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ANISTIA INTERNACIONAL

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COREIA DO NORTE<br />

República Popular Democrática da Coreia<br />

Chefe de estado: Kim Jong-un<br />

Chefe do Governo: Pak Pong-ju<br />

Os cidadãos da República Democrática<br />

Popular da Coreia (Coreia do Norte)<br />

continuaram sofrendo violações no que diz<br />

respeito à maioria dos aspectos dos direitos<br />

humanos. Norte-coreanos e estrangeiros<br />

foram detidos arbitrariamente e condenados<br />

após julgamentos injustos por “delitos”<br />

penais não reconhecidos pela legislação<br />

internacional. As restrições rigorosas sobre<br />

o direito à liberdade de expressão<br />

continuaram. Milhares de norte-coreanos<br />

foram enviados pelas autoridades para<br />

trabalhar no exterior, frequentemente sob<br />

condições adversas. O número de nortecoreanos<br />

que fogem para a República da<br />

Coreia (Coreia do Sul) aumentou.<br />

INFORMAÇÕES GERAIS<br />

O governo testou armas nucleares duas<br />

vezes, uma em janeiro e outra em setembro,<br />

aumentando a tensão entre a Coreia do Norte<br />

e a comunidade internacional. Por isso, a<br />

ONU aumentou as sanções econômicas<br />

sobre a Coreia do Norte, gerando medo na<br />

população local e em especialistas<br />

estrangeiros do agravamento da falta de<br />

alimentos e da deterioração do padrão de<br />

vida. Os especialistas consideram o possível<br />

impacto econômico como uma motivação<br />

para mais pessoas deixarem o país, mas o<br />

risco de limpeza política por meio de prisões<br />

e execuções relatadas entre a elite no poder<br />

foi visto como um fator crucial na<br />

contribuição das fugas do país.<br />

O Partido dos Trabalhadores da Coreia<br />

realizou um congresso em maio, pela<br />

primeira vez em 36 anos. Os jornalistas da<br />

mídia internacional foram convidados a<br />

visitar o país na ocasião, mas trabalharam<br />

sob restrições severas e não puderam cobrir<br />

as reuniões do congresso.<br />

Em agosto, enchentes graves mataram<br />

pelo menos 138 pessoas e desalojaram<br />

outras 69 mil, de acordo com o Programa<br />

Mundial de Alimentos. O governo pediu<br />

ajuda humanitária, incluindo alimentos,<br />

abrigo, água e saneamento básico, mas a<br />

resposta internacional foi mínima devido a<br />

preocupações expressas por doadores em<br />

potencial referentes ao programa nuclear do<br />

país.<br />

LIBERDADE DE CIRCULAÇÃO<br />

Um total de 1414 pessoas saíram da Coreia<br />

do Norte para a Coreia do Sul. O número<br />

aumentou 11% em relação ao mesmo<br />

período em 2015, o primeiro aumento desde<br />

2011 quando Kim Jong-un subiu ao poder.<br />

Além dos relatos da partida de nortecoreanos<br />

comuns, a mídia na Coreia do Sul e<br />

no Japão noticiou diversos funcionários do<br />

alto escalão desertando seus postos e<br />

pedindo asilo. Em agosto, o governo da<br />

Coreia do Sul confirmou a chegada de TSE<br />

Young-ho, vice-embaixador da Coreia do<br />

Norte no Reino Unido, com sua família.<br />

Treze trabalhadores de restaurantes<br />

enviados pelo governo para trabalhar em<br />

Ningbo, na China, voaram direto da China<br />

para a Coreia do Sul em abril. Ao chegarem à<br />

Coreia do Sul, as autoridades norte-coreanas<br />

alegaram que as doze mulheres do grupo<br />

haviam sido sequestradas na China e levadas<br />

à Coreia do Sul. De acordo com uma<br />

entrevista com seus ex-colegas na imprensa,<br />

arranjada pelo governo norte-coreano em<br />

Pyongyang, os passaportes dos trabalhadores<br />

foram apreendidos enquanto estavam na<br />

China, o que restringiu a possibilidade de<br />

viajarem com liberdade. 1<br />

Entrevistas com os norte-coreanos que<br />

deixaram o país e relatos da imprensa dizem<br />

que o governo aumentou as medidas de<br />

vigilância para evitar que as pessoas saiam<br />

pela fronteira entre a China e a Coreia. Os<br />

que conseguiram fugir ainda correm riscos<br />

de detenção, aprisionamento, trabalho<br />

forçado, tortura e outros maus-tratos se<br />

forem presos e voltarem da China.<br />

104 Anistia Internacional Informe 2016/17

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