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jornal 21

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GERAIS .03<br />

Revitalização do Carvalhal:<br />

Que podemos ainda ambicionar?<br />

Passou o tempo do relativo desafogo finançeiro do Estado e<br />

das autarquias. A sombra da iminente bancarrota ainda não se<br />

dissipou, totalmente, no espírito do cidadão comum, onde<br />

paira a dúvida e o receio de que a situação se repita, no médio<br />

prazo.<br />

Por isso terão de ser modestas as ambições e os projectos. Mas<br />

tal não deve inibir-nos de pensar em novas realizações, visando<br />

tornar a nossa aldeia mais e mais atrativa, quer para os que lá<br />

nasceram, quer para os que, indirectamente, lhe estão ligados,<br />

com o propósito de os trazer, com a maior frequência possível,<br />

ao convívio na aldeia e à permanência ali, por alguns dias que<br />

seja, mesmo dos que lá não possuam casa própria, ou casa<br />

suficientemente acolhedora.<br />

E que realizações podemos ainda ambicionar, que se enquadrem<br />

nesse desiderato, passíveis de concretização no curto,<br />

médio, ou longo prazos, com a colaboração e empenho de<br />

todos nós e a ajuda financeira, em serviços, ou em materiais,<br />

que consigamos obter da Câmara Municipal de Pinhel (CMP)?<br />

Sem obedecer a qualquer ordem de precedência, porque<br />

muito dependentes da disponibilidade de meios, em cada<br />

momento, sugiro as seguintes, umas envolvendo a Junta de<br />

Freguesia (JF) e sobretudo a CMP e outras a Associação<br />

Desportiva e Cultural Amigos do Carvalhal (ADCAC), ou esta e<br />

aquelas, em estreita colaboração:<br />

> Definição de aproveitamento, com múltiplas valências<br />

possíveis (visando jovens e menos jovens), do espaço recentemente<br />

adquirido, adjacente ao adro da igreja e capela<br />

mortuária;<br />

> Recuperação e aproveitamento da “Escola Nova” para<br />

alojamento de curta duração e custo moderado, de potenciais<br />

visitantes residentes no país ou no estrangeiro (descendentes<br />

de emigrantes); no caso deste projecto se revelar inviável,<br />

então que a CMP proceda à venda, em hasta pública, do<br />

edifício, revertendo a receita para outros benefícios na aldeia,<br />

por exemplo, para ajuda à pavimentação da estrada Carvalhal-<br />

Atalaia;<br />

Maio, mês do coração<br />

As doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte no<br />

nosso país, dedicar-lhes um mês pode ser apenas simbólico,<br />

mas marcante para lembrar o quão é importante cuidar da<br />

saúde do nosso coração. Muitos dos factores de risco estão<br />

presentes 365 dias por ano – sal, açúcar, gorduras, sedentarismo,<br />

tal como algumas condições - hipertensão arterial,<br />

dislipidémia, tabagismo e obesidade, contribuem para o<br />

aumento do risco cardiovascular. Estes são factores<br />

modificáveis e estão em grande parte dependentes da nossa<br />

conduta e adopção de um estilo de vida saudável.<br />

- Sal, fortemente associado ao aumento da tensão arterial,<br />

excede em muitos alimentos o dobro do recomendado pela<br />

Organização Mundial de Saúde. Vários programas de saúde<br />

estão em curso para regular a quantidade de sal nomeadamente<br />

no pão mas há pequenas estratégias que podemos<br />

adoptar: usar ervas aromáticas na confecção dos alimentos,<br />

evitar a utilização de cubos de culinária e molhos ou evitar o<br />

saleiro na mesa.<br />

> Açúcar, pode ser encontrado em quantidades surpreendentes<br />

no rotulo dos alimentos e bebidas (sumos/chás) e é possível<br />

reeducar paladar diminuindo progressivamente o açucar que<br />

colocamos nas bebidas, optando por alimentos com menos<br />

quantidade ou utilizando adoçando (por exemplo um<br />

adoçante natural à base de Stevia)<br />

> Gorduras “trans”/”saturadas”, a sua associação a doenças<br />

cardiovasculares motiva também a sua regulamentação, estão<br />

