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Estratégias de redução do catabolismo lactacional ... - Suinotec

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<strong>Estratégias</strong> <strong>de</strong> <strong>redução</strong> <strong>do</strong> <strong>catabolismo</strong> <strong>lactacional</strong> manejan<strong>do</strong><br />

a ambiência na maternida<strong>de</strong><br />

Fernan<strong>do</strong> Pan<strong>do</strong>lfo Bortolozzo*, Aline Beatriz Heinen Prates Kummer,<br />

Paulo Emilio Lesskiu e Ivo Wentz<br />

Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul, Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Veterinária, Departamento <strong>de</strong><br />

Medicina Animal. Avenida Bento Gonçalves, 9090, CEP 91540-000, Porto Alegre-RS<br />

*Autor para correspondência – email fpbortol@ufrgs.br<br />

1. Introdução<br />

A busca por reprodutoras suínas com maior produtivida<strong>de</strong> tem seleciona<strong>do</strong> matrizes <strong>de</strong><br />

boa capacida<strong>de</strong> para produção <strong>de</strong> leite associada a uma alta exigência nutricional durante a<br />

lactação, entretanto, o consumo voluntário pelas fêmeas tem torna<strong>do</strong>-se o principal <strong>de</strong>safio em<br />

reduzir o <strong>catabolismo</strong> <strong>lactacional</strong>. Este <strong>catabolismo</strong> é <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> um balanço energético<br />

negativo em conseqüência da diferença da ingestão <strong>de</strong> nutrientes pela fêmea e das exigências<br />

nutricionais para mantença e produção <strong>de</strong> leite. Devi<strong>do</strong> à alta <strong>de</strong>manda nutricional na lactação<br />

as necessida<strong>de</strong>s energéticas po<strong>de</strong>m estar comprometidas, principalmente quan<strong>do</strong> fatores<br />

relevantes relaciona<strong>do</strong>s à fêmea, ao ambiente e/ou à dieta estão afetan<strong>do</strong> o consumo<br />

voluntário (Mellagi et al. 2010). Dentre os principais fatores ambientais, a temperatura, a<br />

umida<strong>de</strong> relativa e a velocida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ar apresentam efeitos diretos sobre o bem-estar, e<br />

conseqüentemente, sobre a produtivida<strong>de</strong> (Sartor et al. 2003). Estes fatores afetam as<br />

principais formas <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> energia da matriz lactante com o ambiente, que ocorrem na forma<br />

<strong>de</strong> calor sensível (condução, radiação, convecção) e calor latente (evaporação), quan<strong>do</strong> estas<br />

fêmeas estão submetidas à temperaturas acima da zona <strong>de</strong> conforto térmico (Nääs, 1989;<br />

Baêta & Souza, 1997; Bridi, 2006).<br />

Para amenizar os efeitos <strong>do</strong> estresse pelo calor, estimulan<strong>do</strong> o consumo voluntário, é<br />

possível alojar as matrizes em ambientes climatiza<strong>do</strong>s. O uso <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> arrefecimento<br />

comprova que, a melhoria <strong>do</strong> ambiente leva a um aumento no consumo <strong>de</strong> ração (Silva et al.<br />

2009). Neste trabalho serão apresentadas diferentes estratégias para reduzir o <strong>catabolismo</strong><br />

<strong>lactacional</strong> manejan<strong>do</strong> a ambiência na maternida<strong>de</strong>, como alternativas disponíveis que visam o<br />

bem estar animal e melhoria da produtivida<strong>de</strong>.<br />

2. Caracterização <strong>do</strong> <strong>catabolismo</strong> <strong>lactacional</strong> na porca<br />

O balanço energético <strong>lactacional</strong> é a diferença entre a ingestão <strong>de</strong> nutrientes pela fêmea e as<br />

exigências nutricionais para mantença e produção <strong>de</strong> leite (Quesnel & Prunier, 1995). Em<br />

primíparas é soma<strong>do</strong> à exigência para o crescimento corporal e ainda a menor capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

ingestão voluntária <strong>de</strong> alimento. As necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> mantença irão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>do</strong> peso corporal<br />

e da temperatura ambiente. As necessida<strong>de</strong>s energéticas para a produção <strong>de</strong> leite aumentam<br />

gradativamente durante as 3 primeiras semanas <strong>de</strong> lactação e são influenciadas pelo tamanho<br />

da leitegada (Quesnel & Prunier 1995). Com o aumento da produção <strong>de</strong> leite, o consumo<br />

alimentar não suporta a crescente <strong>de</strong>manda nutricional. Com isso, surge o balanço energético<br />

negativo, durante o qual as fêmeas lactantes mobilizam reservas corporais (<strong>catabolismo</strong>),<br />

permitin<strong>do</strong> que a produção <strong>de</strong> leite possa continuar com certa in<strong>de</strong>pendência <strong>do</strong> fornecimento<br />

<strong>de</strong> nutrientes (Mellagi et al. 2010).<br />

2.1 Exigências nutricionais<br />

Os requerimentos nutricionais para produção <strong>de</strong> leite (energia, proteína, aminoáci<strong>do</strong>s<br />

essenciais, minerais e vitaminas) são aumenta<strong>do</strong>s em até 3 vezes em comparação aos<br />

requerimentos para a fase gestacional (Close & Cole, 2001). Devi<strong>do</strong> à alta <strong>de</strong>manda nutricional<br />

na lactação o consumo voluntário po<strong>de</strong> ser incapaz <strong>de</strong> suprir as necessida<strong>de</strong>s energéticas<br />

(Mellagi et al. 2010). A energia requerida para a produção <strong>de</strong> leite representa 60-80% da<br />

necessida<strong>de</strong> nutricional diária, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>n<strong>do</strong> da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> parto e <strong>do</strong> tamanho da leitegada<br />

