03.05.2018 Views

005 - O FATO MANDACARU - MAIO 2018 - NÚMERO 5

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Jornal Comunitário de Maringá | Ano 01 | Edição <strong>005</strong> | Maio de <strong>2018</strong><br />

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA!<br />

VÔLEI SENTADO<br />

DE MARINGÁ<br />

BRILHA EM CURITIBA<br />

Prata e Bronze<br />

Mas são todos campeões<br />

Página 13<br />

Página 11<br />

APRENDA A JOGAR TÊNIS NA E7:<br />

VENHA VER O TORNEIO FTP500<br />

DE 24 A 27 DE <strong>MAIO</strong> EM MARINGÁ<br />

“A ARAS CARITAS É A<br />

INSTITUIÇÃO<br />

QUE MAIS ATENDE E<br />

TRABALHA COM<br />

MIGRANTES E<br />

Página 4<br />

REFUGIADOS<br />

EM MARINGÁ”<br />

(Padre Emerson Cícero de Carvalho)


Pág. 2 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA! Jornal Comunitário de Maringá | Ano 01 | Edição <strong>005</strong> | Maringá, maio de <strong>2018</strong><br />

PASSARAM-SE 3 ANOS<br />

MAS QUEM APANHA NÃO ESQUECE!<br />

A luta dos professores paranaenses contra a<br />

opressão na Batalha do Centro Cívico.<br />

Laércio Souto Maior - Escritor, Historiador e Jornalista radicado em Curitiba-PR<br />

Batalha do Centro Cívico, em Curitiba<br />

Foto: Daniel Castellano<br />

EXPEDIENTE<br />

Ano 01 - Edição <strong>005</strong> - Maio de <strong>2018</strong><br />

Rua Itamar Garcia Pereira, 55<br />

Vila Santa Isabel - Maringá - Paraná<br />

• Telefone: (44) 3246-1769<br />

• Whatsapp: (44) 99713-0030<br />

• E-mail: ofato_mandacaru@libero.it<br />

• Facebook: O Fato Mandacaru<br />

• Blog: ofatomandacaru.blogspot.com.br<br />

• YouTube: O Fato Mandacaru TV<br />

Ligiane Ciola:<br />

DRT-SP 46266 (Jornalista Responsável)<br />

J. C. Leonel:<br />

DRT- PR 4678<br />

Ricardo Rennó:<br />

Diagramação (ArtWork Com&Mkt)<br />

Impressão: O Diário do Norte do Paraná<br />

Tiragem: 5.000 exemplares<br />

Distribuição: Gratuita<br />

A opinião dos colunistas não representa<br />

necessariamente a posição editorial do Jornal.<br />

Batalha do Centro Cívico, em Curitiba - Foto: Daniel Castellano<br />

CURITIBA - Há quase duas décadas<br />

sem filiação partidária, setentão,<br />

participei no dia 29 de maio<br />

de 2015 da manifestação organizada<br />

por dezenas de entidades e movimentos<br />

sociais que participavam<br />

do “Dia Nacional de Luta”, lembrando<br />

e exaltando os milhares de<br />

professores, estudantes, servidores<br />

públicos e trabalhadores que no dia<br />

29 de abril deste ano foram massacrados<br />

por uma força militar de dois<br />

mil soldados da Polícia Militar<br />

do Paraná.<br />

Na ocasião, a tropa armada por<br />

ordem do governador Beto Richa<br />

(PSDB) realizou repressão brutal<br />

contra a população civil desarmada<br />

que foi atacada por terra e ar durante<br />

duas horas por helicópteros,<br />

drones, caveirão, pitbulls, pastores<br />

alemães e tropas de choque que dispararam<br />

20 tiros de bala de borracha<br />

por minuto, dezenas de bombas<br />

de gás lacrimogéneo, spray de<br />

pimenta e cassetadas, causando ferimentos<br />

graves e leves em 213 pessoas,<br />

de acordo com contagem oficial<br />

ou 330, segundo outro levantamento.<br />

Eram pessoas que participavam<br />

pacificamente da manifestação<br />

de protesto contra o assalto<br />

criminoso, ilegal e inconstitucional<br />

arquitetado pelo Governo do<br />

Estado e pelos senhores deputados,<br />

dos recursos destinados às aposentadorias<br />

dos servidores administrados<br />

pela Paraná Previdência.<br />

No primeiro momento da passeata<br />

caminhei parte do trajeto com<br />

um grupo de membros do MST (segundo<br />

o professor e economista<br />

Celso Furtado, o mais importante<br />

movimento social do Brasil), posteriormente,<br />

marchei ao lado de<br />

um pequeno e animado grupo de jovens<br />

anarquistas que agitavam suas<br />

bandeiras e gritavam eufóricos e<br />

sorridentes suas palavras de ordem<br />

na manhã fria da bela Curitiba, esquentando<br />

com o idealismo e a pureza<br />

dos jovens a grande marcha<br />

em direção ao Palácio Iguaçu.<br />

O velho revolucionário, mais<br />

uma vez, na sua já longa trajetória<br />

de vida, presenciou e constatou<br />

que só a unidade na luta pode levar<br />

à vitória uma causa justa nascida<br />

do anseio popular.■


Ano 01 | Edição <strong>005</strong> | Maringá, maio de <strong>2018</strong> | Jornal Comunitário de Maringá<br />

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA! | Pág. 3<br />

É DE MÁFIAS QUE TEMOS QUE FALAR<br />

É curioso observar como uma grande parte da população mantém um relacionamento superficial,<br />

