em ca<strong>de</strong>rneta <strong>de</strong> poupança <strong>de</strong>instituição financeira oficial, se a previsão <strong>de</strong><strong>de</strong>sembolso na finalida<strong>de</strong> a que se <strong>de</strong>stinam for emperíodo igual ou superior a um mês; e em fundo <strong>de</strong>aplicação financeira <strong>de</strong> curto prazo, ou operação nomercado aberto lastreada em título da dívida públicafe<strong>de</strong>ral, quando sua utilização estiver prevista paraprazos menores;4. Utilizar os rendimentos auferidos nas aplicaçõesfinanceiras exclusivamente no objeto da transferência enão consi<strong>de</strong>rar tais recursos como contrapartida;5. Observar a Lei 8666/93 e suas modificações para fins <strong>de</strong>licitações e contratos.22


6. CUIDADOS A SEREM TOMADOS DURANTE AEXECUÇÃO DO CONVÊNIODurante a execução do objeto, ou seja, na fase emque são <strong>de</strong>senvolvidas ativida<strong>de</strong>s previstas para a consecuçãodo produto final previsto no instrumento <strong>de</strong> transferência, ogestor não po<strong>de</strong> (Lei 8.666/93 e IN STN n° 01/97):1. Realizar <strong>de</strong>spesa a título <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> administração, <strong>de</strong>gerência ou similar (Decisão TCU n° 706/1994 –Plenário - Ata 54);2. Desviar da finalida<strong>de</strong> original, uma vez que éexpressamente vedada a utilização <strong>de</strong> recursostransferidos em finalida<strong>de</strong> diversa da pactuada (LeiComplementar n° 101/2000, art. 25 § 2°)3. Utilizar os recursos em <strong>de</strong>sacordo com o Plano <strong>de</strong>Trabalho, sob pena <strong>de</strong> rescisão do instrumento einstauração <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> contas especial;4. Alterar metas constantes do Plano <strong>de</strong> Trabalho, semanuência da CONCEDENTE;5. Adotar práticas atentatórias aos princípios fundamentaisda Administração Pública, nas contratações e <strong>de</strong>maisatos praticados, sob pena <strong>de</strong> suspensão das parcelas;6. Efetuar pagamento <strong>de</strong> gratificação, consultoria,assistência técnica ou qualquer espécie <strong>de</strong> remuneraçãoadicional a servidor pertencente aos quadros <strong>de</strong> órgão daAdministração Pública Fe<strong>de</strong>ral, lotado ou em exercícioem qualquer dos entes partícipes;7. Realizar <strong>de</strong>spesas com taxas bancárias, multas, juros oucorreção monetárias, inclusive referentes a pagamentosou recolhimentos fora do prazo;8. Incluir <strong>de</strong>spesas realizadas antes ou <strong>de</strong>pois do período<strong>de</strong> vigência do instrumento;23


9. Incorrer em atraso não justificado no cumprimento <strong>de</strong>etapas ou fases programadas;10. Celebrar convênio com mais <strong>de</strong> um órgão paracumprimento do mesmo objeto, exceto quando se tratar<strong>de</strong> ações complementares, o que <strong>de</strong>ve ser consignado norespectivo instrumento, <strong>de</strong>limitando-se as parcelasreferentes <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste e as que <strong>de</strong>vam serexecutadas à conta <strong>de</strong> outro instrumento.7. ORIENTAÇÕES PARA A VERIFICAÇÃO DOPROCESSO DE PRESTAÇÃO DE CONTASPrestação <strong>de</strong> contas consiste no conjunto <strong>de</strong>documentos comprobatórios das <strong>de</strong>spesas efetuadas. Todogestor público é obrigado a prestar contas dos recursosrecebidos, sob pena <strong>de</strong> aplicação das sanções previstas emlei, e <strong>de</strong> comprometer o fluxo <strong>de</strong> recursos, mediantesuspensão <strong>de</strong> transferências.Cabe ao CONVENENTE, por meio dadocumentação que constitui a prestação <strong>de</strong> contas,<strong>de</strong>monstrar a boa e regular aplicação dos recursos recebidos,em conformida<strong>de</strong> com o Plano <strong>de</strong> Trabalho aprovado pelaConce<strong>de</strong>nte e, exclusivamente, na execução do objetoprevisto no convênio celebrado.Assim, ao término da vigência do instrumento queefetuou a transferência <strong>de</strong> recursos, <strong>de</strong>ve o responsável pelaaplicação dos recursos adotar as medidas cabíveis com vistasà apresentação das contas, e, fundamentalmente, observar oque se segue (IN 01/1997, art. 7º):1. Restituir ao conce<strong>de</strong>nte os valores transferidos,atualizados monetariamente a partir da data dorecebimento, acrescidos dos juros legais, na forma da24


legislação aplicável aos débitos para com a FazendaNacional, quando não for executado o objeto, quantonão for apresentada <strong>de</strong>vidamente a prestação <strong>de</strong> contas,ou quando os recursos forem utilizados em finalida<strong>de</strong>diversa daquela prevista no instrumento;2. Restituir saldo <strong>de</strong> recursos, inclusive os rendimentos <strong>de</strong>aplicação financeira, ao conce<strong>de</strong>nte ou ao TesouroNacional, conforme o caso, quando da conclusão,<strong>de</strong>núncia, rescisão ou extinção do instrumento (Lei nº8.666/1993, art. 116);3. Recolher à conta do conce<strong>de</strong>nte o valor correspon<strong>de</strong>ntea rendimentos <strong>de</strong> aplicação no mercado financeiro,referente ao período compreendido entre a liberação dorecurso e a sua utilização, quando não comprovado oseu emprego na consecução do objeto, ainda que nãotenha feito aplicação;4. Recolher à conta do conce<strong>de</strong>nte o valor, atualizadomonetariamente, correspon<strong>de</strong>nte ao percentual dacontrapartida pactuada, não aplicada na consecução doobjeto do convênio.O órgão conce<strong>de</strong>nte tem, a partir da data dorecebimento da prestação <strong>de</strong> contas, 60 dias para sepronunciar sobre a aprovação ou não da prestação <strong>de</strong> contasapresentada, sendo 45 dias para o pronunciamento daunida<strong>de</strong> técnica responsável pelo programa e 15 dias para opronunciamento do or<strong>de</strong>nador da <strong>de</strong>spesa (IN STN 01/1997,art. 31).Os documentos referentes às <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong>vem sermantidos em arquivo em boa or<strong>de</strong>m, no próprio local em queforem contabilizados, à disposição dos órgãos <strong>de</strong> controleinterno e externo, pelo prazo <strong>de</strong> 5 anos, contados daaprovação da prestação ou tomada <strong>de</strong> contas, do gestor doórgão ou entida<strong>de</strong> conce<strong>de</strong>nte, relativa ao exercício daconcessão (IN STN 01/1997, art. 30, §2º).25


Além disso, a Lei nº 8.443/1992 (Lei Orgânica doTCU), em seu art. 87, assegura o livre ingresso em órgãos eentida<strong>de</strong>s sujeitos à jurisdição do TCU e acesso a todos osdocumentos e informações necessários à realização <strong>de</strong> seutrabalho.A falta <strong>de</strong> apresentação da prestação <strong>de</strong> contas noprazo regulamentar implica na instauração <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong>contas especial, o que, além das sanções aplicadas ao gestor,resulta em impedimento do recebedor dos recursos <strong>de</strong>beneficiar-se <strong>de</strong> novas transferências.A autorida<strong>de</strong> administrativa competente, sob pena <strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong> solidária, <strong>de</strong>verá imediatamente adotarprovidências com vistas à instauração da tomada <strong>de</strong> contasespecial para apuração dos fatos, i<strong>de</strong>ntificação dosresponsáveis e quantificação do dano nos seguintes casos(Lei n° 8.443, <strong>de</strong> 16/07/92, art. 8°):1. Diante da omissão no <strong>de</strong>ver <strong>de</strong> prestar contas;2. Da não comprovação da aplicação dos recursosrepassados pela União;3. Da ocorrência <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfalque ou <strong>de</strong>svio <strong>de</strong> dinheiros, bensou valores públicos; ou4. Da prática <strong>de</strong> qualquer ato ilegal, ilegítimo ouantieconômico <strong>de</strong> que resulte dano ao Erário Público.Em caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>núncia, conclusão, rescisão ouextinção do instrumento, os saldos <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>volvidos, emno máximo 30 dias, sob pena <strong>de</strong> instauração <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong>contas especial (Lei nº 8.666/1993, art. 116, § 6º).A apresentação da Prestação <strong>de</strong> contas final aoconce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>verá ser até 60 (sessenta) dias após o términoda vigência estabelecida em cláusula própria do convênio(Inciso VIII do art. 7º e § 5º do art. 28 da IN STN 01/97).Caso o beneficiário não apresente as contas no prazoprevisto, será concedido o prazo <strong>de</strong> 30 dias para a26


apresentação ou recolhimento dos saldos, incluídosrendimentos da aplicação no mercado financeiro, à conta daentida<strong>de</strong> repassadora. Após esse prazo, se não cumpridas asexigências ou se existirem evidências <strong>de</strong> irregularida<strong>de</strong> <strong>de</strong>que resulte prejuízo ao erário, o órgão <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong>analítica instaurará a competente tomada <strong>de</strong> contas especial(IN STN 01/1997, art. 31, §§ 4º, 7º e 8º).A Prestação <strong>de</strong> Contas parcial/final será analisada naunida<strong>de</strong> técnica responsável pelo programa que emitiráparecer sobre os seguintes aspectos:1. Técnico – quanto à execução física e atingimento dosobjetivos do convênio, po<strong>de</strong>ndo o setor competentevaler-se <strong>de</strong> laudos <strong>de</strong> vistoria ou <strong>de</strong> informações obtidasjunto a autorida<strong>de</strong>s públicas do local <strong>de</strong> execução doconvênio;2. Financeiro – quanto à correta e regular aplicação dosrecursos do convênio;Aprovada a prestação <strong>de</strong> contas parcial/final, oOr<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Despesas fará o registro da aprovação nocadastro <strong>de</strong> convênio do SIAFI, fazendo constar do processo<strong>de</strong>claração expressa <strong>de</strong> que os recursos transferidos tiveramboa e regular aplicação e a encaminhará ao órgão <strong>de</strong>contabilida<strong>de</strong> analítica, o qual a examinará e, constatando asua legalida<strong>de</strong>, efetuará o registro <strong>de</strong> homologação no SIAFI;Constatada irregularida<strong>de</strong> ou inadimplência naapresentação <strong>de</strong> contas parcial, o Or<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Despesassuspen<strong>de</strong>rá imediatamente a liberação <strong>de</strong> recursos e notificaráo convenente dando-lhe o prazo <strong>de</strong> 30 (trinta) dias para sanara irregularida<strong>de</strong> ou cumprir a obrigação;Decorrido o prazo da notificação, sem que airregularida<strong>de</strong> tenha sido sanada, ou adimplida a obrigação, oOr<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Despesas comunicará o fato, sob pena <strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong>, ao órgão integrante <strong>de</strong> controle interno a27


que estiver jurisdicionado e provi<strong>de</strong>nciará, junto ao órgão <strong>de</strong>contabilida<strong>de</strong> analítica, a instauração <strong>de</strong> Tomada <strong>de</strong> ContasEspecial e registrará a inadimplência no cadastro <strong>de</strong> convêniodo SIAFI;Se a Prestação <strong>de</strong> Contas final não for aprovada eexauridas todas as providências cabíveis, o Or<strong>de</strong>nador <strong>de</strong>Despesas registrará o fato no cadastro <strong>de</strong> convênio do SIAFIe encaminhará o processo ao órgão <strong>de</strong> contabilida<strong>de</strong> analíticaa que estiver jurisdicionado, para instauração <strong>de</strong> Tomada <strong>de</strong>Contas especial e <strong>de</strong>mais medidas <strong>de</strong> sua competência, sobpena <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>.8. PRESTAÇÃO DE CONTAS PARCIALA prestação <strong>de</strong> contas parcial consiste nadocumentação a ser apresentada para comprovar aexecução <strong>de</strong> uma parcela recebida (em caso <strong>de</strong> três oumais parcelas) ou sobre a execução dos recursosrecebidos ao longo do ano.Quando a liberação dos recursos ocorrer em trêsou mais parcelas, a prestação <strong>de</strong> contas parcial referenteà primeira parcela é condição para a liberação daterceira; a prestação referente à segunda, para liberaçãoda quarta e assim sucessivamente (IN STN 01/1997, art.21, § 2º).Conforme estabelece o art. 32 da IN STN 01/97, aprestação <strong>de</strong> contas parcial <strong>de</strong>verá conter:1. Relatório <strong>de</strong> Execução Físico-Financeira (art. 28, inc.III, da IN 01/97);2. Demonstrativo da Execução da Receita e da Despesa,evi<strong>de</strong>nciando os recursos recebidos em transferência, a28


contrapartida, os rendimentos auferidos da aplicaçãodos recursos no mercado financeiro, quando for o caso,e os saldos <strong>de</strong> recursos não aplicados (art. 28, inc. IV,da IN STN 01/97 - vi<strong>de</strong> Anexo IV);3. Relação <strong>de</strong> pagamentos (art. 28, inc. V, da IN 01/97);4. Relação dos bens adquiridos, produzidos ou construídoscom recursos da União (art. 28, inc. VI, da IN STN01/97);5. Extrato da conta bancária específica do período que seesten<strong>de</strong> do recebimento da primeira parcela até o últimopagamento e, se for o caso, a conciliação bancária (inc.VII, art. 28, da IN STN 01/97);6. Cópia do termo <strong>de</strong> aceitação <strong>de</strong>finitiva da obra, quandoo objeto do convênio for a realização <strong>de</strong> obras ouserviços <strong>de</strong> engenharia (art. 28, inc. VIII, da IN STN01/97 - vi<strong>de</strong> Anexo VIII); cópia do <strong>de</strong>spachoadjudicatório e homologação das licitações realizadasou justificativa para a sua dispensa ou a suainexigibilida<strong>de</strong>, conforme o caso, com o respectivoembasamento legal quando o convenente pertencer àAdministração Pública (art. 28, inc. X, da IN STN01/97).No caso dos instrumentos <strong>de</strong> transferências referentes aoatendimento direto ao público nas áreas <strong>de</strong> assistência social,médica e educacional, além das peças citadas, <strong>de</strong>ve serapresentado, mensalmente, relatório <strong>de</strong> atendimento, que écondição indispensável à liberação das parcelas (IN STN03/1993, art. 20).9. PRESTAÇÃO DE CONTAS FINALA prestação <strong>de</strong> contas final constitui-se dadocumentação comprobatória da <strong>de</strong>spesa, apresentada à29


unida<strong>de</strong> conce<strong>de</strong>nte ao final da vigência do Convênio. Oprazo para a apresentação da prestação <strong>de</strong> contas à unida<strong>de</strong>conce<strong>de</strong>nte é até sessenta dias após o término da vigência doConvênio. (IN STN 01/1997, art. 28, § 5º).A prestação <strong>de</strong> contas final do total dos recursosrecebidos <strong>de</strong>ve ser constituída <strong>de</strong> relatório <strong>de</strong> cumprimentodo objeto, acompanhada dos seguintes documentos (IN STN01/1997, art. 28):1. Plano <strong>de</strong> trabalho ou atendimento;2. Cópia do termo firmado, com indicação da data <strong>de</strong> suapublicação;3. Relatório <strong>de</strong> execução físico-financeira;4. Demonstrativo da execução da receita e da <strong>de</strong>spesa,evi<strong>de</strong>nciando os recursos recebidos em transferência, acontrapartida, os rendimentos auferidos na aplicaçãodos recursos no mercado financeiro, quando for o caso,e os saldos;5. Relação <strong>de</strong> pagamentos;6. Relação dos bens adquiridos, produzidos ou construídoscom recursos da União;7. Extrato da conta bancária específica, no período que seesten<strong>de</strong> do recebimento da primeira parcela até o últimopagamento e, se for o caso, a conciliação bancária;8. Cópia do termo <strong>de</strong> aceitação <strong>de</strong>finitiva da obra, quandoo objeto visar à realização <strong>de</strong> obra ou serviço <strong>de</strong>engenharia;9. Comprovante <strong>de</strong> recolhimento do saldo <strong>de</strong> recursos àconta indicada pelo conce<strong>de</strong>nte, ou DARF, quandorecolhido ao Tesouro Nacional;10. Cópia dos <strong>de</strong>spachos adjudicatório e homologatório daslicitações realizadas ou justificativa para a sua dispensaou a sua inexigibilida<strong>de</strong>, com o respectivo embasamentolegal.30


10. PROCEDIMENTOS INERENTES ÀFORMULAÇÃO DO CONVÊNIOProcedimentos inerentes à formulação <strong>de</strong> Convênios,que <strong>de</strong>verão ser tomados pela Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Convêniosdo órgão Conce<strong>de</strong>nte, a partir das solicitações dosConvenentes:1. Receber e analisar as Propostas para celebração <strong>de</strong>convênios;2. Analisar Planos <strong>de</strong> Trabalho ou Planos <strong>de</strong> Atendimento,encaminhando-os à autorida<strong>de</strong> competente paraaprovação;3. Solicitar aos órgãos convenentes os documentosnecessários para a formalização dos convênios (art. 3º,incisos I, II, III e IV da IN 01/97-STN);4. Elaborar Termos <strong>de</strong> Convênios;5. Solicitar ao Setor Financeiro e Contábil emissão notas<strong>de</strong> empenho dos recursos a serem <strong>de</strong>scentralizados;6. Solicitar Pareceres Jurídicos;7. Comprovar se os solicitantes não estão inadimplentes noSIAFI e no CADIN (art. 3º, incisos V e VI da IN 01/97-STN);8. Cadastrar os Termos <strong>de</strong> Convênios no SIAFI como Pré-Convênios;9. Provi<strong>de</strong>nciar assinaturas das partes envolvidas nosConvênios;10. Publicar os extratos dos convênios no Diário Oficial daUnião;11. Converter Pré-Convênios em Convênios;12. Designar através <strong>de</strong> portaria um ou mais técnicos,conforme o caso, para acompanhar a execução físicados convênios;31


13. Encaminhar ao Setor Financeiro e Contábil dorespectivo órgão conce<strong>de</strong>nte, e aos órgãos convenentes,processo contendo:a. Termo <strong>de</strong> Convênio <strong>de</strong>vidamente assinado;b. Plano <strong>de</strong> Trabalho ou <strong>de</strong> Atendimento;c. Cópia do Termo <strong>de</strong> Convênio original, seoriundo <strong>de</strong> outro órgão;d. Cópia Portaria <strong>de</strong> <strong>de</strong>signação do(s)responsável (is) pelo acompanhamento doConvênio;e. Extrato <strong>de</strong> publicação do convênio e;f. No caso <strong>de</strong> obras, instalações ou serviços,Projeto Básico com elementos suficientes paracaracterizar a obra ou serviço, sua viabilida<strong>de</strong>técnica, custo, fases, ou etapas, e prazos <strong>de</strong>execução, conforme discriminados no incisoIX do art. 6º da Lei 8.666/93.Caberá ao Setor Financeiro e Contábil do órgãoconce<strong>de</strong>nte:1. Emitir Notas <strong>de</strong> Empenhos dos recursos<strong>de</strong>scentralizados dos Convênios, até a data <strong>de</strong> suasassinaturas;2. Emitir Or<strong>de</strong>ns Bancárias ou Notas <strong>de</strong> Lançamentos, emfavor do órgão convenente, dos recursos liberadosconforme cronograma <strong>de</strong> <strong>de</strong>sembolso;3. Comunicar aos órgãos convenentes, através <strong>de</strong> ofícios,das liberações dos recursos em parcelas;4. Orientar, quando necessário, os técnicos dos órgãosconvenentes sobre as Prestações <strong>de</strong> Contas;32


5. Proce<strong>de</strong>r à análise das Prestações <strong>de</strong> Contas Parcial eFinal dos Convênios celebrados e emitir pareceressobre os seguintes aspectos:a. Técnico – quanto à execução física eatingimento dos objetivos dos convênios,po<strong>de</strong>ndo valer-se <strong>de</strong> laudos <strong>de</strong> vistoria ou <strong>de</strong>informações obtidas junto às autorida<strong>de</strong>spúblicas do local <strong>de</strong> execução dos convênios;b. Financeiro – quanto à correta e regularaplicação dos recursos dos convênios;6. Após <strong>de</strong>claração expressa do Or<strong>de</strong>nador <strong>de</strong> Despesa <strong>de</strong>que os recursos transferidos tiveram boa e regularaplicação, efetuar registro <strong>de</strong> aprovação e homologaçãodos convênios, no SIAFI;7. Instaurar a competente tomada <strong>de</strong> contas especial eregistro <strong>de</strong> inadimplência no cadastro <strong>de</strong> convênios doSIAFI, quando <strong>de</strong>corrido o prazo da notificação, e osórgãos convenentes não tenham sanado asirregularida<strong>de</strong>s ou não tenham adimplidas asobrigações.Célia Maria da Rocha RibeiroCoor<strong>de</strong>nadora da Comissão Especial <strong>de</strong> Relacionamentoentre a Instituições <strong>de</strong> Ensino e as suas Fundações <strong>de</strong> Apoio33


