GAZETA DIARIO 333

08 Geral
Fábio Campana
Loira enrolada
O juiz Josafá Antonio Lemes, do Tribunal Regional Eleitoral
(TRE) do Paraná, pediu ao juiz Sergio Moro informações
sobre empresas investigadas na Operação Lava Jato que
financiaram o PT em 2014, ano das últimas eleições. Lemes é
relator da prestação de contas do diretório estadual daquele
ano. Segundo o juiz, para avaliar a regularidade da
contabilidade da legenda, é preciso levar em consideração
que "foram feitas doações ao Partido dos Trabalhadores -
dentre outras pessoas - pelas empresas JBS S/A e Banco BTG
Pactual S/A". E, acrescenta ele, "tais empresas fazem parte do
rol de pessoas jurídicas investigadas nas operações 'Lava
Jato' e outras, porque - em tese - as origens desses recursos
(financiamento de campanha) seriam de fontes ilícitas porque
derivadas de 'propinas' de contratos firmados entre empresas
privadas e públicas (licitações)".
Em 2014, a senadora Gleisi Hoffmann foi a candidata do PT
paranaense ao governo estadual. Atual presidente nacional do
partido, ela é alvo de investigação no Supremo Tribunal
Federal (STF) por seu envolvimento no petrolão. Gleisi nega
que tenha sido beneficiária de dinheiro sujo distribuído pelas
empreiteiras acusadas de pagar propina a políticos.
Mudanças
A minuta de Jucá prevê a alteração de diversos pontos que
foram objeto de negociação na Casa, como o contrato de
trabalho intermitente, o trabalho de gestantes e lactantes em
ambiente insalubre, os valores das reparações por danos
extrapatrimoniais e o fim do imposto sindical.
No Facebook
O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima comenta a
condenação de Lula: "O ideal republicano prevaleceu hoje
com a condenação do ex-presidente Lula. Em uma república
todos estão sujeitos à lei, seja ex ou atual presidente. Todos
estão fartos dos discursos que procuram politizar acusações
técnicas e sérias. O Brasil é maduro para compreender que a
sentença obedeceu todos os ditames do estado de direito. Lula
exerceu sua defesa com todos os meios, mesmo os mais
excessivos, e teve reconhecida sua culpa. Mesmo assim, a
Força - Tarefa Lava Jato vai recorrer para especialmente
aumentar a pena a que o ex-presidente foi condenado. É
assim que deve funcionar a justiça em um país que se pretende
sério. Agora vamos esperar que o TRF confirme a
condenação, tornando-a mais severa e correta diante da
gravidade dos crimes cometidos. O Brasil é maior que
qualquer pessoa ou partido".
Autoelogio
Em pronunciamento, o presidente do Senado, Eunício Oliveira,
"democrata que sou", não poupa elogios a si mesmo.
Dois delatores, uma vaga
Eduardo Cunha terminou sua proposta de delação premiada.
Lúcio Funaro também. Mas isso não quer dizer muita coisa. A
Procuradoria-Geral da República já avisou que a troca de
informações por abrandamento da pena só acontecerá para
um deles. O teor das duas delações têm na mira a segunda
denúncia que a PGR fará contra Michel Temer.
Cunha em desvantagem
Apesar de ter mais representatividade popular, Cunha não tem
vantagem. Durante muitos meses fez jogo de cena, se recusou
a falar e confessou que aguardaria a saída de Rodrigo Janot
para conseguir um acordo melhor. Mas com a notícia de que
Raquel Dodge pretende endurecer os acordos da Lava Jato,
agora ele corre contra tempo.
PERDA
Morre, aos 69 anos, o
empresário Lyrio Mezomo
O sepultamento foi no Cemitério São João Batista no domingo à tarde
Da redação
Reportagem
Faleceu, ao meio-dia
de sábado (15), o empresário
Lyrio Mezomo
(69), filho do pioneiro
Eugênio Mezomo.
Lyrio tinha problemas
cardíacos e estava internado
em estado grave
na UTI coronariana do
Hospital Costa Cavalcanti.
O empresário foi velado
na Capela São João
Batista desde as 18 horas
de sábado até as 15
horas de domingo (16),
quando foi sepultado no
cemitério de mesmo
nome.
Por muitos anos,
Lyrio foi proprietário
da Distribuidora de Bebidas
Mezomo (Antarctica),
com sede no
Boicy. Ele também foi
proprietário de transportadora
e distribuidora
de gás e ainda criador
de avestruz.
Sócio-fundador do
jornal A Gazeta do
Iguaçu, com Erminio
Gatti, Mário Boff e
José Bento Vidal,
Lyrio chegou a ocupar
a diretoria-geral do diário
por cerca de três
anos. Ele era muito
querido por todos os
funcionários, que adoravam
sua sinceridade
e jeito carinhoso de
tratar todos.
Foz do Iguaçu, segunda-feira, 17 de julho de 2017
O empresário Lyrio Mezomo morreu no sábado aos 69 anos
"Fui editor durante o
tempo em que ele foi
diretor-geral da Gazetinha
e tenho pelo amigo
Lyrio uma grande admiração
e respeito. Além
de amigo, o Lyrio era
um grande empreendedor
e, acima de tudo,
um homem de família.
Sua morte deixará um
vazio", afirmou o jornalista
Adelino de Souza.
"Que vazio você nos
deixou. Este sorriso, a
sua alegria contagiante.
Muitas saudades. Pai, te
amo e sempre te amarei.
Você é o meu porto
seguro, me ensinou
muita coisa. Nunca esquecerei
do que me ensinou.
Vá em paz, que
tomarei conta pelo senhor.
Te amo e te amarei
sempre para o resto
da minha vida", escreveu
a caçula Berenice
Cristina Mezomo em
seu Facebook.
"Mais um pioneiro se
despede de Foz do
Iguaçu. Gente de bem,
pessoa querida e um
grande amigo. Lyrio
Mezomo nos deixa uma
lacuna que jamais será
preenchida. O único
conforto é saber que o
seu ingresso no céu está
garantido, pois aqui na
terra ele só fez o bem",
postou seu amigo Olivera
Junior.
"Tio Lyrio: que seu
caminho seja aberto e
seu encontro com seu filho
Eduardo seja de alegria.
Estamos tristes por
sua perda, mas felizes
por saber que você cumpriu
sua missão. A saudade
será eterna, mas
uma coisa jamais deixaremos
de saber que foi
um bom companheiro,
um bom pai e bom esposo.
Vai ser muito triste
saber que você não vai
mais brincar, brigar e
contar as belas anedotas",
postou seu sobrinho
Edson Mezomo.
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