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DIRETRIZES DO NASF: Núcleo de Apoio a Saúde da Família<br />
sempre está incorporada à formação acadêmica. Assim, poderão participar do planejamento<br />
e programação de ações que promovam impacto positivo nos indicadores que<br />
retratam as necessidades da população, moradora daquele território, em termos de<br />
prevenção, assistência e reabilitação.<br />
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Dados de mortalidade e morbidade, por causas, sexo e faixas etárias, analisados<br />
em função de mapas do território, poderão apontar as prioridades e os locais mais críticos<br />
onde deverão se concentrar esforços. Dessa forma, se poderá saber, por exemplo,<br />
onde pedestres e ciclistas são atropelados; quantas crianças nasceram com sífilis<br />
congênita, com fissura labiopalatal e com lesões cerebrais graves; quais as condições<br />
de trabalho em construções, fábricas e domicílios, e seus riscos para acidentes ou doenças<br />
do trabalho; quantos idosos estão restritos ao leito e por qual motivo; a situação<br />
dos diabéticos da área de abrangência; como está sendo realizado o pré-natal; onde a<br />
violência está mais presente; e se os cuidados com os recém-nascidos são prestados<br />
com qualidade nos hospitais.<br />
Atuar preventivamente sobre os fatores causadores de deficiências constitui também<br />
uma responsabilidade da APS e deve ser reforçada pelas equipes dos Nasf. É de<br />
fundamental importância mapear áreas de maior risco para crianças, mulheres, adolescentes,<br />
jovens, adultos e idosos. E, quando já instalada uma incapacidade funcional ou<br />
deficiência, será preciso também conhecer a prevalência nas comunidades, mapeando<br />
e analisando os casos existentes. Há que se analisar, ainda, as condições de acessibilidade<br />
que são, ou não, oferecidas pelos ambientes públicos, como ruas, calçadas, transporte,<br />
praças e parques, edifícios (guias rebaixadas, rampas, portas largas, sanitários).<br />
CADERNOS DE<br />
ATENÇÃO BÁSICA<br />
Uma atuação integral dos profissionais do Nasf, inclusive de reabilitação, deverá<br />
incluir a mobilização da comunidade e seus recursos; a transformação dos ambientes<br />
públicos e coletivos para permitir ampla acessibilidade; a melhoria da informação e<br />
da comunicação em linguagem acessível (Braille, Libras, Tadoma e outros sistemas).<br />
Uma atuação integral deverá também envolver as famílias no cuidado e incluir sem<br />
discriminação as pessoas com deficiência na vida da comunidade. Para tanto há que se<br />
trabalhar para que a comunidade possa reconhecer seus próprios recursos, auxiliando<br />
o desenvolvimento das potencialidades das pessoas com deficiências.<br />
Não se pode esquecer de que será imprescindível o estabelecimento de<br />
canais de comunicação entre as equipes de Saúde da família e a equipe dos Nasf<br />
e as Unidades de Reabilitação (física, auditiva, visual, intelectual) existentes em<br />
cada localidade ou região, para que se possa proceder aos encaminhamentos para<br />
cuidados que envolvam maior nível tecnológico, bem como o fornecimento de<br />
órteses, próteses, meios auxiliares de locomoção, bolsas de ostomia, recursos<br />
ópticos, estabelecendo-se também os canais para o retorno desses usuários e seu<br />
acompanhamento pelas equipes de SF.