Jornal Paraná Setembro 2017
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O maior produtor mundial<br />
de biocombustível de canade-açúcar<br />
está pronto para<br />
finalmente se juntar ao mercado<br />
de negociação de títulos<br />
de emissões de carbono.<br />
O Brasil está trabalhando<br />
em uma nova legislação<br />
que abre o mercado<br />
de certificados de emissões<br />
de carbono, dentro do RenovaBio.<br />
As empresas de<br />
energia que produzem os<br />
certificados de melhor qualidade<br />
obterão o melhor<br />
acesso ao financiamento. A<br />
Carbono<br />
Reforma<br />
medida vem em um momento<br />
no qual o Brasil, o<br />
segundo maior produtor<br />
mundial de biodiesel e etanol,<br />
atrás dos EUA, tenta<br />
atingir seu objetivo de reduzir<br />
as emissões como parte<br />
do acordo climático de Paris.<br />
Ele também atende às<br />
demandas dos produtores<br />
de biocombustíveis para políticas<br />
de longo prazo de<br />
apoio à indústria após anos<br />
de intervenção pesada do<br />
governo no mercado de<br />
combustíveis e energia.<br />
Estimativa feita pelo IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento<br />
Tributário, indica que, em 2015, 41,37% de<br />
todo o rendimento dos brasileiros foi destinado para<br />
pagar impostos, considerando os tributos incidentes<br />
sobre o consumo, os rendimentos e o patrimônio. Pela<br />
última atualização, o total de impostos do país alcançou<br />
a marca de 90, mostrando a importância de uma Reforma<br />
Tributária.<br />
Petróleo<br />
O aumento da produção<br />
em junho não evitou uma<br />
alta de preços do petróleo,<br />
pois o crescimento da demanda<br />
foi muito forte tanto<br />
nos países-membros da Organização<br />
para Cooperação<br />
e Desenvolvimento Econômico<br />
como em países emergentes.<br />
É um cenário favorável<br />
para o Brasil e, especificamente,<br />
para a Petrobrás,<br />
cuja produção é crescente.<br />
Indicadores preliminares<br />
dão conta de que o<br />
crescimento da demanda<br />
global, após cair para o nível<br />
mais baixo de 1 milhão de<br />
barris/dia (b/d) no primeiro<br />
trimestre, ricocheteou para<br />
1,5 milhão de b/d no segundo<br />
trimestre.<br />
O BNDES prepara o terreno<br />
para financiar projetos<br />
que busquem adaptar usinas<br />
sucroalcooleiras para<br />
que produzam etanol não<br />
apenas a partir da cana-deaçúcar,<br />
mas também do<br />
milho. A alternativa pode ser<br />
a solução para incrementar<br />
em até 2,7 bilhões de litros<br />
a produção de etanol no<br />
Um grande consórcio de<br />
pesquisa para a cana-deaçúcar<br />
e outras culturas ligadas<br />
ao mercado de energias<br />
renováveis vai reunir<br />
cientistas de 22 instituições<br />
públicas. Trata-se do Programa<br />
Plurianual Integrado<br />
de Pesquisa, Desenvolvimento<br />
e Inovação (PD&I) em<br />
Cana-de-açúcar (Pluricana).<br />
Liderado pela Embrapa e<br />
executado com recursos de<br />
BNDES<br />
Centro-Oeste do país, e dar<br />
destinação à crescente colheita<br />
do grão na região. A<br />
análise mostrou que agregar<br />
o grão como matéria-prima<br />
na usina de etanol ajuda a<br />
reduzir o custo fixo da<br />
planta. O cálculo mostra que<br />
esse investimento pode variar<br />
de R$ 100 milhões a R$<br />
205 milhões.<br />
Consórcio<br />
cerca de R$13 milhões da<br />
Financiadora de Estudos e<br />
Projetos (Finep), o Pluricana<br />
é o maior consórcio já criado<br />
para o estudo científico da<br />
cana-de-açúcar e agrega<br />
ações que vão desde a introdução<br />
e quarentena de plantas<br />
até o melhoramento genético<br />
convencional e assistido,<br />
passando por sistemas<br />
de produção e biologia avançada.<br />
Cautela<br />
Investimento<br />
A indústria de açúcar e<br />
etanol precisará investir<br />
um montante superior a<br />
US$ 15 bilhões para<br />
atender à demanda das<br />
próximas cinco safras. A<br />
estimativa foi feita por<br />
Arnaldo Corrêa, diretor<br />
da Archer Consulting, em<br />
um relatório sobre as<br />
projeções até a safra<br />
2022/ 23. O montante<br />
serviria para a construção<br />
de 24 usinas que<br />
processem, cada uma,<br />
pelo menos 5 milhões de<br />
toneladas de cana. É a<br />
capacidade necessária<br />
para o Brasil se ajustar à<br />
realidade do suprimento<br />
de cana-de-açúcar nos<br />
próximos anos.<br />
BSBIOS<br />
Na sede da Advanced<br />
Biofuels Association, em<br />
Washington, nos EUA<br />
ocorreu recentemente<br />
reunião para tratar do<br />
alinhamento de pautas<br />
estratégicas do Biodiesel,<br />
visando à exportação do<br />
biocombustível brasileiro<br />
aos Estados Unidos. Na<br />
oportunidade a BSBIOS<br />
foi convidada a se afiliar<br />
a Associação. A empresa<br />
tem autorização da<br />
Agência Nacional do Petróleo,<br />
Biocombustíveis e<br />
Gás Natural para exportar<br />
biodiesel desde 2008 e<br />
realizou a primeira exportação<br />
em junho de 2013,<br />
sendo a primeira do país<br />
a exportar biodiesel de<br />
forma comercial.<br />
A forte queda do açúcar e<br />
do etanol desde o início desta<br />
safra <strong>2017</strong>/18 voltou a desanimar<br />
as usinas do Centro-Sul<br />
do país. E, depois de aproveitarem<br />
os preços bem mais<br />
atraentes do ciclo passado<br />
para realizar alguns investimentos<br />
na área industrial,<br />
mesmo as maiores companhias<br />
do segmento já sinalizaram<br />
que a cautela voltará a<br />
dar o tom. A perspectiva é que<br />
os aportes de <strong>2017</strong>/18 voltem<br />
a se concentrar na área agrícola,<br />
divididos entre renovação<br />
de canaviais, tratos culturais<br />
e ampliação de áreas.<br />
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