Revista Boas Práticas Cocamar Web
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Chuvas mal distribuídas,<br />
mas com produtores empolgados<br />
Quem viajou pela região de<br />
Maringá para avaliar lavouras<br />
de soja, percebeu diferenças<br />
significativas no desenvolvimento<br />
das plantas de uma<br />
microrregião para outra. Um<br />
efeito típico do La Niña, fenômeno<br />
climático caracterizado<br />
por extremos como a variação<br />
brusca de temperatura e a distribuição<br />
irregular de chuvas.<br />
Quem semeou mais cedo,<br />
em setembro, não teve a mesma<br />
sorte de quem o fez em<br />
meados de outubro, quando as<br />
precipitações ocorreram com<br />
mais frequência. Mas, de uma<br />
forma geral, as expectativas<br />
para a colheita da safra eram<br />
animadoras.<br />
Visita do Rally à propriedade de Giovani Sirotti, em Atalaia<br />
Em Jaguapitã, na propriedade<br />
arrendada pelo produtor<br />
Edivaldo Baveloni, de Maringá,<br />
que cultiva áreas em outros<br />
municípios da região, o potencial<br />
de produtividade no local<br />
da visita foi avaliado em 190<br />
sacas por alqueire. O agricultor<br />
conta que investiu em um<br />
pacote tecnológico para explorar<br />
toda a capacidade produtiva<br />
da cultura, que foi semeada em<br />
meados de outubro e apresentava<br />
desenvolvimento satisfatório,<br />
conforme observaram os<br />
visitantes, com grande número<br />
de vagens por planta. O gerente<br />
local da <strong>Cocamar</strong>, José<br />
Conti, confirmou que o indicativo<br />
era de uma safra cheia no<br />
município.<br />
Cristian Gellert (centro) com Rafael Furlanetto e o gerente da <strong>Cocamar</strong>/Arapongas Everton Cestaro<br />
Quadro semelhante se viu<br />
em Atalaia, na propriedade<br />
de Giovani Sirotti que, no lote<br />
visitado, projetava uma produtividade<br />
ao redor de 180 sacas<br />
por alqueire. De acordo com o<br />
produtor, “é preciso estar atento<br />
às novidades”, referindo-se,<br />
por exemplo, ao surgimento<br />
de cultivares mais produtivas.<br />
“A soja dá uma resposta muito<br />
boa quando se trabalha com<br />
as melhores tecnologias e o<br />
produtor tem que fazer a sua<br />
parte se quiser ser competitivo”,<br />
disse.<br />
ARAPONGAS - Às margens<br />
da PR-444, no município de<br />
Arapongas, o agricultor Martin<br />
Gellert fez o plantio de 350<br />
alqueires (847 hectares), cultivando<br />
soja sobre uma espessa<br />
palhada remanescente de trigo.<br />
Gellert costuma fazer rotação<br />
no inverno, cultivando 70% de<br />
suas terras com trigo e deixando<br />
30% para o milho. “Onde<br />
plantei milho, tive problemas<br />
com ervas resistentes e precisei<br />
fazer três dessecações”,<br />
contou. Já no trigo, devido<br />
justamente ao maior volume de<br />
palha, foi necessário dessecar<br />
uma única vez. Quanto a produtividade<br />
de soja, sem histórico<br />
tem sido de 133 sacas.<br />
Mas na safra 2016/17, a média<br />
foi de 150 sacas por alqueire.<br />
“Época de colheita, para<br />
nós, é uma grande correria”,<br />
diz Cristian, filho do produtor<br />
Martin Gellert. “Quando a gente<br />
arrenda uma terra, é como<br />
se fosse nossa, tem que fazer<br />
o melhor para produzir bem,<br />
não temos outra alternativa”,<br />
observa Cristian.<br />
Cristian explica que a distribuição<br />
das propriedades arrendadas<br />
por diversas glebas, no<br />
entorno da cidade, faz com que<br />
sejam necessários cuidados<br />
específicos para cada qual,<br />
como o escalonamento dos<br />
plantios. Os Gellert possuem<br />
maquinários e caminhões<br />
próprios, mas, mesmo assim,<br />
para dar conta do extenso fluxo<br />
durante a colheita, recorrem<br />
também a prestadores de serviços.<br />
No ano passado, o escalonamento<br />
acabou salvando<br />
grande parte da lavoura, uma<br />
vez que a chuvarada estragou<br />
apenas uma parte da colheita.<br />
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