500 anos reforma protestante - Revista Cristã
Revista Cristã - (O Cristão Erudito) O Que foi e qual o legado da Reforma Protestante? Dia 31 de Outubro de 2017, o mundo comemora o 500º aniversário da Reforma Protestante. É com muita alegria, que disponibilizamos gratuitamente mais uma edição da revista Cristão Erudito, que tratará da história, legado e os principais pontos da Reforma do século XVI. https://revistacrista.wordpress.com/2017/10/09/500-anos-da-reforma-protestante-outubro2017/
Revista Cristã - (O Cristão Erudito) O Que foi e qual o legado da Reforma Protestante?
Dia 31 de Outubro de 2017, o mundo comemora o 500º aniversário da Reforma Protestante.
É com muita alegria, que disponibilizamos gratuitamente mais uma edição da revista Cristão Erudito, que tratará da história, legado e os principais pontos da Reforma do século XVI.
https://revistacrista.wordpress.com/2017/10/09/500-anos-da-reforma-protestante-outubro2017/
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REFORMA PROTESTANTE<br />
COMEMORA <strong>500</strong> ANOS<br />
POR CARLOS SILVA<br />
Olá Querido leitor, é com muita satisfação<br />
que estamos lhe oferecendo esta segunda<br />
edição da revista O <strong>Cristã</strong>o Erudito.<br />
E Hoje falaremos de um dos maiores<br />
acontecimentos históricos e religiosos da<br />
humanidade, a (Reforma Protestante).<br />
Iniciada por volta do século XVI e<br />
aperfeiçoada ao longo dos <strong>anos</strong>, a Reforma<br />
foi, e continua sendo um manifesto real e<br />
puro dos verdadeiros cristãos, que buscam<br />
por um cristianismo mais puro e ortodoxo<br />
longe de heresias e tradições humanas.<br />
<strong>500</strong> <strong>anos</strong> depois de muita luta, debates e<br />
conquistas, se faz mais que necessário<br />
refletirmos sobre este grandioso<br />
acontecimento e respondermos a nós<br />
mesmos se ainda estamos imersos no<br />
espírito da Reforma ou se já estamos<br />
impregnados de modismos e do pensamento<br />
desviado deste século.<br />
E Para esta questão, é preciso lembrarmos o<br />
que foi a <strong>reforma</strong>, seu legado histórico no<br />
mundo e porque ainda devemos buscar viver<br />
nela.
O Que Foi, e qual o<br />
legado da Reforma<br />
Protestante?<br />
POR JORGE A. FERREIRA<br />
Dia 31 de Outubro deste ano (2017) é<br />
comemorado o <strong>500</strong>º Aniversário da Reforma<br />
Protestante.<br />
Falaremos um pouco sobre este movimento<br />
que mudou consideravelmente não só a<br />
história da Igreja <strong>Cristã</strong>, como o Mundo em<br />
geral.<br />
É Conhecido por todos, que de alguma<br />
forma estuda sobre esses acontecimentos,<br />
que a data estipulada como sendo o início<br />
da Reforma Protestante é dia 31 de Outubro<br />
de 1517, após o monge agostiniano Martinho<br />
Lutero fixar na porta da catedral de<br />
Wittemberg, na Alemanha 95 teses, que<br />
mostrava os erros e incoerência da Igreja<br />
Católica.<br />
Porém é preciso salientar que cristãos do<br />
mundo todo já haviam expressados sinais de<br />
insatisfação e ansiavam por uma mudança<br />
dentro da cristandade.<br />
Grandes nomes como: Jhon Wyclif, Jhon<br />
Huss, Jerônimo Savonarola e anteriormente<br />
grupos como: Os Albigenses (Purit<strong>anos</strong>) e os<br />
Valdenses (Seguidores de Pedro Valdo) em<br />
meados do ano 1170 DC. Já ecoavam uma<br />
mudança radical dentro da Igreja, que vivia<br />
tempos de luxúria e desvios doutrinários<br />
significantes.<br />
Mas o grande estopim que culminou nesta<br />
<strong>reforma</strong> foi sem dúvida, algumas posturas<br />
adotadas pela Igreja Católica como as<br />
indulgências e aspectos relacionados com a<br />
salvação.<br />
Desta forma, é possível afirmar que a<br />
<strong>reforma</strong> iniciada por Lutero, foi na verdade<br />
um movimento inevitável que aconteceria<br />
mais cedo ou mais tarde.<br />
Já que neste período a sociedade em geral<br />
influenciada pelo pensamento Renascentista, havia<br />
tomado consideravelmente um sentimento de<br />
mudança e <strong>reforma</strong>.<br />
Lutero influenciado por esses sentimentos e sem<br />
sombra de dúvidas, por um espírito cristão<br />
genuíno, foi certamente a pessoa mais indicada a<br />
realizar tal tarefa.<br />
Após concluir o seu doutorado em teologia,<br />
começou a escrever sermões em salmos, rom<strong>anos</strong>,<br />
gálatas e hebreus. Foi após estes trabalhos que<br />
passou cada vez mais a se desprender do<br />
catolicismo. ''No decorrer destes estudos o papado<br />
soltou-se de mim'' (Martinho Lutero)<br />
E Finalmente em 1517, após calorosos debates com<br />
um outro monge dominicano representante do<br />
papa, que estava na Alemanha cobrando<br />
indulgências, resolveu reagir afixando na porta do<br />
castelo de Wittemberg as 95 teses que<br />
condenavam tais abusos.<br />
Outro fato significativo, nesta época que não pode<br />
ser esquecido e certamente ajudou a difundir as<br />
ideias do protestantismo, foi a criação da Imprensa<br />
por Gutemberg.<br />
Que certamente ajudou muito na divulgação<br />
destas ideias por toda a Alemanha e países<br />
próximos.