distante, mas ao mesmo tempo passional com a política.<br />

Da Redação<br />

Fragmento do logo do filme “O Poderoso Chefão” de 1972<br />

O sujeito diz que tal partido<br />

não vale nada e que são todos ladrões.<br />

Se alguém lhe pergunta de<br />

onde vem a informação, ele diz que<br />

viu na TV. Veículo que segue doutrinando<br />

pontualmente, apesar de<br />

toda a população ter sido amplamente<br />

avisada sobre a natureza dessa<br />

coisa que manipula e impede o<br />

brasileiro de raciocinar.<br />

Como povo, com toda experiência<br />

acumulada, poderíamos até<br />

ter concluído um doutorado em<br />

“não deixar-se enganar”. A superficialidade<br />

da relação começa justamente<br />

na falta de espaços adequados<br />

nas programações das redes<br />

dominadoras do “share”.<br />

Oferecem tudo mastigadinho,<br />

muito bem editadinho ou combinadinho,<br />

informam só aquilo que<br />

convém, omitem o que acontece,<br />

fazem de conta que são contra a<br />

corrupção quando é ela que os<br />

mantêm vivos. Não há espaço para<br />

debate na TV e o Brasil que você<br />

quer para o futuro não cabe em<br />

15 segundos.<br />

Com esse tempo sua opinião vira<br />

propaganda com fim eleitoral,<br />

percebes ou não? Um sistema de comunicação<br />

podre e que já admitiu<br />

ter apoiado a ditadura, tem que ser<br />

extinto e repensado. Por culpa dessa<br />

superficialidade formou-se uma<br />

maioria que diz não interessar-se<br />

de política, de não discuti-la, que<br />

acredita que disciplinas como filosofia<br />

ou sociologia, prejudicam o<br />

aprendizado de matemática.<br />

Estamos nesse nível aí, é bem<br />

por isso que há quem se atreva a dizer<br />

tais heresias publicamente e em<br />

todos os níveis de difusão. Sabem<br />

que o povo está distante da realidade<br />

do mundo da política e aproveitam<br />

para difundir levezas que são absorvidas<br />

como verdades absolutas por<br />

uns tais de 100 milhões de manipulados.<br />

Esperamos que sejam menos<br />

e temos certeza que são, mas ainda<br />

são muitos os tais distantes. Enfim<br />

quando o sistema decide que é o momento<br />

de golpear, começa a atacar<br />

sem descanso o sujeito que está a<br />

atrapalhar seu império.<br />

É nesse momento que aqueles<br />

milhões de distantes e superficiais,<br />

entram em transe e decidem que,<br />

bater panelas pedindo o fim dos<br />

próprios direitos é algo que alguém<br />

consciente faria. Funciona por pouco<br />

tempo, logo o pobre de direita<br />

começa a perceber que é um patinho<br />

iludido, que bateu panelas porque<br />

não sabe nada do mundo. É manipulado<br />

mesmo.<br />

Tudo bem né, ainda podem rever<br />

suas posições e admitir o erro,<br />

afinal não é a primeira vez que erramos,<br />

já elegemos Collor e FHC. É<br />

nessa hora que o “distante e superficial”<br />

resolve que não basta, e<br />

mostra o seu lado pior. Sabe que errou,<br />

que apoiou o fim do que funcionava,<br />

mas a passionalidade com<br />

que defendem suas posição parece<br />

derivar da cultura do futebol.<br />

Cego segue impedido de admitir<br />

como sua vida piorou depois<br />

da saída de Dilma. Não consegue<br />

voltar atrás e poderia fazêlo<br />

sem pedir desculpas a ninguém,<br />

mas parece gostar de pagar<br />

R$ 4,30 na gasolina. Caro<br />

amigo, viver é um ato político.<br />

Desligue a TV, deixe de se informar<br />

com superficialidade, deixe<br />

de ser manipulado. Aproxime-se<br />

dos partidos, deixe de ser distante,<br />

se você não fizer isso a MÁFIA fará<br />

no seu lugar.<br />

Enfim, deixe de ser passional.<br />

Se alguém lhe faz o bem, você não<br />

diz que fez o mal, mesmo que a ter<br />

feito tenha sido um do “time” que<br />

veste uma cor que você não gosta.<br />

Condenar pessoas sem provas ou<br />

com provas forjadas só é possível<br />

com amplo apoio popular.<br />

Pôncio Pilatos usou o povo para<br />

isso e só você não percebe que,<br />

calúnias nas redes sociais são como<br />

a voz daquele povo usado por<br />

Pilatos, servem só a legitimar o<br />

Estado de Exceção que poderemos<br />

mergulhar. Lembre-se que a regra<br />

também vale para você. Se alguém<br />

pode ser condenado sem provas,<br />

você também pode. É patético mas<br />

acreditamos que será o mercado a<br />

impor a liberdade de Lula. Que sorte<br />

hein patinhos. Aproveitem o momento<br />

e subam no carro dos vencedores.<br />

Faremos de conta que não<br />

aconteceu, mas por favor, nos ajude<br />

a desligar aquela TV para sempre,<br />

assim você não arrisca outra recaída.<br />

Sobre MÁFIAS e sobre o título<br />

desse Editorial: “Quando uma organização<br />

domina um setor econômico,<br />

geográfico ou político, temos um<br />

quadro de MÁFIA”. No Brasil temos<br />

a presença de tudo isso e as vezes<br />

as três coisas juntas.■


Pág. 4 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA! Jornal Comunitário de Maringá | Ano 01 | Edição <strong>005</strong> | Maringá, maio de <strong>2018</strong><br />

ARAS CÁRITAS - A LUTA DE QUEM<br />

TENTA TIRAR “OS NOVOS MARINGAENSES”<br />

DA CONDIÇÃO DE INVISIBILIDADE<br />

“A Aras Cáritas é reconhecida no município de Maringá como instituição que mais atende e<br />

trabalha com os migrantes e refugiados”. (Padre Emerson Cícero de Carvalho)<br />

Ligiane Ciola<br />

MARINGÁ - Para a associação<br />

dos estrangeiros da região metropolitana<br />

de Maringá, os estrangeiros<br />

seriam 4481. Levantamentos<br />

feitos por outras organizações<br />

não governamentais ativas no território,<br />

dão conta que na metrópole<br />

vivem cerca de 3 mil estrangeiros;<br />

na metrópole e não na cidade.<br />

Em resumo, sabe-se pouco e<br />

aquele pouco que se sabe é incerto.<br />

Há muita confusão nas informações<br />

sobre quem e quantos são os<br />

novos maringaenses.<br />

A consequência disso, é uma<br />

enorme dificuldade de organização<br />

que Entes públicos, religiosos<br />

e não governamentais enfrentam<br />

para darem vida a programas e<br />

ações que possam ajudar o migrante<br />

estrangeiro.<br />

“HÁ CASOS DE IMIGRANTES QUE<br />

VIVEM NA MAIS COMPLETA<br />

INVISIBILIDADE”<br />

É contra esse tipo de situação<br />

que a ARAS CARITAS “in primis”,<br />

luta todos os dias. Garantir<br />

ao migrante a observação de todos<br />

os direitos e serviços essenciais reservados<br />

a brasileiros, é um dever<br />

do Estado em seus vários níveis,<br />

mas que ainda não é observado plenamente;<br />

percebe-se que não é por<br />

falta de vontade ou de empenho,<br />

mas só uma dificuldade para lidar<br />

com o novo fenômeno, pelo menos<br />

neste século.<br />

A gestão da presença de migrantes estrangeiros em Maringá ainda é um desenho de traços incertos e confusos.<br />

Nenhum dos bancos de dados existentes pode ser considerado plenamente confiável.<br />

Padre Emerson Cícero de Carvalho da ARAS CARITAS<br />

ARAS CARITAS<br />

A Aras Caritas funciona em<br />

Maringá em uma sala do CEPA -<br />

Centro de Pastoral da Arquidiocese.<br />

A entidade porém faz parte da<br />

Cáritas Brasileira, que se autodefine<br />

“organização em prol da promoção<br />

e atuação social na defesa<br />

dos direitos humanos, da segurança<br />

alimentar e do desenvolvimento<br />

sustentável solidário”.<br />

Padre Emerson Cicero de Carvalho,<br />

Diretor da Cáritas em Maringá,<br />

diz que o aumento da demanda<br />

de documentos, já em 2012<br />

levou a Aras Cáritas a assinar um<br />

convênio com a Polícia Federal.<br />

A Cáritas faz a triagem dos pedidos<br />

de documentos e com tudo organizado<br />

encaminha à Polícia Federal,<br />

que assim pode desenvolver<br />

a prática burocrática em modo mais<br />

eficaz.<br />

Além da necessidade de regularizar<br />

documentos, os estrangeiros<br />

também procuram a Aras por questões<br />

relativas a acesso a saúde pública,<br />

educação e bens de primeira necessidade,<br />

e tudo isso gera a necessidade<br />

de ter mais voluntários.<br />

“Em 2017 eram 3, hoje já são<br />

12, muitos deles estão nas salas de<br />

aulas dos cursos de língua portuguesa<br />

para estrangeiros organizado<br />

pela instituição”, diz padre<br />

Emerson que prossegue: “Hoje podemos<br />

dizer sem medo de errar,<br />

que a Cáritas é reconhecida no<br />

município de Maringá como instituição<br />

que mais atende e trabalha<br />

com os migrantes e refugiados. Para<br />

nós não há como pensar um trabalho<br />

com os migrantes sem pensar<br />

numa sensibilização dessa sociedade,<br />

porque o migrante está<br />

sendo inserido nessa sociedade; e<br />

quanto mais pessoas conhecerem<br />

o trabalho da Aras e entenderem<br />

que essas pessoas não significam<br />

um risco para nós, mas que são seres<br />

humanos que por algum motivo,<br />

foram obrigados a migrar para<br />

viver entre nós”.<br />

Para quem ainda tem medo do<br />

estrangeiro Padre Emerson diz o seguinte:<br />

“Pense que quem deveria<br />

ter mais medo são eles, que não sabem<br />

nada sobre nós. A gente tem<br />

que se perguntar se temos medo<br />

de conversarmos com nossos irmãos.<br />

Se a resposta for ‘não’, então<br />

você não deve ter medo dos estrangeiros<br />

e deve olhar para eles<br />

como seres humanos e não como<br />

rótulos. Esse é haitiano, esse é muçulmano...<br />

A partir do momento<br />

que você quebra esses rótulos, você<br />

descobre que está lidando com<br />

seres humanos como você. O primeiro<br />

passo é reconhecer que somos<br />

muito semelhantes e por isso<br />

não precisamos ter medo e o segundo<br />

passo é reconhecer que somos<br />

diferentes e que isso deve instigar,<br />

a nos conhecermos”.■


Ano 01 | Edição <strong>005</strong> | Maringá, maio de <strong>2018</strong> | Jornal Comunitário de Maringá<br />