(Close & Cole, 2001).<br />

Devi<strong>do</strong> à mobilização intensa <strong>de</strong> teci<strong>do</strong>s (magro e adiposo), na tentativa <strong>de</strong> suprir as<br />

necessida<strong>de</strong>s nutricionais, a mobilização <strong>do</strong> teci<strong>do</strong> magro é diretamente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das<br />

necessida<strong>de</strong>s protéicas para a produção <strong>de</strong> leite e <strong>do</strong> consumo <strong>de</strong> proteína pela fêmea em<br />

1


lactação (Noblet et al. 1998). No entanto, uma mo<strong>de</strong>rada restrição protéica na dieta não altera<br />

a produção <strong>de</strong> leite. Em casos <strong>de</strong> restrição energética, porém com a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> suprimento<br />

protéico, a mobilização se dá principalmente no teci<strong>do</strong> adiposo. Em uma terceira hipótese, na<br />

qual a fêmea é submetida a uma restrição, tanto <strong>de</strong> proteínas quanto <strong>de</strong> energia, os <strong>do</strong>is<br />

teci<strong>do</strong>s, magro e adiposo, serão mobiliza<strong>do</strong>s (Noblet et al. 1998).<br />

2.2 Por que ocorre o <strong>catabolismo</strong> <strong>lactacional</strong> e quais as suas conseqüências?<br />

A gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> glicose pela glândula mamária leva a uma baixa glicemia em<br />

porcas lactantes quan<strong>do</strong> comparadas às fêmeas <strong>de</strong>smamadas (Quesnel, 2009). Em suínos, a<br />

privação alimentar resulta em rápida mobilização <strong>de</strong> áci<strong>do</strong>s graxos livres (AGL), pelo<br />

<strong>catabolismo</strong> <strong>de</strong> gordura, com a função <strong>de</strong> manter a glicemia (Barb et al. 2001). As fêmeas<br />

tornam-se resistentes à insulina no final da gestação (direcionamento da glicose para os fetos)<br />

e durante a lactação (direcionamento da glicose para o complexo mamário). Adicionalmente,<br />

como a insulina inibe a lipólise, a baixa concentração <strong>de</strong> insulina em fêmeas sob restrição<br />

alimentar po<strong>de</strong> também facilitar a mobilização <strong>de</strong> gordura (Quesnel, 2009).<br />

As exigências para o teci<strong>do</strong> mamário são prioritárias na espécie suína em relação aos<br />

<strong>de</strong>mais teci<strong>do</strong>s. A utilização das reservas corporais é vista como uma adaptação da fêmea<br />

para garantir a produção <strong>de</strong> leite, surgin<strong>do</strong> com isso o balanço energético negativo (Mellagi et<br />

al. 2010).<br />

A restrição alimentar na lactação, com perda excessiva <strong>de</strong> peso, aumenta o intervalo<br />

<strong>de</strong>smame-estro (IDE) e o número <strong>de</strong> fêmeas em anestro (Einarsson & Rojkittikhun, 1993),<br />

sen<strong>do</strong> mais evi<strong>de</strong>nte em primíparas. Os efeitos negativos da restrição alimentar também<br />

po<strong>de</strong>m ser observa<strong>do</strong>s na taxa <strong>de</strong> ovulação e sobrevivência embrionária (Quesnel, 2009).<br />

A restrição protéica também prejudica o <strong>de</strong>senvolvimento folicular (Yang et al. 2000) e<br />

a manifestação <strong>de</strong> estro (Jones & Stahly, 1999). Porcas po<strong>de</strong>m suportar uma perda <strong>de</strong> 9-12%<br />

da sua massa corporal na lactação sem prejuízo na função ovariana, mas altas perdas<br />

protéicas prejudicam o <strong>de</strong>senvolvimento folicular (Clowes et al. 2003). Entretanto, nem sempre<br />

o IDE é afeta<strong>do</strong> pelo <strong>catabolismo</strong> <strong>lactacional</strong>. Vinsky (2006), usan<strong>do</strong> um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> restrição<br />

alimentar na terceira semana <strong>de</strong> lactação (basea<strong>do</strong> em 50% <strong>do</strong> consumo voluntário <strong>do</strong> final da<br />

segunda semana), observou comprometimento da sobrevivência embrionária, mas não <strong>do</strong> IDE.<br />

O efeito prejudicial <strong>de</strong> um maior <strong>catabolismo</strong> <strong>lactacional</strong> no <strong>de</strong>senvolvimento folicular,<br />

qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> folículos, maturação <strong>de</strong> oócitos e sobrevivência embrionária implicam em menor<br />

tamanho da leitegada subseqüente.<br />

2.3 Principais causas <strong>do</strong> <strong>catabolismo</strong><br />

O <strong>catabolismo</strong> <strong>lactacional</strong> é influencia<strong>do</strong> pelo consumo alimentar voluntário e diversos<br />

fatores durante a lactação po<strong>de</strong>m influenciar o apetite da fêmea (“ver Mellagi et al. 2010”).<br />

Dentre estes fatores po<strong>de</strong>m ser cita<strong>do</strong>s: os fatores inerentes à fêmea, ao ambiente e à dieta<br />

(quadro 1).<br />

2


Quadro 1: Principais fatores que afetam o consumo alimentar voluntário pela matriz na<br />

maternida<strong>de</strong>.<br />

Fatores<br />

inerentes<br />

à fêmea<br />

Fatores<br />

ambientais<br />

Fatores<br />

inerentes<br />

à dieta<br />

Seleção genética para eficiência produtiva <strong>de</strong> carne magra reduziu o apetite <strong>do</strong>s animais (Close & Cole, 2001;<br />

