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Caso a proteção tecnológica fracasse,<br />
como salvar uma empresa<br />
de indenizações gigantescas?<br />
Um dos caminhos é a contratação<br />
de seguros para riscos<br />
tecnológicos e de ataques cibernéticos.<br />
Mas estariam as<br />
seguradoras preparadas para<br />
acompanhar a velocidade das<br />
mudanças e precificar os seguros<br />
de acordo com o verdadeiro<br />
risco?<br />
O que podemos levantar e perceber<br />
é que as seguradoras estão<br />
passando pelo mesmo dilema<br />
de corrida contra o tempo<br />
para adaptar suas equipes e<br />
produtos para que consigam<br />
decifrar os verdadeiros riscos.<br />
Isso está levando a uma mudança<br />
no perfil corporativo das seguradoras,<br />
o foco deixa de ser<br />
a venda e passa a ser na analise<br />
do risco para que de fato<br />
seja calculado, o mais próximo<br />
da realidade, o que de fato poderia<br />
acontecer em um ataque<br />
cibernético a base de dados de<br />
uma empresa e em suas tecnologias.<br />
A mudança do perfil<br />
profissional para esse mercado<br />
também está em ritmo acelerado,<br />
quem estiver preparado<br />
ou com vontade de se preparar<br />
Nadia Alencar – Diretora de tecnologia<br />
da informação da AXA Seguros.<br />
terá excelente oportunidades<br />
no mercado de trabalho.<br />
No Brasil ainda temos o gargalo<br />
do protecionismo, no caso do<br />
mercado de seguros, as vendas<br />
só devem ser feitas por corretores<br />
de seguros e os mesmos,<br />
não podem ser funcionários<br />
das seguradoras, são empresários<br />
ou vendedores autônomos<br />
que tem livre arbítrio para trabalhar<br />
à quantas seguradas e<br />
tipos de produtos que entenderem<br />
como importante para<br />
seus negócios, até ai ok, nada<br />
de errado, tudo dentro da lei.<br />
Mas estariam esses corretores<br />
preparados e treinados para<br />
venderem os produtos de maneira<br />
adequada e que atendam<br />
aos riscos da indústria 4.0? Saberiam<br />
esse profissionais distinguir<br />
qual o melhor seguro e qual seguradora<br />
é melhor para o candidato<br />
a segurado? Não podemos<br />
afirmar que sim, mas sabemos<br />
que a velocidade de mudanças<br />
exige muito estudo com foco no<br />
produto e no perfil do cliente e<br />
não apenas na venda.<br />
E para entender um pouco de<br />
como está o ambiente das segurados,<br />
ouvimos a diretora<br />
de tecnologia da informação<br />
Nadia Alencar, da seguradora<br />
AXA Seguros. Ela comanda na<br />
AXA todas as mudanças e adaptações<br />
que passa a companhia<br />
para estar alinhada com a velocidade<br />
e as necessidades que os<br />
riscos da indústria 4.0 trazem<br />
para o ambiente dos negócios.<br />
1) Como a indústria de seguros<br />
está acompanhando e participando<br />
da evolução 4.0?<br />
Estamos acompanhando atentamente<br />
esse movimento uma<br />
vez que o potencial impacto<br />
é considerável. Diante dessas<br />
mudanças, a forma como precificamos<br />
e acompanhamos o<br />
processo de seguro tende a ter<br />
nova dinâmica, considerando a<br />
profusão de informações disponíveis<br />
em tempo real. Nossa<br />
postura será cada vez mais de<br />
gestores dos riscos e cada vez<br />
menos de “pagadores de sinistros”,<br />
trabalhando principalmente<br />
na prevenção e monitoramento<br />
de riscos.<br />
2) Como está ou será preparado<br />
o portfólio de produtos<br />
para atender o mundo cibernético,<br />
levando em consideração<br />
indenizações gigantescas<br />
em caso de roubo de<br />
dados e de tecnologias?<br />
Como explicado anteriormente,<br />
os novos produtos serão<br />
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