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ANISTIA INTERNACIONAL

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Em fevereiro, um Tribunal de Inquérito<br />

criado pelo governo do estado de Lagos<br />

descobriu que o governo não havia<br />

conseguido consultar, compensar e fornecer<br />

de forma genuína e adequada o<br />

reassentamento prometido de comunidades<br />

agrícolas que foram violentamente expulsas<br />

de suas casas e terras entre 2006 e janeiro<br />

de 2016.<br />

Entre 2 e 5 de julho, o governo do estado<br />

de Rivers expulsou violentamente mais de<br />

1.600 residentes na Ilha de Eagle alegando<br />

que era para combater o crime.<br />

Após as remoções forçadas de março e<br />

setembro, em 9 de outubro o governador do<br />

estado de Lagos anunciou planos para iniciar<br />

a demolição de todos os assentamentos ao<br />

longo das orlas costeiras do estado. A<br />

justificativa foi a necessidade de responder a<br />

incidentes de sequestro. Não havia planos<br />

anunciados para consultar as comunidades<br />

antes da remoção.<br />

Em 15 de outubro, centenas de residentes<br />

da comunidade costeira de Ilubirin foram<br />

removidos violentamente de suas casas.<br />

Entre 9 e 10 de novembro, mais de 30.000<br />

moradores de Otodo Gbame, uma<br />

comunidade costeira no estado de Lagos,<br />

foram removidos violentamente quando<br />

autoridades estatais incendiaram e<br />

demoliram suas casas com uma escavadeira.<br />

Em 11 de novembro, centenas de moradores<br />

foram removidos violentamente de outra<br />

comunidade costeira vizinha, Ebute Ikate, no<br />

estado de Lagos.<br />

DIREITOS DAS MULHERES<br />

Em setembro, o Projeto de Lei de Gênero e<br />

Igualdade de Oportunidades para eliminar<br />

todas as formas de discriminação contra as<br />

mulheres foi aprovado após sua segunda<br />

leitura no Senado. Embora a Nigéria tenha<br />

ratificado a Convenção da ONU sobre a<br />

Eliminação de Todas as Formas de<br />

Discriminação contra as Mulheres em 1985,<br />

ainda era necessário nacionalizar a<br />

Convenção como parte das leis do país.<br />

DIREITOS LGBTI<br />

A lei que proíbe o casamento entre pessoas<br />

do mesmo gênero permaneceu em vigor. A<br />

polícia continuou a prender pessoas LGBTI.<br />

Homens percebidos como gays foram<br />

atacados por multidões, além de serem alvo<br />

de extorsão e chantagem.<br />

DIREITOS DAS CRIANÇAS<br />

Em maio, o estado de Bayelsa aprovou a Lei<br />

de Direitos das Crianças, elevando para 23 o<br />

número de estados que aprovaram a lei.<br />

Além disso, a Assembleia Estadual de Enugu<br />

aprovou a lei em agosto; o Governador ainda<br />

deveria dar o seu aval.<br />

PALESTINA<br />

Estado da Palestina<br />

Chefe de estado: Mahmoud Abbas<br />

Chefe de governo: Rami Hamdallah<br />

As autoridades palestinas na Cisjordânia e a<br />

administração de facto do Hamas na Faixa<br />

de Gaza continuaram restringindo a<br />

liberdade de expressão, se utilizando até<br />

mesmo da prisão e detenção de críticos e<br />

oponentes políticos. Elas também<br />

restringiram o direito de manifestação<br />

pacífica e usaram força excessiva para<br />

dispersar alguns protestos. Tortura e outros<br />

maus-tratos de detidos continuaram<br />

frequentes tanto em Gaza, quanto na<br />

Cisjordânia. Julgamentos injustos de civis<br />

em tribunais militares continuaram em<br />

Gaza; os detidos foram mantidos sem<br />

acusação, nem julgamento na Cisjordânia.<br />

Mulheres e meninas enfrentaram<br />

discriminação e violência. Os juízes de Gaza<br />

continuaram a emitir sentenças de morte e<br />

o Hamas foi responsável pelas execuções.<br />

Não houve sentenças de morte ou<br />

execuções na Cisjordânia.<br />

INFORMAÇÕES GERAIS<br />

As negociações entre Israel e a Organização<br />

para a Libertação da Palestina, liderada pelo<br />

Presidente Mahmoud Abbas, continuaram<br />

Anistia Internacional Informe 2016/17 189

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