Williams, 1998)<br />

Genótipos mo<strong>de</strong>rnos são mais precoces e produtivos, porém com menores reservas corporais, sen<strong>do</strong> mais<br />

propensas ao <strong>catabolismo</strong> (Willians, 1998)<br />

Fêmeas pesadas têm maior necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mantença (Mellagi et al. 2010)<br />

Composição corporal (gordura e proteína) é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> correto manejo nutricional (Mellagi et al. 2010)<br />

Altos níveis <strong>de</strong> alimentação na gestação reduzem o consumo na lactação (Close & Cole, 2001; Eissen et al. 2000;<br />

Whittemore, 1996)<br />

Aumento <strong>de</strong> gordura corporal ao parto em leitoas resulta em baixo consumo na lactação e mobilização <strong>de</strong><br />

reservas (Willians, 1998)<br />

Padrão <strong>de</strong> alimentação (consumo vs oferta) ao longo da lactação (Noblet et al. 1998)<br />

Alta <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> leite em função <strong>do</strong> tamanho da leitegada (Eissen et al. 2003)<br />

Fêmeas jovens ainda não estão totalmente <strong>de</strong>senvolvidas corporalmente, ten<strong>do</strong> maiores necessida<strong>de</strong>s<br />

energéticas e protéicas (Eissen et al. 2000)<br />

Fêmeas mais velhas consomem 18 a 20% mais que a primíparas (Close & Cole, 2001)<br />

Temperatura superior a 22°C (Close & Cole, 2001; Willians, 1998)<br />

Alta umida<strong>de</strong> relativa <strong>do</strong> ar em altas temperaturas (Mellagi et al. 2010)<br />

Fotoperío<strong>do</strong> longos estimulam o consumo (Close &e Cole, 2001)<br />

Dieta <strong>de</strong> lactação com baixa digestibilida<strong>de</strong> e <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> energética (Close & Cole, 2001)<br />

Baixos níveis <strong>de</strong> proteína na dieta <strong>de</strong> lactação (≤16,5%) (Revell et al. 1998)<br />

Baixos níveis <strong>de</strong> lisina na dieta <strong>de</strong> gestação e lactação (Kusina et al. 1999)<br />

Não uso <strong>de</strong> fibras na dieta <strong>de</strong> gestação (Quesnel et al. 2009)<br />

Deficiências no manejo <strong>do</strong> arraçoamento da maternida<strong>de</strong> (Close & Cole, 2001)<br />

Baixo suprimento energético na gestação interfere no <strong>de</strong>sempenho <strong>lactacional</strong> (Mellagi et al. 2010)<br />

3. Conforto térmico e o estresse pelo calor<br />

A temperatura, umida<strong>de</strong> relativa e velocida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ar têm efeitos diretos sobre o bemestar<br />

e conseqüentemente sobre a produção <strong>do</strong> animal (Sartor et al. 2003). A zona <strong>de</strong> conforto<br />

térmico (ZCT) correspon<strong>de</strong> à temperatura em que não há sensação <strong>de</strong> frio ou <strong>de</strong> calor e o<br />

<strong>de</strong>sempenho é otimiza<strong>do</strong> (Baêta & Souza, 1997). A temperatura da ZCT da fêmea lactante<br />

correspon<strong>de</strong> a 16 e 22°C (Black et al. 1993) e a <strong>do</strong> leitão neonato entre 32 e 34°C (Black et al.<br />

1993). Essas diferenças na ZCT entre a porca e os leitões dificultam a otimização <strong>de</strong> um<br />

manejo <strong>de</strong> ambiência na maternida<strong>de</strong>.<br />

O suíno apresenta dificulda<strong>de</strong> para dissipar calor em ambiente <strong>de</strong> alta temperatura e<br />

umida<strong>de</strong>, pois o excesso <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> restringe as perdas evaporativas pela respiração. A<br />

elevação da UR <strong>de</strong> 45 para 90% a uma temperatura <strong>de</strong> 21°C é responsável pela <strong>redução</strong> das<br />

perdas <strong>de</strong> calor em até 8%. Em condições satisfatórias <strong>de</strong> temperatura, a umida<strong>de</strong> relativa<br />

entre 60 e 80% é a i<strong>de</strong>al para os suínos (Nienaber et al. 1987). Além disso, o suíno não conta<br />

com a su<strong>do</strong>rese como mecanismo <strong>de</strong> proteção as altas temperaturas (Dyce et al. 1997),<br />

utilizan<strong>do</strong> exclusivamente, a ofegação e mudanças comportamentais (Le Dividich et al. 1998).<br />

O eleva<strong>do</strong> metabolismo <strong>do</strong> suíno associa<strong>do</strong> a altas temperaturas dificulta a dissipação <strong>do</strong> calor,<br />

estimada em 0,96 Watt/Kg (Mount, 1979).<br />

3.1 Principais formas <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> calor (dissipação) no suíno<br />

A troca <strong>de</strong> energia <strong>do</strong> suíno com o ambiente ocorre na forma <strong>de</strong> calor sensível<br />

(condução, radiação, convecção) e calor latente (evaporação), e a eficiência é afetada,<br />

principalmente, pela temperatura, pela velocida<strong>de</strong> e pela umida<strong>de</strong> relativa <strong>do</strong> ar (Nääs, 1989;<br />

Baêta & Souza, 1997; Bridi, 2006). Segun<strong>do</strong> Sainbury (1972) em temperatura ambiente inferior<br />

a 25°C, as perdas <strong>de</strong> calor ocorreram da seguinte maneira: 15% por condução, 40% por<br />

radiação, 35% por convecção e somente 10% por evaporação. Nas temperaturas ambientais<br />

