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SAFRA <strong>2017</strong>/18<br />
Colheita avança lentamente<br />
Até o dia 15 de maio tinham sido processadas 4,333 milhões de toneladas<br />
contra 7,811 milhões no mesmo período do ano passado, 44,5% a menos<br />
Com somente 11,8% da<br />
cana-de-açúcar esmagados<br />
até o dia 15 de maio, já considerando<br />
os números revistos -<br />
36,763 milhões de toneladas<br />
esperados na safra <strong>2017</strong>/18 -,<br />
a colheita no <strong>Paraná</strong> ainda está<br />
em ritmo lento, devendo acelerar<br />
a partir de meados de julho,<br />
segundo o presidente da Alcopar,<br />
Miguel Tranin.<br />
No ano passado, no mesmo<br />
período, já tinham sido esmagados<br />
18,2% do total esperado,<br />
que era de 43 milhões de<br />
toneladas. A safra, entretanto,<br />
fechou com 40,268 milhões<br />
de toneladas, volume semelhante<br />
ao que era esperado inicialmente<br />
este ano.<br />
Até o dia 15 de maio último<br />
tinham sido processadas<br />
4,333 milhões de toneladas<br />
contra 7,811 milhões no<br />
mesmo período do ano passado,<br />
44,5% a menos. Essa diferença<br />
chegou a 58,4% a<br />
menos na primeira quinzena de<br />
maio. Como normalmente<br />
acontece no <strong>Paraná</strong>, a safra<br />
tem sido mais açucareira, destinando<br />
52,96% da matéria<br />
prima para a produção da<br />
commodity.<br />
Foram produzidas até o dia<br />
15 de maio 267,16 mil toneladas<br />
de açúcar, 48,7% a menos<br />
que no mesmo período da<br />
safra passada, quando tinham<br />
sido produzidos 520,75 mil toneladas.<br />
A expectativa é fechar<br />
a safra com 2,848 milhões de<br />
toneladas de açúcar, utilizando<br />
59,46% da cana disponível<br />
para a sua fabricação.<br />
Já a produção de etanol total<br />
soma 144,16 milhões de litros<br />
no período, 46,5% a menos<br />
que no dia 15 de maio do ano<br />
anterior (269,29 milhões de litros).<br />
Deste total, 57,25 milhões<br />
de litros são de etanol<br />
anidro e 86,90 milhões são de<br />
hidratado. A previsão é de fechar<br />
a safra com 1,176 bilhão<br />
de litros, sendo 630,540 milhões<br />
de hidratado e 545,794<br />
milhões de anidro.<br />
Ritmo deve<br />
acelerar a partir<br />
de meados<br />
de julho<br />
Usinas voltam a investir no canavial no Centro-Sul<br />
Depois de reduzir o replantio<br />
e manutenção dos canaviais<br />
nas últimas safras,<br />
investindo em torno de R$ 5<br />
bilhões por ciclo - metade do<br />
valor considerado ideal -, as<br />
usinas da região Centro-Sul<br />
do Brasil ensaiam neste ano<br />
retomar com maior força os<br />
investimentos na lavoura. Na<br />
expectativa do diretor técnico<br />
da União da Indústria de<br />
Cana-de-Açúcar (Unica), Antônio<br />
de Pádua Rodrigues, a<br />
área de canaviais sob reforma<br />
deverá experimentar<br />
um incremento em torno de<br />
30% na safra <strong>2017</strong>/2018,<br />
superando a marca de 1 milhão<br />
de hectares.<br />
Em grandes números, o<br />
replantio e manutenção da<br />
lavoura demandará das usinas<br />
um investimento pouco<br />
acima de R$ 7,0 bilhões,<br />
aproximando-se dos níveis<br />
considerados ideais para<br />
sustentar a estabilidade dos<br />
canaviais e preservar a sua<br />
produtividade.<br />
"O setor teria que investir<br />
em torno de R$ 10 bilhões<br />
para fazer a reforma de aproximadamente<br />
1,5 milhão de<br />
hectares por ciclo e ter canaviais<br />
bem equilibrados, que<br />
permitam cinco colheitas<br />
sem que a produtividade média<br />
sofra impactos mais severos"<br />
acrescenta Pádua.<br />
A melhora nos preços do<br />
açúcar e do etanol contribuiu<br />
para construir um novo equilíbrio<br />
econômico-financeiro<br />
para as indústrias do setor, o<br />
que explica a recuperação<br />
relativa agora em curso. O<br />
preço médio do etanol voltou<br />
a ser remunerador, as cotações<br />
do açúcar voltaram a<br />
subir diante do déficit na<br />
oferta global e a queda do<br />
dólar contribuiu para estancar<br />
o endividamento das indústrias,<br />
na avaliação de Pádua,<br />
estimulando as usinas a<br />
recuperar as áreas de lavoura,<br />
o que implica, além<br />
do investimento no campo<br />
em si, a compra de tratores,<br />
implementos e outras máquinas.<br />
Mantida a tendência e um<br />
ambiente menos hostil aos<br />
negócios do setor, Pádua estima<br />
que em três ou quatro<br />
safras será possível colher<br />
pelo menos 60 milhões de<br />
toneladas de cana a mais na<br />
mesma área plantada atualmente,<br />
próxima a 10,0 milhões<br />
de hectares na região<br />
Centro-Sul.<br />
Para comparação, isso<br />
significaria ampliar a colheita<br />
para qualquer coisa próxima<br />
a 660 milhões de toneladas<br />
naquela região, em um avanço<br />
de 10% frente à safra<br />
2016/<strong>2017</strong>.<br />
4<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>