Revista Prevenção 1ª Edição
Setembro de 2016
Setembro de 2016
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A engenharia de tráfego, em qualquer lugar do mundo,<br />
tem a mesma preocupação quando marca um local<br />
com um tipo de sinalização: a fluidez ou a segurança.<br />
Estamos falando de pequenas ações, que ao nosso ver,<br />
de imediato, nos dão uma impressão que não irão trazer<br />
nenhuma consequência... Mas sabemos que transitar<br />
em velocidade maior que a permitida, ultrapassar em<br />
locais proibidos, deixar de usar o cinto de segurança<br />
ou o capacete são atitudes comuns em locais onde sabemos<br />
que não há fiscalização e por isso, continuamos<br />
fazendo. Isso tudo acontece porque as regras existem,<br />
mas não há condição viável de fiscalizar o cumprimento<br />
de todas elas. Isso tudo está tão naturalizado em nosso<br />
comportamento, que aquele que obedece as regras<br />
de trânsito, com efeito, costuma se sentir inadequado,<br />
mesmo errado, porque tudo o que enxerga a sua volta<br />
são pessoas desrespeitando códigos simples de segurança.<br />
Isso vale pra você que ao trafegar em velocidade<br />
média, ouve buzinas intermináveis atrás de si e aos jovens<br />
que são ridicularizados quando usam o capacete<br />
em um domingo à tarde ensolarado junto aos amigos.<br />
Há uma espécie de ditadura do erro para a qual não<br />
devemos nos curvar. Uma atitude inadequada de um motorista<br />
é capaz de promover a repetição do mesmo ato<br />
em outros e a coisa vai se alastrando em níveis perigosos.<br />
É preciso muita segurança de espírito para saber que<br />
está dirigindo da maneira certa, mesmo quando todos<br />
lá fora andam descumprindo as regras. Importante perceber<br />
aqui, caro leitor, que provavelmente muitas vezes<br />
fui influenciada pelo outro condutor quando ouvi uma<br />
buzina, ou uma pressão de velocidade do veículo que está<br />
atrás de mim, ou quando parada no congestionamento vi<br />
outro condutor indo pelo acostamento. Ora, se eu já fui<br />
influenciada por outros condutores a fazer o que sei que<br />
não era o correto ( já que sou habilitada e conheço as<br />
regras de segurança no trânsito) significa então que uma<br />
atitude inadequada minha pode influenciar a atitude do<br />
outro em fazer coisas inadequadas ou inseguras. E necessitamos<br />
prestar atenção nisso e não nos deixar levar pela<br />
pressão que outros condutores fazem quando estão junto<br />
à nós, pois, caso ocorra um acidente comigo em função<br />
de me deixar levar por esta pressão, o mais provável<br />
é que este outro não assuma a sua responsabilidade.