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Revista Dr Plinio 67

Outubro de 2003

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Amor ao Romano Pontífice<br />

Editorial<br />

A<br />

Ao despontar o dia 16 deste mês, os sinos de<br />

Roma e de todo o orbe católico dobrarão<br />

festivamente, comemorando o jubileu de<br />

prata do pontificado de João Paulo II. Limiar esplendoroso,<br />

ultrapassado apenas pelo próprio Príncipe dos<br />

Apóstolos na aurora da Igreja e, nos tempos recentes,<br />

pelo Bem-aventurado Pio IX e por Leão XIII.<br />

Às entusiasmadas celebrações que hão de marcar<br />

essa magna data deseja se unir nossa revista, oferecendo<br />

aos seus leitores eloqüentes palavras com as quais<br />

<strong>Dr</strong>. Plínio rende homenagem ao Sucessor de Pedro.<br />

Sua ardorosa fidelidade à Cátedra da Verdade,<br />

<strong>Dr</strong>. Plínio a demonstrou desde os primórdios de sua<br />

militância católica, fazendo-a reluzir ao lado de outras<br />

duas devoções cultivadas por ele de modo não menos<br />

intenso — à Sagrada Eucaristia e a Nossa Senhora.<br />

Eucaristia, Maria e o Papa: eis a trilogia sobre a<br />

qual se alicerçava a vida espiritual assim como toda<br />

a existência de <strong>Dr</strong>. Plínio, inteiramente consagrada<br />

aos superiores interesses da Religião. Porém, como<br />

ele mesmo observava, nessa maravilhosa corrente<br />

constituída por tríplice amor, o elo mais frágil, o mais<br />

vulnerável, aquele que, uma vez rompido, abalaria a<br />

resistência dos demais, era o do Papado. Daí a necessidade<br />

de manifestar em relação a este a entrega, a solicitude<br />

e a veneração ilimitadas que lhe devemos.<br />

Dessa postura de alma deixou-nos <strong>Dr</strong>. Plínio um<br />

belo testemunho:<br />

“À medida que vou vivendo, pensando e ganhando<br />

experiência, vou compreendendo e amando mais o<br />

Papa e o Papado. Lembro-me ainda das aulas de catecismo<br />

em que [este último] me foi explicado, sua<br />

instituição divina, seus poderes, sua missão. Meu coração<br />

de menino (eu tinha então 9 anos) se encheu<br />

de admiração, de enlevo, de entusiasmo: eu encontrara<br />

o ideal a que me dedicaria por toda a vida. De lá<br />

para cá, o amor a esse ideal não tem senão crescido.<br />

E peço aqui a Nossa Senhora que o faça crescer mais<br />

e mais em mim, até o meu último alento. Quero que<br />

o derradeiro ato de meu intelecto seja um ato de Fé no<br />

Papado. Que meu último ato de amor seja um ato de<br />

amor ao Papado. Pois assim morrerei na paz dos eleitos,<br />

bem unido a Maria, minha Mãe, e por Ela a Jesus,<br />

meu Deus, meu Rei e meu Redentor boníssimo.<br />

“E este amor ao Papado não é em mim um amor<br />

abstrato. Ele inclui um amor especial à pessoa sacrossanta<br />

do Papa, seja ele o de ontem, como o de hoje ou<br />

o de amanhã. Amor de veneração. Amor de obediência.<br />

“Sim, insisto: de obediência. Quero dar a cada ensinamento<br />

deste Papa, como de seus antecessores e<br />

sucessores, toda aquela medida de adesão que a doutrina<br />

da Igreja me prescreve, tendo por infalível o que<br />

ela manda ter por infalível, e por falível o que ela ensina<br />

que é falível. Quero obedecer às ordens deste<br />

ou de qualquer outro Papa em toda a medida que a<br />

Igreja manda que sejam obedecidas. Isto é, não lhes<br />

sobrepondo jamais a minha vontade pessoal, nem a<br />

força de qualquer poder terreno, e só, absolutamente<br />

só recusando obediência à ordem do Papa que<br />

importasse eventualmente em pecado. Pois neste caso<br />

extremo, como ensinam — repetindo o Apóstolo<br />

São Paulo — todos os moralistas católicos, é preciso<br />

colocar acima de tudo a vontade de Deus.<br />

“Foi o que [aprendi] nas aulas de catecismo. Foi<br />

o que li nos tratados que estudei. Assim penso, assim<br />

sinto, assim sou. E de coração inteiro.” 1<br />

Seja, pois, o presente número um preito de homenagem<br />

e reconhecimento a <strong>Dr</strong>. <strong>Plinio</strong> enquanto varão<br />

“plenamente romano”!<br />

1 ) Folha de São Paulo, 12/7/1970<br />

DECLARAÇÃO: Conformando-nos com os decretos do Sumo Pontífice Urbano VIII, de 13 de março de 1625<br />

e de 5 de junho de 1631, declaramos não querer antecipar o juízo da Santa Igreja no emprego de palavras<br />

ou na apreciação dos fatos edificantes publicados nesta revista. Em nossa intenção, os títulos elogiosos não<br />

têm outro sentido senão o ordinário, e em tudo nos submetemos, com filial amor, às decisões da Santa Igreja.<br />

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