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GERAIS .03<br />
Revitalização do Carvalhal:<br />
Que podemos ainda ambicionar?<br />
Passou o tempo do relativo desafogo finançeiro do Estado e<br />
das autarquias. A sombra da iminente bancarrota ainda não se<br />
dissipou, totalmente, no espírito do cidadão comum, onde<br />
paira a dúvida e o receio de que a situação se repita, no médio<br />
prazo.<br />
Por isso terão de ser modestas as ambições e os projectos. Mas<br />
tal não deve inibir-nos de pensar em novas realizações, visando<br />
tornar a nossa aldeia mais e mais atrativa, quer para os que lá<br />
nasceram, quer para os que, indirectamente, lhe estão ligados,<br />
com o propósito de os trazer, com a maior frequência possível,<br />
ao convívio na aldeia e à permanência ali, por alguns dias que<br />
seja, mesmo dos que lá não possuam casa própria, ou casa<br />
suficientemente acolhedora.<br />
E que realizações podemos ainda ambicionar, que se enquadrem<br />
nesse desiderato, passíveis de concretização no curto,<br />
médio, ou longo prazos, com a colaboração e empenho de<br />
todos nós e a ajuda financeira, em serviços, ou em materiais,<br />
que consigamos obter da Câmara Municipal de Pinhel (CMP)?<br />
Sem obedecer a qualquer ordem de precedência, porque<br />
muito dependentes da disponibilidade de meios, em cada<br />
momento, sugiro as seguintes, umas envolvendo a Junta de<br />
Freguesia (JF) e sobretudo a CMP e outras a Associação<br />
Desportiva e Cultural Amigos do Carvalhal (ADCAC), ou esta e<br />
aquelas, em estreita colaboração:<br />
> Definição de aproveitamento, com múltiplas valências<br />
possíveis (visando jovens e menos jovens), do espaço recentemente<br />
adquirido, adjacente ao adro da igreja e capela<br />
mortuária;<br />
> Recuperação e aproveitamento da “Escola Nova” para<br />
alojamento de curta duração e custo moderado, de potenciais<br />
visitantes residentes no país ou no estrangeiro (descendentes<br />
de emigrantes); no caso deste projecto se revelar inviável,<br />
então que a CMP proceda à venda, em hasta pública, do<br />
edifício, revertendo a receita para outros benefícios na aldeia,<br />
por exemplo, para ajuda à pavimentação da estrada Carvalhal-<br />
Atalaia;<br />
Maio, mês do coração<br />
As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte no<br />
nosso país, dedicar-lhes um mês pode ser apenas simbólico,<br />
mas marcante para lembrar o quão é importante cuidar da<br />
saúde do nosso coração. Muitos dos factores de risco estão<br />
presentes 365 dias por ano – sal, açúcar, gorduras, sedentarismo,<br />
tal como algumas condições - hipertensão arterial,<br />
dislipidémia, tabagismo e obesidade, contribuem para o<br />
aumento do risco cardiovascular. Estes são factores<br />
modificáveis e estão em grande parte dependentes da nossa<br />
conduta e adopção de um estilo de vida saudável.<br />
- Sal, fortemente associado ao aumento da tensão arterial,<br />
excede em muitos alimentos o dobro do recomendado pela<br />
Organização Mundial de Saúde. Vários programas de saúde<br />
estão em curso para regular a quantidade de sal nomeadamente<br />
no pão mas há pequenas estratégias que podemos<br />
adoptar: usar ervas aromáticas na confecção dos alimentos,<br />
evitar a utilização de cubos de culinária e molhos ou evitar o<br />
saleiro na mesa.<br />
> Açúcar, pode ser encontrado em quantidades surpreendentes<br />
no rotulo dos alimentos e bebidas (sumos/chás) e é possível<br />
reeducar paladar diminuindo progressivamente o açucar que<br />
colocamos nas bebidas, optando por alimentos com menos<br />
quantidade ou utilizando adoçando (por exemplo um<br />
adoçante natural à base de Stevia)<br />
> Gorduras “trans”/”saturadas”, a sua associação a doenças<br />
cardiovasculares motiva também a sua regulamentação, estão<br />
