Jornal Cocamar Março Novo 2017
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20 | <strong>Jornal</strong> de Serviço <strong>Cocamar</strong><br />
DESTAQUE<br />
Cafezal moderno<br />
Há quase uma<br />
década, a família<br />
Faria substituiu o<br />
sistema manual pela<br />
mecanização de<br />
praticamente todas<br />
as etapas, em<br />
Altônia, investindo<br />
também na<br />
produtividade e<br />
qualidade. E já faz<br />
planos de expandir<br />
o negócio. Por<br />
Rogério Recco, com<br />
colaboração de<br />
Michell Garcia<br />
Com 40 mil pés em<br />
dez hectares, a família<br />
Faria se destaca<br />
pela produtividade<br />
de seu café em Altônia,<br />
município próximo a<br />
Umuarama, no noroeste<br />
do Paraná. O cafezal é conduzido<br />
pelo produtor Luiz<br />
Carlos de Faria, a esposa<br />
Geni e o filho Felipe, recém-formado<br />
engenheiro<br />
agrônomo.<br />
80<br />
sacas por hectare, em<br />
média, foram colhidos<br />
em 2015. Projeção é a<br />
mesma para este ano<br />
A média de 80 sacas beneficiadas<br />
por hectare, obtida<br />
em 2015 e projetada<br />
para este ano, demonstra<br />
os cuidados dispensados a<br />
essa lavoura, o carro-chefe<br />
do sítio de 82 hectares, localizado<br />
na Estrada Paineira.<br />
Há quase uma década,<br />
confiantes no futuro<br />
da cafeicultura, mas vendo<br />
que o modelo de negócio<br />
baseado em trabalhos manuais<br />
estava esgotado, os<br />
Faria decidiram partir com<br />
tudo para a mecanização.<br />
A família investiu em maquinários<br />
e equipamentos<br />
necessários para os serviços<br />
de roçagem, aplicação<br />
de adubo, calcário e defensivos,<br />
entre outros. Eles<br />
contam com dois secadores<br />
e só não possuem a<br />
colhedora, que vem de<br />
Minas Gerais para prestar<br />
serviços no Paraná.<br />
FERTIRRIGAÇÃO - Além<br />
da praticidade de mecanizar<br />
todas as etapas, os<br />
Faria instalaram também<br />
um sistema de fertirrigação<br />
que assegura umidade<br />
para as plantas e, ao mesmo<br />
tempo, faz a aplicação<br />
e a reposição de nutrientes.<br />
BRAQUIÁRIA - As ruas<br />
por onde passam as máquinas<br />
são revestidas de<br />
capim braquiária: essa forragem<br />
protege o solo arenoso<br />
da erosão e, ao mesmo<br />
tempo, evita o aquecimento<br />
da superfície, o que<br />
beneficia as plantas. A roçada<br />
é feita periodicamente,<br />
em especial no início da<br />
colheita.<br />
Luiz Carlos conta que, pelo<br />
sistema anterior, dependia<br />
da contratação de trabalhadores<br />
para os diversos serviços.<br />
“Agora, tudo é feito<br />
com mais rapidez”, afirma<br />
o produtor, acrescentando<br />
que a mecanização fica<br />
bem mais econômica em<br />
comparação ao uso de mão<br />
de obra.<br />
CAPRICHO - Assistida pelo<br />
técnico agrícola Cleverson<br />
Roder, da unidade da <strong>Cocamar</strong><br />
em Altônia, a família<br />
não descuida da adubação<br />
adequada ao porte das<br />
plantas, dos tratamentos fitossanitários<br />
e está sempre<br />
atenta ao manejo de pragas<br />
e ervas daninhas. Da<br />
mesma forma, os Faria<br />
adotam práticas como o esqueletamento,<br />
um tipo de<br />
poda drástica do café após<br />
a colheita, para revigorá-lo.<br />
De acordo com Luiz Carlos,<br />
o cafeicultor que investe<br />
em tecnologias mais<br />
modernas para permanecer<br />
lidando com a cultura,<br />
tem que produzir acima de<br />
50 sacas por hectare. “O<br />
café é um bom negócio,<br />
mas precisa ter produtividade<br />
e qualidade”, enfatiza.<br />
A família afirma estar<br />
tão satisfeita com a cafeicultura<br />
que já planeja ampliar<br />
a lavoura em mais 15<br />
mil pés. A variedade Obatã<br />
responde, atualmente, por<br />
metade do cafezal, sendo o<br />
restante composto por Catuaí,<br />
Iapar e PR100.