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universidade federal de santa catarina departamento de engenharia ...

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e <strong>de</strong>senvolver o seu sistema <strong>de</strong> franchising <strong>de</strong>vido a uma aparente relação <strong>de</strong><br />

competição com alguns dos franqueados do sistema. Estabelecer relações positivas com<br />

os franqueados requer uma atenção constante aos princípios, métodos e técnicas<br />

administrativas existentes.<br />

Nem sempre o franchising se norteou pelo estabelecimento <strong>de</strong> uma cultura orientada<br />

para o cliente ou por uma mentalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conquista da cota <strong>de</strong> mercado. De forma geral,<br />

po<strong>de</strong>-se acompanhar a evolução <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> aliança através <strong>de</strong> 3 fases distintas:<br />

− fase 1: situa-se entre os primórdios do franchising até meados da década <strong>de</strong> 1960.<br />

Esse período caracterizou-se por uma completa in<strong>de</strong>pendência entre o franqueador e<br />

os franqueados, on<strong>de</strong>, estes eram encarados como meros distribuidores do produto<br />

ou do serviço do franqueador. A atitu<strong>de</strong> do franqueado, por seu lado, era a <strong>de</strong> estar<br />

prestando um favor ven<strong>de</strong>ndo o produto ou serviço, e que, por isso, o mínimo que o<br />

franqueador podia fazer era não se intrometer no negócio. Nessa fase, não havia<br />

qualquer preocupação <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da cota <strong>de</strong> mercado nem uma<br />

mentalida<strong>de</strong> voltada para a satisfação do cliente. O objetivo era apenas ven<strong>de</strong>r<br />

franquias. Uma gran<strong>de</strong> parte dos franqueadores que se iniciaram durante esse<br />

período cessou a ativida<strong>de</strong> ou foi adquirida por outras companhias;<br />

− fase 2: situa-se entre meados da década <strong>de</strong> 1960 até aos anos 1990. A maior parte<br />

dos sistemas <strong>de</strong> franquia atuais encontra-se neste estágio <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento. Esta<br />

fase também se caracteriza pela in<strong>de</strong>pendência. Ou seja, os franqueados<br />

"compraram" a sua franquia, sendo, portanto, "donos" <strong>de</strong>la, "trabalham para si<br />

próprios" e são in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes do franqueador e dos outros fabricantes. Num sistema<br />

da segunda fase, a atitu<strong>de</strong> do franqueado é a seguinte: "Nós precisamos <strong>de</strong> vocês,<br />

mas não tanto quanto vocês precisam <strong>de</strong> nós. Se pudéssemos nos livraríamos <strong>de</strong><br />

vocês." O franqueador é visto como um mero fornecedor ou ven<strong>de</strong>dor <strong>de</strong> produtos<br />

aos franqueados. Esta mentalida<strong>de</strong> e percepção criam uma relação <strong>de</strong> competição<br />

entre o franqueador e o franqueado, gerando "diferenças irreconciliáveis", como se<br />

diz nos processos <strong>de</strong> divórcio. Os franqueados da segunda fase raramente atingem<br />

um nível aceitável <strong>de</strong> resultados e, consequentemente, passam muito tempo a<br />

queixar-se e a encontrar <strong>de</strong>feitos na franquia, no franqueador, no produto, no<br />

sistema <strong>de</strong> gestão, no estado do tempo, etc. Isto faz com que o franqueador necessite<br />

<strong>de</strong>spen<strong>de</strong>r imenso tempo na manutenção <strong>de</strong> boas relações com os franqueados e a<br />

resolver tanto problemas reais como latentes, em vez <strong>de</strong> trabalhar com os<br />

franqueados no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma cota <strong>de</strong> mercado dominante. Muitas<br />

empresas <strong>de</strong> franquia ainda encontram o seu <strong>de</strong>senvolvimento travado <strong>de</strong>vido à<br />

mentalida<strong>de</strong> "dono versus in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte"; e<br />

− fase 3: basicamente, refere-se ao franchising nos dias <strong>de</strong> hoje, com tendência à<br />

continuida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> predomina a filosofia <strong>de</strong> alcançar uma cota <strong>de</strong> mercado<br />

dominante (crescimento e rentabilida<strong>de</strong>) através <strong>de</strong> uma concentração total na<br />

satisfação do cliente. A relação entre o franqueador e os franqueado é <strong>de</strong><br />

inter<strong>de</strong>pendência, trabalhando conjuntamente para alcançar objetivos comuns. O<br />

franqueado não é visto como o dono do negócio, nem como in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. Muito<br />

pelo contrário, o franqueador e o franqueado são vistos como partes <strong>de</strong> uma equipe<br />

integrada <strong>de</strong> marketing, que está empenhada em alcançar uma cota <strong>de</strong> mercado<br />

dominante através da criação e retenção <strong>de</strong> clientes (satisfação do cliente). Daí

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