ANISTIA INTERNACIONAL
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prejudicando a subsistência e a saúde de<br />
seus habitantes. Ocorreram centenas de<br />
novos vazamentos de petróleo durante o ano,<br />
e as empresas petroleiras não limparam a<br />
contaminação de vazamentos anteriores,<br />
alguns dos quais ocorreram décadas atrás. 5<br />
O governo continuou a não responsabilizar<br />
as empresas petroleiras que operam no Delta<br />
do Níger. Não providenciou a supervisão<br />
necessária para garantir que as empresas<br />
atuem de modo mais efetivo a fim de evitar<br />
que os vazamentos aconteçam ou de<br />
responder a eles a tempo e de maneira<br />
adequada. A resposta das empresas para os<br />
vazamentos foi frequentemente lenta, e a<br />
limpeza foi inadequada.<br />
As empresas petroleiras continuaram a<br />
culpar a sabotagem e o roubo pela grande<br />
maioria dos vazamentos, alegações baseadas<br />
em um processo falho de investigação dos<br />
vazamentos de petróleo, conduzido pelas<br />
próprias empresas petroleiras, em vez de pela<br />
agência fiscalizadora do governo, a Agência<br />
Nacional de Detecção e Resposta a<br />
Vazamentos de Petróleo (NOSDRA).<br />
A NOSDRA publicou na internet detalhes e<br />
um mapa de investigações sobre os<br />
vazamentos, mas não divulgou informações<br />
sobre a resposta aos vazamentos e a<br />
limpezas.<br />
Em agosto, o Presidente Buhari anunciou<br />
que seu governo começaria a limpar e<br />
restaurar a região de Ogoniland, danificada<br />
pelo petróleo, seguindo as recomendações do<br />
Programa das Nações Unidas para o Meio<br />
Ambiente.<br />
A soma de 55 milhões de libras esterlinas<br />
(83 milhões de dólares) paga pela empresa<br />
petroleira Shell foi distribuída para a<br />
comunidade de Bodo, após o acordo de uma<br />
ação judicial no Reino Unido, em 2014. No<br />
entanto, a Shell ainda tinha que limpar o<br />
dano causado por dois enormes vazamentos<br />
em Bodo em 2008.<br />
1.<br />
2.<br />
‘Our job is to shoot, slaughter and kill’: Boko Haram’s reign of terror in<br />
north east Nigeria (AFR 44/1360/2015)<br />
Boko Haram: Civilians continue to be at risk of human rights abuses<br />
3.<br />
4.<br />
by Boko Haram and human rights violations by state security forces<br />
(AFR 44/2428/2015)<br />
Nigeria: Boko Haram: Bombing campaign sees civilian deaths spiral<br />
(AFR 44/2498/2015)<br />
Nigeria: Stars on their shoulders, blood on their hands – war crimes<br />
committed by the Nigerian military (AFR 44/1657/2015)<br />
PALESTINA<br />
Estado da Palestina<br />
Chefe de Estado: Mahmoud Abbas<br />
Chefe de governo: Rami Hamdallah<br />
Tanto as autoridades palestinas na<br />
Cisjordânia quanto o Hamas, que exerce a<br />
administração de facto na Faixa de Gaza,<br />
restringiram a liberdade de expressão,<br />
inclusive com a prisão e detenção de<br />
críticos e opositores políticos. Eles também<br />
restringiram o direito à reunião pacífica e<br />
utilizaram força excessiva para dispersar<br />
alguns protestos. Tortura e outros maustratos<br />
impostos aos detidos permaneceram<br />
comuns tanto em Gaza quanto na<br />
Cisjordânia. Julgamentos injustos de civis<br />
por tribunais militares continuaram em<br />
Gaza; pessoas foram mantidas detidas sem<br />
acusação nem julgamento na Cisjordânia.<br />
Mulheres e meninas enfrentaram<br />
discriminação e violência; algumas foram<br />
vítimas dos chamados “assassinatos de<br />
honra" por familiares do sexo masculino.<br />
Tribunais tanto em Gaza como na<br />
Cisjordânia impuseram sentenças de morte;<br />
nenhuma execução foi relatada. Nem as<br />
autoridades palestinas na Cisjordânia nem<br />
as autoridades do Hamas em Gaza tomaram<br />
medidas para investigar e garantir a<br />
responsabilização por crimes de guerra e<br />
outras graves violações, inclusive execuções<br />
sumárias, cometidas durante o conflito com<br />
Israel em 2014 e em conflitos anteriores.<br />
INFORMAÇÕES GERAIS<br />
As negociações entre Israel e o governo e<br />
instituições palestinas sob o controle de<br />
Mahmoud Abbas continuaram paralisadas<br />
durante todo o ano. Tensões constantes entre<br />
Anistia Internacional – Informe 2015/16 185