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DA 45%<br />
POPULAÇÃO<br />
BRASILEIRA<br />
USA NÃO<br />
P o r M i n i s t é r i o d a S a ú d e<br />
SAÚDE & BEM-ESTAR<br />
Embora a grande maioria dos brasileiros admita<br />
que a camisinha é a melhor maneira de prevenir<br />
uma gravidez indesejada e doenças sexualmente<br />
transmissíveis, incluindo a aids, dados divulgados<br />
dia 28/1 pelo Ministério da Saúde mostram que<br />
CAMISINHA<br />
45% da população sexualmente ativa do país não<br />
utilizou preservativo nas relações sexuais nos<br />
últimos 12 meses.<br />
Os dados, inéditos, são da Pesquisa de<br />
Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População<br />
Brasileira (PCAP), apresentados em Brasília,<br />
durante o lançamento da campanha de prevenção<br />
às DST e aids para o carnaval 2015. Realizada em<br />
2013, a pesquisa entrevistou 12 mil pessoas da faixa<br />
etária de 15 a 64 anos, por amostra representativa<br />
da população brasileira.<br />
Os dados comparativos com pesquisas anteriores<br />
mostram que o uso do preservativo na última<br />
relação sexual, ocorrida nos últimos 12 meses, se<br />
manteve praticamente estável: 52% em 2004, 47%<br />
em 2008 e 55% em 2013, apesar das constantes<br />
campanhas de estímulo ao uso do preservativo<br />
durante todos esses anos. Além disso, houve um<br />
crescimento significativo de pessoas que relataram<br />
ter tido mais de 10 parceiros sexuais na vida. Esse<br />
percentual subiu de 19%, em 2004, para 26% em<br />
2008, chegando a 44% no ano de 2013.<br />
Reforço no carnaval<br />
A mensagem geral da campanha de carnaval<br />
deste ano é informar o jovem sobre a<br />
importância de se prevenir contra o vírus da<br />
aids, usar camisinha, fazer o teste e, se der<br />
positivo, começar logo o tratamento,<br />
reforçando o conceito “camisinha + teste +<br />
medicamento” de prevenção combinada.<br />
São 129 mil cartazes em quatro versões –<br />
segmentados para a população jovem,<br />
travesti e jovem gay –, um spot de rádio, 315<br />
mil folders explicativos da prevenção<br />
combinada e um vídeo para TV.<br />
“Este ano, o ministério não irá centrar a<br />
campanha apenas no uso de preservativos. Os<br />
dados da pesquisa indicam que focar as<br />
campanhas apenas nesse uso tem limites. A<br />
nova estratégia se materializa em três<br />
dimensões: primeiro no uso do preservativo,<br />
em segundo lugar, na convocação da<br />
população a fazer regularmente o teste e, em<br />
terceiro lugar, no início imediato do<br />
tratamento em caso de teste positivo. Dessa<br />
forma, teremos condições de enfrentar a<br />
epidemia de aids, principalmente entre os<br />
grupos mais afetados pela epidemia, como os<br />
jovens”, explica o ministro Arthur Chioro.<br />
Os materiais reforçam o slogan final<br />
usando a gíria “# partiu teste”,<br />
linguagem típica da faixa etária<br />
prioritária. Nas cidades com maior<br />
concentração de foliões (São Paulo,<br />
Rio de Janeiro, Salvador, Recife,<br />
Olinda, Florianópolis, Ouro Preto,<br />
Diamantina, São João Del Rei e<br />
Alfenas) haverá um reforço das<br />
estratégias de comunicação da<br />
campanha. Além do rádio e da TV, a<br />
campanha também será divulgada<br />
pela internet e em <strong>revista</strong>s temáticas<br />
de carnaval e de comportamento<br />
LBGT.<br />
Nos banheiros femininos e masculinos<br />
dos aeroportos Santos Dumont, no Rio<br />
de Janeiro, de Salvador e de Recife<br />
serão instalados 34 displays para a<br />
retirada de camisinhas, a partir de 1º<br />
de fevereiro. Inicialmente, os displays<br />
serão abastecidos com 195 mil<br />
preservativos. Neste ano, além do<br />
carnaval, a campanha será estendida,<br />
com adaptações, para festas populares<br />
– como São João e outros eventos –<br />
durante o resto do ano.<br />
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AGOSTO 2017 | PESQUISAS