Visto essas coisas, é mais que justo dizer<br />
que a Reforma não foi apenas um<br />
movimento produzido por homens e sim um<br />
ato do próprio Deus dos céus. Que a seu<br />
tempo age na história em favor de seu povo.<br />
A Reforma Protestante foi um movimento de<br />
<strong>reforma</strong> que englobou a política, religião e<br />
cultura e certamente influenciou<br />
grandemente a história da humanidade,<br />
transformando o mundo e a Igreja de Cristo.<br />
O Movimento liderado por Lutero, tinha<br />
como chave mestra a doutrina da<br />
Justificação pela fé e um retorno radical as<br />
escrituras e as origens do cristianismo.<br />
Movidos por esses princípios, a <strong>reforma</strong> se<br />
espalhou rapidamente por toda a Alemanha<br />
e consequentemente a diversos outros<br />
países da Europa encontrando eco <strong>anos</strong><br />
posteriores no mundo todo.<br />
Ao longo desse processo, grandes homens<br />
surgiram no cenário <strong>reforma</strong>do e de forma<br />
brilhante contribuíram para o<br />
fortalecimento e expansão do movimento.<br />
Grandes contribuições foram feitas, não<br />
somente à <strong>reforma</strong>, mas ao povo em geral.<br />
Enquanto na Alemanha a <strong>reforma</strong> foi<br />
iniciada e liderada por Lutero, na frança e<br />
na Suíça contou com Jhon Calvino,<br />
Guilherme Farel, Teodoro de Beza, Jhon<br />
Knox e Ulrico Zuínglio.<br />
Princípios Fundamentais da Reforma<br />
No processo da Reforma Protestante foi<br />
sintetizado alguns princípios fundamentais<br />
ou credos teológicos básicos, então<br />
chamados de (05 Solas).<br />
A Palavra Sola, vem do latim e em português<br />
significa ''Somente'', e implicitamente<br />
rejeitam e contrapõe os ensinamentos da<br />
então religião dominante (Igreja Católica).<br />
Sendo assim, ficou definido esses 05 pontos<br />
como sendo essenciais para a vida e prática<br />
cristã.<br />
Sendo eles: Sola Scriptura (Somente a<br />
Escritura), Sola Gratia (Somente a Graça),<br />
Sola Fide (Somente a Fé), Solus Christus<br />
(Somente Cristo) e Soli Deo gloria ( Glória<br />
somente a Deus).<br />
Falaremos resumidamente, sobre estes<br />
princípios fundamentais da fé <strong>reforma</strong>da a<br />
seguir.<br />
Sola Scriptura: (Somente a Escritura)<br />
É preciso relembrar, que a <strong>reforma</strong> do século XVI,<br />
foi acima de tudo, uma tentativa de volta as origens<br />
do cristianismo e estabelecer um retorno as<br />
escrituras como sendo a autoridade máxima do<br />
crente em oposição a autoridade ''infalível'' do clero.<br />
Portanto com o conceito de somente a escritura, os<br />
<strong>reforma</strong>dores estavam afirmando que a bíblia era a<br />
única fonte de revelação divina escrita por qual o<br />
cristão deve ser avaliado e nela contém tudo que o<br />
homem necessita para a salvação.<br />
A Sola Scriptura é um princípio fundamental da<br />
Reforma e sustenta que as Sagradas Escrituras<br />
possuem primazia sobre a tradição e o magistério<br />
da Igreja.<br />
“Um simples leigo armado com as Escrituras é<br />
maior que o mais poderoso papa sem elas.”<br />
(Martinho Lutero).<br />
Sola Gratia: ( Somente a Graça)<br />
Este princípio é o ensinamento de que a salvação<br />
vem por meio da graça divina ou ´´favor imerecido´´e<br />
não por meio de obras, indulgências ou qualquer<br />
coisa externa a ela.<br />
Sola Gratia é o favor de Deus ao pecador mediante a<br />
pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo.<br />
Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto<br />
não vem de vós, é dom de Deus.<br />
Não vem das obras, para que ninguém se glorie;<br />
Efésios 2:8,9
Sola Fide: (Somente a Fé)<br />
Este é o ensinamento de que a Justificação<br />
ou seja (o ato de ser declarado Justo, apenas<br />
por Deus) é recebida somente pela fé sem<br />
necessidade das boas obras em contraste<br />
com a doutrina católica de que o homem é<br />
justificado por obras e fé.<br />
Sola Fide é o entendimento de que o homem<br />
não pode ser justificado por seus méritos e<br />
sim somente pelos de Cristo.<br />
"fé produz justificação e boas obras"<br />
Concluímos, pois, que o homem é<br />
justificado pela fé sem as obras da lei.<br />
Rom<strong>anos</strong> 3:28<br />
Solus Christus: (Somente Cristo)<br />
É o ensinamento de que Cristo é o único<br />
mediador entre Deus e os homens , e não<br />
existe salvação em nenhum outro.<br />
Solus Christus é o princípio que revela o<br />
senhorio de Cristo em contrário aquilo que<br />
se entendia na época, de que o papa era o<br />
vigário de Cristo e Maria a mediadora dos<br />
homens.<br />
Somente Cristo salva e conduz o homem a<br />
Deus.<br />
Soli Deo Gloria: (Glória somente a Deus)<br />
Este é o ensinamento de que a glória é<br />
devida somente a Deus, pois a salvação é<br />
realizada unicamente por sua vontade e<br />
ação, através de Jesus Cristo e o Espírito<br />
Santo.<br />
Soli Deo Gloria é o reconhecimento de que<br />
tudo pertence a ele, inclusive o crente que<br />
deve glorificá-lo em todas as áreas da vida,<br />
seja religiosa ou não.<br />
Estamos partindo para o fim deste artigo, já<br />
vimos um pouco da história (Ainda que<br />
resumida) da Reforma, seus principais<br />
princípios teológicos e agora é preciso<br />
lembrarmos do legado deste grandioso<br />
empreendimento de Deus.<br />
O Legado da Reforma para a Igreja e o<br />
Mundo<br />
Não podemos negar que o maior legado<br />
produzido pela Reforma para a Igreja de<br />
Cristo foi certamente o retorno e apreço<br />
pelas escrituras, levando Lutero a traduzir<br />
as escrituras para o idioma alemão e<br />
produzindo gradativamente o acesso do<br />
povo comum à bíblia, permitindo assim que<br />
pessoas simples pudessem conhecer a Deus.<br />
Porta do Castelo de Wittemberg<br />
A Doutrina da Justificação pela fé e a do sacerdócio<br />
dos santos, defendida pelos <strong>reforma</strong>dores mudou a<br />
maneira dos cristãos de se relacionarem com Deus,<br />
retirando aquele fardo imposto pela religião<br />
dominante e trazendo aquilo que Paulo fala em uma<br />
de suas epístolas ´´Tendo sido, pois, justificados pela<br />
fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus<br />
Cristo; ´´ Rom<strong>anos</strong> 5:1<br />
Além desses importantes avanços e mudança de<br />
paradigmas para a Igreja é preciso lembrarmos, que<br />
o legado da <strong>reforma</strong> ultrapassa os arraiais cristãos<br />
expandindo-se ao mundo todo, proporcionando o<br />
acesso a educação ao povo, com criações de<br />
diversas universidades ainda no século XVI, e<br />
posteriormente diversas outras que contribuíram<br />
sem sombra de dúvida para o progresso do mundo.<br />
Entre elas, estão as mais renomadas: Harvard (1643)<br />
e Princeton (1746), a Universidade Livre de<br />
Amsterdam (1881) e Yale fundada em (1640).<br />
Além da área educacional, a Reforma certamente<br />
abriu caminho para diversas outras áreas, como a<br />
ciência e até mesmo na economia.<br />
Jorge A. Ferreira<br />
É Presbítero da Igreja Assembléia de Deus, Bacharel<br />
em Teologia, Articulista e Palestrante do Seminário<br />
À Luz da Bíblia.
