TROVADORISMO e HUMANISMO
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fala sobre D. Henrique de Borgonha, pai<br />
do fundador de Portugal; menciona alguns<br />
episódios da história de Portugal,<br />
como o de Egas Moniz, a batalha de<br />
Aljubarrota, a tomada da cidade de Ceuta<br />
no norte da África e outros.<br />
Relembra os fatos que antecederam<br />
sua partida de Lisboa, os preparativos<br />
da viagem; a conversa com o velho<br />
do Restelo; por último as primeiras aventuras<br />
à beira-mar: o fogo de Santelmo, a<br />
tromba marinha, a aventura de Veloso, o<br />
Gigante Adamastor e, finalmente, a chegada<br />
a Melinde.<br />
Terminado o relato, Vasco da Gama<br />
prossegue em sua viagem marítima. Baco<br />
resolve falar com Éolo, deus dos ventos,<br />
para prejudicar a frota com uma forte<br />
ventania, no entanto, Vênus novamente<br />
protege os navegadores enviando ninfas<br />
amorosas para levar a calmaria.<br />
Fim da tormenta. A frota portuguesa<br />
chega à salvo a Calicute, na Índia, e<br />
são recebidos por Samoriam. A bordo,<br />
Paulo da Gama recebe o Catual e decifra-lhe<br />
o significado dos desenhos nas<br />
bandeiras.<br />
Começa a viagem de volta a Portugal.<br />
Em caminho, fazem parada na Ilha<br />
dos Amores e são recebidos amorosamente<br />
pelas ninfas locais. A deusa<br />
Tethys mostra a Vasco da Gama a máquina<br />
do mundo e o futuro glorioso do<br />
povo português.<br />
A obra é dividida em:<br />
• Proposição – é a apresentação do<br />
assunto. Transparecem alguns elementos<br />
fundamentais, como a sobrevivência<br />
do ideal das cruzadas, a supervalorização<br />
do homem, a exaltação da<br />
aventura, a busca de novos horizontes<br />
e a presença da mitologia.<br />
“As armas e os barões assinalados<br />
que da ocidental praia lusitana,<br />
por mares nunca dantes navegados<br />
passaram ainda além da Taprobana.<br />
E em perigos e guerras esforçados,<br />
Mais do que prometia a forca humana,<br />
Entre gente remota edificaram<br />
Novo reino, que tanto sublimaram;<br />
E também as memórias gloriosas<br />
Daqueles Reis que foram dilatando<br />
A fé, o Império, e as terras viciosas<br />
De África e de Ásia andaram<br />
[devastando<br />
E aqueles que por obras valerosas<br />
Se vão da lei da morte libertando:<br />
Cantando espalharei por toda<br />
[parte,<br />
Se a tanto me ajudar o engenho e<br />
[arte”.<br />
Cessem do sábio Grego e do<br />
[Troiano<br />
As navegações grandes que<br />
[fizeram;<br />
Cale-se de Alexandro e de Trajano<br />
A fama das vitórias que tiveram;<br />
Que eu canto o peito ilustre<br />
[Lusitano,<br />
A quem Neptuno e Marte<br />
[obedeceram: