20.04.2017 Views

Revista Prevenção 1ª Edição

Setembro de 2016

Setembro de 2016

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A engenharia de tráfego, em qualquer lugar do mundo,<br />

tem a mesma preocupação quando marca um local<br />

com um tipo de sinalização: a fluidez ou a segurança.<br />

Estamos falando de pequenas ações, que ao nosso ver,<br />

de imediato, nos dão uma impressão que não irão trazer<br />

nenhuma consequência... Mas sabemos que transitar<br />

em velocidade maior que a permitida, ultrapassar em<br />

locais proibidos, deixar de usar o cinto de segurança<br />

ou o capacete são atitudes comuns em locais onde sabemos<br />

que não há fiscalização e por isso, continuamos<br />

fazendo. Isso tudo acontece porque as regras existem,<br />

mas não há condição viável de fiscalizar o cumprimento<br />

de todas elas. Isso tudo está tão naturalizado em nosso<br />

comportamento, que aquele que obedece as regras<br />

de trânsito, com efeito, costuma se sentir inadequado,<br />

mesmo errado, porque tudo o que enxerga a sua volta<br />

são pessoas desrespeitando códigos simples de segurança.<br />

Isso vale pra você que ao trafegar em velocidade<br />

média, ouve buzinas intermináveis atrás de si e aos jovens<br />

que são ridicularizados quando usam o capacete<br />

em um domingo à tarde ensolarado junto aos amigos.<br />

Há uma espécie de ditadura do erro para a qual não<br />

devemos nos curvar. Uma atitude inadequada de um motorista<br />

é capaz de promover a repetição do mesmo ato<br />

em outros e a coisa vai se alastrando em níveis perigosos.<br />

É preciso muita segurança de espírito para saber que<br />

está dirigindo da maneira certa, mesmo quando todos<br />

lá fora andam descumprindo as regras. Importante perceber<br />

aqui, caro leitor, que provavelmente muitas vezes<br />

fui influenciada pelo outro condutor quando ouvi uma<br />

buzina, ou uma pressão de velocidade do veículo que está<br />

atrás de mim, ou quando parada no congestionamento vi<br />

outro condutor indo pelo acostamento. Ora, se eu já fui<br />

influenciada por outros condutores a fazer o que sei que<br />

não era o correto ( já que sou habilitada e conheço as<br />

regras de segurança no trânsito) significa então que uma<br />

atitude inadequada minha pode influenciar a atitude do<br />

outro em fazer coisas inadequadas ou inseguras. E necessitamos<br />

prestar atenção nisso e não nos deixar levar pela<br />

pressão que outros condutores fazem quando estão junto<br />

à nós, pois, caso ocorra um acidente comigo em função<br />

de me deixar levar por esta pressão, o mais provável<br />

é que este outro não assuma a sua responsabilidade.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!