presentes em produtos processados – pastelaria, bolachas,<br />

> Adaptação da “Escola Velha” a escola–museu , ou a reconversão<br />

da mesma em habitação para visitantes , sob gestão da<br />

ADCAC , no caso da opção pela venda da “Escola Nova”;<br />

> Colocação de novo lençol betuminoso na estrada Carvalhal-<br />

Manigoto, se não em toda a sua extensão, pelo menos<br />

naqueles pequenos troços em que o velho pavimento se<br />

encontra mais degradado e vulnerável aos sucessivos efeitos<br />

destrutivos das chuvas invernais;<br />

> Pavimentação da estrada do Carvalhal, até ao cruzamento<br />

com a da Atalaia para o Lamegal, ainda que eventualmente<br />

tenha que ser, por motivo de dificuldades financeiras da CMP,<br />

na modalidade de faixa única , com alargamentos para<br />

possibilitar cruzamentos de viaturas , a espaços devidamente<br />

calculados, como acontece em estradas rurais, em países mais<br />

ricos que o nosso;<br />

> Melhoria da estrada Carvalhal-Pereiro, com alguns alargamentos,<br />

retificações de traçado e melhor definição de valetas;<br />

> Sinalização dos percursos para as sepulturas rupestres, em<br />

toda a sua extensão, e manutenção dos mesmos transitáveis;<br />

> Colocação, na fachada do Centro de Convívio, da designação<br />

que lhe foi atribuída, aprovada em assembleia da ADCAC,<br />

como homenagem ao benemérito comandante Alberto da<br />

Silva Pereira;<br />

> Registo, em vídeo (DVD), do recheio do museu etnográfico,<br />

com descrição a recolher de quem ainda tem memória (antes<br />

que esta se perca definitivamente) da designação dos objectos,<br />

sua utilização, procedimentos, usos, costumes e tradições.<br />

Parece longa a lista das ambições/projectos, e porventura não<br />

muito modesta, talvez até utópica, mas trata-se de objectivos<br />

sem prazos definidos, para ir concretizando à medida das<br />

possibilidades que forem surgindo e que poderão guiar a<br />

acção dos responsáveis associativos e autárquicos. Afinal,<br />

como dizia o poeta, quando o homem sonha e Deus quer, a<br />

obra nasce.<br />

Samuel M. do Amaral<br />

Nota: Este texto foi ostensivamente escrito em desobediência ao ( des)Acor<br />

do Ortográfico, indevidamente em vigor.<br />

refeições pré-feitas, e devem ser evitadas.<br />

> Alcool, rico em calorias, não deve ser consumido para além<br />

da quantidade máxima prevista para homens (duas bebidas<br />

padrão/20g de álcool por dia até aos 65 anos, após os quais<br />

deverá ser uma bebida padrão/10g de álcool) e mulheres (uma<br />

bebida padrão / 10 g de álcool).<br />

> Tabaco, os malefícios são amplamente divulgados e, sendo<br />

que o melhor é mesmo não começar, a cessação tabágica está<br />

sobretudo dependente da motivação / força de cada um.<br />

Havendo a vontade de deixar de fumar há várias estratégias<br />

disponíveis e o seu médico de família pode ajuda-lo.<br />

> Exercício, todos já ouvimos o lema “mexa-se pela sua saúde”<br />

– os benefícios de largar os chinelos e calçar as sapatilhas<br />

obtém-se com uma simples uma caminhada de cerca de 1h30<br />

três vezes por semana com a redução em 30% do risco de<br />

doença cardiovascular e pode reduzir em 10mmHg a tensão<br />

arterial, para além de poder ter ganhos a nível da perda de<br />

peso e a sensação de bem estar que nos dá a prática de exercício<br />

> Controlo da tensão arterial e colesterol: todas as medidas<br />

abordadas contribuem para a melhoria da tensão e gorduras<br />

do sangue, no entanto podem ser insuficientes podendo haver<br />

necessidade de tratamento com medicamentos com o objectivo<br />

de atingir os valores alvo para redução do risco de doença.<br />

Em Maio, mês do coração, pensemos no nosso e no daqueles<br />

de quem gostamos e perguntemos – “o que é que já fiz pelos<br />

nossos corações hoje?”<br />

Drª Lurdes Rocha

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