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA! | Pág. 5<br />

A ANDRESSA DA ARAS CÁRITAS<br />

J. C. Leonel<br />

MARINGÁ - Andressa Gongora<br />

Barbosa é formada em administração<br />

de empresas e há 3 anos<br />

foi convidada por Padre Emerson<br />

para trabalhar no escritório da<br />

ARAS CÁRITAS.<br />

“Eu não tinha a menor ideia<br />

do que encontraria pela frente mas<br />

conseguimos organizar o trabalho<br />

de acordo com as necessidades dos<br />

migrantes. Por aqui já passaram<br />

pessoas de 45 nacionalidades”.<br />

No dia a dia, Andressa tem que<br />

compreender e tentar ajudar pessoas<br />

que estão aqui para estudar, reconhecer<br />

títulos de estudo, auxiliar<br />

gente que fugiu de catástrofes naturais<br />

e de guerras ou ainda por motivo<br />

político.<br />

Hoje o maior grupo de estrangeiros<br />

na cidade ainda é de haitianos,<br />

mas há também paraguaios, argentinos,<br />

venezuelanos, jamaicanos,<br />

senegaleses.<br />

Enfim, uma diversidade enorme<br />

de pessoas que poderemos conhecer<br />

e ajudar, mas isso terá que<br />

ser feito do modo certo.<br />

Andressa Gongora Barbosa da ARAS CÁRITAS<br />

“Cuidamos muito do encaminhamento<br />

dos documentos dos estrangeiros.<br />

Se uma pessoa chega<br />

aqui e precisa de refúgio, somos<br />

nós que fazemos a triagem, damos<br />

entrada em vistos permanentes<br />

quando previstos nos acordos do<br />

MERCOSUL, cuidamos de renovação<br />

de passaportes, traduções<br />

juramentadas, encaminhamentos<br />

aos estudos, cursos de língua portuguesa,<br />

encaminhamentos a outros<br />

centros que oferecem cursos<br />

de português, encaminhamento e<br />

acompanhamento aos serviços de<br />

saúde, ao trabalho, a assistência<br />

social, a escolas e creches”.<br />

Andressa não se lamenta da<br />

imensa quantidade de serviços a<br />

qual é submetida dia a dia, mas<br />

da dificuldade que muitas vezes<br />

encontra para romper as barreiras<br />

do preconceito que ela diz encontrar<br />

dentro de instituições públicas,<br />

logo elas que deveriam<br />

servir de referência para a ARAS<br />

e não o contrário.<br />

“Para você romper essas barreiras<br />

você tem que estar lá, todos os dias,<br />

não pode se cansar, pois se você<br />

desiste a barreira vence e nós não podemos<br />

deixar. Esse tipo de comportamento<br />

não esperado, nos coloca<br />

na condição de trabalhar sempre no<br />

regime de emergência”.■<br />

CURSO GRATUITO<br />

DE LINGUA PORTUGUESA<br />

PARA ESTRANGEIROS<br />

Inscrições:<br />

ARAS CÁRITAS - Sede do CEPA<br />

R. Vereador Joaquim Pereira de Castro, 267<br />

Vila Santo Antônio - Maringá - PR<br />

Informações: (44) 3263 4887


Pág. 6 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA! Jornal Comunitário de Maringá | Ano 01 | Edição <strong>005</strong> | Maringá, maio de <strong>2018</strong><br />

AUMENTA A VITALIDADE COMERCIAL<br />

DA AVENIDA DAS PALMEIRAS<br />

MESMO EM TEMPO DE CRISE<br />

Responsável pela ligação entre as avenidas Mandacaru e Kakogawa, duas artérias importantes para<br />

o escoamento do tráfego na zona norte da cidade, a Avenida das Palmeiras experimentou neste<br />

último ano uma tendência que contraria o trend econômico.<br />

J. C. Leonel<br />

MARINGÁ - Os comerciantes<br />

sofrem com as mesmas dificuldades<br />

dos colegas de outras partes da cidade.<br />

Reclamam da enorme quantidade de<br />

impostos, da crise que fez diminuir o<br />

consumo, da política “que só<br />

atrapalha”; mas a maioria nem pensa<br />

em abandonar a atividade empresarial<br />

e muito menos a avenida.<br />

Apesar de sua pequena extensão,<br />

menos de 3km, é possível perceber dois<br />

perfis bem definidos de atividades econômicas.<br />

Na porção inicial, uma grande<br />

quantidade de barracões abrigam atividades<br />

ligadas a serviços e indústria,<br />

em detrimento do comércio de rua.<br />

São oficinas mecânicas, funilarias,<br />

empresas de extintores, vidraçaria,<br />

tapetes personalizados, gesso, enfim,<br />

uma vasta gama de atividades que<br />

abrem perspectiva para a chegada de<br />

outras atividades econômicas.<br />

Os empresários desse primeiro setor<br />

mais próximo à Avenida Mandacaru,<br />

apostam no futuro e não se lamentam<br />

do presente. Reinaldo Pereira é dono<br />

de uma oficina mecânica em sociedade<br />

com o cunhado Marcos.<br />

Ambos recebem o apoio importante<br />

do pai de Reinaldo, o senhor Leandro<br />

Pereira. “Já estamos aqui há´3<br />

anos e hoje a avenida já é bem conhecida,<br />

e a chegada de outras empresas<br />

ajuda, até mesmo quando se trata de<br />

concorrência”.<br />

CENTRINHO<br />

Na porção central, próxima ao fundo<br />

de vale, a tendência ainda não é bem<br />

definida. Comércio e serviços se misturam<br />

aumentando a movimentação de<br />

pessoas, mas é na porção final que está<br />

o perfil mais dinâmico da avenida.<br />

Este setor vai dos dois últimos<br />

quarteirões antes da paróquia Nossa<br />

Senhora de Lourdes e São Judas Tadeu<br />

até o terminal da Praça Megumu<br />

Tanaka. Os moradores dos bairros que<br />

estão entorno, chamam esse pedaço da<br />

avenida de “Centrinho”.<br />

Marcelo Iba, engenheiro civil que<br />

há 6 meses assumiu a direção de um depósito<br />

de materiais diz que seu sogro,<br />

Osvaldo Soares de Oliveira, foi pioneiro<br />

do comércio na avenida e dirigiu a<br />

empresa por 26 anos. “Um dos pontos<br />

críticos do centrinho é a falta de estacionamento.<br />

Resolvemos o nosso problema<br />

recuando o muro e abrindo espaço<br />

para nossos clientes estacionarem.<br />

De um modo geral estou satisfeito<br />

com as condições da avenida. Aqui é<br />

mesmo uma cidade. Tem de tudo”.<br />

Maria Gabriela foi atraída pelo movimento<br />

de pessoas no centrinho, e em<br />

novembro do ano passado abriu sua loja<br />

de artesanato. “Gosto muito daqui<br />

pois os comerciantes colaboram uns<br />

com os outros, minha atividade já é<br />

sustentável e creio que isso, se deva ao<br />

fato que aqui, os moradores acabam<br />

encontrando quase tudo aquilo que<br />

lhes serve, eliminando a necessidade<br />

de ir até o centro da cidade“.<br />

Eduardo tem uma atividade no ramo<br />

imobiliário há 15 anos na Palmeiras<br />

e se diz satisfeito com o crescimento<br />

que região apresentou no período. “Comecei<br />

aqui como pioneiro, estou contente,<br />

estou crescendo aqui. Investir<br />

nessa região foi uma escolha de meus<br />

pais, e deu certo, agora estou dando<br />

continuidade. Sempre tem o que melhorar<br />

nos bairros. Para mim seria<br />

bom se o município urbanizasse o fundo<br />

de vale e uma atenção especial para<br />

o trânsito que já está beirando o caos”.<br />

José Alves da Silva que há 30<br />

anos tem uma casa de carnes no centrinho<br />

reclama da qualidade do asfalto<br />

em toda a extensão da avenida e da falta<br />

de estacionamento. “Sobre o asfalto<br />

fiquei sabendo que a prefeitura logo<br />

vai recapear”.<br />

Sobre a falta de estacionamento, o<br />

comerciante reconhece que a liberação<br />

para estacionar junto ao canteiro central<br />

da avenida após as 18 horas durante<br />

a semana e durante todo o dia aos sábados<br />

e domingos, ajudou a movimentar<br />

o comércio. “As pessoas saem do trabalho<br />

e passam por aqui. Ter lugares<br />

para estacionar, nos ajuda muito, antes<br />

quando não era possível estacionar<br />

no lado esquerdo mesmo após as 18h,<br />

isso aqui tinha virado um deserto”■


Ano 01 | Edição <strong>005</strong> | Maringá, maio de <strong>2018</strong> | Jornal Comunitário de Maringá<br />

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA! | Pág. 7<br />

MARIA, MÃE DE DEUS<br />

<strong>MAIO</strong>, MÊS MARIANO<br />

Tradicionalmente, o mês de maio é dedicado à figura de Maria pela piedade popular. Já no<br />

século XIII, o rei de Castilha, Alfonso X, o Sábio, tinha associado em uma de suas canções a<br />

beleza de Maria e maio que, no hemisfério norte, é o mês das flores, no auge da primavera.<br />