As 95 Teses fixadas por Lutero no<br />
castelo de wittemberg<br />
“Por amor à verdade e no empenho de elucidá-la, discutir-se-á o seguinte em<br />
Wittenberg, sob a presidência do reverendo padre Martinho Lutero, mestre de<br />
Artes e de Santa Teologia e professor catedrático desta última, naquela<br />
localidade. Por esta razão, ele solicita que os que não puderem estar presentes e<br />
debater conosco oralmente o façam por escrito, mesmo que ausentes. Em nome<br />
do nosso Senhor Jesus Cristo. Amém”<br />
1. Ao dizer: “Fazei penitência”, etc. [Mt 4.17],<br />
o nosso Senhor e Mestre Jesus Cristo quis<br />
que toda a vida dos fiéis fosse penitência.<br />
2. Esta penitência não pode ser entendida<br />
como penitência sacramental (isto é, da<br />
confissão e satisfação celebrada pelo<br />
ministério dos sacerdotes).<br />
3. No entanto, ela não se refere apenas a<br />
uma penitência interior; sim, a penitência<br />
interior seria nula se, externamente, não<br />
produzisse toda sorte de mortificação da<br />
carne.<br />
4. Por consequência, a pena perdura<br />
enquanto persiste o ódio de si mesmo (isto é<br />
a verdadeira penitência interior), ou seja,<br />
até a entrada do reino dos céus.<br />
5. O papa não quer nem pode dispensar de<br />
quaisquer penas senão daquelas que impôs<br />
por decisão própria ou dos cânones.<br />
6. O papa não tem o poder de perdoar culpa<br />
a não ser declarando ou confirmando que<br />
ela foi perdoada por Deus; ou, certamente,<br />
perdoados os casos que lhe são reservados.<br />
Se ele deixasse de observar essas<br />
limitações, a culpa permaneceria.<br />
7. Deus não perdoa a culpa de qualquer<br />
pessoa sem, ao mesmo tempo, sujeitá-la, em<br />
tudo humilhada, ao sacerdote, seu vigário.<br />
8. Os cânones penitenciais são impostos<br />
apenas aos vivos; segundo os mesmos<br />
cânones, nada deve ser imposto aos<br />
moribundos.<br />
9. Por isso, o Espírito Santo nos beneficia<br />
através do papa quando este, em seus<br />
decretos, sempre exclui a circunstância da<br />
morte e da necessidade.<br />
10. Agem mal e sem conhecimento de causa<br />
aqueles sacerdotes que reservam aos<br />
moribundos penitências canônicas para o<br />
purgatório.<br />
11. Essa cizânia de transformar a pena<br />
canônica em pena do purgatório parece ter<br />
sido semeada enquanto os bispos<br />
certamente dormiam.<br />
12. Antigamente se impunham as penas<br />
canônicas não depois, mas antes da<br />
absolvição, como verificação da verdadeira<br />
contrição.<br />
13. Através da morte, os moribundos pagam<br />
tudo e já estão mortos para as leis canônica
tendo, por direito, isenção das mesmas.<br />
14. Saúde ou amor imperfeito no moribundo<br />
necessariamente traz consigo grande<br />
temor, e tanto mais quanto menor for o<br />
amor.<br />
15. Este temor e horror por si sós já bastam<br />
(para não falar de outras coisas) para<br />
produzir a pena do purgatório, uma vez que<br />
estão próximos do horror do desespero.<br />
16. Inferno, purgatório e céu parecem<br />
diferir da mesma forma que o desespero, o<br />
semidesespero e a segurança.<br />
17. Parece necessário, para as almas no<br />
purgatório, que o horror devesse diminuir à<br />
medida que o amor crescesse.<br />
18. Parece não ter sido provado, nem por<br />
meio de argumentos racionais nem da<br />
Escritura, que elas se encontrem fora do<br />
estado de mérito ou de crescimento no<br />
amor.<br />
19. Também parece não ter sido provado que<br />
as almas no purgatório estejam certas de<br />
sua bem-aventurança, ao menos não todas,<br />
mesmo que nós, de nossa parte, tenhamos<br />
plena certeza disso.<br />
20. Portanto, por remissão plena de todas as<br />
penas, o papa não entende simplesmente<br />
todas, mas somente aquelas que ele mesmo<br />
impôs.<br />
21. Erram, portanto, os pregadores de<br />
indulgências que afirmam que a pessoa é<br />
absolvida de toda pena e salva pelas<br />
indulgências do papa.<br />
22. Com efeito, ele não dispensa as almas no<br />
purgatório de uma única pena que, segundo<br />
os cânones, elas deveriam ter pago nesta<br />
vida.<br />
23. Se é que se pode dar algum perdão de<br />
todas as penas a alguém, ele, certamente, só<br />
é dado aos mais perfeitos, isto é,<br />
pouquíssimos<br />
24. Por isso, a maior parte do povo está<br />
sendo necessariamente ludibriada por essa<br />
magnífica e indistinta promessa de<br />
absolvição da pena.<br />
25. O mesmo poder que o papa tem sobre o<br />
purgatório de modo geral, qualquer bispo e<br />
cura tem em sua diocese e paróquia em<br />
particular.<br />
26. O papa faz muito bem ao dar remissão às<br />
almas não pelo poder das chaves (que ele<br />
não tem), mas por meio de intercessão.<br />
27. Pregam doutrina mundana os que dizem<br />
que, tão logo tilintar a moeda lançada na<br />
caixa, a alma sairá voando [do purgatório<br />
para o céu].<br />
28. Certo é que, ao tilintar a moeda na caixa,<br />
pode aumentar o lucro e a cobiça; a<br />
intercessão da Igreja, porém, depende<br />
apenas da vontade de Deus.<br />
29. E quem é que sabe se todas as almas no<br />
purgatório querem ser resgatadas, como na<br />
história contada a respeito de São Severino<br />
e São Pascoal?<br />
30. Ninguém tem certeza da veracidade de<br />
sua contrição, muito menos de haver<br />
conseguido plena remissão.<br />
31. Tão raro como quem é penitente de<br />
verdade é quem adquire autenticamente as<br />
indulgências, ou seja, é raríssimo.<br />
32. Serão condenados em eternidade,<br />
