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Bondade e<br />
humildade,<br />
virtudes<br />
que se<br />
completam!<br />
Dona Lucilia era transbordante<br />
de afeto para com seu filho;<br />
porém, nunca o elogiava...<br />
Mamãe era exuberante em afetos para comigo,<br />
mas não em comentários. Mesmo nas<br />
ocasiões mais propícias para me comentar,<br />
ela não o fazia, nem perto nem longe de mim. E, durante<br />
a nossa tão longa convivência, quase não me chegaram<br />
aos ouvidos elogios dela a meu respeito.<br />
Jamais alimentar a megalice<br />
As cartas dela a mim dirigidas, por exemplo, eram<br />
cheias de afeto, o qual continha uma espécie de consideração,<br />
quase diria de admiração. Embora ela<br />
não pusesse um elogio, pelo modo de me chamar “filhão<br />
querido” percebia-se que a alma dela transbordava<br />
de contentamento ao tratar comigo. E nesse transbordamento<br />
vê-se que havia um apreço, uma consideração,<br />
mas que ela não dizia.<br />
Por que ela não dizia?<br />
Nunca perguntei a ela, mas tenho a impressão de que<br />
mamãe achava mais grato em relação a Deus não dizer, para<br />
praticar a virtude da humildade e evitar qualquer megalice<br />
1 de minha parte. Ela era cuidadosíssima nesse ponto.<br />
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