3


acima <strong>de</strong> 30ºC, pre<strong>do</strong>minam as perdas por processos evaporativos (Sorensen, 1964). Os<br />

principais mecanismos <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> calor estão apresenta<strong>do</strong>s no quadro 2.<br />

Quadro 2: Principais formas <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> calor (dissipação) no suíno<br />

Mecanismo Definição Exemplo<br />

Condução<br />

Convecção<br />

Radiação<br />

Evaporação<br />

Troca <strong>de</strong> calor entre <strong>do</strong>is<br />

corpos com temperaturas<br />

diferentes (Nääs, 1989)<br />

Troca <strong>de</strong> calor através <strong>do</strong><br />

movimento <strong>do</strong> ar sobre o<br />

corpo <strong>do</strong> animal<br />

(Guyton & Hall, 2002)<br />

Emissão <strong>de</strong> calor através <strong>de</strong><br />

raios térmicos infravermelhos<br />

(Guyton & Hall, 2002)<br />

Troca <strong>de</strong> calor pela mudança<br />

<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> físico <strong>do</strong>s líqui<strong>do</strong>s<br />

(Per<strong>do</strong>mo, 2006)<br />

4<br />

Contato da matriz com o piso da cela<br />

(Whittemore, 1996)<br />

Ventilação natural ou artificial sobre os<br />

animais (Baêta e Souza, 1997)<br />

Produção <strong>de</strong> calor pelas matrizes e<br />

leitões (Nääs, 1989)<br />

Aumento da freqüência respiratória em<br />

condições <strong>de</strong> estresse por calor<br />

(Guyton & Hall, 2002)<br />

3.2 Como o estresse pelo calor afeta o consumo <strong>de</strong> alimento na lactação<br />

O consumo alimentar e a produção <strong>de</strong> leite da fêmea são afeta<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> a<br />

temperatura ambiente atinge o limite superior <strong>de</strong> conforto térmico da matriz, agravan<strong>do</strong>-se à<br />

medida que privilegiamos o ambiente da sala para os leitões. Mullan et al. (1992) aumentaram<br />

a temperatura ambiente <strong>de</strong> 20 para 30ºC e o consumo diminuiu <strong>de</strong> 4,05 para 3,13 kg/dia e a<br />

produção <strong>de</strong> leite diminuiu <strong>de</strong> 8,88 para 7,53 kg/dia. Farmer et al. (2007) constataram que<br />

fêmeas mantidas por toda a lactação a 29ºC ingeriram menos ração <strong>do</strong> que fêmeas alojadas a<br />

21ºC (3,8 vs 4,6 kg/dia) e ingeriram mais água (35,5 vs 16,4 L/dia). Segun<strong>do</strong> Black et al. (1993)<br />

para cada aumento <strong>de</strong> 1ºC na temperatura ambiente acima <strong>de</strong> 16ºC, o consumo energético e<br />

consumo alimentar diminuem em 0,57 Mcal e 0,17 kg por dia.<br />

Quan<strong>do</strong> em altas temperaturas, a fêmea lactante diminui o consumo alimentar e<br />

energético, reduzin<strong>do</strong> a produção <strong>de</strong> calor (Figura 1). Inicialmente ela mobiliza reservas e a<br />

produção <strong>de</strong> leite não é afetada. Entretanto, quan<strong>do</strong> o nível máximo <strong>de</strong> mobilização é atingi<strong>do</strong>,<br />

a fêmea não tem a outra opção a não ser reduzir a produção <strong>de</strong> leite, prejudican<strong>do</strong>, assim, o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento da leitegada (Makkink & Schrama, 1998).<br />

Para amenizar os efeitos <strong>do</strong> estresse pelo calor, estimulan<strong>do</strong> o consumo voluntário <strong>de</strong><br />

alimento, é possível alojar os animais em ambientes climatiza<strong>do</strong>s. O uso <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong><br />

arrefecimento comprova que a melhoria <strong>do</strong> ambiente leva a um aumento no consumo <strong>de</strong> ração<br />

(Silva et al. 2009).<br />

Figura 1. Estresse pelo calor afeta consumo voluntário <strong>de</strong> alimento


4. <strong>Estratégias</strong> tradicionais para minimizar o estresse pelo calor em fêmeas lactantes<br />

As características das instalações po<strong>de</strong>m minimizar os efeitos <strong>do</strong> estresse pelo calor<br />

em fêmeas lactantes (Figura 2). Uma construção economicamente viável requer edificações<br />

projetadas <strong>de</strong> forma que permitam o acondicionamento térmico natural, a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> medidas<br />

simples como: localização, orientação solar, pé direito, materiais <strong>de</strong> cobertura, arborização,<br />

sombreamento e ventilação natural, antes <strong>de</strong> serem a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s os mecanismos artificiais<br />

(Campos et al. 2002).<br />

Figura 2. Produção <strong>de</strong> leite otimizada em temperatura <strong>de</strong> conforto térmico da matriz<br />

4.1 Aspectos construtivos<br />

As edificações <strong>de</strong>vem ser projetadas visan<strong>do</strong> o maior aproveitamento da área, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong><br />

a preservar recursos naturais disponíveis, como água e ventilação natural, e aten<strong>de</strong>r<br />

obrigatoriamente à legislação ambiental vigente (Oliveira et al. 2007). A orientação solar no<br />

eixo principal <strong>do</strong> prédio <strong>de</strong>ve obrigatoriamente ser Leste-Oeste, reduzin<strong>do</strong> a carga calorífica<br />

incidida na instalação (Oliveira & Silva, 2006). Além disso, o local escolhi<strong>do</strong> <strong>de</strong>ve ser seco,<br />

ventila<strong>do</strong> e com boa drenagem <strong>do</strong> solo visan<strong>do</strong> evitar infiltrações futuras (Oliveira & Silva,<br />