juntamente com seus mestres, aqueles que<br />
se julgam seguros de sua salvação através de<br />
carta de indulgência.<br />
33. Deve-se ter muita cautela com aqueles<br />
que dizem serem as indulgências do papa<br />
aquela inestimável dádiva de Deus através<br />
da qual a pessoa é reconciliada com Ele.<br />
34. Pois aquelas graças das indulgências se<br />
referem somente às penas de satisfação<br />
sacramental, determinadas por seres<br />
hum<strong>anos</strong>.<br />
35. Os que ensinam que a contrição não é<br />
necessária para obter redenção ou<br />
indulgência, estão pregando doutrinas<br />
incompatíveis com o cristão<br />
36. Qualquer cristão que está<br />
verdadeiramente contrito tem remissão<br />
plena tanto da pena como da culpa, que são<br />
suas dívidas, mesmo sem uma carta de<br />
indulgência.<br />
37. Qualquer cristão verdadeiro, vivo ou<br />
morto, participa de todos os benefícios de<br />
Cristo e da Igreja, que são dons de Deus,<br />
mesmo sem carta de indulgência.<br />
38. Contudo, o perdão distribuído pelo papa<br />
não deve ser desprezado, pois – como disse –<br />
é uma declaração da remissão divina.<br />
39. Até mesmo para os mais doutos teólogos<br />
é dificílimo exaltar simultaneamente<br />
perante o povo a liberalidade de<br />
indulgências e a verdadeira contrição.<br />
40. A verdadeira contrição procura e ama as<br />
penas, ao passo que a abundância das ...
indulgências as afrouxa e faz odiá-las, ou<br />
pelo menos dá ocasião para tanto.<br />
41. Deve-se pregar com muita cautela sobre<br />
as indulgências apostólicas, para que o povo<br />
não as julgue erroneamente como<br />
preferíveis às demais boas obras do amor.<br />
42. Deve-se ensinar aos cristãos que não é<br />
pensamento do papa que a compra de<br />
indulgências possa, de alguma forma, ser<br />
comparada com as obras de misericórdia.<br />
43. Deve-se ensinar aos cristãos que, dando<br />
ao pobre ou emprestando ao necessitado,<br />
procedem melhor do que se comprassem<br />
indulgências.<br />
44. Ocorre que através da obra de amor<br />
cresce o amor e a pessoa se torna melhor, ao<br />
passo que com as indulgências ela não se<br />
torna melhor, mas apenas mais livre da<br />
pena.<br />
45. Deve-se ensinar aos cristãos que quem<br />
vê um carente e o negligencia para gastar<br />
com indulgências obtém para si não as<br />
indulgências do papa, mas a ira de Deus.<br />
46. Deve-se ensinar aos cristãos que, se não<br />
tiverem bens em abundância, devem<br />
conservar o que é necessário para sua casa e<br />
de forma alguma desperdiçar dinheiro com<br />
indulgência.<br />
47. Deve-se ensinar aos cristãos que a<br />
compra de indulgências é livre e não<br />
constitui obrigação.<br />
48. Deve ensinar-se aos cristãos que, ao<br />
conceder perdões, o papa tem mais desejo<br />
(assim como tem mais necessidade) de<br />
oração devota em seu favor do que do<br />
dinheiro que se está pronto a pagar.<br />
49. Deve-se ensinar aos cristãos que as<br />
indulgências do papa são úteis se não<br />
depositam sua confiança nelas, porém,<br />
extremamente prejudiciais se perdem o<br />
temor de Deus por causa delas.<br />
50. Deve-se ensinar aos cristãos que, se o<br />
papa soubesse das exações dos pregadores<br />
de indulgências, preferiria reduzir a cinzas<br />
a Basílica de S. Pedro a edificá-la com a pele,<br />
a carne e os ossos de suas ovelhas.<br />
51. Deve-se ensinar aos cristãos que o papa<br />
estaria disposto – como é seu dever – a dar<br />
do seu dinheiro àqueles muitos de quem<br />
alguns pregadores de indulgências<br />
extorquem ardilosamente o dinheiro,<br />
mesmo que para isto fosse necessário<br />
vender a Basílica de S. Pedro.<br />
52. Vã é a confiança na salvação por meio de<br />
cartas de indulgências, mesmo que o<br />
comissário ou até mesmo o próprio papa<br />
desse sua alma como garantia pelas mesmas.<br />
53. São inimigos de Cristo e do Papa aqueles<br />
que, por causa da pregação de indulgências,<br />
fazem calar por inteiro a palavra de Deus<br />
nas demais igrejas.<br />
54. Ofende-se a palavra de Deus quando, em<br />
um mesmo sermão, se dedica tanto ou mais<br />
tempo às indulgências do que a ela.<br />
55. A atitude do Papa necessariamente é: se<br />
as indulgências (que são o menos<br />
importante) são celebradas com um toque de<br />
sino, uma procissão e uma cerimônia, o<br />
Evangelho (que é o mais importante) deve<br />
ser anunciado com uma centena de sinos,<br />
procissões e cerimônias.<br />
56. Os tesouros da Igreja, a partir dos quais o<br />
papa concede as indulgências, não são<br />
suficientemente mencionados nem<br />
conhecidos entre o povo de Cristo.<br />
57. É evidente que eles, certamente, não são<br />
de natureza temporal, visto que muitos<br />
pregadores não os distribuem tão<br />
facilmente, mas apenas os ajuntam.<br />
58. Eles tampouco são os méritos de Cristo e<br />
dos santos, pois estes sempre operam, sem o<br />
papa, a graça do ser humano interior e a<br />
cruz, a morte e o inferno do ser humano<br />
exterior.<br />
59. S. Lourenço disse que os pobres da Igreja<br />
são os tesouros da mesma, empregando, no<br />
entanto, a palavra como era usada em sua<br />
época.<br />
60. É sem temeridade que dizemos que as<br />
chaves da Igreja, que foram proporcionadas<br />
pelo mérito de Cristo, constituem estes<br />
tesouros.<br />
61. Pois está claro que, para a remissão das<br />
penas e dos casos especiais, o poder do papa<br />
por si só é suficiente.<br />