INDICADORES DE GESTÃOSomos mais pais do nosso futurodo que filhos do nosso passado.Miguel <strong>de</strong> Unamuno35


INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO SUPERIORFÓRUM NACIONAL DE PRÓ-REITORES DEPLANEJAMENTO E ADMINISTRAÇÃOCOORDENAÇÃO NACIONALTITULARESIlka Maria <strong>de</strong> Almeida Moreira/<strong>UFG</strong>Roberto da Luz Júnior/UFSMLúcio Flávio S. Moreira/UFRN(Subst/José Airto Batista/UFSRegina Célia Lopes Araújo/UFRRJRobinson Antônio da RochaBraga/UFACCoor<strong>de</strong>nadora NacionalVice - Coor<strong>de</strong>nadorNacional2º Vice - Coor<strong>de</strong>nadorNacionalSecretária2 º SecretárioSUPLENTESRoberto Assad P. Machado/UFMSVilson Ongarato/ CEFET-PRJoaquim Aristi<strong>de</strong>s Oliveira/UFC (Subst/Luiz AlbertoB.Pititinga/UFBA)Herbert Barbosa Carneiro/UFESMurilo <strong>de</strong> Souza Morhy/UFPA37


COMISSÃO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃOEdmilson Bruno da Silveira/UFAMFrancisco <strong>de</strong> Assis Matos <strong>de</strong>Abreu/UFPAHermino Ramos <strong>de</strong> Souza/UFPEEdilberto Duarte Lopes/UFPIMarco Antonio Zaboto/UFSCar –membroRaquel Cristina Radamés <strong>de</strong> Sá/UFU –membroAntonio Camilo <strong>de</strong> Souza Cruz/EFOA -membroCoor<strong>de</strong>nadorMembroMembroMembroMembroMembroMembro1 – APRESENTAÇÃOEste documento visa trazer a público o resultado dasdiscussões, ocorridas no Fórum <strong>de</strong> Pró-Reitores <strong>de</strong>Planejamento e Administração-<strong>FORPLAD</strong> das InstituiçõesFe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> Ensino Superior (IFES), acerca doestabelecimento <strong>de</strong> um conjunto <strong>de</strong> Indicadores <strong>de</strong> Gestãopara o sistema fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> ensino superior.Esse conjunto <strong>de</strong> indicadores foi construído a partirdas possibilida<strong>de</strong>s concretas <strong>de</strong> sua utilização imediata,consi<strong>de</strong>rando bases <strong>de</strong> dados disponíveis, cujos resultados<strong>de</strong>vem levar a reflexões importantes para a tomada <strong>de</strong><strong>de</strong>cisão nas IFES, avaliação dos instrumentos <strong>de</strong>planejamento e das ações implementadas, <strong>de</strong>ntro,evi<strong>de</strong>ntemente, do cenário educacional público brasileiro.O presente trabalho, para o qual muitos contribuírame aos quais agra<strong>de</strong>cemos, <strong>de</strong>verá ser um marco na fixação <strong>de</strong>um conjunto variado <strong>de</strong> indicadores a serem utilizados pelas38


IFES visando sempre o <strong>de</strong>senvolvimento institucional em si edo sistema fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> ensino superior como um todo.É importante registrar que somente o conhecimentoe a análise, ao longo do tempo, dos dados e resultadosgerados pelas IFES, permitirão tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão seguras econfiáveis, para torná-las cada vez mais eficientes.Faz-se necessário explicitar que a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>indicadores a<strong>de</strong>quados ao conjunto das IFES foi uma tarefaque o <strong>FORPLAD</strong> assumiu, <strong>de</strong> uns anos para cá, fazendo-aconstar em seu Plano <strong>de</strong> Trabalho 2000-2001, dandocontinuida<strong>de</strong> no Plano <strong>de</strong> Trabalho 2001-2003, como uma <strong>de</strong>suas principais metas/programas <strong>de</strong> ação.Assim, gerou-se um documento, consi<strong>de</strong>rado oprimeiro passo na construção dos Indicadores <strong>FORPLAD</strong>,composto <strong>de</strong> 59 indicadores, envolvendo aspectos daGraduação, Pós-Graduação, Pesquisa, Extensão, AcervoBibliográfico e Corpo <strong>de</strong> Servidores acrescidos <strong>de</strong> mais 12indicadores referentes a Hospitais Universitários. Em outubro<strong>de</strong> 2001 uma primeira versão do documento foi apresentada àPlenária do Fórum, pela então Comissão Especial <strong>de</strong>Indicadores <strong>de</strong> Gestão/Forplad.Em julho <strong>de</strong> 2002, reunida em Brasília, a plenáriadiscutiu esse documento preliminar sugerindo algumasalterações e <strong>de</strong>legando competência à referida comissão paraa continuida<strong>de</strong> do trabalho.Paralelamente à criação dos indicadores pelo<strong>FORPLAD</strong>, o Tribunal <strong>de</strong> Contas da União - TCU veiorealizando, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1999, auditorias <strong>de</strong> Gestão em algumasUniversida<strong>de</strong>s Fe<strong>de</strong>rais ‘com o objetivo <strong>de</strong> levantarIndicadores <strong>de</strong> Desempenho que <strong>de</strong>veriam servir <strong>de</strong> base paraum melhor acompanhamento das IFES’, iniciando com umaauditoria-piloto realizada na UnB, esten<strong>de</strong>ndo-a para outrascinco IFES, a saber, a UFAM, <strong>UFG</strong>O, UFPE, UFRJ eUFRGS.39


Posteriormente, em 2002, através da Decisão Nº408/2002 – TCU – Plenário, o Tribunal Pleno <strong>de</strong>termina queas IFES incluam no Relatório <strong>de</strong> Gestão das Contas Anuaisos Indicadores <strong>de</strong> Gestão, constante em número <strong>de</strong> 09Indicadores e estabeleceu a criação <strong>de</strong> um Grupo <strong>de</strong> Contatopara criar os critérios <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>sses Indicadores.Em <strong>de</strong>zembro/2002 o TCU, a Secretaria <strong>de</strong> EducaçãoSuperior - SESu/MEC e a Secretaria Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> ControleInterno, lançaram o documento “ORIENTAÇÕES PARA OCÁLCULO DOS INDICADORES DE GESTÃO”, comaqueles 9 (nove) indicadores, contendo alterações na forma<strong>de</strong> cálculo <strong>de</strong> alguns <strong>de</strong>les, após a participação e discussão <strong>de</strong>representante da 6ª SECEX/TCU com a plenária do<strong>FORPLAD</strong>, que levantou alguns pontos <strong>de</strong> questionamentona metodologia apresentada pelo TCU.De toda forma, cumprindo a <strong>de</strong>cisão emanadadaquele Tribunal, as IFES incluíram os Indicadores <strong>de</strong>Gestão/TCU, no Relatório <strong>de</strong> Gestão das Contas Anuais <strong>de</strong>2002, como Anexo, segundo a metodologia estabelecidapelo TCU, registrando consi<strong>de</strong>rações críticas a esse respeito.In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente das ações e <strong>de</strong>cisões do TCU, o<strong>FORPLAD</strong> continuou seus estudos e, em abril <strong>de</strong> 2003, emreunião da sua Coor<strong>de</strong>nação Nacional Ampliada, discutiu-senovamente o elenco dos Indicadores <strong>de</strong> Gestão já propostos,on<strong>de</strong> várias sugestões foram acrescidas ao documentooriginal.Assim, após as incorporações das sugestões surge odocumento que ora consolidamos, evi<strong>de</strong>nciando-se que omesmo <strong>de</strong>verá ser dado a conhecer aos <strong>de</strong>mais fórunsconstituídos por pró-reitores ou similares das áreasacadêmicas, como os <strong>de</strong> Graduação, Pesquisa e Pós-Graduação e Extensão, com o objetivo <strong>de</strong> maioraprimoramento da proposta.Novembro/200340


2 - INDICADORES GERAISPrimeiramente, trataremos um conjunto inicial <strong>de</strong>nove Indicadores envolvendo tanto a área da Graduaçãoquanto da Pós-Graduação. Em um segundo momento,passaremos a <strong>de</strong>talhar outra listagem, i<strong>de</strong>ntificando-aseparadamente por área <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> nas IFES, seja naativida<strong>de</strong> meio ou fim, incluindo-se aquelas <strong>de</strong>senvolvidasem Hospitais Universitários.2.1 Despesa Corrente/Aluno Tesouro - DCATNa qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> indicador <strong>de</strong> eficiência, objetivaretratar a forma como os recursos alocados na produção <strong>de</strong>ensino e pesquisa estão sendo utilizados.On<strong>de</strong>:DCAT ?Despesa CorrenteA E ? A TI A TIG PG ?RDespesa Corrente – <strong>de</strong>ve ser expressaconsi<strong>de</strong>rando-se a soma algébrica conforme a seguir:(+) 85% das Despesas correntes (unida<strong>de</strong> central) (1)(+) Despesas correntes do Hospital Universitário(-) Aposentadorias e Reformas (conta n° 319001)(-) Pensões (conta n° 319003)(-) Sentenças Judiciais (conta n° 319091)(-) 65% das <strong>de</strong>spesas correntes do Hospital Universitário (2)(-) Despesa com pessoal cedido – docente(-) Despesa com pessoal cedido – técnico-administrativo41


(-) Despesa com afastamento País/Exterior – docente(-) Despesa com afastamento País/Exterior – técnico-administrativoE a expressãoA E ? A TI A TI é <strong>de</strong>nominada <strong>de</strong>G PG?Aluno Equivalente, e representa a soma do Total <strong>de</strong> Alunos daGraduação (A GPós-Graduação (<strong>de</strong> Residência (E), com o Número <strong>de</strong> Alunos Tempo Integral <strong>de</strong>A PGTIA RTIR) e o Número <strong>de</strong> Alunos Tempo Integral) sendo:AGE ? ?todos os cursos{ (Ndi ? Dpc )(1 ? [Fator <strong>de</strong>Retenção ]) ? ((Ni ? Ndi )/4)?Dpc )} ? Peso do GrupoOn<strong>de</strong>:Ndi = significa número <strong>de</strong> diplomados e expressa onúmero <strong>de</strong> concluintes dos cursos no ano letivocorrespon<strong>de</strong>nte ao exercício consi<strong>de</strong>rado no cálculo doindicador.Dpc = duração padrão do curso.Ni = número <strong>de</strong> alunos que ingressaram, no anoletivo relativo ao exercício consi<strong>de</strong>rado, em cada curso.Fator <strong>de</strong> Retenção = será dado pela Tabela 01abaixo.Observações:1.(1)Indica que se exclui parte(15%) das <strong>de</strong>spesas<strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> atuação nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Pesquisa,fazendo-se analogia ao consi<strong>de</strong>rado no atual Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong>Alocação <strong>de</strong> Recursos <strong>de</strong> OCC(Matriz MEC-1999-2000);2. (2) Será utilizado temporariamente este percentual, emborahaja questionamentos quanto a sua real42


epresentativida<strong>de</strong> para as ativida<strong>de</strong>s acadêmicas, o que<strong>de</strong>verá aguardar novos estudos das realida<strong>de</strong>s atuais dosHospitais Universitários, para novas consi<strong>de</strong>rações;3. Neste cálculo, os alunos consi<strong>de</strong>rados são os registradosno ano letivo referente ao exercício, em cursos <strong>de</strong>:I. graduação, ministrados nos turnos diurno e noturno;II. pós-graduação strictu sensu: mestrado e doutorado;III. residência médica.4. Os dados semestrais <strong>de</strong>vem ser somados e divididos pordois e não <strong>de</strong>vem ser incluídos alunos ou participantes<strong>de</strong> curso <strong>de</strong> extensão e <strong>de</strong> especialização.43


Tabela 01 - Fator <strong>de</strong> Retenção e Peso do GrupoÁrea Descrição das ÁreasFator <strong>de</strong> DuraçãoPeso doGrupoRetenção PadrãoGrupoA Artes 0,1150 4 A3 1,5CA Ciências Agrárias 0,0500 5 A2 2,0CB Ciências Biológicas 0,1250 4 A2 2,0CET Ciências Exatas e da Terra 0,1325 4 A2 2,0CH Ciências Humanas 0,1000 4 A4 1,0CH1 Psicologia 0,1000 5 A4 1,0CS1 Medicina 0,0650 6 A1 4,5CS2 Veterinária, Odontologia, 0,0650 5 A1 4,5ZootecniaCS3 Nutrição, Farmácia 0,0660 5 A2 2,0CS4 Enfermagem, Fiso, Fono, Ed. 0,0660 5 A3 1,5FísicaCSA Ciência Sociais Aplicadas 0,1200 4 A4 1,0CSB Direito 0,1200 5 A4 1,0ENG Engenharias 0,0820 5 A2 2,0LL Lingüísticas e Letras 0,1150 4 A4 1,0M Músicas 0,1150 4 A3 1,5TEC Tecnólogos 0,0820 3 A2 2,0CE1 Ciências Exatas -Matemática, 0,1325 4 A3 1,5Computação, EstatísticaCSC Arquitetura/Urbanismo 0,1200 4 A3 1,5CH2 Formação <strong>de</strong> Professor 0,1000 4 A4 1,0Fonte:www.mec.gov.br/SESu/ftp/tabelaTCU.pdfNeste contexto, AGrepresenta o Total <strong>de</strong> alunos naGraduação, A representa o Total <strong>de</strong> alunos na Pós-PGGraduação e AR, o Total <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> Residência Médica,on<strong>de</strong>:A PGTI = 2 x APGe A RTI = 2 x A R.44


2.2 Aluno Tempo Integral (ATI) / Professor - ATIDÉ um indicador <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> da Instituição,<strong>de</strong>finido por:ATID ?ATI ? ATIG PG ?ATINúmero <strong>de</strong> ProfessoresRObservação:Neste cálculo <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar, explicitando-a,quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> professores temporários.aO numerador da fórmula <strong>de</strong>sse indicador é<strong>de</strong>nominado Aluno Tempo Integral (ATI), calculado apartir da soma do Número <strong>de</strong> Alunos da Graduação emTempo Integral ( TI ), com o Número <strong>de</strong> Alunos TempoA GIntegral <strong>de</strong> Pós-Graduação (TI A PGTempo Integral <strong>de</strong> Residência Médica (On<strong>de</strong>:) e o Número <strong>de</strong> AlunosA RTI ).A G TI ? ? todos os cursos { (Ndi ? Dpc )(1?[ Fator <strong>de</strong>Retenção ]) ? ((Ni ? Ndi )/4)?Dpc )}Para o Fator <strong>de</strong> Retenção e Duração Padrão doscursos, vi<strong>de</strong> Tabela 01, acima.Para o cálculo do número <strong>de</strong> Professores consi<strong>de</strong>rarse-áo Professor Tempo Integral, on<strong>de</strong> a referência é odocente com regime <strong>de</strong> trabalho em tempo integral (40horas/semana, com ou sem Dedicação Exclusiva - D.E.),convertendo-se proporcionalmente os que se enquadram emoutros regimes. Assim, os professores em regime <strong>de</strong> D.E. e45


<strong>de</strong> 40 horas/semana receberão Peso 1, enquanto que osprofessores em 20 horas/semana receberão Peso 0,5.Tabela 02 - Pon<strong>de</strong>ração por Regime <strong>de</strong> Tabalho (Docentes)Regime <strong>de</strong> TrabalhoPESO20 horas/semana 0,540 horas/semana 1,0Dedicação Exclusiva 1,0Número <strong>de</strong>professores =(+) professores em exercício efetivo (do quadro)(+) professores substitutos e visitantes(-) professores afastados para capacitação ou cedidospara outros órgãos e/ou entida<strong>de</strong>s da administraçãopública em 31/12 do exercício2.3 Aluno Tempo Integral (ATI) / Funcionário - ATIFÉ um indicador <strong>de</strong> produtivida<strong>de</strong> da Instituição,<strong>de</strong>finido por:ATIF ?AG TI ? APGTI? ARTINúmero <strong>de</strong> FuncionáriosObservações:1. Deve-se computar apenas 35% dos funcionários dosHU´s e <strong>de</strong>stacar-se os temporários e os <strong>de</strong> cargoextintos;2. Enten<strong>de</strong>-se por “funcionários” todos os profissionaistécnico-administrativos vinculados às IFES (incluindoseos marítimos quando for o caso). Além dos46


servidores técnico-administrativos regidos pela Lei8112/90, <strong>de</strong>vem ser também consi<strong>de</strong>radas as pessoasfísicas contratadas sob a forma <strong>de</strong> prestação temporária<strong>de</strong> serviços (inclusive aqueles vinculados, direta ouindiretamente, às ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino e pesquisa – porexemplo, vigilante, auxiliar <strong>de</strong> limpeza, jardineiro,contínuo, garçom, motorista etc), lotados tanto naUniversida<strong>de</strong> quanto no Hospital Universitário;3. Deve ser consi<strong>de</strong>rado, como valor <strong>de</strong> referência, o servidor<strong>de</strong> tempo integral (40 horas/semana), convertendo-seproporcionalmente os que se enquadram em outrosregimes <strong>de</strong> trabalho;Tabela 03 – Pon<strong>de</strong>ração Regime <strong>de</strong> Trabalho (TA’s)Regime <strong>de</strong> TrabalhoPESO20 horas/semana 0,5030 horas/semana 0,7540 horas/semana 1,004. Neste cômputo não <strong>de</strong>vem ser incluídos os servidores cedidospara órgãos e entida<strong>de</strong>s da administração fe<strong>de</strong>ral, estadual emunicipal, assim como os afastados para capacitação no País,ou seja:Número <strong>de</strong>funcionários =(+) servidores técnico-administrativos vinculados àUniversida<strong>de</strong>(+) contratados sob a forma <strong>de</strong> prestação temporária<strong>de</strong> serviços(-) servidores afastados para capacitação ou cedidospara outros órgãos e/ou entida<strong>de</strong>s da administraçãopública em 31/12 do exercício.47


2.4 Funcionário / Professor- RFDÉ um indicador <strong>de</strong>finido por:Número <strong>de</strong> FuncionáriosRFD ?Número <strong>de</strong> ProfessoresSendo o Número <strong>de</strong> Professores e <strong>de</strong> Funcionáriosconsi<strong>de</strong>rados como foi <strong>de</strong>scrito anteriormente, no indicadorATIF.2.5 Grau <strong>de</strong> Participação Estudantil – GPETem como principal objetivo exprimir em que grauos alunos se utilizam da capacida<strong>de</strong> instalada naUniversida<strong>de</strong> e a velocida<strong>de</strong> da integralização curricular, e écalculado pelo quociente entre o número <strong>de</strong> Alunos <strong>de</strong>Graduação em Tempo Integral e o total do número <strong>de</strong> Alunos<strong>de</strong> Graduação já <strong>de</strong>finidos anteriormente.GPE ?AGATIG2.6 Grau <strong>de</strong> Envolvimento com Pós-Graduação – GEPGEste indicador tem o objetivo <strong>de</strong> retratar o grau <strong>de</strong>envolvimento em ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa e pós-graduação,expressando-se através da relação entre o número <strong>de</strong>estudantes vinculados a programas <strong>de</strong> mestrado e doutorado(número <strong>de</strong> “cabeças”) e o número total <strong>de</strong> estudantesmatriculados na graduação e pós-graduação (número <strong>de</strong>“cabeças”), on<strong>de</strong> os dados semestrais são somados edivididos por 2.48


GEPG ?AGAPG? APG2.7 Conceito CAPES/MEC para Pós-Graduação -CCAPESNo cálculo <strong>de</strong>sse indicador <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado oconceito da última avaliação realizada pela CAPES, cujosvalores variam <strong>de</strong> 1 a 7, sendo que, para os cursos queoferecem apenas o Mestrado, a nota máxima é 5, enquantoque, para os cursos que também oferecem Doutorado, a notamáxima é 7.Para obter o conceito CAPES da IFES <strong>de</strong>ve ser feitaa média aritmética dos conceitos CAPES <strong>de</strong> todos os cursos<strong>de</strong> pós-graduação (com mestrado ou com mestrado edoutorado) da instituição que tenham sido objeto <strong>de</strong>avaliação.CCAPES ?? Conceito <strong>de</strong> Todos os Cursos <strong>de</strong> Pós ? GraduaçãoNúmero total <strong>de</strong> Cursos <strong>de</strong> Pós ? Graduação2.8 Índice <strong>de</strong> Qualificação do Corpo Docente – IQCDTrata-se <strong>de</strong> um indicador já utilizado nos diversosestudos sobre o ensino superior, haja vista a sua correlaçãocom a qualida<strong>de</strong> do ensino e com o volume <strong>de</strong> pesquisasrealizadas e é calculado pela seguinte fórmula abaixo:5 D ? 3M? 2E? GIQCD ?D ? M ? E ? GAs variáveis D, M, E e G seguem os critériosexplicitados na Tabela 04, abaixo.49


