Relatório Narrativo da Fundação Luterana de Diaconia 2015

MULHER CATADORA
É MULHER QUE LUTA
Este projeto busca responder ao desafio de combinar
qualificação para a prestação de serviços, na área
da reciclagem com gestão democrática, e relações de
cooperação e solidariedade sustentadas na justiça de
gênero. Suas ações estão voltadas à promoção de direitos
sociais e ao fortalecimento das organizações de
catadoras e catadores no estado do Rio Grande do Sul.
Aprovado em 2014 e financiado pela União Europeia,
tem como duração o período de abril de 2015 a março
de 2018. Prevê atender diretamente 24 associações e
cooperativas de catadoras e de catadores de materiais
recicláveis e 31 outros empreendimentos com ações
pontuais. Onze pessoas, entre o grupo técnico e catadoras,
integram a equipe diretamente envolvida. Entre
as principais atividades, destacamos: criação dos
grupos de mulheres catadoras, com o objetivo de estabelecer
um espaço seguro para aprendizagem, relatos,
conversas e trocas de ideias relacionadas a temas
como relações de gênero, violência contra mulher,
machismo, feminismo, mulher no espaço de trabalho
entre outros; oficinas de planejamento estratégico
participativo junto das organizações de catadoras
e catadores, com o objetivo de identificar necessidades
e desafios em termos operacionais e administrativos,
para traçar caminhos e formas possíveis de fazer
avançar o trabalho.
Ao longo de 2015, os seguintes resultados foram alcançados:
criação de quatro grupos de mulheres nas
organizações de catadoras e catadores dos municípios
de Gravataí, Porto Alegre, Rio Pardo e Uruguaiana,
contabilizando 14 encontros realizados destes grupos;
realização de 13 oficinas de planejamento estratégico
participativo em nove organizações; incidência em
três espaços de discussão sobre a elaboração de políticas
para mulheres, e nove reuniões com a rede socioassistencial
em quatro municípios.
Desafios:
- A organização administrativa
e financeira das cooperativas
e associações. A
assessoria direta e os planejamentos
estratégicos participativos
estão sendo os
meios de enfrentar as dificuldades
neste campo.
- Desigualdade entre homens
e mulheres na execução
do trabalho e na coordenação.
- Manutenção de catadoras
e catadores junto às cooperativas
e associações, devido
a queda brusca dos preços
do quilo do material e à falta
de pagamento dos contratos
para prestação dos serviços
de coleta seletiva, por parte
das prefeituras.
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