2006). O afastamento entre as edificações <strong>de</strong>ve ser igual a distancia <strong>de</strong> 5 vezes a altura<br />

máxima <strong>do</strong> obstáculo próximo ao prédio (Oliveira et al. 2007). Embrapa (2003) sugeriu que na<br />

existência <strong>de</strong> 3 ou mais pavilhões, o afastamento seja <strong>de</strong> 10 vezes a altura da instalação entre<br />

os <strong>do</strong>is primeiros pavilhões, sen<strong>do</strong> que da segunda instalação em diante <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong> 20 a 25<br />

vezes esta altura. Desta maneira, esta recomendação <strong>de</strong>mandará maior área para construção.<br />

O pé direito da instalação favorece a ventilação e reduz a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> energia<br />

radiante vinda da cobertura sobre os animais. Assim, quanto maior o pé direito da instalação,<br />

menor é a carga térmica recebida pelos animais. De uma maneira geral, o pé direito <strong>de</strong>ve ter<br />

altura mínima <strong>de</strong> 3 metros, sofren<strong>do</strong> variações <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o tipo <strong>de</strong> telha utilizada.<br />

Os materiais <strong>de</strong> cobertura <strong>de</strong>vem possuir alta refletivida<strong>de</strong> solar, baixa emissivida<strong>de</strong><br />

térmica e baixa absortivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> calor (Bridi, 2006). Dentre as opções disponíveis têm-se as<br />

telhas <strong>de</strong> barro, fibrocimento e telhas metálicas. Segun<strong>do</strong> Sevegnani et al. (1993) a telha <strong>de</strong><br />

barro oferece maior conforto térmico. Entretanto, é um tipo <strong>de</strong> telha<strong>do</strong> que exige maior<br />

estrutura <strong>de</strong> sustentação, aumentan<strong>do</strong> os custos <strong>de</strong> instalação. Em to<strong>do</strong>s os tipos <strong>de</strong> telha<strong>do</strong>, a<br />

cor branca (exterior da telha) evita o aquecimento pela radiação solar, minimizan<strong>do</strong> as<br />

transferências <strong>de</strong> calor para o interior da instalação (Silva, 1999). O uso <strong>do</strong> lanternim também<br />

permite a renovação <strong>do</strong> ar pelo processo <strong>de</strong> termossifão, favorecen<strong>do</strong> a ventilação interna das<br />

instalações (Oliveira & Silva, 2006). Outra alternativa é o uso <strong>de</strong> isolantes sobre as telhas<br />

(poliuretano) e sob as telhas (poliuretano, poliestireno extrusa<strong>do</strong> ou lã <strong>de</strong> vidro).<br />

5


O uso <strong>de</strong> forros aumenta a resistência térmica da cobertura, atuan<strong>do</strong> como uma<br />

barreira física, permitin<strong>do</strong> a formação <strong>de</strong> uma camada <strong>de</strong> ar junto à cobertura, que contribui na<br />

<strong>redução</strong> da transferência <strong>de</strong> calor para o interior da instalação (Oliveira & Silva, 2006).<br />

4.2 Aspectos ambientais naturais<br />

O sombreamento produz um micro clima <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à projeção da sombra sobre o telha<strong>do</strong><br />

controlan<strong>do</strong> a radiação solar, a umida<strong>de</strong> relativa e a velocida<strong>de</strong> <strong>do</strong> vento. O emprego <strong>do</strong><br />

sombreamento e <strong>do</strong> grama<strong>do</strong> permite reduzir a radiação solar (90% da radiação visível e 60%<br />

da infravermelha) e o calor refleti<strong>do</strong> <strong>de</strong>ntro das instalações (Bridi, 2006). Segun<strong>do</strong> Silva (1999),<br />

as árvores contribuem para a <strong>redução</strong> da temperatura, principalmente em regiões <strong>de</strong> clima<br />

quente e seco, com baixos índices <strong>de</strong> umida<strong>de</strong> relativa <strong>do</strong> ar. De acor<strong>do</strong> com Silva (1998) a<br />

temperatura interna e a carga térmica <strong>do</strong>s galpões arboriza<strong>do</strong>s foram 3ºC e 22 W/m 2 menores<br />

<strong>do</strong> que galpões não arboriza<strong>do</strong>s. O posicionamento das árvores na face norte po<strong>de</strong> amenizar a<br />

incidência <strong>de</strong> luz solar <strong>de</strong>ntro da instalação em algumas horas <strong>do</strong> dia, e ainda exercer ação<br />

mo<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>ra sobre a velocida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s ventos (Silva 1999).<br />

Os ventos pre<strong>do</strong>minantes <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s, e o uso <strong>de</strong> barreiras naturais, como<br />

quebra ventos, po<strong>de</strong>m ser utiliza<strong>do</strong>s. A intensida<strong>de</strong> e a direção <strong>do</strong>s ventos, nas diferentes<br />

épocas <strong>do</strong> ano, precisam ser conhecidas para orientar a instalação <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a tirar vantagens<br />

no verão e protegê-la no inverno.<br />

A água <strong>de</strong> bebida funciona como um mecanismo <strong>de</strong> refrigeração, aumentan<strong>do</strong> em até<br />

