PLANOS QUE SE CONCRETIZAM
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Fotos: Pedro Sousa<br />
De acordo com Joanna, a procura<br />
pelo que é produzido no Pará<br />
só tem aumentado nos últimos tempos.<br />
“No início, o meu pai era convidado<br />
para fazer eventos em outros<br />
estados, em restaurantes e hotéis<br />
e levava diversos produtos.<br />
E aí pensou ‘por que a gente não<br />
traz esses chefes pra cá pro Pará,<br />
para conhecerem a nossa cultura<br />
de perto?’. Desde então, outras pessoas<br />
também têm feito o trabalho<br />
de divulgar a culinária paraense e o<br />
interesse só tem crescido”, observa.<br />
O Instituto nasceu há mais de<br />
três anos a partir da necessidade de<br />
formalizar o trabalho iniciado por<br />
Paulo Martins. “As pessoas que<br />
buscavam algum produto nosso,<br />
nos encontravam por indicação, de<br />
uma maneira informal e vimos que<br />
precisávamos profissionalizar esse<br />
contato. Existia demanda e era importante<br />
oferecer esse serviço de<br />
maneira estruturada e com qualidade”,<br />
relembra Joanna. Assim surgiu<br />
a Manioca, marca que comercializa<br />
produtos de base regional e<br />
tem como principais compradores<br />
restaurantes que adicionam o toque<br />
paraense aos seus pratos.<br />
Atualmente, a cartela de produtos<br />
da Manioca é composta pelo<br />
doce de cupuaçu, açúcar aromatizado<br />
com cumaru, azeite aromatizado<br />
com pimenta de cheiro, licor de<br />
flor de jambu, tucupi preto e geleias<br />
Nossos sabores<br />
são universais. Eles<br />
agradam sensorialmente<br />
o consumidor e geram<br />
interesse e curiosidade<br />
em quem tem<br />
oportunidade de proválos.<br />
Dificilmente quem<br />
provou tucupi, cupuaçu,<br />
bacuri ou farinha,<br />
deixa de gostar.”<br />
JOANNA MARTINS, DIRETORA DO<br />
INSTITUTO PAULO MARTINS<br />
de pimenta, jambu, priprioca, açaí e<br />
taperebá. No primeiro semestre de<br />
2016, foram produzidas 20 toneladas<br />
de insumos, que chegaram a restaurantes<br />
e empórios de cidades de<br />
São Paulo, Rio de Janeiro, Minas<br />
Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná,<br />
Distrito Federal e Maranhão.<br />
A perspectiva da empresa é chegar<br />
também ao mercado internacional<br />
– e até antes do previsto. “De<br />
acordo com o plano de negócios da<br />
Manioca, partiríamos para o exterior<br />
em um período de 10 anos, mas<br />
a procura tem sido tão grande, que<br />
acredito que em dois anos podemos<br />
chegar aos Estados Unidos e Espanha”,<br />
antecipa Joanna.<br />
NOVOS<br />
MERCADOS<br />
Quem já tem um longo caminho<br />
no ramo industrial percebeu o<br />
interesse do consumidor pelos<br />
produtos amazônicos e passou<br />
a diversificar os negócios,<br />
incorporando itens regionais<br />
para alcançar e envolver novos<br />
mercados. A Mariza Alimentos,<br />
conhecida há 33 anos por<br />
produtos tradicionais como<br />
biscoitos e massas, passou a<br />
produzir também molho de<br />
pimenta, palmitos de açaí e<br />
de pupunha, além de goma e<br />
farinha de tapioca. “Em todos<br />
esses produtos somos líderes<br />
de mercado, não só no Pará<br />
como em outros estados.<br />
Somos a maior indústria de<br />
molhos de pimenta do país”,<br />
conta Josyanne Cantuária,<br />
coordenadora de Vendas e<br />
Marketing.<br />
Somente na linha regional, a<br />
Mariza chega a produzir 1.200<br />
toneladas/mês e a intenção<br />
é seguir descobrindo novos<br />
sabores. “Sempre estamos<br />
buscando novos mercados e<br />
demandas para que possamos<br />
ampliar nosso mix e atender<br />
melhor nosso cliente, que hoje<br />
está no Brasil e na América<br />
Latina”, fala a coordenadora.<br />
Ela revela que a empresa está<br />
em negociação para levar seus<br />
itens à Europa. “Acreditamos<br />
que o crescimento do setor é<br />
ascendente e muito promissor.<br />
A Mariza busca inovar<br />
também para contribuir com o<br />
crescimento do Pará”, diz.<br />
www.fiepa.org.br<br />
PARÁ INDUSTRIAL_REVISTA DO SISTEMA FIEPA • 41