Hugues D'ans - Coordenador do Curso de Teologia da FAJOPA de Marília-SP<br />

MARÍLIA - No século seguinte, o<br />

dominicano Henrique Suso, tinha o<br />

costume de tecer coroas de flores para<br />

oferecê-las, no primeiro dia de maio, à<br />

Virgem. Na mesma época, Filipe Néri<br />

exortava os jovens a manifestarem um<br />

culto particular a Maria durante o mês de<br />

maio, oferecendo-lhe orações e flores.<br />

É interessante observar que o mês<br />

de maio abre-se com uma festa dedicada<br />

a José Operário, o pai de criação<br />

de Jesus, e termina com a festa da Visitação,<br />

acentuando assim o caráter mariano<br />

deste mês. O mês de maio é também<br />

o mês durante o qual se celebra o<br />

dia das mães.<br />

MARIA, MÃE NOSSA<br />

Do título fontal “Mãe de Deus” decorrem<br />

todos os outros títulos que a fé<br />

popular atribuirá a Nossa Senhora. Da<br />

maternidade divina de Maria passouse<br />

rapidamente à sua maternidade espiritual<br />

a partir do texto de João 19, 26-<br />

27: “Vendo assim a sua mãe e perto dela<br />

o discípulo que ele amava, Jesus disse<br />

à sua mãe: 'Mulher, eis aí o teu filho'.<br />

A seguir, disse ao discípulo: 'Eis a<br />

tua mãe'. E desde aquela hora o discípulo<br />

a recebeu em sua casa”.<br />

Primeira representação conhecida da<br />

Virgem Maria (Catacumba de Priscila em Roma)<br />

Jesus crucificado só pronunciou<br />

sete palavras. Aqui ele faz muito mais<br />

do que resolver um problema doméstico.<br />

Na pessoa de João, Maria tornase<br />

a mãe de todos os discípulos de Cristo,<br />

seus filhos espirituais.<br />

É importante ressaltar que quando<br />

Jesus se refere a Maria como mãe<br />

de João, a mãe biológica deste último<br />

está lá: "Estavam aí algumas mulheres<br />

que olhavam, a distância: (...) entre<br />

elas achavam-se Maria de Mágdala,<br />

Maria, Mãe de Tiago e José, e a mãe<br />

dos Filhos de Zebedeu [João e Tiago]”<br />

(Mt 27,55-56). Esse detalhe reforça a<br />

importância e a extensão das palavras<br />

de Jesus.<br />

A oração “À vossa proteção recorremos<br />

Santa Mãe de Deus” (“Sub<br />

Tuum Praesidium”) ilustra muito bem<br />

como a Igreja primitiva considerava<br />

Maria como uma mãe espiritual. Em<br />

1927, no Egito, foi descoberto um fragmento<br />

de papiro, datado do século III,<br />

no qual está escrita a mais antiga oração<br />

dirigida a Nossa Senhora que se conhece.<br />

Tem ela um grande valor histórico<br />

pela sua explícita referência ao tempo<br />

das perseguições dos cristãos (“livrai-nos<br />

sempre de todos os perigos”)<br />

e uma excepcional importância teológica<br />

por recorrer à intercessão de Maria,<br />

invocada com o título de “Santa<br />

Mãe de Deus”: “À vossa proteção recorremos<br />

Santa Mãe de Deus. Não desprezeis<br />

as nossas súplicas em nossas<br />

necessidades, mas livrai-nos sempre<br />

de todos os perigos, ó Virgem gloriosa<br />

e bendita!”.■<br />

Contato: Hugues d’Ans<br />

coord.teologia@fajopa.edu.br


Pág. 8 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA! Jornal Comunitário de Maringá | Ano 01 | Edição <strong>005</strong> | Maringá, maio de <strong>2018</strong><br />

Ligiane Ciola entrevista o<br />

Monge Eduardo Sassaki<br />

UMA DOSE DE<br />

FILOSOFIA BUDISTA<br />

PODE MELHORAR SUA EXISTÊNCIA<br />

MARINGÁ - O <strong>FATO</strong> MANDA-<br />

CARU é um jornal comunitário do<br />

mundo e como tal não pode deixar<br />

de dar espaço para o pensamento<br />

que vem de um cantinho especial<br />

de nossa cidade.<br />

O Templo Budista Jodoshu<br />

Nippakuji de Maringá foi inaugurado<br />

em maio de 1983 com três finalidades:<br />

Ser um espaço religioso para<br />

divulgação do NAMU-AMI-<br />

DA-BUTSU, que traduzido em modo<br />

literal, quer dizer “eu me refugio<br />

no Buddha”, ser também um espaço<br />

assistencial e ainda espaço cultural.<br />

Entre todas as boas propostas<br />

que esse lugar tem para oferecer<br />

acrescenta-se o Monge Eduardo Sasaki.<br />

É com ele que conversamos<br />

sobre o mundo lá, em qualquer lugar<br />

e aqui.<br />

Monge Eduardo: “Aqui no<br />

Templo Budista o trabalho religioso<br />

vem acompanhando de uma<br />

obra social que é o Asilo Wajunkai.<br />

Quando foi inaugurado, o asilo<br />

atendia todo o Paraná e para cá vinham<br />

todas as pessoas idosas da<br />

comunidade japonesa que haviam<br />

ficado sem parentes. Ao longo de<br />

todos esses anos já passaram por<br />

aqui mais de 200 pessoas, que ficaram<br />

aqui até o fim de suas vidas recebendo<br />

toda a assistência necessária.<br />

Na verdade isso continua”.<br />

Ligiane Ciola: Para a maioria o<br />

Templo Budista é só uma referência<br />

turística, mas muitos já descobriram<br />

que é possível conhecer e frequentar<br />

as atividades do Templo.<br />

Monge Eduardo: “Você colocou<br />

o assunto de um modo interessante.<br />

A tradição budista no tempo<br />

das gerações anteriores, era uma<br />

religião étnica, era voltada para<br />

si, suas referências culturais respeitando<br />

a identidade japonesa.<br />

O tempo passa, os próprios descendentes<br />

também vão se tornando<br />

brasileiros plenos, e essa mistura<br />

de identidades faz com que seja<br />

possível compartilhar com a sociedade.<br />

Eu acredito muito na força<br />

do Budismo, não como religião<br />

que quer expandir-se e converter,<br />

mas como filosofia que tem muito<br />

para compartilhar em termos de sabedoria,<br />

que pode fazer com que as<br />

pessoas sejam mais funcionais nas<br />

disfunções familiares, nas disfunções<br />

sociais, nas disfunções das relações<br />

no trabalho e da sua própria<br />

existência.”<br />

Ligiane Ciola: O ser humano<br />

é complicado mesmo né?<br />

Monge Eduardo: “Ah sim, então<br />

o Budismo tem muitas coisas<br />

que não são 'definitivas', mas são<br />

coisas bacanas que podemos compartilhar<br />

para ajudar a melhorar a<br />

sua vida. Não é uma questão de<br />

conversão, mas de adição.<br />

Quando você entende isso passa<br />

a relacionar-se melhor com tudo<br />

o que tem entorno a você. Passa<br />

a ver, seu vizinho, seus colegas de<br />

trabalho, seu bairro, e digo<br />

<strong>MANDACARU</strong>, (risos), tudo em<br />

positivo”.<br />

Ligiane Ciola: Momento delicado<br />

no Brasil e no mundo. A guerra<br />

no Rio de Janeiro, porque disso<br />

se trata, matou em 2017, 40 pessoas<br />

por dia. Temos também conflitos<br />

como o da Síria onde nos últimos<br />

7 anos já matou mais de 450<br />

mil pessoas. Como o senhor analisa<br />

essa nossa involução?<br />

Monge Eduardo: “Você falou<br />

dos últimos 7 anos na Síria, mas temos<br />

que olhar muito para trás.<br />

A violência tem escala secular<br />

e infelizmente a gente tem a economia<br />

da guerra, que gera economia.<br />

Não se trata de uma luta entre<br />

o bem e o mal, mas de recursos<br />

energéticos.<br />

Você tendo o enquadramento<br />

deste entendimento, você passa<br />

não só a entender a natureza destes<br />

conflitos, mas entende que o ser humano<br />

chega ao ponto de perder o<br />

direito a humanidade pelo sofrimento<br />

do outro, dos mais vitimados<br />

que são os civis.<br />

A guerra da Síria não é só a<br />

guerra da Síria, eles tem os mortos,<br />

nós sofreremos com coisas menores<br />

como o aumento do preço dos combustíveis,<br />

mas disso se trata, são<br />

guerras econômicas. Eu sugiro que<br />

as pessoas não se entreguem às 'Fake<br />

News' e procurem fontes seguras<br />

pois só assim encontrarão respostas<br />

humanas sobre tudo e sobre esses<br />

conflitos também”.■<br />

Mais Informações:<br />

Templo Budista Jodoshu Nippakuji<br />

(44) 3223-1195<br />

Av. Londrina, 477 - Z 8, Maringá/PR<br />

• Segunda a Sexta<br />

das 9h00 às 17h00<br />

• Sábado e Domingo<br />

das 12h00 às 17h00


Ano 01 | Edição <strong>005</strong> | Maringá, maio de <strong>2018</strong> | Jornal Comunitário de Maringá<br />