TABELA 04 – Pon<strong>de</strong>ração da Qualificação DocenteQUALIFICAÇÃOPESODocentes doutores (D) 5Docentes mestres (M) 3Docentes com especialização (E) 2Docentes graduados (G) 1Observação:Deve-se consi<strong>de</strong>rar somente os professores em exercícionas ativida<strong>de</strong>s acadêmicas (professores em exercício:efetivos+substitutos+visitantes), excluindo-se os professoresafastados para capacitação ou cedidos para outros órgãos e/ouentida<strong>de</strong>s da administração pública em 31/12 do exercício.2.9 Taxa <strong>de</strong> Sucesso na Graduação – TSGÉ um indicador que fornece o índice <strong>de</strong> alunos queconcluem o curso no tempo <strong>de</strong> duração padrão prevista para cadacurso, e é calculado pela relação entre o número <strong>de</strong> diplomados e onúmero total <strong>de</strong> alunos ingressantes.TSG ?On<strong>de</strong>:NúmeroTotal <strong>de</strong>NdiAlunos IngressantesNúmero Total <strong>de</strong> Alunos Ingressantes – serácalculado consi<strong>de</strong>rando-se o ano do suposto ingresso dosestudantes que se graduam no exercício, com base na duraçãopadrão prevista para cada curso. Assim, para cursos comduração <strong>de</strong> 4 anos, <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado o número <strong>de</strong>ingressantes <strong>de</strong> quatro anos letivos atrás; para cursos comduração <strong>de</strong> 5 anos, <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rado o número <strong>de</strong>50


ingressantes <strong>de</strong> cinco anos letivos atrás e assimsucessivamente.Assim,Número Total <strong>de</strong> Alunos Ingressantes ? N?13 ? N14? N15N16On<strong>de</strong>:NI 3= Número <strong>de</strong> Ingressantes do exercício letivo <strong>de</strong>3 anos atrás, referentes aos cursos com duração prevista <strong>de</strong> 3anos.NI 4= Número <strong>de</strong> Ingressantes do exercício letivo <strong>de</strong>4 anos atrás, referentes aos cursos com duração prevista <strong>de</strong> 4anos.NI 5= Número <strong>de</strong> Ingressantes do exercício letivo <strong>de</strong>5 anos atrás, referentes aos cursos com duração prevista <strong>de</strong> 5anos.N = Número <strong>de</strong> Ingressantes do exercício letivo <strong>de</strong>I 66 anos atrás, referentes aos cursos com duração prevista <strong>de</strong> 6anos.3- INDICADORES ESPECÍFICOSPassamos, então, a consi<strong>de</strong>rar outros Indicadores <strong>de</strong>Gestão i<strong>de</strong>ntificados especificamente, <strong>de</strong>ntro da Graduação,da Pós-Graduação, da Pesquisa, da Extensão, do AcervoBibliográfico e dos Hospitais Universitários, conforme sesegue:51


A) GRADUAÇÃOA1) Relação Diplomado/Docente - RDDRDD ?Número Diplomados na GraduaçãoDocente em Tempo IntegralObservação:O cálculo do Docente em Tempo Integral <strong>de</strong>veincluir os temporários, explicitando-se esse quantitativo.A2) Relação Aluno/Docentesegue:Será dada através <strong>de</strong> dois indicadores, conforme seA2.1)RGD ?Aluno Tempo IntegralDocente em Tempo IntegralA2.2)RMD ?Número <strong>de</strong> MatrículasNúmero <strong>de</strong> Docentes em Tempo IntegralA3) Índice <strong>de</strong> crescimento das Vagas oferecidas naGraduação - IVGExpressa a evolução do número <strong>de</strong> vagas oferecidasem séries iniciais no vestibular e outros processos seletivos(utilizar dados do ano 1997 como base-referência)Número <strong>de</strong> vagas no ano ? 100IVG ?Número <strong>de</strong> vagas em 199752


A4) Índice <strong>de</strong> crescimento das Matrículas na Graduação -IMGExpressa a evolução do Número <strong>de</strong> Matrículas noscurso <strong>de</strong> Graduação (utilizar dados do ano <strong>de</strong> 1997 comoreferência)IMG ?Número <strong>de</strong> Matrículas no ano ? 100Número <strong>de</strong> Matrículas em 1997A5) Densida<strong>de</strong> Processo Seletivo <strong>de</strong> Ingresso - DPSIDPSI ?Número <strong>de</strong> inscritos nos processos seletivosNúmero <strong>de</strong> vagas oferecidas nos processos seletivosObservação:Em caso <strong>de</strong> dois ingressos anuais, expressar esse indicadoratravés da média aritmética dos dois processos <strong>de</strong> seleção.A6) Taxa <strong>de</strong> Evasão no ano (a-1) - TEvTEv ?? matrícula ? ? matrícula ? ingresso??Ndi ?a? 1aa a?1 ?matrículaa?1100On<strong>de</strong>:Matrícula significa o “estoque” total <strong>de</strong> alunosmatriculados e Ingresso representa o total <strong>de</strong> novos alunosmatriculados no ano/exercício consi<strong>de</strong>rado.A7) Taxa <strong>de</strong> Matrícula Noturna - TMN53


TMN ?Observação:Número <strong>de</strong> Matrículas em Cursos NoturnosNúmero Total <strong>de</strong> MatrículasNeste número <strong>de</strong> matrículas <strong>de</strong>ve-se excluir os trancamentos.A8) Taxa <strong>de</strong> Matrícula Fora <strong>de</strong> Se<strong>de</strong> - TMFSNúmero <strong>de</strong> Matrículas Fora <strong>de</strong> Se<strong>de</strong>TMFS ?Número <strong>de</strong> MatrículasB) PÓS-GRADUAÇÃOAqui todos os indicadores referem-se à Pós-Graduação Strito Sensu.B1) Taxa <strong>de</strong> Excelência na PG – TEPGTEPG ??? Número <strong>de</strong> Matrículas <strong>de</strong> Mestrado com conceito ? 4? ? ? Número <strong>de</strong> Matrículas <strong>de</strong> Doutorado com conceito ? 6?Número <strong>de</strong> Matrículas na Pós ? GraduaçãoB2) Taxa <strong>de</strong> Matrícula da PG - TMPGTMPG ?Número <strong>de</strong> MatrículasMatrículas na Graduaçãona Pós ? Graduação? Matrículas na Pós ? GraduaçãoB3) Taxa <strong>de</strong> cobertura das Bolsas <strong>de</strong> Mestrado - TBMTBM ?Total <strong>de</strong> Bolsas <strong>de</strong> MestradoNúmero <strong>de</strong> Matrículas? 3? CAPES, CNPq, FAPs, outras??nos Cursos <strong>de</strong> Mestrado54


Observação:(3) Refere-se a Bolsas oferecidas por empresas, pelaprópria ou outra instituição, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que tenham sua <strong>de</strong>vidacomprovação junto à CAPESB4) Taxa <strong>de</strong> cobertura das Bolsas <strong>de</strong> Doutorado - TBDRepresenta a cobertura das Bolsas <strong>de</strong> Doutoradoconcedidas em relação ao contingente <strong>de</strong> alunos matriculadosnos Cursos.? 4Total <strong>de</strong> Bolsas <strong>de</strong> Doutorado ? CAPES, CNPq, FAPs, outras??TBD ?Número <strong>de</strong> Matrículas nos Cursos <strong>de</strong> DoutoradoObservação:(4) Refere-se a Bolsas oferecidas por empresas, pelaprópria ou outra instituição, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que tenham sua <strong>de</strong>vidacomprovação junto à CAPES.B5) Índice <strong>de</strong> crescimento das Matrículas na Pós-GraduaçãoIndica a evolução do número <strong>de</strong> matrículas nosProgramas <strong>de</strong> Pós-Graduação e <strong>de</strong>ve-se utilizar dados do ano<strong>de</strong> 1997 como referência e é expresso pelos dois indicadoresIMPGM e IMPGD, calculados das seguintes formas:B5.1)Número <strong>de</strong> Matrículas em Mestrados no ano ? 100IMPGM ?Número <strong>de</strong> Matrículas nos Cursos <strong>de</strong> Mestrado em 199755


B5.2)Número <strong>de</strong> Matrículas em Doutorados no ano ? 100IMPGD ?Número <strong>de</strong> Matrículas nos Cursos <strong>de</strong> Doutorado em1997B6) Relação aluno <strong>de</strong> Pós-Graduação por Docente Doutor- APGDRIndica como o total <strong>de</strong> matrículas em Cursos <strong>de</strong>Mestrado e Doutorado está para o quantitativo <strong>de</strong> docentesdoutores.(Número <strong>de</strong> Matrículas em Mestrados ? Número <strong>de</strong> Matrículas em Doutorados)APGDR ?Número <strong>de</strong> Docentes DoutoresObservação:Neste cálculo <strong>de</strong>ve se consi<strong>de</strong>rar apenas os docentesefetivos.B7) Produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Docente Doutor - PDREste indicador expressa a relação entre os iplomadosnos Programas <strong>de</strong> Pós-Graduação, em níveis <strong>de</strong> Mestrado eDoutorado e o quantitativo <strong>de</strong> docentes doutores dosprogramas.PDR ?NdiPGNúmero <strong>de</strong> Docentes DoutoresOn<strong>de</strong>:NdiPG representa o número <strong>de</strong> diplomados nosProgramas <strong>de</strong> Pós-Graduação no ano/exercício emreferência.56


C) PESQUISAAs ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Pesquisa são aquelas <strong>de</strong>vidamenteaprovadas/cadastradas nos órgãos competentes da IFES e osdiversos indicadores elencados a seguir, <strong>de</strong>vem apontar paradimensionar-se o grau <strong>de</strong> envolvimento institucional comessas ativida<strong>de</strong>s e municiar a gestão <strong>de</strong> resultados que<strong>de</strong>monstrem <strong>de</strong>mandas a serem atendidas.C1) Taxa <strong>de</strong> alunos com bolsa <strong>de</strong> pesquisaEssa taxa visa explicitar as relações entre o número<strong>de</strong> Bolsistas, <strong>de</strong>vidamente engajados nos Programasinstitucionais, e os alunos matriculados na IFES, sejam donível <strong>de</strong> Graduação quanto <strong>de</strong> Pós-Graduação e é expressaatravés dos seguintes indicadores:C1.1)? 5??Número <strong>de</strong> Alunos Bolsistas PIBIC, PET, FAPs, outras <strong>de</strong> pesquisa ?TB ?Matrículas na Graduação ? Matrículas na Pós ? GraduaçãoC1.2)NúmeroTBG ?<strong>de</strong>Alunos? 5?Bolsistas na Graduação ? PIBIC, PET, FAPs, outras <strong>de</strong> pesquisa ?Número <strong>de</strong> Matrículas na GraduaçãoC1.3)Número <strong>de</strong>TBPG ?? 5?Alunos Bolsistas na Pós ? Graduação ? FAPs, PG, outras <strong>de</strong> pesquisa ?Número <strong>de</strong> Matrículas na Pós ? GraduaçãoObservação:(5)Bolsas oferecidas por empresas, pela própria ououtras instituições, <strong>de</strong> ensino ou não, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que tenham sua<strong>de</strong>vida comprovação/aprovação institucional.57


C2) Taxa da Produção IntelectualExpressa a Produção Intelectual, tanto em relação aoquantitativo <strong>de</strong> docentes em regime <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> DedicaçãoExclusiva quanto aos Grupos <strong>de</strong> Pesquisas existentes naIFES, e é representada por dois indicadores, da seguinteforma:C2.1)TPIDE ?Número <strong>de</strong> ProduçõesNúmero <strong>de</strong> DocentesIntelectuais (fonte : LATTES)em Dedicação Exclusiva(6)C2.2)Número <strong>de</strong> Produções Intelectuais (fonte : LATTES)TPP ?Número <strong>de</strong> Grupos <strong>de</strong> Pesquisa <strong>de</strong>vidamente registrados/cadastrados(6)Observação:(6) Indica as respectivas pon<strong>de</strong>rações em relação ao tipo <strong>de</strong>Produção:Livros e capítulos <strong>de</strong> livros – Peso 4Tese <strong>de</strong> doutorado <strong>de</strong>fendida – Peso 4Autoria <strong>de</strong> obra artística ou cultural divulgada – Peso 4Trabalhos completos publicados em periódicos oueventos – Peso 3Dissertação <strong>de</strong> mestrado apresentada – Peso 3Autoria <strong>de</strong> exposições e <strong>de</strong> outros recursos paradivulgação <strong>de</strong> obras artísticas,culturais ou <strong>de</strong>sportivas,como CD-ROM, apresentações multimídias etc – Peso 2Outros ( resumos, cartilhas, folhetos, relatórios, etc) –Peso 158


On<strong>de</strong>:Número <strong>de</strong> Produções Intelectuais é dado pelosomatório dos produtos <strong>de</strong> cada tipo <strong>de</strong> produção pela suarespectiva pon<strong>de</strong>ração, conforme listagem anterior <strong>de</strong>pon<strong>de</strong>rações.C3) Taxa do PatenteamentoÉ dada pelas relações entre o número <strong>de</strong> patenteslicenciadas, em relação às concedidas, e das concedidas emrelação às <strong>de</strong>positadas.C3.1)TPL ?Número <strong>de</strong> Patentes LicenciadasNúmero <strong>de</strong> Patentes ConcedidasC3.2)TPC ?Número <strong>de</strong> Patentes ConcedidasNúmero <strong>de</strong> Patentes DepositadasC4) Taxa <strong>de</strong> Docentes em grupos <strong>de</strong> Pesquisa - TDPExpressa o envolvimento dos docentes efetivos emrelação à ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesquisa, <strong>de</strong>senvolvida através <strong>de</strong>grupos <strong>de</strong> pesquisa, registrados na IFES.Número <strong>de</strong> Docentes Efetivos pertecentes grupos <strong>de</strong> pesquisaTDP ?Número <strong>de</strong> Docentes EfetivosObservação:O Docente com participação em mais <strong>de</strong> um grupo<strong>de</strong> pesquisa será contabilizado uma única vez.59


D) EXTENSÃOAs ações <strong>de</strong> extensão são aquelas <strong>de</strong>vidamenteaprovadas/cadastradas nos órgãos competentes da IFES e osdiversos indicadores elencados <strong>de</strong>vem apontar paradimensionar-se o grau <strong>de</strong> envolvimento da IFES com essasativida<strong>de</strong>s na instituição.D1) Taxa <strong>de</strong> alunos executores <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> ExtensãoEssa taxa, representada pelos seguintes indicadores,expressa o envolvimento dos alunos <strong>de</strong> Graduação e <strong>de</strong> Pós-Graduação com as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Extensão Universitária,<strong>de</strong>vidamente reconhecida pela IFES.D1.1)(7)Número <strong>de</strong> Alunos executores <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> extensãoTE ?Matrículas na Graduação ? Matrículas na Pós ? GraduaçãoD1.2)NúmeroTEG ?<strong>de</strong>Alunos <strong>de</strong> Graduação executores <strong>de</strong> açõesNúmero <strong>de</strong> Matrículas na Graduação<strong>de</strong>extensão(7)D1.3)NúmeroTEPG ?<strong>de</strong>Alunos da Pós ? Graduação executores <strong>de</strong> açõesNúmero <strong>de</strong> Matrículas na Pós ? Graduação<strong>de</strong> extensão(7)Observação:(7)Indica o número <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> graduação e <strong>de</strong> pósgraduaçãoque executam ações extensionistas, com ou sempercepção <strong>de</strong> bolsa <strong>de</strong> extensão.D2) Taxa <strong>de</strong> Docentes executores <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> Extensão -TDE60


Esse indicador expressa o envolvimento do corpodocente, em termos <strong>de</strong> seu quantitativo <strong>de</strong>pessoas/servidores, com as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Extensão da IFES.Número <strong>de</strong> Docentes executores <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> extensãoTDE ?Número Total <strong>de</strong> DocentesObservação:Aqui são computados como Docentes todos aqueles queestejam em ativida<strong>de</strong>, excluindo-se os temporários.D3) Número <strong>de</strong> Ações Equivalentes <strong>de</strong> Extensão - NAEIndica o quantitativo <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> extensão emcorrespondência com as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino da IFES.NAE ? ?? ação <strong>de</strong> extensão ? CH?15Observação:O valor 15 é um fator <strong>de</strong> normalização quecorrespon<strong>de</strong> a 15h, que é equivalente a 1 crédito.D4) Carga Horária Docente <strong>de</strong>dicada a ações <strong>de</strong> Extensão -CHDEEsse indicador expressa o envolvimento do corpo docente,em termos <strong>de</strong> carga horária <strong>de</strong>dicada/realizada, com as ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> Extensão da IFES.Total da Carga Horária <strong>de</strong>dicada a ações <strong>de</strong> extensãoCHDE ?Número <strong>de</strong> docentes executores <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> extensão61


Observação:Aqui são computados como Docentes todos queestejam em ativida<strong>de</strong>, excluindo-se os temporários.E) ACERVO BIBLIOGRÁFICODeve indicar a qualida<strong>de</strong> e a a<strong>de</strong>quação do acervobibliográfico existente em relação ao tamanho e <strong>de</strong>mandasinstitucionais, bem como o grau <strong>de</strong> pesquisa/utilização <strong>de</strong>sseacervo por parte da comunida<strong>de</strong> universitária. Aqui também aPós-Graduação consi<strong>de</strong>rada é a Strito Sensu.E1) Densida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Livros por Matrícula - DLMEsse indicador <strong>de</strong>monstra o potencial <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong><strong>de</strong> acervo para o contingente <strong>de</strong> alunos <strong>de</strong> Graduação e <strong>de</strong> Pós-Graduação da IFES.Número <strong>de</strong> LivrosDLM ?Matrículas na Graduação ? Matrículas na Pós ? GraduaçãoE2) Densida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Títulos por Matrícula - DTMEsse indicador evi<strong>de</strong>ncia o quantitativo <strong>de</strong> títulos <strong>de</strong> livrosdisponíveis para o contingente <strong>de</strong> alunos da IFES.DTM ?Número <strong>de</strong> Títulos <strong>de</strong> LivrosMatrículas na Graduação ? Matrículas na Pós ? GraduaçãoE3) Densida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Títulos <strong>de</strong> Periódicos por Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação - DPEsse indicador dimensiona o acervo <strong>de</strong> periódicos, emtermos <strong>de</strong> títulos disponíveis, em relação ao número <strong>de</strong> Programas<strong>de</strong> Pós-Graduação da IFES.62


DP ?Número <strong>de</strong> Títulos <strong>de</strong> PeriódicosNúmero <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Pós ? GraduaçãoE4) Densida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Consulta por Livro - DCAtravés <strong>de</strong>sse indicador <strong>de</strong>monstra-se a busca/consulta aoacervo por parte da comunida<strong>de</strong> universitária.DC ?Número <strong>de</strong> Consultas a LivrosNúmero <strong>de</strong> LivrosF) CORPO DE SERVIDORESEsses indicadores relativos ao quadro <strong>de</strong> servidores(docentes e técnico-administrativos) <strong>de</strong>vem explicitar diversosenfoques dados pelas IFES, como o esforço institucional para coma qualificação <strong>de</strong> seus quadros, a evolução <strong>de</strong>sse quadro em termosquantitativos <strong>de</strong> pessoal e a <strong>de</strong>monstração do envolvimento, doquadro <strong>de</strong> professores, através da manutenção do regime <strong>de</strong><strong>de</strong>dicação exclusiva, <strong>de</strong>ntre outros.F1) Taxa <strong>de</strong> Técnico-Administrativos (TA) com curso superior- TASEsse indicador <strong>de</strong>monstra o quantitativo <strong>de</strong> servidorestécnico-administrativos que possuem curso superior(Graduação)em relação ao quadro total da IFES, neste segmento.TAS ?Número <strong>de</strong> Servidores TA's com Curso SuperiorNúmero Total <strong>de</strong> TA'sObservação:No cálculo do número <strong>de</strong> servidores <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rarapenas aqueles que estão em ativida<strong>de</strong>, do quadro efetivo.63


F2) Taxa <strong>de</strong> Técnico-Administrativos (TA) com Curso <strong>de</strong> Pós-Graduação (Especialização,Mestrado e Doutorado) - TAPGNeste indicador <strong>de</strong>monstra-se a qualificação do corpotécnico-administrativo, em nível <strong>de</strong> pós-graduação, em relação aoquadro total da IFES, neste segmento.Número <strong>de</strong> Servidores TA's com Curso <strong>de</strong> Pós ? GraduaçãoTAPG ?Número Total <strong>de</strong> TA'sObservação:No cálculo do número <strong>de</strong> servidores <strong>de</strong>ve-seconsi<strong>de</strong>rar apenas aqueles que estão em ativida<strong>de</strong>, do quadroefetivo.F3) Taxa <strong>de</strong> Docentes em DE - TDDEEsse indicador expressa, <strong>de</strong>ntro do quadro docente, oíndice <strong>de</strong> prossores em regime <strong>de</strong> <strong>de</strong>dicação exclusiva.TDDE ?Observação :Número <strong>de</strong> Docentes em Dedicação ExclusivaNúmero <strong>de</strong> DocentesAqui consi<strong>de</strong>ra-se apenas os docentes efetivos.F4) Índice <strong>de</strong> crescimento do número <strong>de</strong> Docentes - IDExpressa a evolução do número <strong>de</strong> docentes doquadro efetivo e <strong>de</strong>ve-se utilizar os dados do ano <strong>de</strong> 1997como referência.64


