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TROVADORISMO e HUMANISMO

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— 30 —<br />

fala sobre D. Henrique de Borgonha, pai<br />

do fundador de Portugal; menciona alguns<br />

episódios da história de Portugal,<br />

como o de Egas Moniz, a batalha de<br />

Aljubarrota, a tomada da cidade de Ceuta<br />

no norte da África e outros.<br />

Relembra os fatos que antecederam<br />

sua partida de Lisboa, os preparativos<br />

da viagem; a conversa com o velho<br />

do Restelo; por último as primeiras aventuras<br />

à beira-mar: o fogo de Santelmo, a<br />

tromba marinha, a aventura de Veloso, o<br />

Gigante Adamastor e, finalmente, a chegada<br />

a Melinde.<br />

Terminado o relato, Vasco da Gama<br />

prossegue em sua viagem marítima. Baco<br />

resolve falar com Éolo, deus dos ventos,<br />

para prejudicar a frota com uma forte<br />

ventania, no entanto, Vênus novamente<br />

protege os navegadores enviando ninfas<br />

amorosas para levar a calmaria.<br />

Fim da tormenta. A frota portuguesa<br />

chega à salvo a Calicute, na Índia, e<br />

são recebidos por Samoriam. A bordo,<br />

Paulo da Gama recebe o Catual e decifra-lhe<br />

o significado dos desenhos nas<br />

bandeiras.<br />

Começa a viagem de volta a Portugal.<br />

Em caminho, fazem parada na Ilha<br />

dos Amores e são recebidos amorosamente<br />

pelas ninfas locais. A deusa<br />

Tethys mostra a Vasco da Gama a máquina<br />

do mundo e o futuro glorioso do<br />

povo português.<br />

A obra é dividida em:<br />

• Proposição – é a apresentação do<br />

assunto. Transparecem alguns elementos<br />

fundamentais, como a sobrevivência<br />

do ideal das cruzadas, a supervalorização<br />

do homem, a exaltação da<br />

aventura, a busca de novos horizontes<br />

e a presença da mitologia.<br />

“As armas e os barões assinalados<br />

que da ocidental praia lusitana,<br />

por mares nunca dantes navegados<br />

passaram ainda além da Taprobana.<br />

E em perigos e guerras esforçados,<br />

Mais do que prometia a forca humana,<br />

Entre gente remota edificaram<br />

Novo reino, que tanto sublimaram;<br />

E também as memórias gloriosas<br />

Daqueles Reis que foram dilatando<br />

A fé, o Império, e as terras viciosas<br />

De África e de Ásia andaram<br />

[devastando<br />

E aqueles que por obras valerosas<br />

Se vão da lei da morte libertando:<br />

Cantando espalharei por toda<br />

[parte,<br />

Se a tanto me ajudar o engenho e<br />

[arte”.<br />

Cessem do sábio Grego e do<br />

[Troiano<br />

As navegações grandes que<br />

[fizeram;<br />

Cale-se de Alexandro e de Trajano<br />

A fama das vitórias que tiveram;<br />

Que eu canto o peito ilustre<br />

[Lusitano,<br />

A quem Neptuno e Marte<br />

[obedeceram:

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