Consulta Rápida - Psicofármacos - 1Ed.pdf
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dade em idosos utilizado em doses orais de 5 a<br />
20 mg à noite. 8<br />
As doses usuais dessa forma da droga variam de<br />
50 a 150 mg a cada 3 dias. É um tratamento para<br />
a fase aguda, não devendo ser administrado por<br />
mais que 2 semanas. 1<br />
O decanoato de zuclopentixol é o tratamento para<br />
longo prazo, administrado a cada 2 a 4 semanas,<br />
na dose de 200 a 400 mg, atingindo a concentração<br />
sérica em torno de 3 a 7 dias, possuindo meiavida<br />
de 19 dias. 1<br />
É metabolizado pela CYP2D6 e não apresenta metabólitos<br />
ativos. Possui ligação plasmática de 98<br />
a 99%. 1<br />
FARMACODINÂMICA<br />
E MECANISMOS DE AÇÃO<br />
O zuclopentixol é uma antagonista dopaminérgico<br />
D1 e D2; em menor grau, bloqueia os receptores<br />
D4. Bloqueia ainda os receptores 5-HT2 e<br />
α1-adrenérgicos, em menor intensidade, os receptores<br />
H1 e, menos ainda, os colinérgicos e α2-<br />
adrenérgicos. 1,2<br />
REAÇÕES ADVERSAS<br />
E EFEITOS COLATERAIS<br />
Mais comuns: astenia, boca seca, depressão, diminuição<br />
da concentração, insônia, parkinsonismo<br />
(tremores, hipertonia, acatisia), sedação, sonolência.<br />
1,2<br />
Menos comuns: agitação, aumento ou diminuição<br />
de peso, alteração transitória de enzimas hepáticas,<br />
alucinações, amenorréia, amnésia, anorexia,<br />
ansiedade, cefaléia, constipação, convulsões, crises<br />
oculógiras, discinesia tardia, disfunções sexuais,<br />
distonias, galactorréia, ganho de peso, ginecomastia,<br />
hiperprolactinemia, hipotensão ortostática,<br />
náuseas, parkinsonismo, pigmentação lenticular,<br />
priapismo, pruridos, reações cutâneas, reação<br />
de fotossensibilidade, seborréia, sialorréia,<br />
síndrome neuroléptica maligna, sonhos anormais,<br />
sudorese, taquicardia, visão borrada, vômitos. 1,2<br />
INDICAÇÕES<br />
Evidências consistentes de eficácia:<br />
• episódios agudos de esquizofrenia; 3-5<br />
• psicoses breves; 4<br />
• agressividade e distúrbios de comportamento<br />
em crianças com retardo mental, na dose oral<br />
de 5 a 20 mg/dia; 6,7<br />
• agressividade em idosos. 8<br />
Evidências incompletas:<br />
• dificuldades de aprendizado em crianças e adolescentes<br />
com retardo mental. 9<br />
CONTRA-INDICAÇÕES<br />
• Quadros de intoxicação aguda por álcool, barbitúricos<br />
ou opiáceos.<br />
• Insuficiência hepática grave.<br />
• Discrasias sangüíneas.<br />
• Feocromocitoma.<br />
INTOXICAÇÃO<br />
A superdose pode acarretar síndrome parkinsoniana<br />
grave, sedação excessiva, convulsões, diminuição<br />
de pressão arterial, choque, hipo ou hipertermia<br />
e coma. O tratamento é sintomático e<br />
de suporte. Lavagem gástrica e carvão ativado devem<br />
ser considerados. Não deve ser usada adrenalina<br />
pela possibilidade de hipotensão. Se ocorrerem<br />
convulsões, usar diazepam.<br />
SITUAÇÕES ESPECIAIS<br />
Gravidez e lactação<br />
O zuclopentixol não deve ser administrado durante<br />
a gravidez, pois inexistem estudos que garantam<br />
sua segurança. Os recém-nascidos de mães<br />
tratadas com zuclopentixol podem apresentar sinais<br />
de intoxicação como letargia, tremores e hiperexcitabilidade<br />
e baixo índice de Apgar.<br />
Os níveis no leite materno alcançam cerca de um<br />
terço dos níveis séricos. As crianças amamentadas<br />
aparentemente não foram afetadas pelo zuclopentixol<br />
contido no leite materno.<br />
Crianças e adolescentes<br />
Um estudo aberto com pacientes entre 5 e 18<br />
anos com retardo mental mostrou que o zuclopentixol<br />
foi eficaz e seguro. 6<br />
Idosos<br />
Em idosos, deve-se ter cautela devido ao risco de<br />
sensibilidade aumentada à droga. É prudente di-<br />
ZUCLOPENTIXOL<br />
MEDICAMENTOS: INFORMAÇÕES BÁSICAS<br />
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