F5) Índice da evolução do número <strong>de</strong> Docentes porTitulaçãoEsse índice é expresso, consi<strong>de</strong>rando-se aformação/titulação do corpo docente, nos níveis <strong>de</strong> Mestradoe <strong>de</strong> Doutorado, conforme se segue:F5.1) Índice <strong>de</strong> docentes com Mestrado - IDTMExpressa a evolução do número <strong>de</strong> docentes, doquadro efetivo, com título <strong>de</strong> Mestre e <strong>de</strong>ve-se utilizar osdados do ano <strong>de</strong> 1997 como referência.F5.2) Índice <strong>de</strong> crescimento do número <strong>de</strong> Docentes comDoutorado – IDTDExpressa a evolução do número <strong>de</strong> docentes, doquadro efetivo, com título <strong>de</strong> Doutor e <strong>de</strong>ve-se utilizar osdados do ano <strong>de</strong> 1997 como referência.F6) Índice <strong>de</strong> evolução do número <strong>de</strong> Técnico-Administrativos - ITAExpressa a evolução do número <strong>de</strong> funcionáriostécnico-administrativos, do quadro efetivo, e sugere-seutilizar os dados do ano <strong>de</strong> 1997 como referência.F7) Índice <strong>de</strong> evolução do número <strong>de</strong> Técnico-Administrativo por TitulaçãoEsse índice indica a formação/titulação do corpotécnico-administrativo, nos níveis <strong>de</strong> Mestrado e <strong>de</strong>Doutorado, conforme se segue:65


F7.1) Índice <strong>de</strong> Técnico-Administrativos com Mestrado –ITAMExpressa a evolução do número <strong>de</strong> funcionáriostécnico-administrativos do quadro efetivo, com titulo <strong>de</strong>Mestre, e <strong>de</strong>ve-se utilizar os dados do ano <strong>de</strong> 1997 comoreferência.F7.2) Índice <strong>de</strong> Técnico-Administrativos com Doutorado– ITADExpressa a evolução do número <strong>de</strong> funcionáriostécnico-administrativos do quadro efetivo, com titulo <strong>de</strong>doutor, e <strong>de</strong>ve-se utilizar os dados do ano <strong>de</strong> 1997 comoreferência.F8) Taxa <strong>de</strong> Docentes Temporários - DTEsse indicador visa mostrar a relação entre oquantitativo <strong>de</strong> docentes temporários e o quadro total <strong>de</strong>professores.DT ?Número <strong>de</strong> Docentes Temporários? Número <strong>de</strong> Docentes Efetivos ? Número <strong>de</strong> Docentes Temporários ?F9) Taxa <strong>de</strong> Técnico-Administrativos(TA) Temporários -TATIndica o quantitativo <strong>de</strong> servidores técnicoadministrativosem relação ao quadro total <strong>de</strong> servidores,<strong>de</strong>sse segmento, da IFES.TAT ?Número <strong>de</strong> TA Temporários? Número <strong>de</strong> TA Efetivos ? Número <strong>de</strong> TA Temporários?66


G) HOSPITAL UNIVERSITÁRIOEsses indicadores, relativos ao HospitalUniversitário(HU) <strong>de</strong>vem, <strong>de</strong>ntre outros, explicitar diversosenfoques como: a dimensão do HU frente às <strong>de</strong>mandasinstitucionais e da população em geral; a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> suasativida<strong>de</strong>s; e a sua produção em alguns aspectos.G1) Densida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Leito ativo por Médico Resi<strong>de</strong>nte -DLREsse indicador expressa a relação <strong>de</strong> leitos ativospelo quantitativo <strong>de</strong> Médicos Resi<strong>de</strong>ntes do HospitalUniversitário.DLR ?Número <strong>de</strong> leitos ativosNúmero <strong>de</strong> médicos resi<strong>de</strong>ntes do Hospital UniversitárioObservação:Consi<strong>de</strong>rar apenas os Médicos Resi<strong>de</strong>ntes aprovadospelo Conselho <strong>de</strong> Residência Médica.G2) Densida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Internos(alunos) por Médico - DIMEsse indicador expressa a relação alunos <strong>de</strong> Internatopelo quantitativo <strong>de</strong> Médicos do quadro efetivo do HospitalUniversitário.DIM ?Número <strong>de</strong> InternosNúmero <strong>de</strong> médicos do quadro efetivoG3) Taxa <strong>de</strong> Infecção Hospitalar por período - TIH67


Esse é um indicador que <strong>de</strong>monstra a qualida<strong>de</strong> dascondições <strong>de</strong> atendimento no Hospital Universitário.TIH ?Total <strong>de</strong> casos <strong>de</strong>Total <strong>de</strong> altasinfecção em <strong>de</strong>terminado período ? 100? total <strong>de</strong> óbitos no mesmo períodoG4) Taxa <strong>de</strong> Ocupação - TOExpressa a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> atendimento do HospitalUniversitário em relação ao quantitativo <strong>de</strong> leitos ativos.TO ?Total <strong>de</strong> pacientesTotal <strong>de</strong> leitos? dia em <strong>de</strong>terminado período ? 100? dia no mesmo períodoG5) Média <strong>de</strong> Tempo <strong>de</strong> Permanência - MPExpressa a relação entre o número <strong>de</strong> pacientesatendidos em relação as altas e os remanescentes.MP ?Total <strong>de</strong> pacientes?dia durante um <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> tempoTotal <strong>de</strong> pacientes com alta? remanescentesG6) Índice <strong>de</strong> Consultas por Médico - ICMIndica a relação entre as consultas médicas e oquantitativo <strong>de</strong> médicos existentes no Hospital Universitário.ICM ?número <strong>de</strong> consultas em <strong>de</strong>terminado períodoNúmero <strong>de</strong> médicos <strong>de</strong> ambulatório no mesmo períodoG7) Índice <strong>de</strong> Internação por Consulta - IICExpressa a relação que existe entre o quantitativo <strong>de</strong>pacientes internados e as consultas realizadas.68


Número <strong>de</strong> pacientes internados oriundos da emergência em <strong>de</strong>terminado período ? 100ICC ?Número <strong>de</strong> consultas nos ambulatórios no mesmo períodoG8) Taxa <strong>de</strong> Mortalida<strong>de</strong> Infantil - TMIEsse é um indicador <strong>de</strong>monstrado através da relaçãoentre os óbitos infantis ocorridos e os nascidos vivos no ano.Total <strong>de</strong> óbitos infantis em <strong>de</strong>terminado período ? 100TMI ?Total <strong>de</strong> nascidos vivos no mesmo períodoG9) Taxa <strong>de</strong> Partos cirúrgicos ou cesarianos - TPExpressa a relação entre as cesarianas e o número <strong>de</strong>partos realizados no ano.Total <strong>de</strong> cesarianas em <strong>de</strong>terminado período ? 100TP ?Total <strong>de</strong> partos no mesmo períodoG10) Taxa <strong>de</strong> Intervenções Cirúrgicas - TICIndica a relação entre as intervenções cirúrgicas e asinternações realizadas no ano.TIC ?Total <strong>de</strong> intervençõ es cirúrgicas pelo centro cirúrgico em <strong>de</strong>terminad o períodoTotal <strong>de</strong> internaçõe s no mesmo período? 100G11) Densida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Exames Laboratoriais por Consulta- DELCTrata-se <strong>de</strong> um indicador que fornece a relação entreos exames realizados e as consultas médicas do ano.Número <strong>de</strong> exames laboratoriaisDELC ?Total <strong>de</strong> consultas no período69


G12) Densida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Exames Laboratoriais por Internação -DELITrata-se <strong>de</strong> um indicador que fornece a relação entreos exames realizados e as internações hospitalares ocorridasno ano.DELI ?Número <strong>de</strong> exames laboratoriaisTotal <strong>de</strong> internações no período4 - DEFINIÇÕES IMPORTANTES1 - Curso Noturno – curso <strong>de</strong> graduação que é divulgadocomo noturno no edital <strong>de</strong> divulgação do vestibular.2 - Docentes Temporários – Professores Substitutos eProfessores Visitantes.3 - Grupos <strong>de</strong> Pesquisa – consi<strong>de</strong>rar os cadastrados noCNPq.4 - Matrícula Fora <strong>de</strong> Se<strong>de</strong> – consi<strong>de</strong>rar as matrículas noscursos oferecidos em instalações das IFES localizadas emmunicípios fora do município da se<strong>de</strong> em cursos comautorização do MEC.5 - Número <strong>de</strong> Diplomados – número total <strong>de</strong> alunos quecolaram grau, no ano.6 - Número <strong>de</strong> Ingressantes – número <strong>de</strong> ingressos viavestibular ou qualquer outra forma <strong>de</strong> ingresso, no ano.70


7 - Número <strong>de</strong> Matrículas – número <strong>de</strong> alunosregulares/efetivos, que efetuaram matrícula em pelo menosuma disciplina no referido semestre/ano.8 - Patente Concedida (ou Carta Patente) – é o pedido <strong>de</strong>patente <strong>de</strong> invenção já examinado pelo INPI ou porescritórios <strong>de</strong> outros países (no caso <strong>de</strong> patentes <strong>de</strong>positadasno exterior) e <strong>de</strong>ferido por apresentar os três requisitos <strong>de</strong>patenteabilida<strong>de</strong>, que são: novida<strong>de</strong>, ativida<strong>de</strong> inventiva eaplicação industrial.9 - Patente Depositada – é o pedido <strong>de</strong> patente <strong>de</strong> invençãoprotocolado no Instituto Nacional da Proprieda<strong>de</strong> Industrial(INPI) ou em escritórios <strong>de</strong> outros países (no caso <strong>de</strong> patentes<strong>de</strong>positadas no exterior).10 - Patente Licenciada – é a patente comercializada através<strong>de</strong> contrato específico, po<strong>de</strong>ndo prever o recebimento <strong>de</strong>royalties por parte do licenciante.5 - CONSIDERAÇÕES FINAISO estabelecimento <strong>de</strong> indicadores padrões paraaplicação em todas as IFES não permite, por si só, oestabelecimento <strong>de</strong> parâmetros <strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenho individuaispara cada indicador. As realida<strong>de</strong>s das Instituições Fe<strong>de</strong>rais<strong>de</strong> Ensino Superior são distintas e complexas, carecendo daanálise situacional <strong>de</strong> cada instituição. O principal ganho noestabelecimento <strong>de</strong> indicadores se dá na comparabilida<strong>de</strong> dosmesmos, em uma série histórica evolutiva em cada IFES.Torna-se imperioso registrar que o exercício <strong>de</strong>comparabilida<strong>de</strong> entre IFES <strong>de</strong>ve ser feito com base em umaanálise <strong>de</strong> conteúdo mais aprofundada.71


O <strong>FORPLAD</strong> com este trabalho visa trazer umacontribuição para obter-se uma análise crítica por parte dasIFES ao seu <strong>de</strong>sempenho, sob diversos enfoques, sempre naperspectiva <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> cada instituição, o que serepercurtirá no <strong>de</strong>senvolvimento do Sistema Público Fe<strong>de</strong>ral<strong>de</strong> Ensino Superior no Brasil.A ferramenta utilizada para o cálculo dos indicadoresé dada através <strong>de</strong> uma planilha em Excel, intitulada“Simulação Indicadores <strong>FORPLAD</strong>”, sendo parte integrante<strong>de</strong>ste trabalho e estará disponibilizada no Portal do<strong>FORPLAD</strong> – www.andifes.org.br/forplad. Os dados a seremutilizados <strong>de</strong>vem ser os <strong>de</strong> fontes oficiais como o Censo/INEP,SIAPE, SIAFI, CAPES, CNPq, etc.6 - EQUIPES DE ELABORAÇÃOPrimeira Comissão <strong>de</strong> Trabalho (2000-2001):Maria Alice Lahorgue/UFRGS - Coor<strong>de</strong>nadoraEmilson Rocha <strong>de</strong> Oliveira/<strong>UFG</strong> - MembroIzabel Cristina Portinho da Cunha Santos/UFRGS -MembroCarlos Moreira da Costa/UFRJ - MembroElizabeth <strong>de</strong> Araújo Ferreira/UnB – MembroHermino Ramos Souza/UFPE - MembroJean Oliveira/FUAM - MembroMarta Emília Teixeira/UnB - MembroSegunda Comissão que <strong>de</strong>u sequência ao trabalho (2001-2003)Edmilson Bruno da Silveira/UFAM-Coor<strong>de</strong>nador,Francisco <strong>de</strong> Assis Matos <strong>de</strong> Abreu/UFPA – MembroHermino Ramos <strong>de</strong> Souza/UFPE – MembroEdilberto Duarte Lopes/UFPI – Membro72


Marco Antonio Zaboto/UFSCar – MembroRaquel Cristina Radamés <strong>de</strong> Sá/UFU – MembroAntonio Camilo <strong>de</strong> Souza Cruz/EFOA – MembroMaria Ivanil<strong>de</strong> Cavalcante/UFAM - ColaboradoraÉrika Pinheiro Magalhães/UFRA – ColaboradoraNota Importante: A Coor<strong>de</strong>nação Nacional Ampliadacomposta pela Coor<strong>de</strong>nação Nacional acrescida dosCoor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> Regionais e Coor<strong>de</strong>nadores <strong>de</strong> ComissõesTemáticas também foram partícipes no preparo <strong>de</strong>ste trabalhofinal, que se consolidou após as discussões levadas às reuniõesplenárias.Referências:Relatórios/pareceres do TCU, sobre auditorias às IFES;Instrução Normativa Nº 12/1996/TCU;Instrução Normativa Nº 02/2000/SFC/MF;Avaliação da Extensão: proposta <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo institucionaldadose indicadores/UFRGS- julho/2000 e out/2000;Plano Plurianual-PPA 2000-2003;Extensão Universitária:Diretrizes Conceituais e Políticas-Documentos Básicos do Fórum Nacional <strong>de</strong> Pró-Reitores <strong>de</strong>Extensão das Universida<strong>de</strong>s Públicas Brasileiras-1997-2000;Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Alocação <strong>de</strong> recursos orçamentários para as IFES-MEC/SESu- 1999-2000;Normas <strong>de</strong> Administração e Controle do Hospital- Ministério daSaú<strong>de</strong>/Secretaria <strong>de</strong> Assistência Médica/Coor<strong>de</strong>nadoria <strong>de</strong>assistência Médica e Hospitalar, 1974.73


UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁSPRÓ-REITORIA DE ADMINISTRAÇÃO EFINANÇASCampus Samambaia – Caixa Postal 131CEP: 74001-970 – Goiânia – GOFone: (62) 521-1054Fax: (62) 521-1131Home page: www.proad.ufg.br75


AVALIAÇÃO NAS IFESInicialmente, para melhor contextualizar o presentedocumento, faz-se necessário comentar, emborasucintamente, sobre o papel e ativida<strong>de</strong>s do Fórum <strong>de</strong> Pró-Reitores <strong>de</strong> Planejamento e Administração das InstituiçõesFe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> Ensino Superior - <strong>FORPLAD</strong>.O <strong>FORPLAD</strong> é um fórum assessor da AssociaçãoNacional <strong>de</strong> Dirigentes das Instituições Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> EnsinoSuperior(ANDIFES) e congrega todos os Pró-Reitores <strong>de</strong>Planejamento e Administração das IFES que, <strong>de</strong>ntro do seupapel assessor, tem procurado promover discussões sobre adinâmica <strong>de</strong> planejamento e administração das ativida<strong>de</strong>s,funções e objetivos, intercambiando e enriquecendoexperiências, <strong>de</strong>senvolvendo estudos e análises nestesassuntos, fundamentados nos princípios que norteiam aadministração pública e na missão social que o Sistema IFESpossui, na <strong>de</strong>fesa inarredável <strong>de</strong> sua gratuida<strong>de</strong>, sua crescentequalida<strong>de</strong> e busca <strong>de</strong> seu equilíbrio e <strong>de</strong>senvolvimento,mesmo diante das diferenças regionais do país.Neste sentido é que a Avaliação Institucional seinsere nas ações do Plano <strong>de</strong> Trabalho do <strong>FORPLAD</strong>, noeixo temático Estrutura e Funcionamento, sub tema GestãoUniversitária Geral, já contando com inúmeras discussõesorganizadas, pelo fórum, <strong>de</strong>ntre as quais po<strong>de</strong>mos ressaltar asrealizadas no ano <strong>de</strong> 2002, numa mesa redonda, em uma <strong>de</strong>suas reuniões ordinárias abordando e discutindo experiênciasque vêm se <strong>de</strong>senvolvendo nas IFES.Assim, para nós, a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> explicitar ocaminhar <strong>de</strong> nossas instituições neste assunto, é motivo <strong>de</strong>satisfação, pois <strong>de</strong>monstramos que, apesar do pouco ou quasenenhum apoio externo recebido pelas IFES, gran<strong>de</strong>s esignificativos passos pô<strong>de</strong>-se dar, graças ao esforço dascomunida<strong>de</strong>s universitárias locais <strong>de</strong> cada instituição.77


Portanto, para abordar esse processo, tentamosconsolidar alguns pontos e aspectos <strong>de</strong> experiências que estãose <strong>de</strong>senvolvendo nas instituições fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> ensinoeuperior, o que, <strong>de</strong> forma alguma, não po<strong>de</strong>rá ser entendidocomo a visão <strong>de</strong> todo o Sistema IFES.Dentre eles po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar:- As instâncias <strong>de</strong> Avaliação e seus âmbitos <strong>de</strong> atuação;- Tipos e Processos <strong>de</strong> Avaliação;- A avaliação como melhoria <strong>de</strong> gestão acadêmica, <strong>de</strong>planejamento e administrativa;- A avaliação externa;- Indicadores <strong>de</strong> Gestão do <strong>FORPLAD</strong> e;- Definição <strong>de</strong> uma política nacional <strong>de</strong> avaliação.O primeiro ponto fundamental a ser colocado é aexistência <strong>de</strong> uma instância <strong>de</strong> Avaliação na maioria dasIFES, seja em forma <strong>de</strong> Comissão, <strong>de</strong> Superintendência,<strong>de</strong>Coor<strong>de</strong>nadoria ou Assessoria. Essas instâncias têm atuadofortemente no âmbito da Avaliação da Graduação mas, emgran<strong>de</strong> parte das IFES, atuam também na Pós-Graduação eem outras ativida<strong>de</strong>s fins e <strong>de</strong> gestão da instituição. As IFESque não possuem essa instância <strong>de</strong> trabalho, prevêem em seusProjetos <strong>de</strong> Planejamentos Estratégicos, ou em suasnormatizações ou estatutos, a <strong>de</strong>finição para o alcance <strong>de</strong>sseobjetivo.No âmbito da avaliação da Graduação, po<strong>de</strong>-seencontrar projetos institucionais que <strong>de</strong>senvolvem estudossobre evasão nos diversos cursos, possibilitando à instituição<strong>de</strong>senvolver mecanismos para a reversão do problema, sejaatravés <strong>de</strong> revisão dos seus projetos pedagógicos, operandoreformas curriculares com introdução e/ou supressão <strong>de</strong>disciplinas, seja estabelecendo Programas <strong>de</strong> Bolsas <strong>de</strong>Apoio e Inclusão Social, <strong>de</strong> Bolsas <strong>de</strong> Monitoria, <strong>de</strong>Iniciação Científica, intensificando atendimento e orientações78


acadêmicas, promovendo assistência médica, odontológica,psicológica e jurídica, <strong>de</strong>senvolvendo Programas <strong>de</strong> MoradiaEstudantil, além <strong>de</strong> propor modificações dos conteúdosprogramáticos e da forma como os cursos são ministrados. Aprópria criação <strong>de</strong> cursos noturnos e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>reopção <strong>de</strong> curso são mecanismos já <strong>de</strong>senvolvidos. Osprojetos que possuem como ação a pesquisa sobre os alunosegressos e outras formas <strong>de</strong> pesquisa sobre as gra<strong>de</strong>scurriculares, têm <strong>de</strong>monstrado eficácia na diminuição daevasão em diversos níveis da graduação.Também são <strong>de</strong>senvolvidos cursos <strong>de</strong> atualizaçãodidático-pedagógica para os professores,treinamento/capacitação para o uso <strong>de</strong> novas tecnologiasespecialmente na área <strong>de</strong> informática e outras intervençõespara a melhoria da infraestrutura <strong>de</strong> salas <strong>de</strong> aula elaboratórios como mecanismos <strong>de</strong> permanência nos cursos.O levantamento das vagas oriundas da evasão, que jáé feito no final <strong>de</strong> cada período letivo, é instrumentoimportante nesse processo para possibilitar o preenchimentodas mesmas através <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> transferência interna,facultativa (externa) e por portadores <strong>de</strong> Diploma <strong>de</strong> NívelSuperior nas diversas áreas.Além das várias iniciativas já pontuadas po<strong>de</strong>-seacrescentar ainda o uso sistemático <strong>de</strong> indicadores como o <strong>de</strong>“Taxa <strong>de</strong> Sucesso na Graduação” para medir o grau <strong>de</strong>evasão e sua disponibilização aos respectivos Colegiados <strong>de</strong>Cursos, à Pró-<strong>Reitoria</strong> <strong>de</strong> Graduação e Câmara <strong>de</strong>Graduação, para orientar tomadas <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão diante dosresultados apurados.Vale ressaltar que a diferença entre as IFES faz comque algumas <strong>de</strong>las não valorizem este ponto pelo fato <strong>de</strong>possuírem cursos cuja evasão é praticamente nula.79


