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Semperviri

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Geon Tavares<br />

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patriarcais ao redor do mundo. Um exemplo claro é o<br />

extinto povo Asteca.<br />

“A obediência era algo primordial em Esparta e no Império<br />

Romano. E isso nos faz perguntar, até que ponto chegava essa<br />

obediência? A resposta é que não tinha limites. Era preciso prova-la<br />

no dia a dia. Podiam dar-lhe ordens aparentemente absurdas ou<br />

irrealizáveis para pô-lo a prova, porém o importante era que, sem<br />

titubeios, buscasse cegamente a obediência da ordem incontestável.<br />

Obedecer era o sagrado e o básico, porquê o superior sabe algo que o<br />

subordinado não sabe. No exército se diz que “quem obedece não erra<br />

nunca”. Os meninos espartanos eram constantemente postos à prova e<br />

tinham orgulho de serem obedientes. Não me surpreenderia de que se<br />

algum homem espartano ordenasse para um menino espartano a pular<br />

de um precipício, o mesmo não teria questionado e se arremessado sem<br />

pestanejar e até com furiosa convicção e orgulho.”<br />

Esse exemplo não pretende ser uma apologia,<br />

mas sim apenas um exemplo do lendário estoicismo<br />

espartano.<br />

Nietzsche deixa expresso em seu Magnum<br />

opus, “Assim falou Zaratrusta: “Levai uma vida feita de<br />

obediência e de guerra.” Essa mentalidade agressiva pró<br />

guerra assegurava a paz, preservação do seu povo e<br />

nação. A lealdade, dever e obediência é a que leva os<br />

grandes homens pelo caminho da glória. Nietzsche<br />

ainda completa com: "O prazer do rebanho é mais antigo<br />

que o prazer do "Eu"; e enquanto a boa consciência é chamada<br />

de rebanho, a má consciência diz apenas: Eu.” Uma clara<br />

crítica ao pensamento individualista direcionada<br />

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