39ª HOUSE & GIFT FAIR NEGÓCIOS TENDÊNCIA - ML Jornalismo
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Foto: tainá Bussato<br />
Foto: tainá Bussato<br />
14<br />
Mercado de<br />
Consumo<br />
Bonecos de arte<br />
lúdica e decorativa, a toy Art conquista o mercado e se torna objeto de desejo para colecionadores<br />
Na loja Plastik, a toy Art está em todos os tipos de produtos: brinquedos,<br />
decoração e roupas<br />
Se o que determina o sucesso<br />
de uma nova tendência é o reconhecimento<br />
de público e de mídia,<br />
então a Toy Art está na crista da<br />
onda. Até o MoMA, em Nova York,<br />
já aderiu, adquirindo algumas peças<br />
para sua coleção e promovendo exposições.<br />
Trata-se de um movimen-<br />
Smash yeti Blue, do artista Joe ledbetter<br />
to alinhado com a arte contemporânea,<br />
que tem ao mesmo tempo a<br />
vantagem da viabilidade comercial.<br />
E especialistas garantem: esta febre<br />
de consumo não é passageira.<br />
Feitos de materiais diversos,<br />
como plástico, vinil ou resina, estes<br />
bonecos customizados chegam a<br />
ser tão valorizados quanto obras de<br />
arte. Dependendo da raridade da<br />
peça e da importância do artista que<br />
o criou, podem custar até 10 mil dólares.<br />
Com aparência lúdica, os “art<br />
toys” tem função mais decorativa<br />
que interativa – afinal, são criados<br />
geralmente por artistas plásticos e<br />
designers, que encontram na versatilidade<br />
dos bonecos a possibilidade<br />
de manifestar expressões ou<br />
transmitir mensagens.<br />
Entre os adeptos mais famosos,<br />
encontram-se nomes internacionais:<br />
o inglês James Jarvis, o japonês<br />
Yoshitomo Nara, o americano<br />
Gary Baseman, entre outros, além<br />
de marcas nacionais, como Ash,<br />
Sincrônica e Tosco Toys, e artistas,<br />
como os da galeria Choque Cultural,<br />
em São Paulo. Seu trabalho é<br />
acessível e pode ser encontrado em<br />
lojas de decoração e presentes, sites,<br />
galerias e até mesmo em espaços<br />
exclusivos para os toys.<br />
Este é o caso da loja e galeria<br />
Plastik, a primeira no Brasil dedicada<br />
especialmente à Toy Art, inaugurada<br />
em 2006, em São Paulo. Ali, os<br />
bonecos são prioridade – dividem a<br />
atenção apenas com livros, gravuras<br />
e objetos de design. Sempre<br />
antenada com o mundo da arte, a<br />
proprietária, Nina Sander, começou<br />
o negócio como ávida colecionadora<br />
de toys e artigos afins. Nova<br />
York concentra ao menos duas inspirações:<br />
a Kid Robot, no Soho, e<br />
a Giant Robot, no East Village. “A<br />
cada viagem ao exterior acabava<br />
comprando um monte para minha<br />
coleção”, conta. “Foi daí que tive a<br />
ideia de abrir uma loja dedicada à<br />
Toy Art e a outros produtos de tiragem<br />
limitada”.<br />
Quando foi aberta, em maio de<br />
2006, a intenção da La Cucaracha,<br />
em Ipanema, no Rio de Janeiro,<br />
era ser uma loja-galeria destinada a<br />
moda, arte urbana e quadrinhos. No<br />
final do ano, entretanto, pesquisando<br />
novos produtos em São Paulo, o<br />
proprietário, Matias Maxx, percebeu<br />
que a Toy Art estava virando mania.<br />
Decidiu, então, fazer um teste: comprou<br />
alguns toys para revender na<br />
loja pelo mesmo preço – “só para<br />
ver se rolava, pois ainda era uma<br />
coisa muito cara”. Os bonecos acabaram<br />
em menos de uma semana<br />
e, ao constatar que havia demanda,<br />
ele decidiu investir. “A Toy Art é mais<br />
uma tendência da arte urbana, área<br />
em que já éramos referência no Rio<br />
de Janeiro. Em um ano, nos tornamos<br />
referência também em Toy Art”.