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Curso <strong>de</strong> Permacultura<br />
Módulo I - Bagé/RS<br />
Banco <strong>de</strong> imagens/FLD<br />
Desafios<br />
e II); um curso <strong>de</strong> Permacultura –<br />
PDC (Módulos I a V) e elaboração<br />
<strong>de</strong> um ví<strong>de</strong>o sobre Permacultura<br />
no Pampa; uma oficina <strong>de</strong> construção<br />
<strong>de</strong> projetos; um encontro<br />
<strong>de</strong> Povos e Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s Tradicionais<br />
do Pampa; uma reunião do<br />
Comitê dos Povos e Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
Tradicionais do Pampa.<br />
O trabalho <strong>de</strong> valorização <strong>de</strong> saberes<br />
e práticas tradicionais esteve<br />
vinculado, paralelamente, a um<br />
levantamento e mapeamento dos<br />
povos e comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s tradicionais,<br />
com o objetivo <strong>de</strong> <strong>da</strong>r visibili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
a esses grupos geralmente esquecidos<br />
<strong>de</strong>ntro do contexto do bioma,<br />
<strong>de</strong> forma a contribuir na luta<br />
por seus direitos e incidência em<br />
políticas públicas específicas. Esse<br />
mapeamento abrangeu comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
quilombolas, povo <strong>de</strong> terreiro,<br />
povo pomerano, povo cigano, povos<br />
indígenas, benze<strong>de</strong>iras e benzedores,<br />
pescadoras e pescadores<br />
e pecuaristas familiares, e <strong>da</strong>rá origem<br />
a uma publicação coletiva sobre<br />
a Sociobiodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> do Pampa<br />
e to<strong>da</strong> a sua riqueza cultural <strong>de</strong><br />
saberes e fazeres, em processo <strong>de</strong><br />
finalização e lançamento para início<br />
<strong>de</strong> 2016.<br />
Os grupos e comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s vêm salientando<br />
a importância <strong>da</strong>s ações<br />
realiza<strong>da</strong>s no âmbito do projeto,<br />
uma vez que passam a i<strong>de</strong>ntificar<br />
e a revisitar suas próprias práticas<br />
sob novas perspectivas, além do<br />
intercâmbio e (re)conhecimento<br />
gerado entre si. Essa é uma construção<br />
importante, pois reforça<br />
a relevância do bioma como um<br />
elemento agregador e i<strong>de</strong>ntitário,<br />
entendimento este que vem sendo<br />
construído e ampliado entre as<br />
pessoas.<br />
Destaque: Tendo sido o ano final<br />
do triênio, igualmente em <strong>2015</strong> o<br />
projeto passou por uma avaliação,<br />
<strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> por um consultor<br />
externo à FLD, a qual procurou<br />
apontar para as potenciali<strong>da</strong><strong>de</strong>s e<br />
questões a serem melhor explora<strong>da</strong>s.<br />
Essa avaliação encontra-se em<br />
processo <strong>de</strong> finalização, <strong>de</strong>vendo<br />
ser concluí<strong>da</strong> até o final <strong>de</strong> março<br />
<strong>de</strong> 2016.<br />
Como novo elemento, está a renovação<br />
do projeto, aprovado para<br />
mais três anos. No triênio 2016-<br />
2018, o objetivo é ampliar a adoção<br />
<strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mitigação e<br />
a<strong>da</strong>ptação às mu<strong>da</strong>nças climáticas,<br />
por meio do manejo <strong>de</strong> recursos<br />
naturais e do fortalecimento <strong>da</strong>s<br />
organizações. Para isso, estão previstas:<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> sensibilização;<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> formação e intercâmbio;<br />
ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> implementação<br />
<strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>monstrativas; ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> autogestão; reuniões<br />
do grupo consultivo; ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
pesquisa e estudo sobre o manejo<br />
do butiazal; e novas publicações. A<br />
renovação do projeto constitui-se<br />
em fato importante para a continui<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
do trabalho e para a i<strong>de</strong>ntificação<br />
<strong>de</strong> resultados, uma vez<br />
que muitos <strong>de</strong>stes são <strong>de</strong> médio e<br />
longo prazo.<br />
- As gran<strong>de</strong>s distâncias <strong>de</strong>safiam a<br />
articulação e trocas entre os grupos,<br />
bem como a participação e envolvimento<br />
<strong>da</strong>s pessoas nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
propostas, sendo importante prever<br />
ações locais, ao mesmo tempo<br />
vincula<strong>da</strong>s com uma perspectiva<br />
regional;<br />
- O avanço <strong>de</strong> monocultivos, especialmente<br />
<strong>de</strong> soja e eucalipto, sobre<br />
áreas tradicionalmente utiliza<strong>da</strong>s<br />
pela pecuária, com alto consumo<br />
<strong>de</strong> insumos agrícolas e agrotóxicos,<br />
vem se mostrando ca<strong>da</strong> vez mais<br />
crescente na região; o discurso do<br />
progresso trazido pela indústria do<br />
agronegócio, se insere <strong>de</strong> maneira<br />
crescente na região e com força,<br />
o que evi<strong>de</strong>ncia a importância <strong>da</strong><br />
continui<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalho junto aos<br />
grupos e comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />
- A próxima etapa do projeto prevê:<br />
a construção <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>monstrativas<br />
em novas locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s;<br />
o acompanhamento e manutenção<br />
<strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s já construí<strong>da</strong>s e <strong>da</strong>s<br />
que serão elabora<strong>da</strong>s, que <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rão<br />
do interesse dos grupos contemplados,<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um contexto<br />
em que, por vezes, há a instabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> permanência <strong>da</strong>s pessoas nas<br />
comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s ou mesmo uma falta<br />
<strong>de</strong> motivação para a continui<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />
- A expansão dos monocultivos e<br />
do manejo ina<strong>de</strong>quado dos solos<br />
e a intensificação <strong>de</strong> processos <strong>de</strong><br />
arenização e erosão, <strong>de</strong>vido à especifici<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>da</strong> fragili<strong>da</strong><strong>de</strong> local, com<br />
solos rasos, arenosos e <strong>de</strong> baixa fertili<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />
além <strong>da</strong> irradiação intensa,<br />
ventos constantes e tendência a<br />
temperaturas extremas.<br />
FUNDAÇÃO LUTERANA DE DIACONIA<br />
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