62. O verdadeiro tesouro da Igreja é o<br />
santíssimo Evangelho da glória e da graça de<br />
Deus.<br />
63. Mas este tesouro é certamente o mais<br />
odiado, pois faz com que os primeiros sejam<br />
os últimos.<br />
64. Em contrapartida, o tesouro das<br />
indulgências é certamente o mais benquisto,<br />
pois faz dos últimos os primeiros.<br />
65. Portanto, os tesouros do Evangelho são<br />
as redes com que outrora se pescavam
homens possuidores de riquezas.<br />
66. Os tesouros das indulgências, por sua<br />
vez, são as redes com que hoje se pesca a<br />
riqueza dos homens.<br />
67. As indulgências apregoadas pelos seus<br />
vendedores como as maiores graças<br />
realmente podem ser entendidas como tais,<br />
na medida em que dão boa renda.<br />
68. Entretanto, na verdade, elas são as<br />
graças mais ínfimas em comparação com a<br />
graça de Deus e a piedade da cruz.<br />
69. Os bispos e curas têm a obrigação de<br />
admitir com toda a reverência os<br />
comissários de indulgências apostólicas.<br />
70. Têm, porém, a obrigação ainda maior de<br />
observar com os dois olhos e atentar com<br />
ambos os ouvidos para que esses<br />
comissários não preguem os seus próprios<br />
sonhos em lugar do que lhes foi incumbidos<br />
pelo papa.<br />
71. Seja excomungado e amaldiçoado quem<br />
falar contra a verdade das indulgências<br />
apostólicas.<br />
72. Seja bendito, porém, quem ficar alerta<br />
contra a devassidão e licenciosidade das<br />
palavras de um pregador de indulgências.<br />
73. Assim como o papa, com razão, fulmina<br />
aqueles que, de qualquer forma, procuram<br />
defraudar o comércio de indulgências,<br />
74. muito mais deseja fulminar aqueles que,<br />
a pretexto das indulgências, procuram<br />
fraudar a santa caridade e verdade.<br />
75. A opinião de que as indulgências papais<br />
são tão eficazes a ponto de poderem<br />
absolver um homem mesmo que tivesse<br />
violentado a mãe de Deus, caso isso fosse<br />
possível, é loucura.<br />
76. Afirmamos, pelo contrário, que as<br />
indulgências papais não podem anular<br />
sequer o menor dos pecados venais no que<br />
se refere à sua culpa.<br />
77. A afirmação de que nem mesmo São<br />
Pedro, caso fosse o papa atualmente,<br />
poderia conceder maiores graças é<br />
blasfêmia contra São Pedro e o Papa.<br />
78. Dizemos contra isto que qualquer papa,<br />
mesmo São Pedro, tem maiores graças que<br />
essas, a saber, o Evangelho, as virtudes, as<br />
graças da administração (ou da cura), etc.,<br />
como está escrito em I Coríntios XII.<br />
79. É blasfêmia dizer que a cruz com as<br />
armas do papa, insigneamente erguida,<br />
eqüivale à cruz de Cristo.<br />
80. Terão que prestar contas os bispos, curas<br />
e teólogos que permitem que semelhantes<br />
sermões sejam difundidos entre o povo.<br />
81. Essa licenciosa pregação de indulgências<br />
faz com que não seja fácil nem para os<br />
homens doutos defender a dignidade do<br />
papa contra calúnias ou questões, sem<br />
dúvida argutas, dos leigos.<br />
82. Por exemplo: Por que o papa não esvazia<br />
o purgatório por causa do santíssimo amor e<br />
da extrema necessidade das almas – o que<br />
seria a mais justa de todas as causas, se<br />
redime um número infinito de almas por<br />
causa do funestíssimo dinheiro para a<br />
construção da basílica – que é uma causa tão<br />
insignificante?<br />
83. Do mesmo modo: Por que se mantêm as<br />
exéquias e os aniversários dos falecidos e<br />
por que ele não restitui ou permite que se<br />
recebam de volta as doações efetuadas em<br />
favor deles, visto que já não é justo orar<br />
pelos redimidos?<br />
84. Do mesmo modo: Que nova piedade de<br />
Deus e do papa é essa que, por causa do<br />
dinheiro, permite ao ímpio e inimigo<br />
redimir uma alma piedosa e amiga de Deus,<br />
mas não a redime por causa da necessidade<br />
da mesma alma piedosa e dileta por amor<br />
gratuito?<br />
85. Do mesmo modo: Por que os cânones<br />
penitenciais – de fato e por desuso já há<br />
muito revogados e mortos – ainda assim são<br />
redimidos com dinheiro, pela concessão de<br />
indulgências, como se ainda estivessem em<br />
pleno vigor?<br />
86. Do mesmo modo: Por que o papa, cuja<br />
fortuna hoje é maior do que a dos ricos mais<br />
crassos, não constrói com seu próprio<br />
dinheiro ao menos esta uma basílica de São<br />
Pedro, ao invés de fazê-lo com o dinheiro<br />
dos pobres fiéis?<br />
87. Do mesmo modo: O que é que o papa<br />
perdoa e concede àqueles que, pela<br />
contrição perfeita, têm direito à plena<br />
remissão e participação?<br />
88. Do mesmo modo: Que benefício maior se<br />
poderia proporcionar à Igreja do que se o<br />
papa, assim como agora o faz uma vez, da<br />
mesma forma concedesse essas remissões e<br />
participações cem vezes ao dia a qualquer<br />
dos fiéis?<br />
89. Já que, com as indulgências, o papa<br />
procura mais a salvação das almas do que o
dinheiro, por que suspende as cartas e<br />
indulgências, outrora já concedidas, se são<br />
igualmente eficazes?<br />
90. Reprimir esses argumentos muito<br />
perspicazes dos leigos somente pela força,<br />
sem refutá-los apresentando razões,<br />
significa expor a Igreja e o papa à zombaria<br />
dos inimigos e fazer os cristãos infelizes.<br />
91. Se, portanto, as indulgências fossem<br />
pregadas em conformidade com o espírito e<br />
a opinião do papa, todas essas objeções<br />
poderiam ser facilmente respondidas e nem<br />
mesmo teriam surgido.<br />