As avaliações do Corpo Docente pelo CorpoDiscente também têm se constituído em instrumentorelevante nos projetos <strong>de</strong> avaliação das instituições.Essas avaliações vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aquelas utilizadas para asavaliações <strong>de</strong> caráter funcional (progressões na carreiradocente, avaliação em estágio probatório, alteração <strong>de</strong> cargahorária contratual, etc.) àquelas para elevar a instituição apatamares <strong>de</strong> excelência. Muitos projetos prevêem arealização <strong>de</strong> avaliações periódicas <strong>de</strong> todas as disciplinaspelos alunos e professores, e seus resultados sãosistematizados e divulgados para a comunida<strong>de</strong>.Os instrumentos <strong>de</strong>ssa avaliação, em gran<strong>de</strong> parte,são questionários específicos, ou em forma <strong>de</strong> formuláriospreenchidos manualmente ou por meio eletrônico, on<strong>de</strong>buscam avaliar os aspectos metodológicos, cumprimento dasnormas acadêmicas, relacionamento com os discentes ea<strong>de</strong>quação dos conteúdos programáticos à realida<strong>de</strong> do dia-adia,havendo casos on<strong>de</strong> o estudante avalia os professores dasdisciplinas do semestre anterior, cujos resultados subsidiamnovas orientações no fazer acadêmico dos cursos,continuamente.O ritual <strong>de</strong> elaboração e consolidação <strong>de</strong> relatórios,que contém os resultados gerais da avaliação dos docentes,por Departamentos, Centros/Unida<strong>de</strong>s Acadêmicas e seuscomentários, contempla encaminhamentos aosDepartamentos Acadêmicos e ao Órgão Central que coor<strong>de</strong>naessas ativida<strong>de</strong>s na IFES, propondo, inclusive, orientaçõespara a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> cada caso, que seja necessária.Um aspecto relevante a ser colocado é que asinstituições têm investido no aperfeiçoamento eagilida<strong>de</strong>/informatização dos instrumentos/procedimentos <strong>de</strong>seus projetos <strong>de</strong> avaliação, com os cuidados <strong>de</strong> que asativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino <strong>de</strong>senvolvidas pelos docentes sejamanalisadas em termos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> no que se refere aosprocessos metodológicos e <strong>de</strong> conteúdo.80


Po<strong>de</strong>-se também registrar que além da avaliação feitapelos alunos, há também avaliações internas dos docentesatravés da Comissão Permanente do Pessoal Docente-CPPD,em algumas IFES.Em relação ao Quadro Técnico Administrativo, osprojetos <strong>de</strong> avaliação institucional das IFES possuimecanismos que visam conhecer os pontos vulneráveis e aconsequente melhoria do <strong>de</strong>senvolvimento do trabalho esatisfação do servidor no <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> suas funções.Dentre os diversos processos verifica-se que,periodicamente, existem avaliações feitas em caráterfuncional até aquela que visa a melhoria contínua do<strong>de</strong>sempenho do Servidor, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> umapossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> progressão na carreira. Essas avaliações sãocomumente feitas com a audiência ao chefe imediato, aopróprio servidor (auto-avaliação), e/ou a uma equipe <strong>de</strong>trabalho, através <strong>de</strong> um questionário padrão, para todos osníveis <strong>de</strong> carreira, on<strong>de</strong> se consi<strong>de</strong>ra valoração/pontuaçãopara os fatores assiduida<strong>de</strong>, disciplina, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>iniciativa, produtivida<strong>de</strong> e responsabilida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>ntre outros.Outros projetos consi<strong>de</strong>ram um instrumento <strong>de</strong>avaliação da chefia pelo servidor técnico-administrativo, uminstrumento para avaliação do servidor e um instrumento <strong>de</strong>avaliação do <strong>de</strong>sempenho coletivo com auto-avaliação dosetor e avaliação do nível <strong>de</strong> satisfação dos clientes/públicopara com o setor.Cumpre-nos também acrescentar que o grau <strong>de</strong>eficiência da apuração dos resultados tem aumentado quandosão possíveis investimentos para a informatização doprocesso, registrando-se as respostas das questões em fichaspara leitura ótica. Esses resultados, após consolidados, sãoprocessados e/ou utilizados pelos respectivosDepartamentos/Setores <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>de</strong> RecursosHumanos, Comissão Permanente <strong>de</strong> Pessoal Técnico81


Administrativo(CPPTA), Pró-<strong>Reitoria</strong>s/Secretarias ouDepartamentos com metodologias <strong>de</strong>senvolvidas pela IFES,para a obtenção <strong>de</strong> resultados para o processo.Outro enfoque importante que já vem sendo dadopelas IFES, <strong>de</strong> forma cada vez mais acentuada, é a inserção,em seus processos, da avaliação pela comunida<strong>de</strong> externa àsativida<strong>de</strong>s que a instituição realiza, contemplando aspectostanto da gestão acadêmica quanto administrativa. Uma forte<strong>de</strong>monstração <strong>de</strong>ssa iniciativa é a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> Indicadores <strong>de</strong>Gestão, que as instituições têm levantado e processadoanualmente. Os estudos neste particular, têm merecido aatenção e <strong>de</strong>dicação do <strong>FORPLAD</strong>, cujos resultados játiveram reflexos em análises feitas pelo Tribunal <strong>de</strong> Contasda União, conforme preten<strong>de</strong>mos abordar mais na frente nopresente documento.Nos aspectos das avaliações externas, como parte <strong>de</strong>sua rotina <strong>de</strong> avaliação, as instituições agregam aquelasprovenientes do INEP e da CAPES. Neste sentido,gostaríamos <strong>de</strong> fazer algumas observações quanto à postura<strong>de</strong> diversas comissões <strong>de</strong> especialistas que visitam as IFES, eaferem penalida<strong>de</strong>s a um <strong>de</strong>terminado curso, por fatorestotalmente alheios à intervenção da própria instituição, comoé o caso da falta <strong>de</strong> investimento para a recuperação <strong>de</strong>infraestrutura física predial ou <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong>laboratórios e acervos bibliográficos, ficando preterida aqualida<strong>de</strong> do corpo docente, o nível <strong>de</strong> formação do corpodiscente e a produção intelectual existente, apesar dasdificulda<strong>de</strong>s conjunturais nas quais as IFES se inserem.Também existem projetos em que a instituiçãorealiza essa avaliação através <strong>de</strong> organismo que avalia o<strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong> vários órgãos no âmbito <strong>de</strong> socieda<strong>de</strong> local eregional.Outros processos dão-se, neste aspecto, através <strong>de</strong>grupos <strong>de</strong> enfoque. Cada unida<strong>de</strong>/órgão indica à Comissão <strong>de</strong>Avaliação Institucional uma lista <strong>de</strong> nomes, entida<strong>de</strong>s,82


conselhos, ex-alunos ligados aquele setor. Os resultadosobtidos são consolidados e publicados em forma <strong>de</strong> relatóriosdo que são discutidos com a comunida<strong>de</strong> daquelaunida<strong>de</strong>/órgão.No âmbito dos Hospitais Universitários, os diversosprogramas <strong>de</strong> humanização e <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvidos,levam em consi<strong>de</strong>ração a opinião dos usuários.Há que se registrar existência <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong>avaliação em que a instituição conta com visitas <strong>de</strong>comissões internacionais para a avaliação externa.A temporalida<strong>de</strong> da consolidação dos cursos para arealização <strong>de</strong>ssas avaliações, é um dos fatores <strong>de</strong>terminantesnesses processos, que contam com o acompanhamento doSetor competente on<strong>de</strong> se avalia os quesitos: pessoalDocente, pessoal Técnico-Administrativo, currículo e infraestrutura.Os resultados das avaliações geram consequênciasem forma <strong>de</strong> intervenções curriculares, ações daUniversida<strong>de</strong> para aperfeiçoamento e melhoria das condições<strong>de</strong> oferta.Algumas outras instituições estão em fase <strong>de</strong> criação<strong>de</strong> Conselhos Consultivos, que <strong>de</strong>verão <strong>de</strong>senvolverestratégias para essa avaliaçãoNo que concerne a existência <strong>de</strong> uma políticanacional <strong>de</strong> avaliação, todas as IFES a têm <strong>de</strong>fendido háalguns anos, e acreditam que sua forma é altamente discutívele, para seu sucesso, esta discussão, em princípio, <strong>de</strong>vepermear o Sistema IFES, para posteriores <strong>de</strong>finições <strong>de</strong>processos, haja vista a complexida<strong>de</strong> do Sistema peladiversida<strong>de</strong> das instituições e as suas intrínsecasdiferenciações, que constitui-se <strong>de</strong> Centros <strong>de</strong> EducaçãoTecnológica, <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>s que possuem ou não hospitais<strong>de</strong> ensino, daquelas que se caraterizam por concentração emuma <strong>de</strong>terminada área do conhecimento como da saú<strong>de</strong> ouagrícola, por exemplo, das que são multi-campi, <strong>de</strong> escolas83


isoladas, daquelas que possuem colégios técnicos, agrícolasou colégios <strong>de</strong> aplicação, etc..Todos concordamos com a necessida<strong>de</strong> dofortalecimento da avaliação institucional, <strong>de</strong> forma global,que esteja fortemente atrelada ao planejamento, que tenhacomo princípio norteador o da avaliação como instrumento<strong>de</strong> gestão, realizada <strong>de</strong> forma participativa com valorização<strong>de</strong> análises qualitativas, elaborada com critérios claramenteestabelecidos e amplamente discutidos pelas IFES, contendoobjetivos, metas, com previsibilida<strong>de</strong> e alocação <strong>de</strong> recursosa<strong>de</strong>quados à realização das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> avaliação, recursosestes que <strong>de</strong>vem ser previstos na Lei <strong>de</strong> DiretrizesOrçamentárias, no Plano Plurianual do País e na LeiOrçamentária Anual.Neste sentido, o <strong>FORPLAD</strong> tem todas as condições<strong>de</strong> colaborar com o avanço das propostas das IFES, quepo<strong>de</strong>m resgatar e promover análises dos projetos em<strong>de</strong>senvolvimento e levar em conta os estudos do fórumacerca dos Indicadores <strong>de</strong> Gestão, cujo trabalho vem se<strong>de</strong>senvolvendo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1998. Inclusive, no ano passado, ofórum aprofundou as discussões acerca <strong>de</strong>sse assunto, hajavista, as <strong>de</strong>terminações emanadas do Tribunal <strong>de</strong> Contas daUnião(TCU), referentes a instituição <strong>de</strong> nove Indicadores <strong>de</strong>Gestão para as Instituições Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> Ensino Superior,quando da análise da Gestão nas IFES.Torna-se, portanto, importante historiar um poucoesse processo, para informar que o <strong>FORPLAD</strong> no tratamento<strong>de</strong>ssa questão, preocupado com os critérios anunciados peloTCU, operacionalizou uma participação do então Secretárioda 6 a . Secretaria <strong>de</strong> Controle Externo do TCU à sua reuniãoordinária, em novembro <strong>de</strong> 2002. O fórum externou suaopinião <strong>de</strong> que a implantação <strong>de</strong> indicadores é questãoindiscutível nas IFES, mas que os critérios <strong>de</strong> mensuração e<strong>de</strong> metodologias sugeridas pelo TCU requeriam, naquelemomento, maior discussão e necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> embasamento84


científico e metodológico, com o envolvimento dossegmentos a eles afetos. Naquela oportunida<strong>de</strong> o Secretárioda 6ª SECEX do TCU, <strong>de</strong>stacou os principais objetivos dotribunal em relação aos indicadores <strong>de</strong> gestão, mas listou umasérie <strong>de</strong> preocupações que <strong>de</strong>veriam nortear os trabalhos doTCU. Entre as principais preocupações estão:“Incapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nciar aspectos <strong>de</strong> cursosou pesquisas específicos - nível <strong>de</strong> agregação;Dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> comparação - IFES complexas eheterogêneas;Impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> retratar a qualida<strong>de</strong> doensino e pesquisa (exceção “Conceito Capes”) -indicadores quantitativos;Dificulda<strong>de</strong>s na interpretação - consistência dosdados x <strong>de</strong>sempenho da IFES;Inviabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se analisar isoladamente osindicadores;Dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> se estabelecer hierarquiamelhor-pior universida<strong>de</strong>;Impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se i<strong>de</strong>ntificar causas, servemapenas como subsídios para investigação;Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo para implementação ematuração dos indicadores;Inexistência <strong>de</strong> alguns dados e <strong>de</strong> sériehistórica;Dificulda<strong>de</strong>s frente a utilização imprópria -comparabilida<strong>de</strong> x padrão;Dificulda<strong>de</strong>s na <strong>de</strong>finição dos componentes(aluno, professor, custo, etc); e Entendimentosdiferenciados entre as IFES”.Posteriormente, já em 2003, as IFES receberam novaorientação do TCU para que esses indicadores passassem aconstar apenas <strong>de</strong> anexos à Prestação <strong>de</strong> Contas anual das85


instituições, dado o seu caráter experimental e as diversasdiscussões ocorridas na reunião com o <strong>FORPLAD</strong>.Sendo assim, esperamos, oportunamente, resgatar asdiscussões acerca <strong>de</strong>sse assunto comaquele Egrégio Tribunal pois in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente daobrigatorieda<strong>de</strong> legal <strong>de</strong> elaboração <strong>de</strong> Relatórios <strong>de</strong>Prestações <strong>de</strong> Contas, por parte das IFES, o <strong>FORPLAD</strong>prosseguiu seus estudos e consolidou uma proposta quecontempla mais <strong>de</strong> 50 Indicadores <strong>de</strong> Gestão que, <strong>de</strong>ntre eles,po<strong>de</strong>mos listar: Taxa <strong>de</strong> Sucesso na Graduação, Índice <strong>de</strong>Diplomado por docente, Aluno/Docente, Índice <strong>de</strong>crescimento das vagas na graduação, índice <strong>de</strong> Matrículas naGraduação, Densida<strong>de</strong> Vestibular, Taxa <strong>de</strong> Evasão, Taxa <strong>de</strong>Matrícula Noturna, Taxa <strong>de</strong> Matrícula fora da Se<strong>de</strong>, Médiados Conceitos Capes, Taxa <strong>de</strong> excelência da Pós-Graduação,Taxa <strong>de</strong> Matrícula na Pós-Graduação, Relação Aluno <strong>de</strong> Pós-Graduação/Docente Doutor, Produtivida<strong>de</strong> DocenteDoutor,Taxa <strong>de</strong> alunos Bolsistas <strong>de</strong> Pesquisa, Taxa <strong>de</strong>Produção Intelectual, Taxa <strong>de</strong> Patenteamento, Taxa <strong>de</strong>Alunos executores <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> extensão, Taxa <strong>de</strong> professoresem ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> extensão, Número <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> extensão,Carga Horária <strong>de</strong>dicada à Extensão, Índice <strong>de</strong> TitulaçãoDocente, Taxa <strong>de</strong> Técnico-Administrativos com CursoSuperior, Taxa <strong>de</strong> Docentes em DE, Relação Técnico-Administrativo por Docente, Densida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Leito Ativo porMédico Resi<strong>de</strong>nte, Densida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Internos por Médico, Taxa<strong>de</strong> Infecção Hospitalar, Taxa <strong>de</strong> Ocupação no HU, Média <strong>de</strong>Permanência em HU, Índice <strong>de</strong> Consultas por Médico, Índice<strong>de</strong> Internação por Consulta, Taxa <strong>de</strong> Intervenções Cirúrgicas,além <strong>de</strong> indicadores relativos a Acervos Bibliográficos eDespesa Corrente/Aluno.Todos esses estudos fazem parte <strong>de</strong> um processo emconstrução e, como tal, estão sujeitos a futurosaperfeiçoamentos, e, neste aspecto, todas as críticas esugestões serão sempre oportunas e bem vindas. É oportuno86


egistrar que existem metas do <strong>FORPLAD</strong> em ampliar adiscussão sobre este assunto, promovendo análises conjuntascom os diversos fóruns cujo objeto <strong>de</strong> trabalho é <strong>de</strong> naturezaacadêmica, como o <strong>de</strong> Graduação, o <strong>de</strong> Extensão e o <strong>de</strong>Pesquisa e Pós-Graduação, <strong>de</strong>ntre outros.É importante <strong>de</strong>stacar, também, que as IFES vêmtrabalhando no sentido <strong>de</strong> dar maior transparência, para asocieda<strong>de</strong>, <strong>de</strong> suas ações, ativida<strong>de</strong>s e dificulda<strong>de</strong>s. Nestesentido, a ANDIFES, com o apoio do <strong>FORPLAD</strong>, publicou a1ª edição do documento Indicadores <strong>de</strong> Desempenho dasIFES, que se constitui em um importante material queexplicita os diversos resultados e o nível <strong>de</strong> financiamentopúblico obtidos pelo Sistema <strong>de</strong> 1995 a 2000, <strong>de</strong>monstrandoseu crescimento, suas perdas e suas conquistas. Essedocumento está em fase <strong>de</strong> atualização para os anossubsequentes e, assim, aquela Entida<strong>de</strong> publicará novasedições, trazendo à evidência a política educacional superiorpública fe<strong>de</strong>ral no país e os esforços <strong>de</strong> manutenção e<strong>de</strong>senvolvimento que o Sistema IFES tem empreendido.Sendo assim, ratificamos a predisposição do<strong>FORPLAD</strong> em colaborar com o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sseSistema, quer nos aspectos <strong>de</strong> planejamento quer nos <strong>de</strong>administração e, nestes, integrando a avaliação da formacomo já expusemos anteriormente. Objetivamente, aComissão <strong>de</strong> Avaliação do MEC po<strong>de</strong>rá contar com asreflexões do Sistema IFES que, com certeza, sugerirádiretrizes e subsídios necessários à construção coletiva <strong>de</strong>uma proposta que venha ao encontro dos anseios, latentes,das Instituições Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> Ensino Superior no Brasil.Goiânia, 30 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2003Profª. Ilka Maria <strong>de</strong> Almeida MoreiraCoor<strong>de</strong>nadora Nacional do <strong>FORPLAD</strong>87