0,5°C a resistência ao calor (Nääs, 2000). Jeon et al. (2006) <strong>de</strong>monstraram os efeitos da<br />

temperatura da água na performance <strong>de</strong> matrizes e leitões lactentes em condições <strong>de</strong> estresse<br />

térmico ambiental (temperatura maior que 25ºC). Neste estu<strong>do</strong> os autores encontraram valores<br />

superiores para consumo <strong>de</strong> ração (5,36 vs 3,82 kg/dia), consumo <strong>de</strong> água (31,21 vs 28,06<br />

l/dia), produção <strong>de</strong> leite (7,12 vs 5,83 kg/dia) e ganho <strong>de</strong> peso <strong>do</strong>s leitões (214 vs 187 g/dia),<br />

quan<strong>do</strong> a temperatura <strong>de</strong> água <strong>de</strong> bebida das fêmeas foi 15ºC vs 22ºC, respectivamente.<br />

5. <strong>Estratégias</strong> avançadas para minimizar o estresse pelo calor em porcas lactantes<br />

Analisan<strong>do</strong> temperaturas <strong>de</strong> distintas regiões <strong>do</strong> território nacional é possível evi<strong>de</strong>nciar<br />

que as médias máximas estão acima da zona <strong>de</strong> conforto térmico (21ºC) em vários meses <strong>do</strong><br />

ano. Deste mo<strong>do</strong>, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte das características construtivas das instalações, o conforto<br />

térmico aos animais, em <strong>de</strong>terminadas épocas <strong>do</strong> ano, po<strong>de</strong> não ser atendi<strong>do</strong>. Com isso o uso<br />

<strong>de</strong> equipamentos, associa<strong>do</strong> às características construtivas da granja, po<strong>de</strong> ser uma<br />

ferramenta para melhorar o conforto térmico <strong>do</strong>s animais (Nääs, 2000).<br />

Na escolha <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> climatização, <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> a temperatura média<br />

anual, a umida<strong>de</strong> relativa <strong>do</strong> ar e o dimensionamento das instalações (atuais e futuros), além<br />

da combinação <strong>de</strong> variáveis termodinâmicas como chuva, luz, som, poluição, <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> animal<br />

e manejo (Silva et al. 1999). Dentro <strong>de</strong>ste contexto, uma analise <strong>do</strong> custo beneficio <strong>do</strong>s<br />

investimentos, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a manter a liqui<strong>de</strong>z <strong>do</strong> negócio, também é fundamental.<br />

Os sistemas utiliza<strong>do</strong>s para prover maior conforto térmico baseiam-se em <strong>do</strong>is tipos<br />

principais: a ventilação forçada e o resfriamento adiabático evaporativo (Nääs, 1989). Dentre<br />

estes, po<strong>de</strong>m ser cita<strong>do</strong>s diversos sistemas, como o uso <strong>de</strong> ventila<strong>do</strong>res ou nebuliza<strong>do</strong>res<br />

(Nunes et al. 2003), mecanismos <strong>de</strong> evaporação adiabática (Tolon e Nääs, 2005), sistemas <strong>de</strong><br />

gotejamento e ar refrigera<strong>do</strong> sobre a nuca das fêmeas (Mcglone et al. 1988) e ainda o uso <strong>de</strong><br />

piso refrigera<strong>do</strong> (Silva et al. 2009).<br />

5.1 Ventilação Forçada<br />

É utilizada sempre que as condições naturais <strong>de</strong> ventilação não proporcionam<br />

a<strong>de</strong>quada movimentação <strong>do</strong> ar ou <strong>redução</strong> da temperatura ambiente. Sen<strong>do</strong> responsável pela<br />

remoção da umida<strong>de</strong>, da dispersão <strong>do</strong>s gases e <strong>do</strong> excesso <strong>de</strong> calor (Silva, 1999).<br />

Segun<strong>do</strong> Men<strong>de</strong>s (2005), a ventilação po<strong>de</strong> ser dividida em <strong>do</strong>is tipos: natural ou<br />

espontânea, dividin<strong>do</strong>-se em dinâmica ou térmica; e a ventilação artificial, sen<strong>do</strong> mecânica ou<br />

forçada. A ventilação forçada é obtida com o uso <strong>de</strong> ventila<strong>do</strong>res (ventilação positiva ou<br />

pressurização) ou exaustores (ventilação negativa ou exaustão) (Bridi, 2006).<br />

Segun<strong>do</strong> Bridi (2006) nos sistemas <strong>de</strong> ventilação positiva os ventila<strong>do</strong>res forçam o ar<br />

externo para o interior da instalação, movimentan<strong>do</strong> o ar interno para fora. Os ventila<strong>do</strong>res<br />

po<strong>de</strong>m estar posiciona<strong>do</strong>s transversalmente ou longitudinalmente. Há sinergia da ventilação<br />

natural com os ventila<strong>do</strong>res, quan<strong>do</strong> o posicionamento está a favor <strong>do</strong>s ventos pre<strong>do</strong>minantes.<br />

6


Os sistemas <strong>de</strong> ventilação negativa forçam a saída <strong>do</strong> ar por meio <strong>de</strong> exaustores. O<br />

sistema gera uma diferença <strong>de</strong> pressão <strong>do</strong> ar <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro e <strong>do</strong> la<strong>do</strong> <strong>de</strong> fora e o ar sai por<br />

meio <strong>de</strong> aberturas, dispostas nas laterais ou extremida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> galpão. Os exaustores <strong>de</strong>vem<br />

ser posiciona<strong>do</strong>s no la<strong>do</strong> oposto as aberturas (Bridi, 2006).<br />

A exigência, em volume <strong>de</strong> ar, para fêmeas lactantes aumenta conforme a temperatura.<br />