92. Portanto, fora com todos esses profetas<br />
que dizem ao povo de Cristo “Paz, paz!” sem<br />
que haja paz!<br />
93. Que prosperem todos os profetas que<br />
dizem ao povo de Cristo “Cruz! Cruz!” sem<br />
que haja cruz!<br />
94. Devem-se exortar os cristãos a que se<br />
esforcem por seguir a Cristo, seu cabeça,<br />
através das penas, da morte e do inferno.<br />
95. E que confiem entrar no céu antes<br />
passando por muitas tribulações do que por<br />
meio da confiança da paz.<br />
“foi o maior evento, ou série de<br />
eventos, desde o encerramento do<br />
Cânon das Escrituras”<br />
teólogo escocês William<br />
Cunningham<br />
Martinho Lutero nasceu em 10 de novembro<br />
de 1483, em Eisleben. A pedido dos pais se<br />
inscreveu na escola de Direito na<br />
Universidade de Erfurt, mas não chegou a<br />
estudar. Isso porque durante uma forte<br />
tempestade quase foi atingido por um raio.<br />
Como escapou da morte ele entrou para a<br />
ordem dos Agostini<strong>anos</strong>, de Frankfurt, a 17 de<br />
julho de 1505.
O Muro dos Reformadores.<br />
Da esquerda à direita, estátuas<br />
de Guilherme Farel, João<br />
Calvino, Teodoro de Beza e John Knox.
Série Mártires<br />
Tiago é mencionado por Lucas em Atos dos Apóstolos e segundo descrição ele é filho de<br />
Zebedeu , irmão mais velho de João e parente de Jesus Cristo. (Sua Mãe, Salomé, era prima de<br />
Maria).<br />
Quase dez <strong>anos</strong> depois da morte de Estevão, Herodes Agripa, assume a Judéia como governador<br />
e com o intuito de reconciliar-se com os Judeus , resolveu empreender uma perseguição ardilosa<br />
contra os cristãos, pretendendo matar seus principais líderes, prendendo o Apóstolo Pedro e<br />
Matando decapitado Tiago.<br />
E por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os<br />
maltratar; E matou à espada Tiago, irmão de João.<br />
E, vendo que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro. E eram os<br />
dias dos ázimos. (Atos 12:1-3)<br />
Segundo o relato de Clemente de Alexandria (Eminente escritor primitivo), em ocasião da morte<br />
de Tiago,um de seus executores ouvindo a pregação, se jogou em prantos ao chão, arrependido e<br />
pedindo-lhe perdão.<br />
Acabou sendo decapitado juntamente com o Apóstolo. Tiago fiel a Deus e a Cristo foi um dos<br />
primeiros Apóstolos a receber a coroa do Martírio por sua fé.<br />
Estes acontecimentos ocorreram aproximadamente em 44 DC.
No cristianismo, a divisão mais fundamental<br />
entre os homens é entre os salvos e os nãosalvos<br />
(ou como é expressado no sentido<br />
eterno, os eleitos e os réprobos, a linhagem<br />
de Caim e a linhagem de Sete) e, embora<br />
divisões de raça, nação, tribo, língua e<br />
classe sejam reconhecidas, elas não são<br />
primárias; pelo contrário, somos salvos a<br />
despeito delas e, no último dia, se alguém<br />
era rei ou escravo na terra, isso não<br />
importará se ele não está em Cristo. (ver Ap<br />
5.9 e 6.15-17, por exemplo).<br />
O reino dos céus também nunca será<br />
plenamente realizado aqui na terra, nesta<br />
presente era má, e certas coisas, como o<br />
ódio e a pobreza, não podem ser eliminados<br />
porque o pecado continuará até Cristo<br />
voltar. O chamado primário dos cristãos,<br />
portanto, é proclamar o evangelho, que<br />
homens creiam no Senhor Jesus Cristo,<br />
sejam salvos e tornem-se membros do Seu<br />
corpo, a Igreja. Dentro da igreja aqui na<br />
terra, as pessoas podem continuar<br />
membros da mesma raça ou classe, mas<br />
essas divisões são sem importância e, como<br />
o Apóstolo Tiago indica, não deveriam fazer<br />
qualquer diferença entre os crentes.<br />
Adicionalmente, nossa posição na<br />
sociedade humana não deveria ter peso<br />
sobre nossa posição na igreja, e a<br />
fraternidade deveria ser possível (e, muitas<br />
vezes, é) entre o muito rico e muito pobre.<br />
No marxismo, a divisão primária é a de<br />
classe – os “têms” e os “não-têms” , e os<br />
têms tem o que têm porque impedem que<br />
os não-têms obtenham acesso aos meios de<br />
acumular prosperidade material que os<br />
permitira tornar-se têms também. Isso<br />
significa que o rico ficou assim fazendo os<br />
outros ficarem pobres e, enquanto o rico<br />
permanecer rico, o pobre permanecerá<br />
pobre. Portanto, toda a história humana,<br />
para o marxista, é um conflito político entre<br />
oprimidos e opressores, e na teologia da<br />
libertação, que é derivada das teorias<br />
políticas do marxismo, Jesus é o campeão<br />
dos oprimidos que exige a derrubada dos<br />
opressores e a criação de um reino<br />
igualitarista aqui na terra. No marxismo, o<br />
reino pode se realizado aqui na terra via<br />
reeducação e uma reorganização<br />
fundamental a sociedade onde os<br />
opressores perdem suas vantagens e<br />
privilégios matérias ou voluntariamente ou<br />
pela força, e sua prosperidade e influência<br />
são redistribuídos para nos não-têms de<br />
forma que, na teoria, todo mundo tem uma<br />
quantidade igual de riqueza e poder.<br />
Na Teologia da Libertação Negra, a divisão<br />
fundamental é entre brancos (opressores) e<br />
negros (oprimidos), mas há outras<br />
variedades de teologia da libertação como a<br />
Teologia Feminista, que vê a divisão<br />
essencial como sendo entre homens<br />
(opressores) e mulheres (oprimidas), e a
Teologia Queer, que vê a divisão essencial<br />
como sendo entre heterossexuais<br />
(opressores) e homossexuais (oprimidos).<br />
