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todas as suas queixas, e vamos escrevê-las. Depois é a minha vez. Daí vamos trabalhar<br />
juntos para eliminar cada item da lista.” E começamos.<br />
O placar final foi 6 x 11, seis itens dela sobre mim, e onze meus sobre ela. Mais um e<br />
eu dobraria a vantagem, ha ha... Mas o interessante é que quando sentamos para fazer a<br />
lista, tivemos mais progresso em trinta minutos do que nos doze primeiros anos de<br />
casamento. É incrível como o uso da razão é eficaz na solução de problemas,<br />
especialmente no casamento. Aquele exercício foi um ato de lucidez, de inteligência, e de<br />
emoção zero. Por esse motivo, os resultados foram positivos.<br />
Não vou falar aqui quais foram os itens na lista, mas posso dizer que se resumiam em<br />
duas categorias:<br />
• Coisas ruins que não íamos mais fazer, que entristeciam ou feriam um ao outro;<br />
• Coisas boas que íamos começar a fazer pelo outro, coisas que agradariam e fariam<br />
a outra pessoa feliz.<br />
Simples assim. Essa lista nos ajudou a parar de ficar olhando os defeitos um do outro e<br />
começar a olhar para nós mesmos, para aquilo que tínhamos de fazer para melhorar o<br />
relacionamento. Agora, com a lista, tínhamos uma meta clara e objetiva. Ambos<br />
entendemos que se trabalhássemos juntos para eliminar cada item da lista, cada um<br />
fazendo sua parte sem ficar apontando as falhas do outro, então não teríamos mais<br />
aqueles problemas. E aquela perspectiva, de nunca mais passar por aquelas experiências<br />
dolorosas a cada seis meses, nos motivou bastante. Eu estava determinado a fazer tudo<br />
o que ainda não havia feito para resolver aquele problema de uma vez por todas. Afinal,<br />
se nada fosse resolvido, o fracasso seria mais meu que dela, já que eu era o líder e cabeça<br />
do meu casamento.<br />
Porém, eu sabia que precisava de ajuda lá do alto. Não era suficiente somente confiar<br />
nas minhas próprias habilidades, pois a lista era grande, dezessete itens, sem contar com<br />
seus filhotes... Não ia ser fácil.<br />
Por isso, lá pelas 2h30 da manhã, naquela mesma noite, quando terminamos a lista e<br />
concordamos que trabalharíamos nela, eu pus a lista no bolso, entrei no carro e fui para<br />
a igreja onde eu trabalhava. Não podia esperar amanhecer. Era agora ou nunca.<br />
Entrei na igreja, tudo apagado, e me dirigi ao altar. Não havia ninguém lá, só eu e<br />
Deus. Ali eu derramei a minha alma diante d’Ele. Admiti meus erros, pedi perdão, pedi<br />
forças e direção para a minha vida e o meu casamento. Eu não aceitava que o que havia<br />
acontecido no casamento de meus pais viesse a acontecer no meu. Jamais iria aceitar