De acor<strong>do</strong> com Marozzin (2005) estas exigências são <strong>de</strong> 34m 3 /h em clima frio, 136m 3 /h em<br />

clima ameno e 1100 m 3 /h em clima quente. Comercialmente dispõe-se <strong>de</strong> equipamentos<br />

capazes <strong>de</strong> movimentar 14.000 m 3 /h (ventila<strong>do</strong>res axiais) a 47.000 m 3 /h (exaustores). Per<strong>do</strong>mo<br />

et al. (1999) afirmaram que o dimensionamento <strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> ventilação baseia-se no<br />

suprimento <strong>de</strong> oxigênio com <strong>redução</strong> <strong>de</strong> CO2 e melhoria das condições higrotérmicas da<br />

edificação, mediante <strong>redução</strong> ou incremento das trocas <strong>de</strong> calor por convecção e evaporação<br />

entre os animais e o ar.<br />

Quanto à eficiência <strong>do</strong> sistema, Teixeira et al. (2004) encontraram resulta<strong>do</strong>s<br />

superiores em ganho <strong>de</strong> peso <strong>do</strong>s leitões em maternida<strong>de</strong> (1,62 vs 1,44 kg/semana),<br />

comparan<strong>do</strong> ventilação forçada com ventilação natural. Segun<strong>do</strong> os autores, o consumo <strong>de</strong><br />

água e ração não diferiu entre os tratamentos, entretanto as fêmeas em ventilação forçada<br />

apresentaram menores perdas <strong>de</strong> peso na segunda e terceira semana <strong>de</strong> lactação. Ma<strong>de</strong>ira et<br />

al. (2006) encontraram resulta<strong>do</strong>s superiores para consumo <strong>de</strong> ração na lactação (6,8 vs 5,60<br />

kg/dia) com o uso <strong>de</strong> ventilação forçada comparada com sistemas <strong>de</strong> nebulização associadas à<br />

ventilação. Entretanto, não encontraram diferenças no ganho <strong>de</strong> peso da leitegada e perda <strong>de</strong><br />

peso das matrizes. Teixeira et al. (2004) comparan<strong>do</strong> o sistema <strong>de</strong> ventilação forçada ao<br />

sistema <strong>de</strong> resfriamento adiabático evaporativo (ar na nuca) encontraram resulta<strong>do</strong>s superiores<br />

em ganho <strong>de</strong> peso <strong>do</strong>s leitões e consumo <strong>de</strong> ração das fêmeas em favor <strong>do</strong> segun<strong>do</strong> sistema.<br />

5.2 Resfriamento adiabático evaporativo<br />

5.2.1 Resfriamento evaporativo por nebulização associada à ventilação<br />

A aspersão <strong>de</strong> água junto com a ventilação forçada po<strong>de</strong> reduzir a temperatura <strong>do</strong> ar.<br />

O sistema <strong>de</strong> nebulização consiste em aumentar a superfície <strong>de</strong> uma gota d’água exposta ao<br />

ar, asseguran<strong>do</strong> uma evaporação mais rápida (Bridi, 2006). O maior número <strong>de</strong> gotas com<br />

diâmetro pequeno (≤ 0,05 mm) garante maior eficiência evaporativa, sen<strong>do</strong> que o tamanho da<br />

partícula <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da pressão e tipos <strong>de</strong> bicos utiliza<strong>do</strong>s. O sistema <strong>de</strong>ve permanecer em<br />

funcionamento enquanto a umida<strong>de</strong> não atingir 70 a 80% (Silva, 1999).<br />

Por ação <strong>do</strong>s ventila<strong>do</strong>res ocorre a renovação <strong>do</strong> ar e a ventilação favorece a<br />

evaporação da água proveniente da nebulização. No processo evaporativo as superfícies se<br />

resfriam, pois a água requer calor para mudar <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> líqui<strong>do</strong> para o gasoso. Cada grama<br />

evaporada retira 5900 calorias em forma <strong>de</strong> calor sensível. Nunes et al. (2003) <strong>de</strong>screveram<br />

que o sistema foi capaz <strong>de</strong> reduzir em 2ºC a temperatura <strong>do</strong> ar, nas horas mais quentes <strong>do</strong> dia.<br />

Sartor (1997) comparan<strong>do</strong> ventilação forçada e natural encontrou resulta<strong>do</strong>s superiores<br />

para ganho <strong>de</strong> peso <strong>do</strong>s leitões e consumo total <strong>de</strong> ração (25 dias <strong>de</strong> lactação) e menor<br />

freqüência cardíaca e respiratória. Entretanto, o uso <strong>de</strong> resfriamento evaporativo com<br />

passagem <strong>do</strong> ar por material poroso mostrou ser mais satisfatório, quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> com a<br />

ventilação associada à nebulização.<br />

5.2.2 Resfriamento adiabático evaporativo com placas<br />

O sistema consiste da passagem <strong>do</strong> ar pelos alvéolos da placa (ventilação mecânica),<br />

os quais úmi<strong>do</strong>s evaporam adiabaticamente uma parcela <strong>de</strong>sta água. O calor para a<br />

evaporação é retira<strong>do</strong> <strong>do</strong> ar, reduzin<strong>do</strong>-o a temperatura (Abreu et al. 1999).<br />

A eficiência <strong>do</strong> sistema está relacionada diretamente com a temperatura e umida<strong>de</strong><br />

relativa <strong>do</strong> ar. Quanto maior os valores da umida<strong>de</strong> relativa <strong>do</strong> ar, menor volume <strong>de</strong> água<br />

po<strong>de</strong>rá ser inseri<strong>do</strong>, afetan<strong>do</strong> o resfriamento da temperatura (Campos et al. 2002). Ou seja, à<br />

medida que aumenta a umida<strong>de</strong> relativa <strong>do</strong> ar menor é a eficiência <strong>do</strong> sistema em reduzir a<br />

temperatura ambiente. Desta maneira pressupõe-se que estes sistemas sejam mais eficientes<br />

em regiões <strong>de</strong> clima quente e seco. Campos (2002) <strong>de</strong>screveu que o potencial <strong>de</strong> <strong>redução</strong> da<br />

temperatura <strong>do</strong> ar é <strong>de</strong> 11ºC, em algumas regiões <strong>do</strong> Brasil, sen<strong>do</strong> que a média é <strong>de</strong> 6ºC.<br />