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA! | Pág. 9<br />

(Parte 1)<br />

O UNIVERSO NOS CONDUZIRÁ<br />

Temos razões para sermos otimistas, sobretudo em questão de mudança do paradigma financeiro?<br />

Henrique Borralho<br />

S. LUÍS DO MARANHÃO - A recente<br />

revelação de um grupo de cientistas<br />

afirmando que a teoria de Einstein<br />

acerca dos campos gravitacionais<br />

é mais um episódio de uma série de evidências<br />

sobre tudo o que tempos<br />

aprendido e naturalizado, muitas delas<br />

ocultadas pela grande mídia.<br />

Segundo o sitio da BBC: (ver fonte*)<br />

os pesquisadores do projeto LIGO<br />

(Laser Interferometer Gravitational-<br />

Wave Observatory, ou observatório de<br />

Interferometria de Ondas Gravitacionais),<br />

em Washington e na Lousiana,<br />

observaram o fenômeno e acompanharam<br />

distorções no espaço com a interação<br />

de dois buracos negros a 1,3 bilhão<br />

de anos-luz da Terra. Segundo a<br />

teoria de Einstein, todos os corpos em<br />

movimento emitem essas ondas que,<br />

como uma pedrinha que afeta a água<br />

quando toca nela, produz perturbações<br />

no espaço.<br />

Pois bem, isso implica em dizer<br />

que a Física Quântica estava certa ao<br />

afirmar que toda massa, corpo, produz<br />

energia, na verdade, tudo é energia.<br />

Essas ondas gravitacionais são basicamente<br />

feixes de energia que distorcem<br />

o tecido do espaço-tempo, o conjunto<br />

de quatro dimensões formado por tempo<br />

e espaço tridimensional. Ou seja, a<br />

percepção sobre a relação espaço e<br />

tempo tem sido dominada pelo limite<br />

imposto pela matéria, mas, a partir desta<br />

descoberta será possível entender,<br />

inclusive, que o tempo não é uma dimensão<br />

material ou limitado por ele e<br />

que é possível avançar tanto para frente<br />

quanto para trás.<br />

A dificuldade de apreensão dessas<br />

e de outras teorias não é um problema<br />

de limitação de nossa tecnologia,<br />

afinal, Einstein havia predito tal<br />

afirmação 100 anos atrás num período<br />

de atraso tecnológico muito maior,<br />

mas sim, de direcionamento acerca de<br />

como enxergamos o mundo, sobretudo<br />

tendo nossa percepção como referente,<br />

descartando aquilo que não passa<br />

pelo crivo da verificabilidade. Como<br />

Einstein então previu isso se não<br />

havia equipamentos para tal feito? O<br />

que limita a tecnologia é o conhecimento,<br />

nem tanto o que ainda não sabemos,<br />

mas como limitamos o que já sabemos,<br />

impedindo a abertura para novas<br />

possibilidades.<br />

*Fonte: www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160209_ondas_gravitacionais_mdb<br />