ANÁLISE DA LEI ORGÂNICA DASUNIVERSIDADES PÚBLICAS FEDERAIS(UPF) PROPOSTA/ANDIFESANÁLISE DA LEI ORGÂNICA DAS UNIVERSIDADESPÚBLICAS FEDERAIS (UPF) PROPOSTA/ANDIFES1. INTRODUÇÃOAs universida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as últimas décadas doSéculo XX, em todo o mundo, vêm se <strong>de</strong>parando com umcenário <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s mudanças marcantes <strong>de</strong> sua existência.Nesse avançado estágio <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnida<strong>de</strong> da socieda<strong>de</strong>humana, há três aspectos positivos que lhes são altamenteestimulantes: a globalização econômica, a emergência dasocieda<strong>de</strong> do conhecimento e a tendência à massificação daeducação superior. Por outro lado, as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>ssasinstituições, embora reconhecidas como estratégicas eessenciais para o <strong>de</strong>senvolvimento científico, tecnológico,socioeconômico e cultural, vêm enfrentando sériasdificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamento.O atendimento pelas universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um percentualcada vez maior da população com ida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada à educaçãosuperior requer da socieda<strong>de</strong>, que expressa essa <strong>de</strong>mandaefetiva, a disposição <strong>de</strong> financiar os investimentos e <strong>de</strong>spesas<strong>de</strong> pessoal e custeio necessários para atendê-la. É tambémverda<strong>de</strong> que, para se ter uma vida acadêmica universitáriapautada por um bom padrão <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e pelaindissociabilida<strong>de</strong> entre ensino, pesquisa e extensão, ovolume <strong>de</strong> recursos necessários torna-se ainda maior. Não sepo<strong>de</strong> per<strong>de</strong>r <strong>de</strong> vista que o atual elevado estágio tecnológicodos equipamentos, materiais e instalações que servem <strong>de</strong>89


ase a essas ativida<strong>de</strong>s acadêmicas impõe a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pesados investimentos, comparado ao que era típico àsestruturas das universida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> algumas décadas atrás.No Brasil, mesmo tendo-se como referência os paísesda América do Sul, a educação superior ainda aten<strong>de</strong> umareduzida parcela percentual da população com acorrespon<strong>de</strong>nte ida<strong>de</strong> escolar. Mesmo assim, a sua atual taxa<strong>de</strong> 12% <strong>de</strong>sse atendimento só foi possível com a gran<strong>de</strong>expansão verificada na re<strong>de</strong> privada do sistema educacionalsuperior do país, cujo número <strong>de</strong> alunos matriculados passou<strong>de</strong> 1.059.163, em 1995, para 2.091.529, em 2001, comincremento médio anual <strong>de</strong> 12,0%. A re<strong>de</strong> pública <strong>de</strong>ssesistema vem tendo um ritmo <strong>de</strong> crescimento bem maismo<strong>de</strong>sto. O seu total <strong>de</strong> alunos matriculados elevou-se <strong>de</strong>700.540 para 939.225, ou seja 5,0% ao ano. Com essesresultados, o peso da participação da re<strong>de</strong> privada no sistema<strong>de</strong> educação superior brasileiro aumentou <strong>de</strong> 60,2% para69,0%, nos referidos anos.Nessa realida<strong>de</strong> brasileira, é importante ressaltar que,historicamente, quem vem assegurando um padrão médiominimamente razoável <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> acadêmico-científica dosistema <strong>de</strong> educação superior é a re<strong>de</strong> pública. Destaca-se aío papel <strong>de</strong>cisivo <strong>de</strong>sempenhado pelas universida<strong>de</strong>s estaduaispaulistas e as instituições fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> ensino superior (IFES).A manutenção <strong>de</strong>sse indispensável nível qualitativo dosistema como um todo, a cada ano que passa, vai se tornandomais difícil, pela redução relativa da atuação da re<strong>de</strong> públicae pelas dificulda<strong>de</strong>s que esta vem enfrentando para recomporo seu quadro <strong>de</strong> pessoal e realizar os investimentos em infraestrutura,mo<strong>de</strong>rnização e melhoria <strong>de</strong> suas condições básicas<strong>de</strong> funcionamento.No âmbito do Governo Fe<strong>de</strong>ral, o financiamento dasIFES, vem se mantendo, <strong>de</strong> longa data, como uma questãonão resolvida e para a qual não tem sido procurada umacoerente solução. Há um certo consenso, quanto à90


necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> expandir o sistema IFES e melhorar as suascondições <strong>de</strong> funcionamento. O problema é que falta a<strong>de</strong>cisão política <strong>de</strong> financiar essa expansão e melhoria, dianteda <strong>de</strong>licada situação das finanças públicas do país, que foiseriamente agravada nos últimos oito anos. De 1995 a 2002,o Governo Fe<strong>de</strong>ral colocou a busca do equilíbrio financeirodo Tesouro Nacional e das finanças públicas em geral como apriorida<strong>de</strong> número um. A ênfase neoliberal, que passou acomandar as ações governamentais, levou a pesadosajustamentos inspirados na redução do tamanho do Estado e<strong>de</strong> sua atuação. Nesse processo, órgãos governamentais comatuação <strong>de</strong> reconhecida importância social, a exemplo dosvoltados à educação superior, tiveram as suas ativida<strong>de</strong>sprejudicadas.Nesse cenário <strong>de</strong> profundas mudanças edificulda<strong>de</strong>s, é razoável afirmar que as IFES <strong>de</strong>vem fazeruma competente reflexão voltada à i<strong>de</strong>ntificação eimplementação das transformações necessárias à sua melhorintegração às novas condições que lhes são <strong>de</strong>terminantes. Éevi<strong>de</strong>nte que a questão do financiamento, que é comum àsinstituições universitárias em todo o mundo, é primordial.Mas, não resta dúvida, que as IFES po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem repensarsebuscando, complementarmente, uma reestruturaçãoorganizacional acadêmico-administrativa capaz <strong>de</strong> levá-las àutilização mais produtiva e eficiente, em benefício dasocieda<strong>de</strong>, dos recursos que anualmente lhe forem repassadosatravés do Orçamento da União.É nessa perspectiva, <strong>de</strong> transformação ereestruturação organizacional das IFES, que adquire plenosentido a sua Lei Orgânica em proposição. Seguramente, aspropostas <strong>de</strong> autonomia acadêmico-científica, administrativae <strong>de</strong> gestão orçamentário-financeira e patrimonial, queinspiram essa Lei, são, em princípio, conquistasfundamentais indispensáveis ao funcionamento <strong>de</strong>ssas91


Instituições com a<strong>de</strong>quados padrões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> acadêmicoadministrativa.2. ANTEPROJETO DE LEI ORGÂNICA DAS UPF:VISÃO GERALA Lei Orgânica das Universida<strong>de</strong>s PúblicasFe<strong>de</strong>rais (UPF), proposta pela ANDIFES, no seu conteúdoessencial, objetiva estabelecer os dispositivos legaisa<strong>de</strong>quados à regulamentação operacional, para todas asinstituições fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> ensino superior, do Art. 207 daConstituição Fe<strong>de</strong>ral que atribui autonomia às Universida<strong>de</strong>s.Cria-se, para tanto, o ente Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral, comopessoa jurídica <strong>de</strong> direito público dotado <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>autonormação e autogestão.Desse modo, pelo Capítulo I da Lei Orgânica, asUPF são criadas como órgãos <strong>de</strong> direito público instituídos emantidos pela União com or<strong>de</strong>namento jurídico <strong>de</strong>finido pelaConstituição Fe<strong>de</strong>ral, sua Lei Orgânica, seus diplomas legais<strong>de</strong> instituição e respectivos Estatutos. Pelos seus Estatutos, asUFP <strong>de</strong>verão ter organização acadêmico-administrativabaseada em órgãos <strong>de</strong> direção e <strong>de</strong>cisão, com seus correlatosórgãos colegiados <strong>de</strong>liberativos, dos quais <strong>de</strong>vem participar oseu pessoal docente, com peso majoritário, discentes,servidores técnico-administrativos e representantes dasocieda<strong>de</strong> civil.Enten<strong>de</strong>-se, conforme o Capítulo II da LeiOrgânica, que para funcionar plenamente <strong>de</strong> acordo com osseus princípios e cumprir com eficiência e eficácia as suasfinalida<strong>de</strong>s, as UFP precisam gozar <strong>de</strong> autonomia didáticocientífica,administrativa e <strong>de</strong> gestão financeira e patrimoniale obe<strong>de</strong>cer ao princípio da indissociabilida<strong>de</strong> entre ensino,pesquisa e extensão. A autonomia administrativa e <strong>de</strong> gestão92


patrimonial e financeira é concebida como meio asseguradorda efetiva autonomia didático-científica.2.1. Autonomia Didático-CientíficaA Seção I, Capítulo III, da Lei Orgânica concebeessa autonomia <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>quada, submetendo-a, em váriosaspectos, ao necessário crivo da legislação pertinente. Há,entretanto, alguns Artigos <strong>de</strong>ssa Seção carentes <strong>de</strong> uma maiorreflexão, no que se refere a possíveis conflitos legais.Por exemplo, o Inciso XI, do Art. 9º, que trata doscritérios e normas para seleção, admissão e exclusão <strong>de</strong> seusalunos e a aceitação <strong>de</strong> transferências, parece conflitar com aLDB. A não ser que a sua inclusão se justifique pela plenacapacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> autonormação das UPF. Se isso é verda<strong>de</strong>, é<strong>de</strong> se perguntar: por que então recorrer ao abrigo <strong>de</strong> outrasLeis infraconstitucionais, em diversos Incisos do aludidoArtigo, assim como em outros?2.2. Autonomia AdministrativaPela Seção II, Capítulo II, da Lei Orgânica, as UPF,diferentemente das atuais IFES, serão <strong>de</strong>tentoras <strong>de</strong>capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> auto-organização e <strong>de</strong> edição <strong>de</strong> normaspróprias, para a escolha <strong>de</strong> seus dirigentes e a administração<strong>de</strong> recursos humanos e materiais. Merece atenção apossibilida<strong>de</strong> que geram os Artigos 10º e 11 <strong>de</strong>ssa Seção, nosentido <strong>de</strong> cada UPF po<strong>de</strong>r ter um diferente aparato jurídiconormatizador pleno <strong>de</strong> sua vida administrativa. Por essesArtigos, rigorosamente, cada UPF está obrigada apenas asubordinar a autonomia administrativa e <strong>de</strong> gestão financeira93


e patrimonial, nos termos do Artigo 7º da Lei Orgânica, àautonomia didático-científica. Quem atestaria isso? Comosaber se essa subordinação não estaria sendo <strong>de</strong>finida noor<strong>de</strong>namento jurídico das UPF tão somente como peçaretórica?Na realida<strong>de</strong>, em matéria administrativa, nos termosda Lei Orgânica, cada UPF <strong>de</strong>tém competência quase totalpara <strong>de</strong>finir e aplicar a Lei e a Or<strong>de</strong>m, abaixo da ConstituiçãoFe<strong>de</strong>ral, <strong>de</strong> acordo com o que <strong>de</strong>termina o seu respectivoEstatuto, elaborado <strong>de</strong> forma plena e autônoma pela própriaUPF. Desse modo, com tantas atribuições em matériaacadêmica, administrativa, <strong>de</strong> pessoal, orçamento, finanças emeios materiais, os Estatutos das UPF têm que ser elaboradoscomo peças jurídicas bastante robustas.O Inciso V, Artigo 11, da Seção II em consi<strong>de</strong>ração,embora atribuindo a cada UPF a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estabelecerseu quadro <strong>de</strong> pessoal, transformar e extinguir cargos, nolimite <strong>de</strong> suas dotações orçamentárias, reconhece,acertadamente, que isso só se viabilizará mediante EmendaConstitucional. Além disso, pelo Artigo 18, Seção II,Capítulo IV, da Lei Orgânica, as UPF e <strong>de</strong>mais IFES <strong>de</strong>verãoter planos <strong>de</strong> carreira únicos para os docentes e para o pessoaltécnico-administrativo <strong>de</strong>finidos através <strong>de</strong> Lei especial.Com esses cuidadosos dispositivos legais<strong>de</strong>limitadores, ganham consistência quase todos os Incisos docitado Art. 11 da Lei Orgânica. Cabe, porém, reexaminar osseus Incisos VI, VIII e IX, que atribuem às IFES o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>,respectivamente: a) <strong>de</strong>mitir e exonerar pessoal; b) autorizarafastamento <strong>de</strong> pessoal e c) criar normas e exercer o po<strong>de</strong>rdisciplinar sobre seu pessoal. Basta consi<strong>de</strong>rar que pelo Art.18, Parágrafo Único, <strong>de</strong>ssa Lei, os servidores ocupantes doscargos que compõem os quadros <strong>de</strong> pessoal <strong>de</strong>ssasInstituições submetem-se ao R.J.U. instituído pela Lei 8.112,<strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1990.94


Tal como consta do seu Capítulo III, Seção II, Artigo11, Inciso XI, a Lei Orgânica dá po<strong>de</strong>res a cada uma dasIFES para, isoladamente, estabelecer o seu regulamentopróprio para licitações e contratos administrativos pertinentesa obras, serviços, compras, alienações e locações. Não seriarazoável propor um mesmo regulamento para todas as IFES?É preciso, mesmo assim, ter clareza que isto remete aosEstatutos das IFES a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um a<strong>de</strong>quado aparatonormativo com relação à matéria, que é do maior interesse,em se tratando <strong>de</strong> Instituições mantidas basicamente comrecursos do Tesouro Nacional.2.3. Autonomia <strong>de</strong> Gestão Financeira e PatrimonialEssa matéria á tratada no Capítulo III, Seção III, daLei Orgânica. Pelo Artigo 12, as UPF terão autonomia <strong>de</strong>gestão sobre todos os seus recursos orçamentário-financeirose patrimoniais, incluindo-se os originados da União e osgerados pelas suas receitas próprias.Pelo Artigo 13 da Lei Orgânica, Incisos I a VI, são<strong>de</strong>finidos os contornos operacionais da aludida autonomia <strong>de</strong>gestão. O conteúdo <strong>de</strong>sses Incisos são a<strong>de</strong>quados erelevantes, tendo em vista os fins aos quais se propõem.Recomenda-se apenas o seguinte:a) Com relação ao Inciso II, estabelecer algum limite aopo<strong>de</strong>r das UPF <strong>de</strong> remanejar os seus recursosorçamentário-financeiros, entre rubricas, programas oucategoria econômica;b) No Inciso VI, estabelecer os limites e as finalida<strong>de</strong>s que<strong>de</strong>verão pautar a realização <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> créditopelas UPF, com ônus aos seus patrimônios.95


Merece, também, ser melhorado o conteúdo doParágrafo Único do Artigo 13, que obriga as UPF apublicarem, anualmente, o balanço das receitas auferidas edas <strong>de</strong>spesas efetuadas. O razoável é que essas Instituiçõestenham perante a socieda<strong>de</strong> um maior grau <strong>de</strong> transparência<strong>de</strong> sua gestão acadêmico-administrativa, colocando àdisposição <strong>de</strong> todos os cidadãos, inclusive por meioeletrônico, balanços gerais, relatórios <strong>de</strong> gestão, além <strong>de</strong> umsistema <strong>de</strong> acompanhamento permanente da vidainstitucional.2.4. Sistema <strong>de</strong> Instituições Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> EnsinoSuperior (SIFES)O Capítulo IV da Lei Orgânica, no seu Art. 14,<strong>de</strong>fine o Sistema <strong>de</strong> Instituições Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> Ensino Superiorcomo sendo formado pelas UPF e <strong>de</strong>mais instituiçõesfe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> ensino superior. Todas as unida<strong>de</strong>s do Sistemagozarão das prerrogativas <strong>de</strong> autonomia didático-científica,administrativa e <strong>de</strong> gestão financeira e patrimonial, conformeestabelece o Capítulo III da Lei.De acordo com os Arts. 15 e 17, Seção I, CapítuloIV, da Lei Orgânica, o SIFES terá um Conselho Superior.Esse Conselho será formado por onze membros: cincorepresentantes das UPF, dois representantes das <strong>de</strong>maisIFES, um representante do Po<strong>de</strong>r Executivo Fe<strong>de</strong>ral, umrepresentante da Comunida<strong>de</strong> Científica, um representante doÓrgão Colegiado Normativo do Po<strong>de</strong>r Executivo Fe<strong>de</strong>ralresponsável pela formulação e acompanhamento da políticaeducacional e um representante do Po<strong>de</strong>r Legislativo.O Conselho Superior do SIFES terá a sua atuaçãovoltada aos seguintes objetivos:96


a) Fortalecer o Sistema, manter sua unida<strong>de</strong>, promover aintegração das políticas orçamentárias e administrativasdas UPF e <strong>de</strong>mais IFES e estimular a cooperação e asolidarieda<strong>de</strong> entre elas;b) Coor<strong>de</strong>nar as ações do SIFES junto ao Po<strong>de</strong>r ExecutivoFe<strong>de</strong>ral, nas questões orçamentária, financeira,administrativa e patrimonial.O Art. 16, Seção III, Capítulo IV, da Lei Orgânicaatribui ao Conselho Superior do SIFES competências damaior relevância para o funcionamento e <strong>de</strong>senvolvimentoacadêmico-administrativo <strong>de</strong> todas as IFES, on<strong>de</strong> se<strong>de</strong>stacam as seguintes:a) Propor mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> distribuição dos recursosorçamentários do Tesouro Nacional referidos no Art. 20da Lei Orgânica <strong>de</strong>stinados às IFES;b) Encaminhar ao Po<strong>de</strong>r Executivo Fe<strong>de</strong>ral o Orçamentoanual da educação superior fe<strong>de</strong>ral;c) Estabelecer critérios para a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> aporte <strong>de</strong>recursos <strong>de</strong>stinados ao programa <strong>de</strong> expansão emelhoria da qualida<strong>de</strong> do ensino superior, conformeprevê o Art. 21 da Lei Orgânica.Analisando o SIFES, à luz dos Artigos 15, 16 e 17que lhe dão substância e dos outros Artigos que tratam <strong>de</strong>autonomia acadêmica, administrativa e <strong>de</strong> gestão das UPF e<strong>de</strong>mais IFES, no contexto da sua Lei Orgânica, é precisoavançar no entendimento das implicações do que está sendoproposto. Evi<strong>de</strong>ntemente, essa compreensão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dosentido amplo ou restrito que se atribua aos aludidos Artigos.Coerente com a apologia à autonomia que pauta aLei Orgânica, é correto admitir que o Conselho Superior doSIFES tem, nas suas atribuições, competência para: a)97


elaborar a Proposta Orçamentária para o conjunto das IFES, àbase dos programas acadêmicos e administrativos aimplementar, e b) elaborar e operacionalizar, a partir daaprovação pelas IFES, o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> alocação dos recursos doOrçamento da União <strong>de</strong>stinados ao SIFES.Com essa capacida<strong>de</strong> do Conselho Superior doSIFES, e sabendo-se da autonomia acadêmico-científica eadministrativa <strong>de</strong> suas instituições componentes, a conclusãoóbvia é <strong>de</strong> que as UPF e <strong>de</strong>mais IFES, sob o amparo da LeiOrgânica, reduzirão pesadamente seus elos <strong>de</strong> ligação com oMEC. Concretamente, à luz <strong>de</strong>ssas condições operacionaisdo SIFES, a SESU/MEC, no que diz respeito às IFES, serálargamente esvaziada, por perda do objeto <strong>de</strong> sua existência.Algo semelhante acontecerá com a SPO/MEC, com respeitoà sua atuação em relação às IFES.Como se vê, a atuação do Conselho Superior doSIFES <strong>de</strong>verá se pautar por um amplo conjunto <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong> elevada complexida<strong>de</strong>. É, portanto, imprescindível <strong>de</strong>dicara <strong>de</strong>vida atenção, na própria Lei Orgânica, à criação eimplantação das condições-meio <strong>de</strong> funcionamento <strong>de</strong>sseConselho, sobretudo em termos <strong>de</strong> recursos orçamentários,materiais e humanos.2.5. Planos <strong>de</strong> Carreira e Regimento JurídicoA Seção II, Capítulo IV, da Lei Orgânica trata <strong>de</strong>ssesPlanos, no âmbito do conjunto total das IFES. Com muitapertinência, o Art. 18 remete ao necessário mandamento <strong>de</strong>uma Lei especial, a ser proposta, aprovada e promulgada, acriação dos planos <strong>de</strong> carreira únicos para os docentes e paraos servidores técnico-administrativos <strong>de</strong>ssas Instituições. OParágrafo Único <strong>de</strong>sse Artigo estabelece que os ocupantes <strong>de</strong>98


cargos <strong>de</strong>finidos nesses planos estarão submetidos ao R.J.U.,Lei 8.112, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1990.Como conteúdo inovador, muito bem vindo, o Art.19, regulariza, para os servidores do quadro <strong>de</strong> pessoalpermanente das IFES, a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong>remuneração adicional. Limita, entretanto, essa possibilida<strong>de</strong>apenas para as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino, pesquisa e extensão,executadas pela Instituição, financiadas com recursos obtidos<strong>de</strong> fontes distintas do Tesouro Nacional, <strong>de</strong> que trata o Art.20 da Lei Orgânica.3. A QUESTÃO ORÇAMENTÁRIO-FINANCEIRA NALEI ORGÂNICAO suporte orçamentário-financeiro das IFES, naProposta/ANDIFES <strong>de</strong> Lei Orgânica para essas Instituições,tem por base a manutenção do dispositivo estabelecido peloArt. 212 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral. É daí que emana a fonte <strong>de</strong>recursos do Tesouro Nacional para as ativida<strong>de</strong>s do ensinosuperior.A Lei Orgânica <strong>de</strong>fine com mais precisão os usospossíveis <strong>de</strong>sses recursos. De saída, exclui <strong>de</strong>stes as parcelasque atualmente são <strong>de</strong>stinadas ao pagamento das <strong>de</strong>spesasdas IFES com Inativos e Pensionistas. Não os onerarão,também, as <strong>de</strong>spesas com pagamentos <strong>de</strong> precatóriosoriundos <strong>de</strong> legislação anterior à vigência da referida Lei.À luz <strong>de</strong>ssa concepção, inicialmente, a impressão quese tem é muito boa. À primeira vista chega-se a pensar que asIFES passarão a ter nos recursos orçamentários que lhesserão repassados pelo Tesouro Nacional, consoante o Art.212 da Constituição, uma a<strong>de</strong>quada fonte <strong>de</strong> financiamentodo funcionamento das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ensino, pesquisa eextensão, assim como da recuperação e mo<strong>de</strong>rnização <strong>de</strong> sua99


infra-estrutura e expansão <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s. As análises<strong>de</strong>senvolvidas a seguir levam, claramente, a confirmar oequívoco <strong>de</strong>ssa conclusão.3.1. A Fonte <strong>de</strong> Financiamento das IFES na LeiOrgânicaNo Capítulo IV, Seção III, da Lei Orgânica, o Art. 20estabelece que a União <strong>de</strong>stinará, anualmente, ao SIFES, nomínimo, 75% da parcela resultante da receita <strong>de</strong> impostos,vinculada na forma do Art. 212 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral. Istoposto, cabe, inicialmente, saber como, metodologicamente,se chega ao valor líquido da referida receita tributária queserve <strong>de</strong> base <strong>de</strong>terminante <strong>de</strong>ssa fonte <strong>de</strong> recursos do SIFES.No Quadro nº 1, tem-se a <strong>de</strong>monstração dametodologia <strong>de</strong> como se chegar à Receita Líquida <strong>de</strong>Impostos, prevista no Art. 212 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral. AReceita Tributária Total (RTT) <strong>de</strong> referência é formada pelaarrecadação dos impostos IPI, IRPF, IRPJ, IPI, IPE, IPTR eIOF. Dessa receita, <strong>de</strong>duz-se as seguintes parcelas <strong>de</strong>recursos constitucionalmente <strong>de</strong>finidas: DRU (Art.76/ADCT), FPE (Art. 159-I.a da CF), FPM (Art. 59-I.b daCF), Parcela para as regiões Norte, Nor<strong>de</strong>ste e Centro Oeste(Art. 159-I.c da CF), Parcela do IPI para os Estados e DistritoFe<strong>de</strong>ral (Art. 159-II da CF) e Parcela do IPTR <strong>de</strong>stinada aosMunicípios (Art. 158-II da CF).100