Marozzin (2005) observou que em temperatura <strong>de</strong> 30ºC, o potencial <strong>de</strong> <strong>redução</strong> <strong>de</strong> temperatura<br />

foi <strong>de</strong> 2,8 a 10,6ºC, para 81 a 42% <strong>de</strong> umida<strong>de</strong>, respectivamente.<br />

7


5.2.2.1 Resfriamento adiabático evaporativo associa<strong>do</strong> à ventilação negativa (“pad<br />

cooling”)<br />

Neste sistema as placas porosas evaporativas (carvão, celulose ou ma<strong>de</strong>ira) são<br />

posicionadas na extremida<strong>de</strong> <strong>do</strong> galpão ou da sala e os exaustores no la<strong>do</strong> oposto. Trata-se <strong>de</strong><br />

uma ferramenta utilizada em nosso meio nas centrais <strong>de</strong> inseminação artificial e em avicultura<br />

<strong>de</strong> corte.<br />

Morales (2010) comparan<strong>do</strong> este sistema ao sistema adiabático evaporativo com<br />

ductos (ar na nuca) e ventilação natural observou que este sistema foi capaz <strong>de</strong> diminuir a<br />

temperatura da sala (23ºC, 26,8 e 26,8 ºC, respectivamente) e umidificar o ar (88,5%). O<br />

consumo <strong>de</strong> ração foi semelhante ao sistema <strong>de</strong> ar na nuca das fêmeas em duas das três<br />

repetições, embora sem efeito no peso <strong>de</strong> <strong>de</strong>smame. Especula-se que no sistema “pad<br />

cooling”, a baixa temperatura da sala nos primeiros dias <strong>de</strong> vida <strong>do</strong>s leitões possa ter<br />

prejudica<strong>do</strong> o <strong>de</strong>senvolvimento, uma vez que estavam <strong>de</strong>sprovi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> escamotea<strong>do</strong>r. Não<br />

foram observadas diferenças entre a perda <strong>de</strong> peso das matrizes no perío<strong>do</strong> <strong>lactacional</strong>,<br />

intervalo <strong>de</strong>smame estro, número <strong>de</strong> leitões <strong>de</strong>smama<strong>do</strong>s e espessura <strong>de</strong> toucinho.<br />

5.2.2.2 Resfriamento adiabático evaporativo associa<strong>do</strong> a ductos (SRAED)<br />

Este sistema tem si<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong> em regiões <strong>de</strong> clima quente e seco, apresentan<strong>do</strong> maior<br />

eficiência quanto menor for à umida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ar externo. Morales (2010) observou que este<br />

sistema não promoveu a queda da temperatura da sala, entretanto basea<strong>do</strong> no consumo <strong>de</strong><br />

ração das fêmeas especulou-se que o sistema tenha cria<strong>do</strong> um microclima para a fêmea, pela<br />

estimulação <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> receptores <strong>de</strong> frio, favorecen<strong>do</strong> o conforto animal.<br />

Teixeira et al. (2004) comparan<strong>do</strong> sistema <strong>de</strong> resfriamento evaporativo, ventilação<br />

forçada e natural, encontraram resulta<strong>do</strong>s superiores em ganhos <strong>de</strong> peso <strong>do</strong>s leitões (1,79,<br />

1,62 e 1,44 kg/semana) e maior consumo <strong>de</strong> ração pela matriz durante a lactação (35,64, 29,59<br />

e 26,66 kg/semana), respectivamente. Os autores observaram menor consumo <strong>de</strong> água<br />

semanal, e menores perdas <strong>de</strong> peso da matriz na terceira semana <strong>de</strong> lactação. Os resulta<strong>do</strong>s<br />

em ganho <strong>de</strong> peso <strong>do</strong>s leitões concordam com Nääs (2000). Em outra avaliação Tolon & Nääs<br />

(2005) verificaram que o SRAED foi capaz <strong>de</strong> diminuir a temperatura <strong>do</strong> ar e freqüência<br />

respiratória das fêmeas, mas não encontraram diferença no ganho <strong>de</strong> peso <strong>do</strong>s leitões quan<strong>do</strong><br />

compara<strong>do</strong>s com ventilação forçada e natural.<br />

6. Consi<strong>de</strong>rações Finais<br />

O <strong>catabolismo</strong> <strong>lactacional</strong> é uma conseqüência <strong>do</strong> aprimoramento genético e tem<br />

gera<strong>do</strong> um gran<strong>de</strong> impacto ao sistema <strong>de</strong> produção a curto e médio prazo. O direcionamento<br />

das ações para melhoria da ambiência como ferramenta <strong>de</strong> maximização <strong>do</strong> consumo<br />

alimentar e bem estar da matriz trazem benefícios. Contu<strong>do</strong>, existem diferentes equipamentos<br />

com resulta<strong>do</strong>s varia<strong>do</strong>s entre as granjas, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> o potencial <strong>de</strong> eficiência <strong>de</strong> cada um ser<br />

analisa<strong>do</strong> em função <strong>do</strong> investimento a ser realiza<strong>do</strong>. Outro ponto importante é a capacitação<br />

da mão <strong>de</strong> obra no manejo com os animais e operação <strong>do</strong>s equipamentos, admitin<strong>do</strong> ser este<br />

um ponto <strong>de</strong> estrangulamento em to<strong>do</strong>s os sistemas <strong>de</strong> produção.<br />

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