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com excelentes conhecimentos<br />
tecnológicos para suprir as<br />
diversas demandas da cadeia<br />
produtiva da indústria aeroespacial<br />
brasileira.<br />
Em paralelo também ocorreram<br />
parcerias de desenvolvimentos<br />
com empresas e entidades<br />
do Canadá, Suécia e<br />
França, para entender como<br />
eram feito os programas de<br />
desenvolvimento de fornecedores<br />
dos mesmos, alguma<br />
empresas brasileiras também<br />
fizeram parte desse processo<br />
de aprendizagem.<br />
O resultado foi o reconhecimento<br />
de que as empresas<br />
brasileiras tinham muitas fragilidades<br />
em gestão financeira,<br />
gestão estratégica, gestão de<br />
pessoas, de estoque, etc.. o que<br />
impactava diretamente em sua<br />
evolução e nos seus negócios<br />
gerando muitas dificuldades<br />
no relacionamento e fornecimento<br />
com seus clientes, inclusive<br />
com a Embraer, empresa<br />
A Funcionalidade<br />
Por se tratar de um projeto<br />
publico privado e o PDCA<br />
funcionar perante a legislação<br />
brasileira, foi necessário estrupresas<br />
participantes são destados<br />
obtidos com o progra-<br />
32 aviação & mercado aviação & mercado 33<br />
que lidera o setor no Brasil.<br />
Ao mesmo tempo em que a<br />
ABDI desenvolvia seu projeto<br />
a Embraer também caminhava<br />
com o seu programa de<br />
evolução, qualificação e melhorias<br />
dos seus fornecedores,<br />
e ambas utilizavam os mesmos<br />
conceitos das semanas<br />
kaizens e o sistema de manufatura<br />
enxuto, com foco nos<br />
conceitos e padrões da indústria<br />
brasileira visando a busca<br />
de melhor produtividade.<br />
A Junção<br />
No ano de 2014, na discussão<br />
do programa Brasil Maior, era<br />
muito forte a questão sobre a<br />
cadeia produtiva da indústria<br />
aeronáutica para entender de<br />
fato todas as dificuldades das<br />
empresas que faziam parte da<br />
mesma, a Embraer solicitou a<br />
ABDI a incorporação dos esforços<br />
entre os programas, uma<br />
vez que os mesmos buscavam<br />
os caminhos e resultados similares<br />
e tinham a mesma cadeia<br />
produtiva como foco.<br />
Essa união de esforços conseguiria<br />
atender a um número<br />
maior de empresas dentro<br />
da cadeia produtiva, trazendo<br />
maior competitividade do<br />
setor em âmbito nacional e<br />
internacional. Também seria<br />
possível colaborar com as mesmas,<br />
em sua evolução mais<br />
rápida em tecnologias, gestão,<br />
relacionamento e qualidade<br />
dos produtos. Isso seria<br />
de grande importância para<br />
preparar as empresas para o<br />
conceito da indústria 4.0 que<br />
já acelerava muito nas cadeias<br />
produtivas de outros países e<br />
o Brasil não poderia ficar mais<br />
uma vez para trás, era necessário<br />
agir, desenvolver e aumentar<br />
a competitividade.<br />
As empresas nacionais precisavam<br />
ser mais independentes<br />
da Embraer e deveriam ganhar<br />
musculatura no âmbito<br />
da gestão e da tecnologia.<br />
Após analises e definições de<br />
quem e como seria feito, surgiu<br />
o PDCA – Programa de desenvolvimento<br />
da Cadeia Aeronáutica.<br />
Os objetivos<br />
O PDCA foi criado com os<br />
objetivos de desenvolver as<br />
empresas através de soluções<br />
inovadoras gerando evolução<br />
tecnológica com ampliação<br />
da produtividade para atender<br />
as demandas da empresa<br />
líder do projeto, a Embraer.<br />
Também visa o desenvolvimento<br />
e preparação das empresas<br />
para o mercado internacional,<br />
ou seja, estrutura-las<br />
para atender e estarem aptas<br />
a fornecerem para Airbus,<br />
Boeing e outras.<br />
Para internacionalizar essas<br />
empresas existem muitas competências<br />
internas criticas que<br />
precisam e merecem ser tratadas<br />
e evoluídas, desde a formação<br />
de preço, tributação,<br />
regras cambiais, normas de exportação,<br />
embalagens, etc.<br />
turar de forma que o mesmo<br />
não tivesse entraves ou reprovação<br />
de órgão de fiscalização<br />
do governo e MPF.<br />
A ABDI entra com os recursos<br />
financeiros por meio de um<br />
acordo de cooperação com<br />
o Parque Tecnológico de São<br />
José dos Campos, que por sua<br />
vez contrata através de licitação<br />
pública uma das melhores<br />
escolas de negócios do país,<br />
a Fundação do Cabral, para<br />
aplicar, monitorar e desenvolver<br />
o programa em parceria<br />
com a Embraer que em contra<br />
partida coloca sua equipe de<br />
técnicos e especialistas para<br />
fazerem parte do programa e<br />
apoiarem no desenvolvimento<br />
do mesmo, buscando os<br />
melhores resultados possíveis.<br />
O programa só funciona porque<br />
tem a participação intensa<br />
da Embraer, e os esforços<br />
de desenvolvimento das em-<br />
tinados para que atendam as<br />
necessidades da mesma e com<br />
isso se qualifiquem para fornecer<br />
a outras empresa nacionais<br />
e internacionais.<br />
A Embraer e a Fundação Dom<br />
Cabral, entram no dia-a-dia<br />
da produção e gestão de cada<br />
uma das empresas participantes<br />
e identificam todas as fragilidades<br />
e gargalos que estão<br />
atrapalhando no crescimento<br />
e na produtividade de seus<br />
produtos e serviços. Após essa<br />
etapa é elaborado um mapa<br />
de cada empresa contendo<br />
todas as melhorias necessárias<br />
e na sequência desenvolvido<br />
um plano de ação que deve<br />
ser implantado e aperfeiçoado<br />
conforme a evolução e ganhos<br />
de cada participante.<br />
A ABDI, além dos recursos financeiros,<br />
participa da aplicação,<br />
do desenvolvimento e o<br />
acompanhamento dos resul-