QUADRO Nº 1DEMONSTRAÇÃO DAS DOTAÇÕES ORÇAMENTÁRIASDA UNIÃO PREVISTAS NO ART. 212 DA CONSTITUIÇÃODO BRASIL (CF)Agregados Orçamentários daUnião Definidores das DotaçõesPrevistas pelo Art. 212 da C.F.1. RTT/Art.212/CF (ReceitaTributária Art. 212/CF)IPI (Imposto s/ ProdutosIRPF (Imposto <strong>de</strong> Renda s/ PessoaFísica) IRPJ (Imposto <strong>de</strong> Renda s/ PessoaJurídica)IPI (Imposto s/ Importação)IPE (Imposto s/ Exportação)IPTR (Imposto s/ a Proprieda<strong>de</strong>Territorial Rural)PercentualEquivalente100,0% do RTT/Art. 212/CFIOF (Imposto s/ OperaçõesFinanceiras)2. Deduções da RTT/Art. 212/CF X% da RTT/Art. 212DRU/Art. 76/ADCT (DesvinculaçãoRecursos da União)FPE (Fundo <strong>de</strong> Participação dosEstados e DF - Art. 159 - I.a/CF)FPM (Fundo <strong>de</strong> Participação dosMunicípios - Art. 159 - I.b/CF)Parcela <strong>de</strong>stinada às Regiões Norte,Nor<strong>de</strong>ste e Centro Oeste (Art. 159-I.c/CF)Parcela do IPI <strong>de</strong>stinada aos Estados eDF - (Art. 159-II/CF)Parcela do IPTR <strong>de</strong>stinada aosMunicípios - (Art. 158-II/CF)20,0% da RTT/Art. 212/CF21,5% do (IPI +IRPF + IPRJ)22,5% do (IPI +IRPF + IPRJ)3,0% do (IPI +IRPF + IPRJ)10,0% do IPI50,0% IPTR3. RT/Art. 212/CF Líquida = (1 - 2) (100% - X%) da RTT/Art. 212Fonte: Constituição, República Fe<strong>de</strong>rativa do Brasil, 1988.101


Apoiado na metodologia <strong>de</strong>finidora da ReceitaTributária Líquida, para o que propõe o Art. 212 da CF, temse,no Quadro nº 2, a evolução <strong>de</strong>ssa receita, no período1998-2002. Para fins <strong>de</strong> comparação, o Quadro apresenta,também, a correlata evolução dos seguintes agregadoseconômicos e fiscais: o PIB brasileiro e as Receitas Fiscal eTributária Total do Governo Fe<strong>de</strong>ral. Como <strong>de</strong>monstram osdados em consi<strong>de</strong>ração, o crescimento das receitas <strong>de</strong>steGoverno, em valores correntes, no citado período, foi muitosuperior ao incremento do PIB, <strong>de</strong> 41,2%. A Receita Fiscalcresceu 73,6%, a Receita Tributária Total 66,2%, enquanto aReceita Tributária (Art.212 da CF) aumentou em 58,8%.Essa evidência parece revelar que o Governo tem sido muitomenos eficiente, certamente por conveniência, na elevação <strong>de</strong>suas receitas tributárias sobre as quais pesam vinculaçõesconstitucionais <strong>de</strong> alocaçãoQUADRO Nº 2ORÇAMENTO DO GOVERNO FEDERALDADOS BÁSICOS 1998 - 2002Agregados(Em R$ 1.000.000,00)Econômicos e Fiscais 1998 1999 2000 2001 2002? %1998/20021. PIB 914.188,0 963.869,0 1.086.699,9 1.184.769,0 1.291.188,0 41,22. Receita Fiscal 138.251,8 161.838,8 180.790,2 209.060,0 240.000,0 73,63. Receita Tributária Total 112.975,8 135.385,9 152.600,0 163.700,0 187.800,0 66,24. Receita Tributária (Art.212/CF)66.863,0 73.743,0 77.358,0 90.129,0 106.159,0 58,84.1. Deduções 43.499,0 47.886,0 51.338,0 59.320,0 74.693,0 71,7102


DesvinculaçãoOrçamentária (Art.76/ADCT)FPM, FPE, IPI/E/DF,IPTR/M eIPF/IR/NONECO(Art.158 e 159/CF)16.044,0 18.538,0 12.962,0 15.413,0 22.385,0 39,527.455,0 29.348,0 38.376,0 43.907,0 52.308,0 90,55. Receita TributáriaLíquida (Art. 212/CF) = (4 -4.1)Fontes: IPEA e STN.23.364,0 25.857,0 26.020,0 30.809,0 31.466,0 34,7Nota: Os dados orçamentários <strong>de</strong> 1998-2001referem-se a receitas realizadas e os <strong>de</strong> 2002 a receitasprevistas na Lei Orçamentária reprogramadas no <strong>de</strong>correr doano.No Quadro nº 3, as mesmas gran<strong>de</strong>zas monetáriasapresentadas no Quadro nº 2 estão, agora, expressas comoproporções do PIB brasileiro. Esses dados revelam que, <strong>de</strong>1998 a 2002, enquanto a Receita Fiscal do Governo Fe<strong>de</strong>ralaumentou o seu percentual em relação ao PIB <strong>de</strong> 15,1% para18,6%, a Receita Tributária Líquida (Art.212 da C.F.) caiu <strong>de</strong>2,6% para 2,4%. Vale, também, observar que a ReceitaTributária Total do Governo, como percentual do PIB,elevou-se <strong>de</strong> 12,4% para 14,5%, ao mesmo tempo em que,para a Receita Tributária (Art. 212 da C.F.), essa evolução foi<strong>de</strong> 7,3% para 8,2%.103


QUADRO Nº 3ORÇAMENTO DO GOVERNO FEDERALDADOS BÁSICOS 1998 - 2002 EM PROPORÇÃO AOPIBAgregadosProporção em Relação ao PIBEconômicos e Fiscais 1998 1999 2000 2001 20021. PIB 1,000 1,000 1,000 1,000 1,0002. Receita Fiscal 0,151 0,168 0,166 0,176 0,1863. Receita Tributária Total 0,124 0,140 0,140 0,138 0,1454. Receita Tributária (Art. 212/CF) 0,073 0,077 0,071 0,076 0,0824.1. Deduções 0,048 0,050 0,047 0,050 0,058Desvinculação Orçamentária (Art.76/ADCT)FPM, FPE, IPI/E/DF, IPTR/M eIPF/IR/NONECO (Art.158 e159/CF)5. Receita Tributária Líquida (Art. 212/CF)= (4 - 4.1)Fontes: IPEA e STN.0,018 0,019 0,012 0,013 0,0170,030 0,030 0,035 0,037 0,0410,026 0,027 0,024 0,026 0,024Com esse comportamento da Receita Tributária doGoverno Fe<strong>de</strong>ral (Art. 212 da CF), não é <strong>de</strong> estranhar que, noperíodo 1998-2002, o Orçamento Total das IFES <strong>de</strong> Recursosdo Tesouro Nacional tenha apresentado um crescimento tãoinferior, comparado ao do Orçamento do MEC como umtodo. Como <strong>de</strong>monstram os dados organizados no Quadro nº4, o valor monetário corrente do Orçamento Total do MEC,incluindo as Despesas com Inativos e Pensionistas, cresceu67,4%, no período analisado. Para o correlato valor doOrçamento das IFES, esse incremento foi <strong>de</strong> 23,3%.Por incrível que pareça, quem <strong>de</strong> fato <strong>de</strong>terminouesse mo<strong>de</strong>sto comportamento ascen<strong>de</strong>nte do Orçamento104


Total das IFES foram as suas dotações <strong>de</strong>stinadas àsDespesas <strong>de</strong> Pessoal, cujo crescimento foi <strong>de</strong> 24,8%, noperíodo 1998-2002. As suas dotações orçamentárias paraDespesas <strong>de</strong> OCC, além <strong>de</strong> sua baixa dimensão e largainsuficiência, em todos esses anos, apresentaram, um baixocrescimento no valor monetário corrente, <strong>de</strong> apenas 12,6%,do primeiro ao últimos dos aludidos anos.QUADRO Nº 4ORÇAMENTO DO MEC E DAS IFESDADOS BÁSICOS 1998 - 2002Agregados OrçamentáriosValores em R$ 1.000.000,001998 1999 2000 2001 2002? %1998/2002Orçamento Total do MEC 10.767,9 11.525,1 12.389,0 14.485,1 18.028,7 67,4Despesa <strong>de</strong> Pessoal 5.903,0 6.774,3 6.512,9 7.257,7 8.460,5 43,3Ativo 3.935,2 4.568,2 4.392,1 4.851,1 5.750,0 46,1Inativos/Pensionistas 1.967,8 2.206,1 2.120,8 2.406,6 2.710,5 37,7Despesas <strong>de</strong> OCC 4.864,9 4.750,8 5.876,1 7.227,4 9.568,2 96,7Custeio 4.079,9 3.945,7 4.269,2 5.407,0 7.483,3 83,4Capital 710,7 600,7 1.289,3 1.590,8 1.591,4 123,9Dívidas 74,3 204,4 317,6 229,6 493,5 564,2Orçamento das IFES 5.846,1 6.607,9 7.084,6 7.173,4 7.210,7 23,3Despesa <strong>de</strong> Pessoal 5.153,3 5.933,1 6.321,8 6.391,1 6.430,4 24,8Ativo 3.508,8 4.069,2 4.358,9 4.320,0 4.427,5 26,2Inativos/Pensionistas 1.644,5 1.863,9 1.962,9 2.071,1 2.002,9 21,8Despesas <strong>de</strong> OCC 692,8 674,8 762,8 782,3 780,3 12,6Fontes: SPO/MEC.Notas: 1) Dados <strong>de</strong> 1998 a 2001, OrçamentosExecutados.105


2) Dados <strong>de</strong> 2002, Lei Orçamentária maisSuplementação.Concebidas, à luz dos dados do Quadro nº 5, asmagnitu<strong>de</strong>s dos Orçamentos Totais do MEC e das IFESpo<strong>de</strong>m ser avaliadas como proporções do PIB brasileiro.Esses dados permitem <strong>de</strong>duzir que o primeiro Orçamentopassou <strong>de</strong> 1,18% em 1998, para 1,40% em 2002, e o segundo<strong>de</strong>cresceu <strong>de</strong> 0,64% para 0,56%, nesses anos.QUADRO Nº 5ORÇAMENTO DO MEC E DAS IFES - RECURSOS DOTESOURO DADOS BÁSICOS EM PROPORÇÃO AO PIB1998 - 2002AgregadosProporções em Relação ao PIBOrçamentários 1998 1999 2000 2001 2002Orçamento Total doMEC0,0118 0,0120 0,0114 0,0122 0,0140Despesa <strong>de</strong> Pessoal 0,0065 0,0070 0,0060 0,0061 0,0066Ativo 0,0043 0,0047 0,0040 0,0041 0,0045Inativos/Pensionistas 0,0022 0,0023 0,0020 0,0020 0,0021Despesas <strong>de</strong> OCC 0,0053 0,0049 0,0054 0,0061 0,0074Custeio 0,0045 0,0041 0,0039 0,0046 0,0058Capital 0,0008 0,0006 0,0012 0,0013 0,0012Dívidas 0,0001 0,0002 0,0003 0,0002 0,0004Orçamento das IFES 0,0064 0,0069 0,0065 0,0061 0,0056Despesa <strong>de</strong> Pessoal 0,0056 0,0062 0,0058 0,0054 0,0050Ativo 0,0038 0,0042 0,0040 0,0036 0,0034106


Inativos/Pensionistas 0,0018 0,0019 0,0018 0,0017 0,0016Despesas <strong>de</strong> OCC 0,0008 0,0007 0,0007 0,0007 0,0006Fontes: SPO/MEC.Notas: 1) Dados <strong>de</strong> 1998 a 2001, OrçamentosExecutados.2) Dados <strong>de</strong> 2002, Lei Orçamentária maisSuplementação.3.2. Avaliação Objetiva do Suporte Orçamentário dasIFES na Lei OrgânicaPelos dados organizados no Quadro nº 6, tem-se aevolução dos recursos do Tesouro Nacional que caberiam àsIFES, no período 1998-2002, com base na aplicação do Art.20 da Lei Orgânica. Vale salientar que tais montantes <strong>de</strong>recursos estão nos seus limites legais mínimos, portanto, <strong>de</strong>acordo com o mandato do aludido Artigo. Os dados <strong>de</strong>referência <strong>de</strong>monstram que o Governo Fe<strong>de</strong>ral, cumprindoessa exigência orçamentária da Lei Orgânica, teria repassadoàs IFES, R$ 3.154,9 milhões, em 1998, R$ 3.490,7 milhões,em 1999, R$ 3.512,7 milhões, em 2000, R$ 4.159,2 milhões,em 2001 e R$ 4.247,9 milhões, em 2002.Os dados do Quadro nº 6 <strong>de</strong>ixam claro que osRecursos do Tesouro Nacional efetivamente repassados peloGoverno Fe<strong>de</strong>ral às IFES, no período 1998-2002, com basenas suas Despesas Executadas, foram muito superiores aosque po<strong>de</strong>riam ter sido, cumprindo-se o Art . 212 da CF, comopropõe a Lei Orgânica. O Governo po<strong>de</strong>ria ter cumprido essaLei apenas com os recursos da Fonte 112 que repassou àsIFES, já relatados no parágrafo anterior. Ocorre que, além<strong>de</strong>stes, o Governo Fe<strong>de</strong>ral, com aparente generosida<strong>de</strong>, teriarepassado, também, a mais, para as IFES, <strong>de</strong> outras Fontes do107


Tesouro Nacional: R$ 2.692,0 milhões, em 1998, R$3.117,0 milhões, em 1999, R$ 3.571,9 milhões, em 2000, R$3.014,2 milhões, em 2001, e R$ 2.962,8 milhões, em 2002.QUADRO Nº 6ORÇAMENTO DAS IFES - RECURSOS DO TESOUROEVOLUÇÃO 1998 - 2002AgregadosOrçamentáriosLimite <strong>de</strong> RecursosIFES (Art. 212/CFArt. 20 Lei Org.)Despesas Efetivas dasIFESValores em R$ 1.000.000,001998 1999 2000 2001 2002? %1998-20023.154,10 3.490,70 3.512,7 4.159,20 4.247,9 34,685.846,10 6.607,70 7.084,60 7.173,20 7.210,70 23,34Fonte 112 Tesouro 3.154,10 3.490,70 3.512,70 4.159,20 4.247,90 34,68Outras Fontes <strong>de</strong>Tesouro2.692,00 3.117,00 3.571,90 3.014,00 2.962,80 10,06Notas: 1) Limite <strong>de</strong> Recursos IFES (Art. 212/CF-Art.20, Lei Orgânica), no mínimo, = (0,18 x 0,75) (ReceitaTributária Líquida Art. 212/CF).2) Dados das Despesas Efetivas das IFES, <strong>de</strong> 1998 a2001, Orçamentos Executados. Dados <strong>de</strong> 2002, LeiOrçamentária mais Suplementação.As dotações orçamentárias das IFES apresentadasno Quadro nº 6 po<strong>de</strong>m ser analisadas, como proporções aoPIB, pelos dados do Quadro nº 7. Vê-se, por aí, que ocumprimento do Art. 20 da Lei Orgânica e Art.212 da CFpo<strong>de</strong>ria ter levado o Governo Fe<strong>de</strong>ral a alocar recursosequivalentes aos seguintes percentuais do PIB: 0,35% em108


1998, 0,36% em 1999, 0,32% em 2000, 0,35% em 2001 e0,33% em 2002. Muito inferior, portanto, ao que <strong>de</strong> fatoocorreu, com esses percentuais do PIB sendo <strong>de</strong>,respectivamente, 0,64%, 0,69%, 0,65%, 0,61% e 0,56%.QUADRO Nº 7ORÇAMENTO DAS IFES - RECURSOS DO TESOUROEVOLUÇÃO EM PROPORÇÃO AO PIB1998 - 2002AgregadosOrçamentáriosProporções em Relação ao PIB1998 1999 2000 2001 2002Limite <strong>de</strong> Recursos IFES(Art. 212/CF-Art. 20, Lei 0,0035 0,0036 0,0032 0,0035 0,0033Org.)Despesas Efetivas das IFES 0,0064 0,0069 0,0065 0,0061 0,0056Fonte 112 Tesouro 0,0035 0,0036 0,0032 0,0035 0,0033Outras Fontes <strong>de</strong>Tesouro0,0029 0,0032 0,0033 0,0025 0,0023Notas: 1) Limite <strong>de</strong> Recursos IFES (Art. 212/CF),no mínimo, = (0,18 x 0,75) (Receita Tributária LíquidaArt. 212/CF).2) Dados das Despesas Efetivas das IFES, <strong>de</strong>1998-2001, Orçamentos Executados. Dados <strong>de</strong> 2002, LeiOrçamentária mais Suplementação.109