presentes em produtos processados – pastelaria, bolachas,<br />
> Adaptação da “Escola Velha” a escola–museu , ou a reconversão<br />
da mesma em habitação para visitantes , sob gestão da<br />
ADCAC , no caso da opção pela venda da “Escola Nova”;<br />
> Colocação de novo lençol betuminoso na estrada Carvalhal-<br />
Manigoto, se não em toda a sua extensão, pelo menos<br />
naqueles pequenos troços em que o velho pavimento se<br />
encontra mais degradado e vulnerável aos sucessivos efeitos<br />
destrutivos das chuvas invernais;<br />
> Pavimentação da estrada do Carvalhal, até ao cruzamento<br />
com a da Atalaia para o Lamegal, ainda que eventualmente<br />
tenha que ser, por motivo de dificuldades financeiras da CMP,<br />
na modalidade de faixa única , com alargamentos para<br />
possibilitar cruzamentos de viaturas , a espaços devidamente<br />
calculados, como acontece em estradas rurais, em países mais<br />
ricos que o nosso;<br />
> Melhoria da estrada Carvalhal-Pereiro, com alguns alargamentos,<br />
retificações de traçado e melhor definição de valetas;<br />
> Sinalização dos percursos para as sepulturas rupestres, em<br />
toda a sua extensão, e manutenção dos mesmos transitáveis;<br />
> Colocação, na fachada do Centro de Convívio, da designação<br />
que lhe foi atribuída, aprovada em assembleia da ADCAC,<br />
como homenagem ao benemérito comandante Alberto da<br />
Silva Pereira;<br />
> Registo, em vídeo (DVD), do recheio do museu etnográfico,<br />
com descrição a recolher de quem ainda tem memória (antes<br />
que esta se perca definitivamente) da designação dos objectos,<br />
sua utilização, procedimentos, usos, costumes e tradições.<br />
Parece longa a lista das ambições/projectos, e porventura não<br />
muito modesta, talvez até utópica, mas trata-se de objectivos<br />
sem prazos definidos, para ir concretizando à medida das<br />
possibilidades que forem surgindo e que poderão guiar a<br />
acção dos responsáveis associativos e autárquicos. Afinal,<br />
como dizia o poeta, quando o homem sonha e Deus quer, a<br />
obra nasce.<br />
Samuel M. do Amaral<br />
Nota: Este texto foi ostensivamente escrito em desobediência ao ( des)Acor<br />
do Ortográfico, indevidamente em vigor.<br />
refeições pré-feitas, e devem ser evitadas.<br />
> Alcool, rico em calorias, não deve ser consumido para além<br />
da quantidade máxima prevista para homens (duas bebidas<br />
padrão/20g de álcool por dia até aos 65 anos, após os quais<br />
deverá ser uma bebida padrão/10g de álcool) e mulheres (uma<br />
bebida padrão / 10 g de álcool).<br />
> Tabaco, os malefícios são amplamente divulgados e, sendo<br />
que o melhor é mesmo não começar, a cessação tabágica está<br />
sobretudo dependente da motivação / força de cada um.<br />
Havendo a vontade de deixar de fumar há várias estratégias<br />
disponíveis e o seu médico de família pode ajuda-lo.<br />
> Exercício, todos já ouvimos o lema “mexa-se pela sua saúde”<br />
– os benefícios de largar os chinelos e calçar as sapatilhas<br />
obtém-se com uma simples uma caminhada de cerca de 1h30<br />
três vezes por semana com a redução em 30% do risco de<br />
doença cardiovascular e pode reduzir em 10mmHg a tensão<br />
arterial, para além de poder ter ganhos a nível da perda de<br />
peso e a sensação de bem estar que nos dá a prática de exercício<br />
> Controlo da tensão arterial e colesterol: todas as medidas<br />
abordadas contribuem para a melhoria da tensão e gorduras<br />
do sangue, no entanto podem ser insuficientes podendo haver<br />
necessidade de tratamento com medicamentos com o objectivo<br />
de atingir os valores alvo para redução do risco de doença.<br />
Em Maio, mês do coração, pensemos no nosso e no daqueles<br />
de quem gostamos e perguntemos – “o que é que já fiz pelos<br />
nossos corações hoje?”<br />
Drª Lurdes Rocha