Da mesma forma isso pode ser ampliado<br />

para todas as esferas: cultura,<br />

economia, politica, história. Somente<br />

com o furo no bloqueio das informações<br />

crivadas pela grande mídia quanto<br />

ao engendramento da economia global<br />

ao omitir a prisão de banqueiros na<br />

Finlândia pelo envolvimento na fraude<br />

da crise econômica global e a multa<br />

que a Standard & Poor's recebeu no valor<br />

de US$ 1, 37 bilhões pela fraude<br />

em garantias de créditos imobiliários,<br />

as pessoas ao redor do mundo ficam sabendo<br />

o que se passa nos tramites da<br />

economia controlada por Wall Street.<br />

Se não fossem as redes sociais virtuais<br />

possivelmente tais informações não<br />

ganhariam repercussão.<br />

Durante todo esse tempo, a bem<br />

da verdade desde a criação do Federal<br />

Reserve (23 de dezembro de 1913),<br />

um modelo de concentração e a forma<br />

da tomada de decisões sobre os rumos<br />

da economia global tem sido direcionados<br />

pelos países centrais capitalistas,<br />

sobretudo a partir de suas agencias<br />

surgidas postumamente: FMI, Banco<br />

Mundial e, no plano da política, por<br />

agências como ONU, OTAN, interferindo<br />

e intervindo na dinâmica socioeconômica<br />

política dos países, sempre<br />

em benefício dos mais ricos. Desta feita,<br />

mesmo com a toda a farsa acerca<br />

das armas de destruição em massa que<br />

supostamente o Iraque teria, levando<br />

Bush a invadir e destruir aquele país,<br />

foi suficiente para uma intervenção da<br />

OTAN contra os Estados Unidos.<br />

Temos sido enganados todo esse<br />

tempo, quer por uma educação competitiva<br />

em nome do capital, quer pela<br />

propaganda democrática afirmando<br />

ser o melhor modelo de representação<br />

política olvidando os meneios de controle<br />

do aparato burocrático da justiça,<br />

do financiamento de campanha, da privatização<br />

dos espaços políticos em decorrência<br />

do engessamento da participação<br />

popular dificultado pelo acesso<br />

às informações e pelas hierarquias, da<br />

burocracia e do controle da mídia,<br />

quer por uma cultura quer reforça o caráter<br />

excludente das classes sociais<br />

afirmando haver sim separação e distinção<br />

entre as pessoas como se algumas<br />

fossem brindadas pela natureza e<br />

destinadas a serem privilegiadas. Quer<br />

dizer, a cultura, alicerçada pelos valores<br />

morais, pela religião, pelo entretenimento<br />

tem funcionando como um<br />

processo retroalimentador (os valores<br />

criam a cultura, essa uma vez estabelecida<br />

volta a retroalimentar os valores<br />

sociais) e servido de alicerce para a<br />

miopia global consubstanciado a ideia<br />

de que as coisas são assim e não há outra<br />

possibilidade de enxergá-las.<br />

Claro que o etnocentrismo é um<br />

dos pilares deste processo. Imaginarmo-nos<br />

como o centro do Universo,<br />

consequentemente tudo o que é derivado<br />

disso - nossos referenciais funciona<br />

como duplo vórtice: nos impede<br />

de enxergar o que existe além da cortina<br />

ao mesmo passo que fixa o status<br />

quo. Resultado: avançamos muito pouco<br />

acerca do desvelamento sobre<br />

quem somos, isso quando pessoas são<br />

assassinadas, ridicularizadas, excluídas<br />

por mostrarem ou denunciarem a<br />

farsa de nossas sociabilidades em todos<br />

os planos.<br />

É necessário muito etnocentrismo<br />

para duvidar do cosmos ou achar que<br />

nada faz sentido, como se nossas percepções<br />

limitadas sobre o que existe,<br />

inclusive sobre o que é o planeta Terra<br />

desse conta do mistério da existência.<br />

O primeiro método de dominação foi<br />

a divisão. Os donos do poder, através<br />

da religião, da cultura, do dinheiro, da<br />

educação, do entretenimento, dos sistemas<br />

políticos e do patriotismo tem<br />

nos feito crer que somos diferentes e<br />

melhores que os outros, que a pobreza,<br />

a miséria, a exclusão, são normais,<br />

como se uma atitude de segregação<br />

não tivesse repercussão no modelo de<br />

ç Ilustração de dois buracos negros colidindo - NASA<br />

vida que escolhemos. Ora, a teoria de<br />

Einstein, agora finalmente provada,<br />

mostra exatamente o contrário: tudo é<br />

energia e toda energia afeta o cosmos.<br />

Temos livre arbítrio para escolhermos<br />

nosso futuro, mas como mudar<br />

o futuro se concebemos o mundo<br />

fragmentariamente, inclusive sendo<br />

indiferentes à dor ou a exclusão do outro?<br />

Como mudar então os regimes políticos?<br />

Não alimentando os processos<br />

e mecanismos de sustentação de tais<br />

modelos, tais como; a ideia de que somente<br />

alguns nasceram para serem<br />

afortunados, baseado no princípio da<br />

livre concorrência, somo se fosse ético<br />

e natural; questionando os princípios<br />

fundantes da democracia, tido como<br />

melhor modelo de representação;<br />

não problematizando os engendramentos,<br />

farsas e mentiras sustentáculos<br />

dos regimes, como a justiça, a burocracia,<br />

a mídia; entendendo que todos<br />

estamos interligados, portanto, para o<br />

estabelecimento de um equilíbrio é necessário<br />

a redução brusca da desigualdade,<br />

a eliminação da injustiça que<br />

massacra negros, índios, quilombolas,<br />

pobres, refugiados, mulheres, crianças,<br />

idosos em vários lugares do mundo;<br />

lutando para que os recursos naturais<br />

sejam mantidos e que todos tenham<br />

acesso, independentemente de<br />

suas condições sociais.<br />

Para isso, é necessário um colapso<br />

no sistema financeiro mundial e<br />

uma modificação do modelo, o que está<br />

em curso, mesmo com o ocultamento<br />

da grande mídia. Estamos assistindo<br />

nos bastidores os preparativos do<br />

grande reset mundial, afinal, os sinais<br />

da artificialização dos balanços contábeis,<br />

da farsa das bolsas de valores, da<br />

manutenção da paridade do dólar como<br />

moeda e padrão internacional das<br />

trocas comerciais não poderão ser<br />

ocultados por mais tempo. O novo modelo<br />

será baseado no ouro. Isso mesmo,<br />

é apenas e tão somente uma questão<br />

de tempo.<br />

Quando esse modelo econômico<br />

e injusto for superado, iniciaremos<br />

uma abertura nunca antes vista sobre<br />

as nossas existências.<br />

Vamos enfim entender como Einstein<br />

“previu” a teoria dos campos gravitacionais.■<br />

Contato: jh_depaula@yahoo.com.br


Pág. 10 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA! Jornal Comunitário de Maringá | Ano 01 | Edição <strong>005</strong> | Maringá, maio de <strong>2018</strong><br />

Informe Publicitário<br />

LUB MOTORS IMPORTA MÁQUINA<br />

TOP DE LINHA NA TROCA DE ÓLEO FLUÍDO<br />

DE VEÍCULOS COM CÂMBIO AUTOMÁTICO<br />

A CM-102 da TEKTINO da Ásia já está em<br />

funcionamento na sede da LUB do Mandacaru.<br />

Agnaldo Batista, proprietário<br />

da LUB MOTORS AUTO<br />

CENTER da Avenida Mandacaru<br />

está entusiasmado com o investimento<br />

que segundo ele, realiza<br />

em modo mais eficaz a troca<br />

do fluído de veículos com câmbio<br />

automático.<br />

A CM-102 é produzida pela indústria<br />

asiática TEKTINO e tem<br />

sido considerada por especialistas<br />

em manutenção de veículos, como<br />

peça indispensável na manutenção<br />

de câmbios automáticos e<br />

automatizados.<br />

No final de 2017, o instrumento<br />

top de linha da Tektino foi<br />

o centro das atenções na 4º Fórum<br />

de reparadores de câmbio automático<br />

do Brasil. Essa é apenas<br />

uma das boas razões que ratificam<br />

o investimento feito pelo empresário<br />

Agnaldo Batista.<br />

“Nós queremos oferecer uma<br />

grande novidade para Maringá e<br />

região. A LUB MOTORS é a única<br />

empresa na região a possuir<br />

uma CM-102, é uma novidade<br />

que na verdade é um grande serviço<br />

que colocamos a disposição<br />

dos nossos clientes. Meus funcionários<br />

passaram por um período<br />

de treinamento em Santa Catarina<br />

e estão todos aptos a operala.<br />

Com ela substituímos o fluído<br />

de óleo do câmbio automático<br />

exatamente como deve ser, ou seja,<br />

em modo automático”.<br />

Diego Rosa, é um dos funcionários<br />

especializados que participaram<br />

da curso de formação sobre<br />

a CM-102. Diego explica que o cliente<br />

pode acompanhar a saída do<br />

óleo velho e ao mesmo tempo a entrada<br />

do óleo novo.<br />

“Além da troca completamente<br />

automática, a CM-102 ainda realiza<br />

uma sorta de “hemodiálise<br />

do óleo”, coisa indicada já a partir<br />

dos 20 mil km da troca de óleo. A vida<br />

útil do câmbio automático está<br />

no fluído de óleo. A troca do óleo<br />

influencia até mesmo no consumo<br />

de combustível”.<br />

A fábrica da CM-102 enfatiza<br />

em seu site que a troca feita com essa<br />

máquina, agora disponível na<br />

LUB, realiza uma troca muito precisa,<br />

eliminando detritos que podem<br />

causar problemas no sistema<br />

de transmissão.■<br />

Lub Motors Auto Center<br />

Av. Mandacaru, 1068<br />

(44) 3024-9898.


Ano 01 | Edição <strong>005</strong> | Maringá, maio de <strong>2018</strong> | Jornal Comunitário de Maringá<br />

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA! | Pág. 11<br />

TODA PESSOA É ABENÇOADA<br />

Nilson Pereira<br />

Toda pessoa é abençoada; tem no<br />

coração, um diamante valioso, uma joia<br />

preciosa: o Amor, a Sabedoria e o<br />

Poder de Deus. Dentro de si, toda pessoa<br />

tem os valores divinos, assim como<br />

valores contrários à divindade, cocriação<br />

dos homens.<br />

É dever de cada um de nós, através<br />

da disciplina, do esforço, do comprometimento,<br />

empreender o trabalho<br />

interno (gerenciar/governar pensamentos,<br />

sentimentos) para viver no<br />

bem, no belo e no justo e dessa forma<br />

colocar a personalidade servindo a<br />

Presença Divina EU SOU, e assim<br />

praticar a postura, comportar-se derramando<br />

bênçãos, gratidão e paz a toda<br />

Criação.<br />

No livro Mistérios Desvelados,<br />

editado pela Ponte para a Liberdade,<br />

Saint Germain ensina que: “É muito<br />

importante compreender plenamente<br />

que o desígnio de Deus para cada um<br />

de Seus filhos é a abundância de todas<br />

as coisas boas e perfeitas.<br />

Ele criou a Perfeição e investiu cada<br />

um de seus filhos exatamente com o<br />

mesmo poder. TAMBÉM ELES PODEM<br />

CRIAR E MANTER PERFEIÇÃO, expressar<br />

a SABEDORIA de Deus sobre a<br />

Terra e tudo quanto nela existe. O ser humano<br />

foi criado, originariamente, à Imagem<br />

e Semelhança de Deus.”<br />

A única razão pela qual nem todos<br />

manifestam Seu Domínio e Majestade<br />

é pelo fato de não usarem sua Herança<br />

Divina - aquilo de que todo indivíduo<br />

é dotado e com que é destinado a governar<br />

seu próprio mundo. Então, não<br />

estão obedecendo à Lei do Amor, através<br />

da qual se derramam bênçãos e<br />

paz a toda Criação.<br />

Isto lhes acontece pela sua falta de<br />

capacidade em aceitar e reconhecer a<br />

si próprios como “Templos do Mais<br />

Alto Deus Vivo”, e de guardar este conhecimento<br />

com eterna gratidão.<br />

“A humanidade, na sua atual limitação<br />

aparente de tempo, espaço, conceitos<br />

e valores distorcidos, acha-se<br />

nas mesmas condições de uma pessoa<br />

necessitada a quem estendesse uma<br />

mão cheia de dinheiro. Se o referido indigente<br />

não desse um passo avante para<br />

receber o dinheiro que se lhe oferecia,<br />

como poderia, jamais, obter os benefícios<br />

que este lhe poderia trazer?”<br />

(Saint Germain).<br />

Que bom, então, agradecer a Deus<br />

por colocar nos nossos corações os<br />

valores divinos, pela paciência de esperar<br />

que nos libertemos das ilusões,<br />

dos erros, dos enganos, por acreditar<br />

no desenvolvimento da nossa consciência<br />

e na luta que travamos para<br />

vencer as armadilhas do ego / personalidade...<br />

E aceitar a alegria de estar<br />

sempre aprendendo!■<br />

UMA JÓIA A SER POLIDA<br />

“Dizem que um dia um velho Mestre caminhava com seu discípulo. Eles<br />

passaram por uma cidade com má fama, onde as pessoas faziam os mais<br />

perversos atos: matavam, roubavam, estupravam, ofendiam… Por fim, os<br />

dois conseguiram passar por ela sem serem incomodados, e ao chegarem<br />

ao topo de um monte, já distante da cidade, o discípulo disse”:<br />

– Mestre, fico feliz de ter seguido o caminho da luz. Veja aquelas pessoas, como<br />