Com frequência, essas correntes correm<br />
juntas para criar um quadro mais amplo de<br />
oprimidos (mulheres, minorias,<br />
homossexuais, transgêneros, etc.)Além<br />
disso – e isso é incrivelmente importante –,<br />
no cristianismo a comunhão primária se<br />
baseia na comunhão em Cristo. Isso<br />
significa que, no cristianismo,<br />
independentemente de raça, nação ou<br />
classe, você é meu irmão ou irmã se somos<br />
ambos crentes no Senhor Jesus Cristo. No<br />
marxismo, por outro lado, a comunhão<br />
primária baseia-se na nossa posição em<br />
comum no conflito político.<br />
Portanto, no marxismo, somos camaradas<br />
se somos ambos membros de uma classe<br />
oprimida lutando contra a opressão. Assim,<br />
para alguém na classe opressora tornar-se<br />
um camarada, ele deve repudiar sua classe e<br />
origem, condenar seus privilégios, livrar-se<br />
de suas vantagens materiais e ativamente<br />
juntar-se ao conflito. Somente, então, ele se<br />
torna um camarada.<br />
Na prática, isso significa que, na teologia da<br />
libertação negra, não pode haver comunhão<br />
real entre negros e brancos até que esses<br />
brancos repudiem sua raça, condenem e<br />
lamentem seus privilégios e ativamente<br />
juntem-se ao conflito político.<br />
Essa ideologias (Cristianismo e Teologia da<br />
Libertação são fundamentalmente<br />
incompatíveis e não podem coexistir na<br />
igreja. Uma inevitavelmente acabará<br />
expulsando a outra.<br />
Andrew Webb<br />
Foi convertido do Paganismo ao<br />
Cristianismo no ano de 1993 e chamado ao<br />
Ministério em 1997.<br />
Atualmente serve a Deus como Pastor e<br />
Plantador de Igrejas (Church Planter for<br />
Providence PCA Mission)<br />
Texto Traduzido e cedido gentilmente por:<br />
Reforma 21
ARQUEOLOGIA<br />
Arqueologia confirma<br />
relato bíblico sobre o rei<br />
Ezequias<br />
Arqueólogos israelenses descobriram em<br />
Laquis (ou Tel Lachish, em hebraico),<br />
Israel, um santuário e um portal da<br />
cidade, datado de 2.900 <strong>anos</strong> de idade,<br />
que confirmam o relato bíblico sobre os<br />
atos do Rei Ezequias.<br />
De acordo com a Autoridade de<br />
Antiguidades de Israel (AAI), o portal e o<br />
santuário são a prova das medidas<br />
tomadas por Ezequias (12º rei da Judeia),<br />
para abolir as divindades pagãs<br />
cultuadas na cidade. De acordo com o<br />
relato bíblico de 2ªReis 18:4, o rei<br />
Ezequias removeu os altares idólatras,<br />
quebrou as colunas sagradas e derrubou<br />
os postes sagrados. Despedaçou a<br />
serpente de bronze que Moisés havia<br />
feito, pois até àquela época os israelitas<br />
lhe queimavam incenso. Ela era chamada<br />
Neustã.<br />
O portal é a entrada para uma área de<br />
24,5 metros quadrados, onde foram<br />
encontradas seis câmaras orientadas<br />
para a rua principal da antiga cidade. A<br />
seção norte do portal foi escavada<br />
décadas atrás por uma expedição<br />
liderada por arqueólogos do Reino<br />
Unido e da Universidade de Tel Aviv. A<br />
última escavação, realizada este ano,<br />
tem objetivo de revelar o portal<br />
completo.<br />
O tamanho do portal coincide com o<br />
conhecimento histórico e arqueológico<br />
que temos, disse Sa’ar Ganor, diretor da<br />
escavação do IAA.<br />
“De acordo com o relato bíblico, “tudo<br />
ocorreu” perto dos portões da antiga<br />
cidade de Tel Lachish onde esse edifício<br />
foi construído”, destacou Ganor.<br />
O alto escalão social da cidade –<br />
incluindo anciãos, juízes, governadores,<br />
reis e funcionários – sentavam-se nos<br />
bancos, junto à porta da cidade, e estes<br />
bancos foram encontrados em nossa<br />
escavação, disse Ganor.
ARQUEOLOGIA<br />
O Ministro de Assuntos Estratégicos, Ze’ev<br />
Elkin, afirmou que descobertas como essa<br />
confirmam…<br />
“como os contos bíblicos que conhecemos se<br />
transformam em fatos históricos e<br />
arqueológicos, enquanto a investigação<br />
prossegue.”<br />
O portal da cidade em Laquis está agora<br />
exposto e conservado a uma altura de cerca<br />
de 4 metros. A escavação revelou que a<br />
primeira câmara tinha bancos com apoios de<br />
braço, frascos e colheres que foram<br />
utilizados para o carregamento de grãos,<br />
além de outros utensílios como jarros<br />
grandes, cuja suas alças estavam gravadas<br />
com o selo do rei Ezequias, na forma das<br />
letras “LMLK”.<br />
Estes frascos foram provavelmente<br />
relacionados com os preparativos militares e<br />
administrativos do Reino de Judá, na guerra<br />
contra Senaqueribe, rei da Assíria, no final do<br />
século VIII a.C, disse o IAA.<br />
Além disso, os arqueólogos encontraram um<br />
banheiro de pedra instalado na esquina do<br />
portal do santuário, talvez como um meio de<br />
profanação, disse o IAA. A Bíblia menciona<br />
outras descrições de instalações sanitárias<br />
em áreas de culto para fins de profanação.<br />
Por exemplo, o Rei Jeú ordenou a destruição<br />
do culto a Baal em Samaria.<br />
No entanto, esta é a primeira vez que uma<br />
descoberta arqueológica confirmou uma<br />
passagem referindo-se a “latrina” (banheiro,<br />
vaso sanitário) na Bíblia. Testes de<br />
laboratório neste banheiro de pedra,<br />
sugerem que ele nunca foi usado e pode ter<br />
servido apenas com o propósito simbólico<br />
diante do portal do santuário, sendo selado e<br />
depois destruído por Senaqueribe em 701 a.C,<br />
disse o IAA.<br />
Notícia cedida gentilmente por:<br />
Raciocínio <strong>Cristã</strong>o.
