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Estratégias de redução do catabolismo lactacional ... - Suinotec

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O uso <strong>de</strong> forros aumenta a resistência térmica da cobertura, atuan<strong>do</strong> como uma<br />

barreira física, permitin<strong>do</strong> a formação <strong>de</strong> uma camada <strong>de</strong> ar junto à cobertura, que contribui na<br />

<strong>redução</strong> da transferência <strong>de</strong> calor para o interior da instalação (Oliveira & Silva, 2006).<br />

4.2 Aspectos ambientais naturais<br />

O sombreamento produz um micro clima <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à projeção da sombra sobre o telha<strong>do</strong><br />

controlan<strong>do</strong> a radiação solar, a umida<strong>de</strong> relativa e a velocida<strong>de</strong> <strong>do</strong> vento. O emprego <strong>do</strong><br />

sombreamento e <strong>do</strong> grama<strong>do</strong> permite reduzir a radiação solar (90% da radiação visível e 60%<br />

da infravermelha) e o calor refleti<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro das instalações (Bridi, 2006). Segun<strong>do</strong> Silva (1999),<br />

as árvores contribuem para a <strong>redução</strong> da temperatura, principalmente em regiões <strong>de</strong> clima<br />

quente e seco, com baixos índices <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> relativa <strong>do</strong> ar. De acor<strong>do</strong> com Silva (1998) a<br />

temperatura interna e a carga térmica <strong>do</strong>s galpões arboriza<strong>do</strong>s foram 3ºC e 22 W/m 2 menores<br />

<strong>do</strong> que galpões não arboriza<strong>do</strong>s. O posicionamento das árvores na face norte po<strong>de</strong> amenizar a<br />

incidência <strong>de</strong> luz solar <strong>de</strong>ntro da instalação em algumas horas <strong>do</strong> dia, e ainda exercer ação<br />

mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>ra sobre a velocida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s ventos (Silva 1999).<br />

Os ventos pre<strong>do</strong>minantes <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s, e o uso <strong>de</strong> barreiras naturais, como<br />

quebra ventos, po<strong>de</strong>m ser utiliza<strong>do</strong>s. A intensida<strong>de</strong> e a direção <strong>do</strong>s ventos, nas diferentes<br />

épocas <strong>do</strong> ano, precisam ser conhecidas para orientar a instalação <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a tirar vantagens<br />

no verão e protegê-la no inverno.<br />

A água <strong>de</strong> bebida funciona como um mecanismo <strong>de</strong> refrigeração, aumentan<strong>do</strong> em até<br />

0,5°C a resistência ao calor (Nääs, 2000). Jeon et al. (2006) <strong>de</strong>monstraram os efeitos da<br />

temperatura da água na performance <strong>de</strong> matrizes e leitões lactentes em condições <strong>de</strong> estresse<br />

térmico ambiental (temperatura maior que 25ºC). Neste estu<strong>do</strong> os autores encontraram valores<br />

superiores para consumo <strong>de</strong> ração (5,36 vs 3,82 kg/dia), consumo <strong>de</strong> água (31,21 vs 28,06<br />

l/dia), produção <strong>de</strong> leite (7,12 vs 5,83 kg/dia) e ganho <strong>de</strong> peso <strong>do</strong>s leitões (214 vs 187 g/dia),<br />

quan<strong>do</strong> a temperatura <strong>de</strong> água <strong>de</strong> bebida das fêmeas foi 15ºC vs 22ºC, respectivamente.<br />

5. <strong>Estratégias</strong> avançadas para minimizar o estresse pelo calor em porcas lactantes<br />

Analisan<strong>do</strong> temperaturas <strong>de</strong> distintas regiões <strong>do</strong> território nacional é possível evi<strong>de</strong>nciar<br />

que as médias máximas estão acima da zona <strong>de</strong> conforto térmico (21ºC) em vários meses <strong>do</strong><br />

ano. Deste mo<strong>do</strong>, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das características construtivas das instalações, o conforto<br />

térmico aos animais, em <strong>de</strong>terminadas épocas <strong>do</strong> ano, po<strong>de</strong> não ser atendi<strong>do</strong>. Com isso o uso<br />

<strong>de</strong> equipamentos, associa<strong>do</strong> às características construtivas da granja, po<strong>de</strong> ser uma<br />

ferramenta para melhorar o conforto térmico <strong>do</strong>s animais (Nääs, 2000).<br />

Na escolha <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> climatização, <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> a temperatura média<br />

anual, a umida<strong>de</strong> relativa <strong>do</strong> ar e o dimensionamento das instalações (atuais e futuros), além<br />

da combinação <strong>de</strong> variáveis termodinâmicas como chuva, luz, som, poluição, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> animal<br />

e manejo (Silva et al. 1999). Dentro <strong>de</strong>ste contexto, uma analise <strong>do</strong> custo beneficio <strong>do</strong>s<br />

investimentos, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a manter a liqui<strong>de</strong>z <strong>do</strong> negócio, também é fundamental.<br />

Os sistemas utiliza<strong>do</strong>s para prover maior conforto térmico baseiam-se em <strong>do</strong>is tipos<br />

principais: a ventilação forçada e o resfriamento adiabático evaporativo (Nääs, 1989). Dentre<br />

estes, po<strong>de</strong>m ser cita<strong>do</strong>s diversos sistemas, como o uso <strong>de</strong> ventila<strong>do</strong>res ou nebuliza<strong>do</strong>res<br />

(Nunes et al. 2003), mecanismos <strong>de</strong> evaporação adiabática (Tolon e Nääs, 2005), sistemas <strong>de</strong><br />

gotejamento e ar refrigera<strong>do</strong> sobre a nuca das fêmeas (Mcglone et al. 1988) e ainda o uso <strong>de</strong><br />

piso refrigera<strong>do</strong> (Silva et al. 2009).<br />

5.1 Ventilação Forçada<br />

É utilizada sempre que as condições naturais <strong>de</strong> ventilação não proporcionam<br />

a<strong>de</strong>quada movimentação <strong>do</strong> ar ou <strong>redução</strong> da temperatura ambiente. Sen<strong>do</strong> responsável pela<br />

remoção da umida<strong>de</strong>, da dispersão <strong>do</strong>s gases e <strong>do</strong> excesso <strong>de</strong> calor (Silva, 1999).<br />

Segun<strong>do</strong> Men<strong>de</strong>s (2005), a ventilação po<strong>de</strong> ser dividida em <strong>do</strong>is tipos: natural ou<br />

espontânea, dividin<strong>do</strong>-se em dinâmica ou térmica; e a ventilação artificial, sen<strong>do</strong> mecânica ou<br />

forçada. A ventilação forçada é obtida com o uso <strong>de</strong> ventila<strong>do</strong>res (ventilação positiva ou<br />

pressurização) ou exaustores (ventilação negativa ou exaustão) (Bridi, 2006).<br />

Segun<strong>do</strong> Bridi (2006) nos sistemas <strong>de</strong> ventilação positiva os ventila<strong>do</strong>res forçam o ar<br />

externo para o interior da instalação, movimentan<strong>do</strong> o ar interno para fora. Os ventila<strong>do</strong>res<br />

po<strong>de</strong>m estar posiciona<strong>do</strong>s transversalmente ou longitudinalmente. Há sinergia da ventilação<br />

natural com os ventila<strong>do</strong>res, quan<strong>do</strong> o posicionamento está a favor <strong>do</strong>s ventos pre<strong>do</strong>minantes.<br />

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