são ruins! Sou grato de não ser como elas.<br />

O mestre olhou para ele serenamente, e após alguns instantes disse.<br />

– Você se considera melhor do que elas por isso?<br />

O discípulo assentiu com a cabeça.<br />

– Claro Mestre, eu sigo o caminho do bem. Não há como me comparar com<br />

elas. Deus um dia deverá condená-las pelo que fazem.<br />

Então o mestre calmamente tirou de dentro de sua túnica uma pedrinha e a<br />

sujou de lama. Depois disse ao seu discípulo.<br />

– Isso que tenho aqui é um diamante que eu estava pensando em dar a você.<br />

Mas acho que você não o quer mais.<br />

O discípulo de olhos arregalados indagou:<br />

– Mas por que não, Mestre?<br />

– Porque ele agora está sujo de lama.<br />

– Mestre, mesmo sujo de lama o diamante não perde o seu valor!<br />

O Mestre sorriu.<br />

– Tão qual, por mais que uma pessoa se afunde no lamaçal dos enganos não<br />

perde o valor divino que sua alma tem. É uma joia a ser polida...■<br />

Ensinamentos da Grande Fraternidade Branca • Contato: (44) 3028 6139<br />

TORNEIO PARANAENSE DE TÊNIS - FPT 500<br />

ESCOLA DE TÊNIS E7 SEDIA MAIS UM TORNEIO PARANAENSE<br />

O FPT-500 distribuirá 4 mil em prêmios e os vencedores ganharão 500 pontos no ranking.<br />

Informe Publicitário<br />

Da Redação<br />

MARINGÁ - A<br />

Escola de Tênis de<br />

Campo E7 de Maringá<br />

sediará no mês<br />

de maio um importante<br />

torneio que atrairá<br />

à cidade, tenistas<br />

de todo o Paraná.<br />

O torneio começa<br />

dia 24 e vai até dia 27 de maio de<br />

<strong>2018</strong><br />

A expectativa é que pelo menos<br />

150 atletas se inscrevam em<br />

uma das 8 categorias do masculino<br />

e do feminino.<br />

Qualquer pessoa que pratique<br />

o esporte pode se inscrever e competir<br />

no torneio, não sendo necessário<br />

nem mesmo ser inscrito à Federação<br />

de Tênis.<br />

As inscrições podem ser feitas<br />

no site: www.fpt.com.br.<br />

A sede da Escola de Tênis<br />

E7 fica na Rua Itamar Garcia Pereira,<br />

447, na Vila Santa Izabel<br />

em Maringá-PR.<br />

Os vencedores de cada categoria<br />

além de troféus e medalhas, levaram<br />

para casa 500 pontos no ranking<br />

da federação. O torneio prevê<br />

ainda, prêmios em dinheiro; no total<br />

serão distribuídos 4 mil reais. O<br />

arbitro geral do torneio será Edinei<br />

Souza que também é instrutor da<br />

Escola de Tênis E7.<br />

A Escola de Tênis E7 conta<br />

com uma excelente estrutura<br />

composta por 6 quadras, entre<br />

elas uma coberta.<br />

Eduardo Celidônio, diretor<br />

da Escola de Tênis E7 convida<br />

todas as pessoas que gostam do<br />

esporte a visitar a escola nos 4 dias<br />

do torneio.■


Pág. 12 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA! Jornal Comunitário de Maringá | Ano 01 | Edição <strong>005</strong> | Maringá, maio de <strong>2018</strong><br />

A ARTE OCUPACIONAL DE MÁRIO NOVAIS<br />

“As transformações podem fazer um mundo melhor...<br />

A arte pode transformar vidas assim como transformar materiais”<br />

(Mário Novais)<br />

Ligiane Ciola<br />

MARINGÁ - O amor pela arte, o<br />

comerciante Mário Novais, maringaense<br />

de origem mineira herdou da<br />

mãe, uma costureira capaz de realizar<br />

proezas com retalhos de tecidos.<br />

De tanto observar o trabalho da<br />

mãe ele acabou por absorver o dom<br />

de transformar objetos que perderam<br />

suas funções, em obras de arte<br />

que ele classifica como “arte ocupacional”,<br />

onde reciclar é a palavra<br />

de ordem.<br />

mecei a incluir vários materiais<br />

na criação das minhas obras”.<br />

Embalagens, jornais, papelão,<br />

latas, botões, parafusos, pregos,<br />

cortadores de unhas, brinquedos,<br />

telefones, pilhas, enfim, tudo o que<br />

não serve mais, vira presa do Mário,<br />

que sustenta a ideia de que “as<br />

transformações podem fazer um<br />

mundo melhor”, e explica que “a<br />

arte pode transformar vidas assim<br />

como transformar materiais”.<br />

O homem amigo da terra, foi<br />

o nome que um grupo de estudantes<br />

deu um robô que o artista<br />

produziu usando um pouco de tudo.<br />

O laboratório de Mario Novais<br />

fica em sua loja na estação rodoviária<br />

de Maringá. O artista raramente<br />

vende seus objetos mas<br />

fica muito feliz quando as pessoas<br />

param para observa-los.<br />

“Eu tenho como objetivo trabalhar<br />

com um clube de serviços,<br />

e aí sim, passaremos a vender<br />

as obras. O dinheiro que arrecadaremos<br />

será destinado a<br />

um grupo de jovens carentes.<br />

Outra coisa que eu<br />

quero fazer, é passar<br />

esse conhecimento<br />

para frente, ensinar<br />

jovens a trabalhar<br />

com a arte”.■<br />

Mais informações,<br />

entrar em contato<br />

pelo Facebook:<br />

Artes Plástica Duracel<br />

Uma pistola de cola quente que<br />

não funciona mais, une-se a pedaços<br />

de arames dando vida a um galo.<br />

“Esse galo ainda não está concluído”,<br />

diz Mário, e pergunta:<br />

“Você acha que se parece com um<br />

galo?” Nós dizemos que sim, e lhe<br />

perguntamos como foi que ele desenvolveu<br />

esse dom.<br />

Não parece, mas esse boneco<br />

fazendo ginastica foi feito com<br />

exemplares de O <strong>FATO</strong> MANDACA-<br />

RU. Uma glória para um jornal.<br />

“Conheci minha esposa na<br />

Igreja Adventista. Ela ajudava no<br />

departamento de evangelização infantil<br />

e para ficar perto dela, passei<br />

a ajuda-la, construindo maquetes<br />

e outros trabalhos que ajudavam<br />

a ilustrar as histórias para<br />

as crianças. Foi assim que eu aprimorei<br />

o meu conhecimento e co-<br />

Quem ouve Mário explicar<br />

como se faz uma obra como essa,<br />

pensa que é tudo fácil. Basta juntar<br />

um monte de cacarecos e sair<br />

colando uns nos outros, mas não<br />

é bem assim. Suas obras, são personagens,<br />

possuem identidade,<br />

derivam de episódios de sua vida<br />

e observa-las, nos faz perceber<br />

se quisermos, que estão em movimento.<br />

São animados.


Ano 01 | Edição <strong>005</strong> | Maringá, maio de <strong>2018</strong> | Jornal Comunitário de Maringá<br />