3.3. A Distribuição do Orçamento das IFESna Lei OrgânicaPrimeiro cabe <strong>de</strong>stacar um aspecto relevante da LeiOrgânica, com relação à gran<strong>de</strong>za monetária dos recursos doTesouro Nacional que <strong>de</strong>vem ser alocados ao conjunto dasIFES. Pelo Art. 20, Parágrafo 1º, <strong>de</strong>ssa Lei, esses recursos<strong>de</strong>stinados às IFES não po<strong>de</strong>rão ser inferiores, em valoresreais, ao seu correspon<strong>de</strong>nte montante repassado no anoanterior. Trata-se <strong>de</strong> mandamento legal muito difícil <strong>de</strong> serexecutado. Como se sabe, o Orçamento da União para um<strong>de</strong>terminado ano tem o seu Projeto <strong>de</strong> Lei elaborado nosmeses <strong>de</strong> março a maio do ano anterior. Nesse contexto, nãohá como propor dotações orçamentárias em valores reais,para o ano seguinte, quando não se sabe sequer qual ainflação efetiva do ano em curso.O Art. 21, Seção III, Capítulo III, da Lei Orgânica<strong>de</strong>termina que os recursos do Tesouro Nacional, <strong>de</strong>finidos noArt. 20 <strong>de</strong>ssa Lei, previstos em Lei Orçamentária para oconjunto das IFES, <strong>de</strong>stinar-se-ão, na proporção <strong>de</strong> 95%, àmanutenção e ao <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssas Instituições e 5% àexpansão e melhoria da qualida<strong>de</strong> do ensino superior. AsDespesas com Inativos e Pensionistas, conforme o Art. 23 daLei Orgânica, correrão por conta <strong>de</strong> outras fontes <strong>de</strong>Recursos do Tesouro Nacional, que não os da fonte 112.Pelo que estabelece o Art. 25, Seção III, Capítulo III,da Lei Orgânica, cada IFES terá que <strong>de</strong>stinar, no mínimo,15% do seu Orçamento anual para as Despesas <strong>de</strong> OCC, semincluir nestas as Despesas com Benefícios Sociais, Bolsas,Diárias e outras que se <strong>de</strong>stinem a pagamento <strong>de</strong> pessoal.Pelos dados do Quadro nº 8, po<strong>de</strong>-se fazerinteressantes e objetivas análises sobre essa proposta <strong>de</strong>distribuição e alocação dos recursos orçamentários doTesouro Nacional repassados às IFES. Com base nos110


dispositivos da Lei Orgânica, a realida<strong>de</strong> orçamentária dasIFES, no período 1998-2002, po<strong>de</strong>ria ter sidosignificativamente diferente.No ano 1998, as Despesas das IFES com PessoalAtivo teriam sido, no máximo, R$ 2.681,0 milhões e asDespesas <strong>de</strong> OCC-Manutenção, no mínimo, R$ 473,1milhões, quando, efetivamente, foram <strong>de</strong>, respectivamente,R$ 3.508,8 milhões e R$ 692,8 milhões. Desse modo, teriahavido um déficit, para o conjunto das IFES, da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> R$1.847,5 milhões. Para cumprir a Lei Orgânica, essasInstituições teriam que ter adotado níveis salariais inferioresaos prevalecentes, para os seus quadros <strong>de</strong> pessoal, e umaredução muito expressiva dos recursos <strong>de</strong>stinados àsDespesas <strong>de</strong> OCC.Nos anos <strong>de</strong> 1999 e 2000, as IFES teriamapresentado, também, situação <strong>de</strong>ficitária superior à <strong>de</strong> 1998.Nos anos 2001 e 2002, quando o acúmulo <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> cincoanos <strong>de</strong> arrocho salarial aos servidores públicos fe<strong>de</strong>raisadquiriu elevada proporção, é que essa situação Orçamentáriadas IFES teria passado a superavitária.Em 2001, as Despesas com Pessoal Ativo teriam umlimite máximo <strong>de</strong> R$ 4.538,8 milhões quando foram <strong>de</strong> R$4.358,9 milhões. As correspon<strong>de</strong>ntes Despesas <strong>de</strong> OCC-Manutenção, cujo limite mínimo era <strong>de</strong> R$ 801,0 milhões, seefetivaram em R$ 762,8 milhões. Teria havido, portanto, parao total das IFES, um superávit <strong>de</strong> R$ 218,8 milhões. Para ocorrente ano 2002, o limite máximo para as Despesas comPessoal Ativo e o limite mínimo para as Despesas <strong>de</strong> OCC-Manutenção das IFES seriam <strong>de</strong> R$ 5.038,9 milhões, oprimeiro, e <strong>de</strong> R$ 889,2 milhões, o segundo. Como essasDespesas estão com os seus níveis <strong>de</strong> realização orçamentáriaprevistos para, respectivamente, R$ 4.427,5 milhões e R$780,3 milhões, ter-se-ia, assim, um provável superávit <strong>de</strong> R$720,3 milhões.111


QUADRO Nº 8DESPESAS TOTAIS DAS IFES - RECURSOS DOTESOURO COMPARAÇÃO ENTRE DESPESASEFETIVADAS E AS QUE PODERIAM TER SIDOCOM BASE NA PROPOSTA DE LEI ORGÂNICA DASUNIVERSIDADES PÚBLICAS FEDERAIS (LOUPF)1998-2002AgregadosValores em R$ 1.000.000,00Orçamentários 1998 1999 2000 2001 20021. Despesas IFES ConformeLOUPF3.154,90 3.893,50 3.933,90 5.339,80 5.928,10Despesas <strong>de</strong> Pessoal 2.983,40 3.309,50 3.343,80 4.538,80 5.038,90Ativo 2.983,40 3.309,50 3.343,80 4.538,80 5.038,90Despesas <strong>de</strong> OCC 526,50 584,00 590,10 801,00 889,20OCC-Manutenção 526,50 584,00 590,10 801,00 889,202. Despesas IFES 5.846,10 6.607,90 7.083,80 7.173,40 7.210,70EfetivadasDespesas <strong>de</strong> Pessoal 5.153,30 5.933,10 6.321,00 6.391,10 6.430,40Ativo 3.508,80 4.069,20 4.358,90 4.320,00 4.427,50Despesas <strong>de</strong> OCC 692,80 674,80 762,80 782,30 780,303. Déficit IFES (1 - 2) -691,70 -850,50 -1.187,80 237,50 720,30Despesas <strong>de</strong> Pessoal -525,40 -759,70 -1.015,10 218,80 611,40Ativo -525,40 -759,70 -1.015,10 218,80 611,40Despesas <strong>de</strong> OCC -166,30 -90,80 -172,70 18,70 108,90OCC-Manutenção -166,30 -90,80 -172,70 18,70 108,90Nota: 1) Pela LOUPF as Despesas <strong>de</strong> Pessoal das IFESincluem Pessoal Ativo, Benefícios, Bolsas, Diárias e Outras.2) As Despesas <strong>de</strong> OCC-Manutenção EfetivadasPelas IFES incluem as parcelas <strong>de</strong>stinadas aos Benefícios,Bolsas e Diárias.112


3.4. Uma Nova Base Orçamentário-Financeira para aLei Orgânica das UFPA atual fonte <strong>de</strong> financiamento do Sistema IFES peloTesouro Nacional, apoiada no Art. 212 da CF, não aten<strong>de</strong> àsnecessida<strong>de</strong>s do ensino superior público fe<strong>de</strong>ral do país. Asanálises <strong>de</strong>senvolvidas no subitem nº 3.1 a 3.3 <strong>de</strong>ixaram issomuito claro. No período 1998-2002, as IFES passaram poruma fase, talvez, <strong>de</strong> maior sufoco orçamentário <strong>de</strong> suahistória. Mesmo assim, os recursos orçamentários que lhesforam repassados pelo Governo Fe<strong>de</strong>ral estiveram muitoacima do que po<strong>de</strong>ria ter sido, cumprindo-se rigorosamente oaludido dispositivo constitucional.O Art. 212 da CF constitui uma insuficiente fonte <strong>de</strong>financiamento para as IFES, mesmo com o que propõe a LeiOrgânica para as <strong>de</strong>spesas com inativos, pensionistas eprecatórios. Com as dotações orçamentárias que daí seoriginam, as IFES ten<strong>de</strong>m a ser altamente <strong>de</strong>ficitárias,mesmo funcionando com elevada carência <strong>de</strong> pessoal docentee técnico-administrativo e um enorme passivo histórico <strong>de</strong>investimentos a realizar. Foi assim no período 1998-2002. Noatual cenário <strong>de</strong> perspectivas <strong>de</strong> expansão do sistema IFES,essa fonte <strong>de</strong> financiamento torna-se totalmente ina<strong>de</strong>quada.Para dotar o sistema a ser criado para as UFP, emproposição pela Lei Orgânica <strong>de</strong>fendida pela ANDIFES, <strong>de</strong>uma a<strong>de</strong>quada base <strong>de</strong> financiamento, é imprescindível que oatual Art. 212 da Constituição do Brasil passe a ter uma novaredação do seu caput e adição <strong>de</strong> um parágrafo VI, conformeabaixo:Art. 212. A União aplicará, anualmente, nuncamenos <strong>de</strong> trinta, e os Estados, o Distrito Fe<strong>de</strong>ral e aosMunicípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receitaresultante <strong>de</strong> impostos, compreendida a proveniente <strong>de</strong>transferências, na manutenção e <strong>de</strong>senvolvimento do ensino.113


§ 1º (continua)§ 2º (continua)§ 3º (continua)§ 4º (continua)§ 6º A União se responsabilizará pela alocação <strong>de</strong>recursos orçamentários <strong>de</strong> outras fontes, além dos previstosneste Artigo, <strong>de</strong> modo a assegurar que as InstituiçõesPúblicas Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> Ensino Superior mantenham umaparticipação, <strong>de</strong> no mínimo 20%, no total <strong>de</strong> vagasoferecidas para ingresso e no número total <strong>de</strong> alunosmatriculados no Sistema <strong>de</strong> Ensino Superior do País.114


AUTONOMIA UNIVERSITÁRIA EFINANCIAMENTO: TÓPICOS EM DESTAQUEIlka Maria <strong>de</strong> Almeida MoreiraPró-Reitora <strong>de</strong>Administração e Finanças/<strong>UFG</strong> eCoor<strong>de</strong>nadora Nacional do Fórum<strong>de</strong> Pró-Reitores <strong>de</strong> Planejamento eAdministração das IFES.Não se po<strong>de</strong> falar em autonomia universitária semconhecer o papel da universida<strong>de</strong>. Papel <strong>de</strong> formação etransformação. Formação do cidadão e transformação dasocieda<strong>de</strong> através da criação, conservação e transmissão dosaber e <strong>de</strong> culturas.Na busca do cumprimento pleno <strong>de</strong>sse papel, auniversida<strong>de</strong>, através <strong>de</strong> sua comunida<strong>de</strong> universitária, se fezouvir e conquistou reconhecimento da socieda<strong>de</strong> na CartaMagna da Nação, a Constituição <strong>de</strong> 1988.Em seu Art.207, o texto Constitucional diz:“ Art. 207 – As universida<strong>de</strong>s gozam <strong>de</strong> autonomiadidático-científica, administrativa e <strong>de</strong> gestão financeira epatrimonial, e obe<strong>de</strong>cerão ao princípio <strong>de</strong> indissociabilida<strong>de</strong>entre o ensino, pesquisa e extensão”Entretanto a prática , baseada nos dispositivos legaise constitucionais, tem <strong>de</strong>monstrado as limitações da autoaplicabilida<strong>de</strong>do artigo 207. Em termos da autonomiadidático-científica, as universida<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m exercê-la <strong>de</strong>alguma forma, embora a política educacional do país ofereçaalgumas restrições. Como inserir novos contextoscurriculares se se esbarra, muitas vezes, na falta doprofissional (professor) com a habilitação para ministrá-lo ena impotência <strong>de</strong> contratá-lo? Ou mesmo, como inserir novoscursos se os quadros <strong>de</strong> pessoal não são recompostos, hávários anos?115


No aspecto administrativo e da gestão financeira epatrimonial, na realida<strong>de</strong>, as limitações dão-se numcrescente, pois os instrumentos <strong>de</strong> controles administrativos,contábeis e <strong>de</strong> execução financeira nas Instituições Fe<strong>de</strong>rais<strong>de</strong> Ensino Superior, centralizados em nível <strong>de</strong> governofe<strong>de</strong>ral, vem se acentuando ao longo dos anos. Osorçamentos “fechados” em rubricas específicas, poucaflexibilida<strong>de</strong> oferecem ao Gestor. Recursos orçamentários<strong>de</strong>stinados ao pagamento <strong>de</strong> pessoal não po<strong>de</strong>m sertransformados/aplicados no custeio ou em investimento, casohaja disponibilida<strong>de</strong>.Algumas tentativas <strong>de</strong> regulamentação da autonomiatêm sido colocadas porém, ainda, não contaram com o acordoentre o Ministério da Educação e as Universida<strong>de</strong>s Fe<strong>de</strong>rais.As recentes discussões trazem no seu bojo asseguintes pon<strong>de</strong>rações:O Financiamento : Dentre todos os aspectosque permeiam a autonomia universitária, em sua formaplena, é indispensável o estabelecimento <strong>de</strong> qualfinanciamento existirá neste novo contexto, haja vista asreduções e os cortes orçamentários e financeiros,ocorridos ao longo dos anos e que têm comprometido ofuncionamento pleno das Instituições Fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong>Ensino Superior.O Documento do MEC sobre “ Lei que regule aautonomia das universida<strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>rais”:“Garantia do caráter público e do financiamentoestável, com alocação transparente <strong>de</strong> recursos baseadosna indissociabilida<strong>de</strong> do ensino, da pesquisa e <strong>de</strong>extensão”: pontos sempre <strong>de</strong>fendidos pelas universida<strong>de</strong>s,<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a estabilida<strong>de</strong> do financiamento se traduza em umfinanciamento que traga estabilida<strong>de</strong>/equilíbrio ao<strong>de</strong>senvolvimento das instituições.116


“Dotar as universida<strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>rais <strong>de</strong> instrumentos emeios capazes <strong>de</strong> financiar não somente as ações voltadaspara o ensino superior, como também, e integralmente, as <strong>de</strong>pesquisas e as <strong>de</strong> extensão”: gera a expectativa do nãofinanciamento das universida<strong>de</strong>s por parte do Estado, acomeçar pelo próprio ensino.“Assegurar às universida<strong>de</strong>s fe<strong>de</strong>rais a manutenção<strong>de</strong> suas características estruturais e organizacionais ... regimeeconômico <strong>de</strong>verá ser necessariamente o <strong>de</strong> orçamento fixadoem lei”: atualmente o orçamento é fixado em Lei; asmudanças ocorridas ano-a –ano têm trazido enorme rigi<strong>de</strong>zà execução orçamentária, impossibilitando as instituições <strong>de</strong>utilizarem seus recursos financeiros, e até mesmo, levando-asaté a perdê-los, em alguns casos, principalmente aquelesprovenientes <strong>de</strong> convênios que se concretizam muitas vezesem final <strong>de</strong> exercício on<strong>de</strong> já não há mais dotaçãoorçamentária suficiente para a aplicação dos recursos.“Expansão <strong>de</strong> Autonomia por contrato – edição <strong>de</strong>planos <strong>de</strong> carreira por instituição”: institui os chamados“balcões” e contribui para a <strong>de</strong>sativação do SistemaUniversitário Fe<strong>de</strong>ral. Um contrato tem tempo fixado e acriação <strong>de</strong> novos serviços educacionais ou cursos gerarão<strong>de</strong>mandas que não po<strong>de</strong>m ser extintas <strong>de</strong> forma abrupta. Uma<strong>de</strong>ssas <strong>de</strong>mandas é a qualificação dos recursos humanos.Depen<strong>de</strong>ndo da inserção regional, não é fácil se dispor <strong>de</strong>mão <strong>de</strong> obra, em nível <strong>de</strong> doutor, para a realização dosserviços “contratados”. E caso seja possível contar com essaqualificação, como ficaria a inserção <strong>de</strong>sse profissional emprogramas <strong>de</strong> pesquisa institucionais, face a temporalida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sua vinculação com a instituição.A ANDIFES, e as diversas discussões no âmbito doFórum <strong>de</strong> Pró-Reitores <strong>de</strong> Planejamento e Administração dasIFES, na <strong>de</strong>fesa do papel estratégico que as IFES possuem no117


aspecto da formação <strong>de</strong> profissionais cidadãos e nainstitucionalização da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesquisa, têm buscado:A garantia <strong>de</strong> financiamento a<strong>de</strong>quado `amanutenção e ao <strong>de</strong>senvolvimento do Sistema Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong>Ensino Superior no país, apoiando-se no que preceitua o Art.212 da Constituição Fe<strong>de</strong>ral, cuidando pelo exato conceito<strong>de</strong> impostos e pelo exato conceito <strong>de</strong> manutenção do ensino.A distribuição dos recursos... obe<strong>de</strong>cerá os seguintesindicadores : No. <strong>de</strong> alunos matriculados, <strong>de</strong> diplomados,produção acadêmica , etc. : o mo<strong>de</strong>lo que se propõe ofereceaferição quantitativa e qualitativa das instituições.Os recursos <strong>de</strong> custeio(manutenção) não <strong>de</strong>vemincluir <strong>de</strong>spesas com Benefícios Sociais (auxílioalimentação,auxílio-creche, vale-transporte, residênciamédica), bolsas, diárias, professor substituto e outras que se<strong>de</strong>stinam a pagamento <strong>de</strong> pessoal: atualmente essas <strong>de</strong>spesassão computadas no custeio das instituições mascarando omontante que <strong>de</strong>veria somente ser <strong>de</strong>stinado para amanutenção(aquisição <strong>de</strong> serviços e <strong>de</strong> material). Outroponto que veio mascarando o custeio das instituições são asterceirizações <strong>de</strong> limpeza e vigilância.Quais os recursos e quanto financiará o conjunto dasIFES?Hoje a principal fonte <strong>de</strong> financiamento dasuniversida<strong>de</strong>s é proveniente da arrecadação <strong>de</strong> impostosfe<strong>de</strong>rais- Fonte 112 ( por força constitucional <strong>de</strong>ve ser<strong>de</strong>stinado um mínimo <strong>de</strong> 18% da receita líquida <strong>de</strong> impostospara a manutenção e funcionamento do ensino) - De uns anospara cá muitas discussões têm ocorrido face aos várioscomprometimentos aos recursos <strong>de</strong>ssa fonte. Um <strong>de</strong>ssescasos é o do Fundo <strong>de</strong> Estabilização Fiscal (FEF) e aDesvinculação <strong>de</strong> Receitas da União(DRU) e <strong>de</strong> outras váriasisenções fiscais que vêm sendo estabelecidos no âmbito da políticaeconômica do país .118


Dentro <strong>de</strong>ssa questão, também fazemos umaconsi<strong>de</strong>ração importante em relação ao exato termo“Manutenção e Funcionamento do Ensino” pois as <strong>de</strong>spesascom pessoal aposentado das IFES encontra-se coberta comesses recursos provenientes da arrecadação <strong>de</strong> impostos.E quando consi<strong>de</strong>ra-se a exclusão <strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>spesa dosrecursos do Tesouro( juntamente com as <strong>de</strong> pensionistas eprecatórios), aplicados nas IFES, po<strong>de</strong>mos acompanhar,historicamente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1994 até 2001, em valores atualizadospelo IGP-DI-FGV- JAN/2001, os valores( em milhões <strong>de</strong>reais) que as instituições contam para sua manutenção:Ano 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001(PL01)Valor 5.555 5.949 5.516 5.152 4.937 4.120 5.056 4.809A partir <strong>de</strong> 1998, a ANDIFES estabeleceu um plano <strong>de</strong>metas, protocolado e acordado com o Ministério da Educação,on<strong>de</strong> estabelecia um plano <strong>de</strong> expansão do seu corpodiscente, com a contrapartida na recomposição <strong>de</strong> seu quadro<strong>de</strong> pessoal, melhoria <strong>de</strong> seu financiamento, <strong>de</strong>ntre outros.De 1998 para cá, essa expansão <strong>de</strong>u-se <strong>de</strong> formaacentuada, atingindo patamares quase da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 20%, emmédia, <strong>de</strong> acréscimo <strong>de</strong> alunos matriculados. A recomposiçãodo quadro <strong>de</strong> pessoal não veio da forma esperada e ofinanciamento mostrou um maior grau <strong>de</strong> insuficiência, facea essa expansão, o aumento das tarifas públicas, os aumentosnos valores <strong>de</strong> serviços, etc.Em termos do PIB ( PRODUTO INTERNOBRUTO), po<strong>de</strong>mos constatar a perda do “po<strong>de</strong>r aquisitivo”das IFES nesses últimos 08 anos. Assim, a participação doorçamento das IFES, sem inativos, pensionistas e precatórios,em relação ao PIB brasileiro é :119


Ano 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001*% 0,87 0,58 0,49 0,44 0,41 0,39 0,46 0,40Dentro do contexto das IFES, há que se pensar nosHospitais Universitários, no seu papel formador, naspesquisas <strong>de</strong>senvolvidas na área <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e na assistênciaqualificada que têm prestado à socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> forma geral.Também há que se lutar, num processo <strong>de</strong>autonomia, <strong>de</strong>ntre outras coisas, pela liberda<strong>de</strong> para seexecutar os orçamentos <strong>de</strong> recursos próprios na sua inteireza,sem os habituais limites impostos pelos sistemasinformatizados centralizados, contando com a liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong>remanejamento entre as rubricas.Além do financiamento a<strong>de</strong>quado para amanutenção, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos níveis <strong>de</strong> investimentosapropriados seja através do <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> Programas<strong>de</strong> recomposição e ampliação <strong>de</strong> Acervo Bibliográfico, <strong>de</strong>expansão e consolidação <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> Informatização, <strong>de</strong>Recuperação do Patrimônio Físico, <strong>de</strong> reaparelhamento <strong>de</strong>laboratórios <strong>de</strong> graduação e ou <strong>de</strong> Programas <strong>de</strong> AvaliaçãoInstitucional.Diante <strong>de</strong>sse quadro, faz-se urgente a adoção <strong>de</strong>medidas que revertam esse cenário, e permitam que as IFESconsoli<strong>de</strong>m o <strong>de</strong>senvolvimento científico e tecnológiconecessário que as permitam promover e sustentar aconstrução <strong>de</strong> um saber universal.Novembro/2001.120


Referências BibliográficasAnálise Preliminar do Projeto <strong>de</strong> Lei <strong>de</strong> Autonomiadas Universida<strong>de</strong>s; Comissão <strong>de</strong> Política <strong>de</strong> recursosHumanos/ANDIFES;Brasília; agosto <strong>de</strong> 1999.Autonomia Universitária sob o enfoque doFinanciamento; Moreira, I.M.A.; Seminário sobre AutonomiaUniversitaria/<strong>UFG</strong>; Goiânia; junho <strong>de</strong> 1999.Os (DES) caminhos da Autonomia Universitária;Nunes, J.; ANDIFES-Comissão <strong>de</strong> Autonomia; Brasília;junho/julho <strong>de</strong> 1999.*Relação a partir <strong>de</strong> um valor projetado para o PIB.121


122


123


124


125


126


127


128

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!