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Jornal Cocamar Março Novo 2017

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31 | <strong>Jornal</strong> de Serviço <strong>Cocamar</strong><br />

Almanaque<br />

Um reconhecimento ao pioneiro<br />

Via que atravessa o Parque Industrial da<br />

<strong>Cocamar</strong> é denominada Claus Paul Thonem,<br />

precursor do cooperativismo em Maringá<br />

Aantiga Estrada Velha<br />

para Paiçandu,<br />

que corta o Parque<br />

Industrial da <strong>Cocamar</strong>,<br />

é desde o dia 2 de dezembro<br />

de 2011, quando foi acolhida<br />

a proposição da vereadora<br />

Marly Martins Silva, denominada<br />

Claus Paul Thonem.<br />

Para quem não sabe, Thonem,<br />

de naturalidade alemã,<br />

foi o primeiro produtor rural<br />

do município a propagar os<br />

ideais do associativismo.<br />

Até então, além de ser conhecida<br />

popularmente como<br />

Estrada Velha, a via que leva<br />

ao pátio de triagem de caminhões<br />

da <strong>Cocamar</strong> e está conectada<br />

a outras duas que<br />

receberam nomes de ex-presidentes<br />

da cooperativa (Constâncio<br />

Pereira Dias e Oswaldo<br />

de Moraes Corrêa) podia ser<br />

identificada apenas por números:<br />

41.105.<br />

O filho de Claus, Horst, contador<br />

e pedagogo aposentado,<br />

morador em Maringá, lembra<br />

que ao receber em 2011 o projeto<br />

da Câmara para ser sancionado,<br />

o então prefeito Silvio<br />

Barros resolveu consultar a<br />

<strong>Cocamar</strong> para saber se a sua<br />

diretoria não faria objeção.<br />

Como os diretores não se opuseram,<br />

Barros sancionou.<br />

Mas o que nem o prefeito e a<br />

cooperativa sabiam muito<br />

bem é que a atitude da vereadora<br />

Marly, ao perpetuar naquela<br />

via o nome do imigrante<br />

alemão, estaria prestando um<br />

justo reconhecimento ao precursor<br />

do cooperativismo na<br />

cidade.<br />

COOPERMENTA - Horst conta<br />

que o pai, que havia chegado<br />

ao Brasil sozinho, aos 21 anos,<br />

sonhando em vencer na vida,<br />

morreu em 1962, num acidente.<br />

“Se ele não tivesse morrido,<br />

certamente teria feito<br />

parte do grupo de fundadores<br />

da <strong>Cocamar</strong>, em 1963”, afirma.<br />

No mesmo ano em que perdeu<br />

a vida, Claus estava contente<br />

por ter sido um dos articuladores<br />

da fundação da<br />

primeira cooperativa de Maringá,<br />

a Coopermenta. A ideia<br />

havia saído do papel graças<br />

aos esforços dele e de outros<br />

entusiastas como Odwaldo<br />

Bueno Netto e seu filho Carlos,<br />

e também Anatalino Boeira de<br />

Em 1952, ano de emancipação de Maringá,<br />

Claus começava a fazer história no<br />

movimento associativista da cidade: integrou<br />

o grupo fundador da Associação<br />

Rural de Maringá, o embrião do atual<br />

Sindicato Rural, cujo primeiro presidente<br />

foi Nérico da Silva. Pouco tempo depois,<br />

entre 1956 e 1957, quando era produtor<br />

de leite em Maringá, o alemão batalhou<br />

para tentar organizar o setor em torno de<br />

uma cooperativa, mas a ideia não vingou.<br />

Souza e Waldemar Gomes da<br />

Cunha. Esses quatro se somariam<br />

a outros 43, no ano seguinte,<br />

para fundarem a<br />

<strong>Cocamar</strong>.<br />

Acima, Claus (de<br />

suspensório), ao lado de<br />

outros produtores, num<br />

armazém de café; na foto<br />

abaixo, o filho dele Horst,<br />

que reside em Maringá<br />

Um dos fundadores da Associação Rural<br />

Segundo Horst, o pai reclamava que<br />

pouca gente ou quase ninguém na cidade<br />

sabia o que era cooperativismo. “Mesmo<br />

tendo saído muito jovem da Alemanha,<br />

ele tinha uma sólida cultura cooperativista”,<br />

acrescenta. Essa mentalidade ajudou<br />

a impulsionar, também, a fundação<br />

de um clube social e recreativo em Maringá,<br />

o antigo Teuto Brasileiro, do qual<br />

Claus foi o primeiro presidente, na gestão<br />

1961/62.<br />

Se ele não tivesse morrido,<br />

certamente teria feito parte<br />

do grupo de fundadores<br />

da <strong>Cocamar</strong>, em 1963”<br />

HORST THONEM, filho de Claus. O pai faleceu<br />

em 1962, num acidente, poucos meses depois de<br />

participar da fundação da Coopermenta, a primeira<br />

cooperativa da cidade, da qual foi executivo

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