IMPRESSÃO CADERNO CONCEITUAL
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4.2<br />
intenções e intervenção<br />
A proposta de intervenção no território surgiu da identificação de características e expectativas dos<br />
próprios moradores da comunidade. Através do projeto, pretende-se criar uma articulação entre o tecido<br />
urbano informal e o Parque Paraisópolis, a fim de oferecer áreas de convivência social como cenário da<br />
vida dinâmica e criativa da região. Assim, o projeto nasce do desejo da democratização do espaço, onde<br />
a criatividade e todos os tipos de expressão artística são bem vindos. Estimular o potencial criativo dos<br />
moradores através do espaço, do convívio e das abertas possibilidades do espaço público surge como<br />
ponto de partida para a construção do pensamento projetual.<br />
Faceando a recém inaugurada Avenida Hebe Camargo, o terreno escolhido marca a segregação das<br />
duas porções de bairro destoantes – Paraisópolis e Morumbi. Importante na paisagem, o projeto proposto<br />
concentra fins de serviços em um eixo cultural localizado em uma das entradas do Parque Paraisópolis,<br />
atuando como porta de entrada para o parque, até então sem projeto, abrançando-o. É importante ressaltar<br />
que, embora a proposta exceda os limites do lote, o presente trabalho não entra no mérito de desenhar o<br />
parque por completo. No entanto, algumas diretrizes são estipuladas para a futura consolidação do parque<br />
a fim de manter a totalidade da proposta.<br />
“Os parques de bairro ou espaços similares são comumente considerados uma<br />
dádiva conferida a população carente das cidades. Vamos virar esse raciocínio<br />
do avesso e imaginar os parques urbanos como locais carentes que precisem<br />
da dádiva da vida e da aprovação conferida a eles. Isso está mais de acordo<br />
com a realidade, pois as pessoas dão utilidade aos parques e fazem deles um<br />
sucesso, ou então não os usam e os condenam ao fracasso” (JACOBS, Jane –<br />
Morte e Vida de Grandes Cidades”, pg. 97).<br />
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