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TRANSPORTE.LOG_EDICAO 65

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GVBUS<br />

Vai uma<br />

mãozinha aí?<br />

Em 2017, o Serviço Especial<br />

Mão na Roda realizou 113,7 mil<br />

viagens. O sistema é um dos<br />

poucos do Brasil que oferece<br />

esse tipo de serviço, que atende<br />

a mais de 3.300 usuários<br />

Saiba mais<br />

sobre o serviço<br />

O Serviço Especial Mão na Roda pode ser<br />

solicitado por pessoas com deficiência<br />

motora, temporária ou permanente que<br />

utilizam cadeira de rodas;<br />

Para se cadastrar, é preciso entrar em<br />

contato com a Casem (Central de Atendimento<br />

do Serviço Especial Mão na Roda)<br />

pelo número 0800 038 7077 e realizar<br />

um pré-cadastro, apresentando RG, CPF<br />

e endereço completo com ponto de referência.<br />

Posteriormente, o cadeirante<br />

será submetido a uma perícia;<br />

Ao todo, o Mão na Roda atende a 3.326<br />

usuários;<br />

Em 2017, foram programadas 113.702<br />

viagens, uma média de 9475 viagens/<br />

mês;<br />

O serviço conta com uma frota exclusiva<br />

de 25 microônibus, sendo 23 operando e<br />

dois reservas;<br />

Os motoristas também são exclusivos<br />

para esse serviço e passam por um treinamento<br />

para transporte de passageiros<br />

com deficiência e acessibilidade.<br />

Fonte: GVBus<br />

Sandra é usuária do Mão na Roda desde quando ele passou a ser oferecido. Ela elogia o serviço e a atenção de<br />

motoristas como Jetúlio, que leva e busca os cadeirantes há sete anos<br />

Só quem depende de cadeira de rodas<br />

sabe como é difícil sair de casa e encarar<br />

as barreiras da falta de acessibilidade nas<br />

ruas e locais públicos. Porém, na Grande<br />

Vitória, os cadeirantes contam com o Serviço<br />

Especial Mão-na-Roda (Semar), que<br />

ajuda na locomoção, levando e buscando<br />

os usuários cadastrados de forma gratuita<br />

para o trabalho, consultas médicas, lazer,<br />

entre outros.<br />

Sandra Moura Gambarini é um dos mais<br />

de 3,3 mil usuários cadastrados no sistema,<br />

que funciona desde 2000. Ela ficou paraplégica<br />

após contrair poliomielite quando<br />

tinha um ano de idade. A aposentada conta<br />

que antes de ser beneficiária, apesar da<br />

acessibilidade dos coletivos, tinha dificuldades<br />

para se transportar, pois depende<br />

da ajuda de outras pessoas.<br />

“Quando eu era criança era muito mais<br />

difícil. Naquela época, nem todos os ônibus<br />

eram acessíveis. Hoje, se preciso uso o<br />

convencional, mas devido ao atendimento<br />

dado pela equipe do Mão na Roda e pela<br />

minha necessidade, escolhi este último,<br />

que me dá mais segurança”, explica.<br />

Cadastrada desde que o serviço começou<br />

a ser oferecido, Sandra usa o Semar<br />

para ir ao médico, para tarefas cotidianas<br />

e para o lazer. “Eu canto no coral da Prefeitura<br />

de Vila Velha. Se não fosse o Mão<br />

na Roda, participar da equipe seria mais<br />

difícil. Eu indico para todos. O atendimento<br />

é excelente”, elogia.<br />

O diretor-executivo do GVBus, Elias<br />

Baltazar, lembra que mesmo com 100%<br />

da frota do Sistema Transcol acessível<br />

conforme a legislação exige (todos os<br />

1.423 ônibus circulantes são adaptados<br />

para transportar pessoas com deficiência)<br />

e com 99,81% dos coletivos com elevador<br />

na porta do meio, manter o Mão na Roda<br />

garante o transporte e dá mais conforto<br />

aos usuários.<br />

“O Mão na Roda é um dos poucos do<br />

Brasil que oferece esse tipo de serviço. A<br />

partir de 2010 ele passou a ser operado<br />

pelo Consórcio Cidadania. Só em 2017<br />

realizou 113,7 mil viagens, o que mostra<br />

sua importância”, salienta.<br />

Cadastramento<br />

Para se cadastrar, o usuário liga para<br />

a central de atendimento (0800 038 7077)<br />

e realiza um pré-cadastro, como explica<br />

o coordenador do Consórcio Cidadania,<br />

Erick Costa de Azevedo.<br />

“Nesse primeiro momento, o cadeirante<br />

apresenta RG, CPF e endereço completo<br />

com ponto de referência. Depois é submetido<br />

a uma perícia. Com o cadastro<br />

aprovado, o passageiro já estará habilitado<br />

para usar o serviço”.<br />

Segundo o coordenador, pode solicitar<br />

o serviço os passageiros com deficiência<br />

motora, temporária ou permanente, que<br />

utilizam cadeira de rodas. E os beneficiários<br />

do Semar têm direito a um acompanhante,<br />

também de forma gratuita.<br />

“Nós atendemos viagens fixas e eventuais.<br />

As primeiras são aquelas em que a<br />

localização, destino e horário do compromisso<br />

são fixos no decorrer do mês ou ano.<br />

Nesses casos, podem ser solicitadas a partir<br />

do primeiro dia útil do ano e são incluídas<br />

após análise e encaixe na programação<br />

dos veículos”, explica.<br />

As eventuais são as de frequência esporádica,<br />

cujos destinos e horários são<br />

variados. Nesse caso, a solicitação deve<br />

ser feita com 48 horas de antecedência e<br />

confirmada no dia anterior à viagem, conforme<br />

critérios de prioridades: tratamento<br />

de saúde; educação especial e comum;<br />

trabalho; lazer e esporte, e outros motivos<br />

como supermercado, banco, igreja e outros.<br />

O Semar conta com 25 coletivos exclusivos<br />

e motoristas próprios, que recebem<br />

treinamento específico para transporte de<br />

passageiros com deficiência. É o caso de<br />

Jetúlio José Jesus da Silva. Ele trabalhava<br />

como fiscal do Transcol, mas há sete anos<br />

mudou de profissão e garante que é feliz<br />

com o que faz. “É uma satisfação muito<br />

grande trabalhar no Mão na Roda. Além<br />

de ajudar, acabamos virando amigos de<br />

alguns passageiros”, comemora.<br />

FEVEREIRO/MARÇO 2018 | <strong>TRANSPORTE</strong>.<strong>LOG</strong> | 3

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