A Bíblia de Estudo da Reforma apresenta<br />
um rico e vasto material como notas,<br />
artigos e orações com base em cada livro<br />
das Escrituras Sagradas. Todos os livros da<br />
Bíblia trazem uma introdução sobre o<br />
pensamento de Martinho Lutero, bem como<br />
um amplo esboço com detalhes históricos e<br />
artigos. O objetivo desta publicação é<br />
estimular no leitor a reflexão sobre o legado<br />
trazido pela Reforma e, especialmente,<br />
resgatar as raízes da Reforma Protestante,<br />
ao destacar a centralidade da Bíblia para a<br />
fé e a vida cristã. Para esta Bíblia de Estudo,<br />
adotou-se a consagrada edição Almeida<br />
<strong>Revista</strong> e Atualizada (RA). Fiel aos originais e<br />
uma das traduções preferidas pelos leitores,<br />
a RA segue a divisão padrão de capítulos e<br />
versículos e traz vários subtítulos que<br />
ajudam o leitor a visualizar rapidamente o<br />
conteúdo das divisões/seções do texto<br />
bíblico. Nesta edição, o texto bíblico<br />
aparece disposto em duas colunas, com<br />
divisão por parágrafos.<br />
RECURSOS<br />
Introdução a cada um dos livros bíblicos<br />
Mapas coloridos<br />
Notas e referência<br />
RECURSOS ADICIONAIS<br />
Introdução aos grupos de livros e a cada<br />
livro bíblico: Cada livro bíblico é precedido<br />
por uma ampla introdução, que traz<br />
informações sobre o livro (autor, data,<br />
propósito) e outros elementos importantes<br />
(lugares, personagens, temas de lei e de<br />
evangelho). Além disso, traz o pensamento<br />
de Martinho Lutero sobre o referido livro,<br />
aponta temas que são desafiadores e que<br />
trazem bênção para o leitor, encerrando<br />
com um amplo esboço de conteúdo. *Mais<br />
de 40 mil notas de rodapé: Explicam termos<br />
ou frases específicos (em itálico) ou<br />
fornecem informações variadas sobre a<br />
Bíblia, como História, Geografia, cultura,<br />
características literárias e Teologia.<br />
Algumas notas trazem palavras<br />
transliteradas do hebraico, aramaico ou<br />
grego. * 2 mil notas de aplicação de lei e<br />
evangelho: Resumem as seções do texto<br />
bíblico, aplicando para o leitor tanto lei<br />
como evangelho e fornecendo um motivo<br />
para que a pessoa ore, pedindo ou<br />
agradecendo. Com isso, a leitura e o estudo<br />
da Bíblia tornam-se um momento<br />
devocional, com crescimento e comunhão<br />
com Deus.
Referências cruzadas: Indicam outros<br />
lugares na Bíblia em que aparece a mesma<br />
ideia. * Referências internas: As notas de<br />
estudo muitas vezes remetem o leitor a<br />
outros recursos desta Bíblia, como<br />
introduções, artigos, gráficos, mapas e<br />
outras notas. Essas referências ajudam o<br />
leitor a aprofundar-se no estudo. Há, ainda,<br />
um Guia de Referência, que facilita a<br />
localização do tema e texto de interesse.<br />
Cerca de 120 quadros, mapas e diagramas.<br />
Mais de 220 artigos e introduções aos livros<br />
e tópicos bíblicos. * Citações dos Pais da<br />
Igreja: Inúmeros pensamentos extraídos do<br />
Livro de Concórdia, bem como da obra de<br />
escritores cristãos antigos, medievais e da<br />
era da Reforma, foram incluídos para dar<br />
ainda mais peso e profundidade às notas.<br />
Mapas coloridos. * Ícones com ênfases<br />
teológicas: Três ícones diferentes apontam<br />
para passagens importantes na Teologia:<br />
O ícone Trindade marca passagens sobre o<br />
Deus Triúno e profecias messiânicas no<br />
Antigo Testamento. - O ícone Palavra e<br />
Sacramentos destaca passagens sobre os<br />
meios da graça. - O ícone Missão indica<br />
passagens sobre a pregação do evangelho.<br />
Notas de aplicação de lei e evangelho,<br />
resumem as seções do texto bíblico,<br />
aplicando para o leitor tanto lei como<br />
evangelho e fornecendo um motivo para<br />
que a pessoa ore, pedindo ou agradecendo.<br />
A Rosa de Lutero: Conheça, a seguir, o<br />
significado de cada elemento desse<br />
símbolo, utilizado com destaque na capa<br />
desta edição da Bíblia.<br />
Cruz (preta): no centro da rosa, lembra que<br />
Deus vem ao nosso encontro com o seu<br />
amor por meio de Jesus crucificado. -<br />
Coração (vermelho): significa que Cristo<br />
agiu na nossa vida por meio da cruz, e que<br />
ela recebe novo sentido, se Cristo for o seu<br />
centro. - Rosa (branca): significa que,<br />
quando a cruz de Cristo tem lugar em nossa<br />
vida, ocorre uma transformação que traz<br />
verdadeira paz e alegria. A cor branca<br />
representa o Reino de Deus. Todas as<br />
promessas de Cristo também são<br />
representadas por essa cor. - Fundo (azul):<br />
Deus está conosco. Podemos viver com e<br />
para Deus, como sinais de seu Reino, já aqui<br />
e agora. Mas a cor azul é também esperança<br />
no futuro, pois lembra a eternidade.