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DIRETRIZES DO NASF: Núcleo de Apoio a Saúde da Família<br />

continuação<br />

EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE<br />

As necessidades do serviço e das equipes que nele atuam exigem trabalhar com a<br />

aprendizagem significativa, envolvendo os fatores cognitivos, relacionais e de atitudes,<br />

visando qualificar e (re)organizar os processos de trabalho. O processo de educação<br />

permanente possibilita principalmente a análise coletiva do processo de trabalho para<br />

efetivar a ação educativa. Assim, a aprendizagem deverá ocorrer em articulação com<br />

o processo de (re)organização do sistema de saúde. O processo de trabalho envolve<br />

múltiplas dimensões organizacionais, técnicas, sociais e humanas. Portanto, o saber<br />

técnico é apenas um dos aspectos para a transformação das práticas, e a formação dos<br />

profissionais deve envolver os aspectos humanos e pessoais, os valores, os sentimentos,<br />

a visão de mundo de cada um, bem como cada um percebe e representa o SUS.<br />

Deve-se trabalhar com a transformação das práticas profissionais e da organização do<br />

trabalho simultaneamente.<br />

HUMANIZAÇÃO<br />

Entendida como uma possibilidade de transformar as práticas de atenção e gestão no<br />

SUS, a partir de construções coletivas entre gestores, trabalhadores e usuários, atores<br />

sociais implicados com a produção de saúde. É efetivada quando os princípios do SUS<br />

são traduzidos a partir da experiência concreta do trabalhador e do usuário num campo<br />

do trabalho concreto e, nesse caso, o usuário deve ser entendido como cidadão<br />

em todas suas dimensões e redes de relações. Implica apostar na capacidade criativa,<br />

na possibilidade de reinventar formas de relação entre pessoas, equipes, serviços e<br />

políticas, atuando em redes, de modo a potencializar o outro, a defender a vida de<br />

todos e qualquer um.<br />

PROMOÇÃO DA SAÚDE<br />

É uma das estratégias de organização da gestão e das práticas em saúde, não deve<br />

ser compreendida apenas como um conjunto de procedimentos que informam<br />

e capacitam indivíduos e organizações, ou que buscam controlar as condições de<br />

saúde em grupos populacionais específicos. Sua maior contribuição a profissionais<br />

e equipes é a compreensão de que os modos de viver de homens e mulheres são<br />

produtos e produtores de transformações econômicas, políticas, sociais e culturais.<br />

Dessa maneira, as condições econômicas, sociais e políticas do existir não devem<br />

ser tomadas, tão somente, como meros contextos – para conhecimento e possível<br />

intervenção na realidade –, e sim como práticas sociais em transformação, exigindo<br />

constante reflexão das práticas do setor saúde. Para a promoção da saúde, é<br />

fundamental organizar o trabalho vinculado à garantia de direitos de cidadania e à<br />

produção de autonomia de sujeitos e coletividades. Trata-se de desenvolver ações<br />

cotidianas que preservem e aumentem o potencial individual e social de eleger formas<br />

de vida mais saudáveis. Ações que ocorrerão tanto ao nível da clínica quanto<br />

na realização e/ou condução de grupos participativos sobre as suas necessidades<br />

específicas ou na comunidade.<br />

19<br />

CADERNOS DE<br />

ATENÇÃO BÁSICA

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