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Patriarcas E Profetas por Ellen G. White [Novo Edicao]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

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<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

família que com ele fugissem da ímpia cidade. A turba cansara-se e se retirara, e Ló foi avisar seus filhos.<br />

Repetiu as palavras dos anjos: “Levantai-vos, saí deste lugar; <strong>por</strong>que o Senhor há de destruir a cidade.”<br />

Mas ele lhes pareceu como quem zombava. Riram-se daquilo que chamavam seus receios supersticiosos.<br />

Suas filhas eram influenciadas pelos maridos. Estavam muito bem ali onde se encontravam. Não podiam<br />

ver sinais de perigo. Tudo estava exatamente como havia sido. Possuíam muitos bens, e não podiam crer<br />

fosse possível que a bela Sodoma houvesse de ser destruída.<br />

Ló voltou triste para casa, e referiu a história de seu insucesso. Então os anjos o mandaram levantarse,<br />

e tomar a esposa e duas filhas que ainda estavam em casa, e deixar a cidade. Ló, <strong>por</strong>ém, demoravase.<br />

Se bem que diariamente angustiado ao ver cenas de violência, não tinha uma concepção verdadeira<br />

da iniqüidade aviltante e abominável praticada naquela vil cidade. Não se compenetrava da terrível<br />

necessidade de darem os juízos de Deus um paradeiro ao pecado. Alguns de seus filhos apegaram-se a<br />

Sodoma, e sua esposa recusou-se a partir sem eles. O pensamento de deixar aqueles a quem ele tinha<br />

como os mais caros na Terra, parecia ser mais do que poderia su<strong>por</strong>tar. Era duro abandonar sua casa<br />

luxuosa, e toda a riqueza adquirida pelos trabalhos de sua vida inteira, a fim de sair como um errante<br />

destituído de bens. Pasmo pela tristeza, demorava-se, relutante em partir. Se não foram os anjos de Deus,<br />

todos teriam perecido na ruína de Sodoma. Os mensageiros celestiais tomaram pela mão a ele, sua esposa<br />

e filhas, e os levaram fora da cidade.<br />

Ali os anjos os deixaram, e voltaram a Sodoma para cumprirem sua obra de destruição. Um outro<br />

— Aquele com quem Abraão estivera a pleitear — aproximou-Se de Ló. Em todas as cidades da planície,<br />

não se puderam achar nem mesmo dez pessoas justas; mas, em resposta à oração do patriarca, o único<br />

homem que temia a Deus foi arrancado à destruição. Foi dada esta ordem com surpreendente veemência:<br />

“Escapa-te <strong>por</strong> tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina; escapa lá para o<br />

monte, para que não pereças”. Gênesis 19:17. A hesitação e a demora seriam agora fatais. Lançar um<br />

olhar demorado à cidade amaldiçoada, deter-se <strong>por</strong> um instante, pela tristeza de deixar tão belo lar, terlhes-ia<br />

custado a vida. A tormenta do juízo divino estava apenas a esperar que estes pobres fugitivos<br />

pudessem escapulir.<br />

Mas Ló, confuso e aterrorizado, alegava que não podia fazer conforme lhe era exigido, para que<br />

não acontecesse surpreendê-lo algum mal, e ele morresse. Morando naquela ímpia cidade, em meio de<br />

incredulidade, sua fé se enfraquecera. O Príncipe do Céu estava a seu lado, contudo rogava ele pela sua<br />

vida como se Deus, que manifestara tal cuidado e amor para com ele, não mais o guardasse. Deveria terse<br />

confiado inteiramente ao Mensageiro divino, entregando sua vontade e sua vida nas mãos do Senhor,<br />

sem duvidar ou discutir. Mas, semelhante a tantos outros, esforçou-se <strong>por</strong> fazer planos <strong>por</strong> si: “Eis agora<br />

aquela cidade está perto, para fugir para lá, e é pequena; ora para ali me escaparei (não é pequena?), para<br />

que minha alma viva”. Gênesis 19:20. A cidade aqui mencionada era Bela, mais tarde chamada Zoar.<br />

Ficava apenas a poucos quilômetros de Sodoma e, como esta, era corrupta, e estava condenada à<br />

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