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA! | Pág. 13<br />

CONSUL ITALIANO PROPÕE<br />

LÍNGUA ITALIANA NAS ESCOLAS MUNICIPAIS<br />

ESTÂNCIA GAÚCHA COMPLETA<br />

33 ANOS DE HISTÓRIA<br />

João Struzik assumiu a Estância<br />

há 29 anos e recorda que pelo palco da<br />

casa já passaram muitos astros da<br />

música gaúcha e de outros gêneros.<br />

“Houve um tempo que a gente só<br />

fazia baile gaúcho, hoje não, trazemos<br />

duplas sertanejas e tocamos de<br />

tudo. Uma grande novidade é o baile<br />

dos anos 80 que fazemos uma vez por<br />

mês, o próximo será dia 12 de maio.<br />

Tenho muito orgulho da banda do<br />

estância e também dos meus funcionários<br />

que hoje são 32.<br />

Quero agradecer os amigos de<br />

Maringá e região que são responsáveis<br />

pelo sucesso da Estância e<br />

aproveito para convidar todos a<br />

participar dos bailes pois aqui você<br />

estará num lugar tranquilo, com<br />

gente amigável, seguro e com boa<br />

música”.■<br />

Programação Diária<br />

Bruno Veronesi, Edson Scabora, Raffaele Festa e Valkiria Trindade<br />

#Programação #VemJunto #EstânciaGaúcha<br />

O novo Consul Italiano para o<br />

Paraná e Santa Catarina, Raffaele<br />

Festa foi recebido dia 26 de abril na<br />

prefeitura de Maringá pelo vice Edson<br />

Scabora. Da comitiva italiana fazia<br />

parte também o Vice Consul da Itália<br />

Bruno Veronesi.<br />

O Consul falou da disponibilidade<br />

e do interesse do governo italiano<br />

em promover iniciativas que ajudem<br />

brasileiros de origem italiana a<br />

aprender o idioma itálico.<br />

No contexto escolar, Raffaele<br />

Festa lançou a ideia de um projeto de<br />

inserção do aprendizado da língua<br />

italiana nas escolas da rede municipal<br />

de Maringá.<br />

De acordo com Consul, o projeto<br />

poderá ser financiado pelo Instituto<br />

Cultural Italiano, que oferecerá<br />

material didático e formação para os<br />

professores.<br />

A secretária de educação do<br />

município, Valkiria Trindade de<br />

Almeida Santos agradeceu a oferta do<br />

Consul italiano e disse que tentará<br />

viabilizar o acordo para que o projeto<br />

entre em prática já em 2019. ■<br />

• TERÇAS:<br />

Baile da pipoca<br />

Das 14h00 às 19h30<br />

e das 20h00 às 00h00<br />

• SEXTAS:<br />

Sexta Na Balada<br />

com Banda Estância<br />

Das 22h00 às 04h00<br />

• SÁBADOS:<br />

Venha curtir uma noite de todos os ritmos!<br />

(Bandas Variadas) A partir das 22h00<br />

Chegando até às 22h30 a entrada é "FREE!"<br />

• DOMINGOS:<br />

Domingão do Estância<br />

A partir das 15h00, com aula de dança!<br />

Chegando até às 18h00, ingressos R$10,00!<br />

Informações: (44) 3028-3491 - (44) 99979-8450<br />

Endereço: Av. Colombo, 7672 - Maringá - Paraná<br />

SALÃO NILDA MOURA<br />

Olha aí a excelente equipe do Salão Nilda Moura:<br />

Suelen, Nilda Moura, Simoni, Rose, Alessandra e<br />

Jaqueline.<br />

O Salão da Nilda Moura fica no térreo do Shopping<br />

Mandacaru e oferece uma vasta gama de serviços de beleza<br />

que vão desde cortes de cabelos, tratamento das unhas,<br />

permanentes, sobrancelhas fio a fio, maquiagem para<br />

casamentos e eventos.<br />

Para os homens o salão tem à disposição o serviço de<br />

barbearia e corte de cabelos.■


Pág. 14 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA! Jornal Comunitário de Maringá | Ano 01 | Edição <strong>005</strong> | Maringá, maio de <strong>2018</strong><br />

PRATA E BRONZE, MAS SÃO<br />

TODOS CAMPEÕES!<br />

Equipes Maringaenses de<br />

Vôlei Sentado conquistam<br />

medalhas na 1ª Etapa do<br />

Paranaense de <strong>2018</strong>.<br />

J. C. Leonel<br />

MARINGÁ - A ASSAMA<br />

UNIFIL - Equipe Maringaense de<br />

Vôlei Sentado, conquistou a medalha<br />

de prata na Etapa do Campeonato<br />

Paranaense da modalidade.<br />

A competição aconteceu em<br />

Curitiba nos dias 14 e 15 de abril<br />

e contou com a participação de 3<br />

equipes. Na final a ASSAMA perdeu<br />

para o Círculo Militar do Paraná.<br />

A outra equipe maringaense,<br />

o time B da ASSAMA, ficou<br />

com a não menos importante medalha<br />

de bronze.<br />

O esporte é relativamente novo,<br />

só existem 4 equipes no Estado,<br />

mas o interesse em conhecer e formar<br />

novos times está aumentando.<br />

“O vôlei sentado é uma adaptação<br />

do vôlei convencional destinado<br />

a pessoas portadoras de deficiência<br />

física. A nível nacional, o<br />

time maringaense já está entre os<br />

10 melhores do Brasil O esporte é<br />

um dos principais instrumentos<br />

no processo de reintegração de<br />

um amputado. Aqui estamos todos<br />

juntos, enfrentamos todas as<br />

dificuldades juntos e isso faz com<br />

a pessoa olhe para o futuro com<br />

uma ótica positiva”, explica o<br />

Antônio dos Santos (Tony), Técnico<br />

da ASSAMA, Professor de Educação<br />

Física e funcionário da Prefeitura<br />

de Maringá.<br />

ASSAMA - A Associação de esportes<br />

adaptados de Maringá trabalha<br />

com objetivo de “recuperar”<br />

através do esporte, pessoas que sofreram<br />

amputações ou que possuem<br />

deficiências congênitas dos<br />

Equipe Maringaense de Vôlei Sentado<br />

membros inferiores ou superiores.<br />

Helton da Silva Ferrante é atleta<br />

do Paravôlei há 3 anos e atualmente<br />

ocupa o cargo de presidente<br />

da ASSAMA. “Essa é mais uma<br />

medalha que trazemos para Maringá,<br />

já trouxemos tantas mas o<br />

que conta para nós mesmo são as<br />

experiências, são aprendizados<br />

novos, novas amizades, são lições<br />

de vida que nos doa forças para viver<br />

uma vida normal. Para mim, o<br />

esporte significa muito, após meu<br />

acidente eu tinha vergonha de sair<br />

na rua e o Paravôlei me reabilitou<br />

e me devolveu à sociedade”.<br />

Helton da Silva,<br />

Atleta e Presidente da ASSAMA<br />

No Paraná, “graças ao empenho<br />

de todos que colaboram e da<br />

Prefeitura de Maringá, conseguimos<br />

incluir a modalidade nos Jogos<br />

Abertos do Paraná.”<br />

Ouro, prata ou bronze são relativamente<br />

importantes diante da<br />

grande conquista que representa<br />

recuperar a auto-estima de um ser<br />

humano. Na verdade, aqui são todos<br />

campeões.<br />

Quem quiser conhecer e apoiar<br />

as Equipes de Vôlei Sentado da<br />

ASSAMA pode assistir aos treinos<br />

todas as terças e quintas a partir<br />

das 19h e aos sábados a partir<br />

das 13h no Ginásio de Esportes<br />

Waldir Pinheiro, que fica na Vila<br />

Olímpica de Maringá.■<br />

Antônio dos Santos (Tony), Técnico da ASSAMA<br />

Informações com Tony (Técnico)<br />

(44) 99942-3366<br />

www.assama.com.br<br />

@assamamga<br />

Vila Olimpica de Maringá - Zona 7


Ano 01 | Edição <strong>005</strong> | Maringá, maio de <strong>2018</strong> | Jornal Comunitário de Maringá<br />

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA! | Pág. 15<br />

HÁ VIDA, APENAS, GALO GUERREIRO<br />

Nelson Alexandre<br />

“Teus ombros suportam o mundo”...<br />

(Carlos Drummond de Andrade)<br />

GEM - Grêmio de Esportes Maringá - Campeão Paranaense de 1977<br />

MARINGÁ - Não há nada mais<br />

especial neste mundo, do que o<br />

amor e a dedicação por alguma coisa<br />

que beira à extinção. O amor incomensurável<br />

diante à grande cortina<br />

de fumaça da realidade iminente,<br />

seja ela do poder econômico<br />

ou midiático.<br />

Em Maringá, cidade onde nasceu<br />

o narrador que vos fala, há tempos,<br />

vem lutando uma certa agremiação<br />

que, de certo modo, ficou<br />

opaca, uma estrela que já despontou<br />

num céu de glórias, que já teve<br />

milhares de dedos terrenos apontando<br />

em sua direção, sendo adorada<br />

como a um deus. Mas diante de<br />

muitas décadas, as glórias, também,<br />

estiveram casadas com infortúnios,<br />

com reveses dolorosos que<br />

fizeram a estrela se desgarrar da<br />

constelação de vitórias.<br />

Apesar do tom metafórico, alusivo<br />

às emoções que tiram os nossos<br />

pés do chão, o intuito deste texto<br />

é justamente o do efeito contrário.<br />

É fazer crer. É fazer com que a<br />

planta do pé atinja a crosta da Terra,<br />

como a do jogador de futebol<br />

quando pisa no gramado onde vai<br />

lutar para satisfazer a massa que<br />

aguarda o gol, a mesma massa, o<br />

povo que lotava o estádio Willie<br />

Davids, qualquer que fosse o dia e<br />

horário para testemunhar o filho<br />

pródigo da cidade vencer mais um<br />

oponente e mostrar sua imponência<br />

diante de quem quer que fosse<br />

que pisasse em seus domínios.<br />

Como escreveu o poeta Carlos<br />

Drummond de Andrade: “Teus ombros<br />

suportam o mundo e ele não pesa<br />

mais que a mão de uma criança”,<br />

então, é com a esperança que jorra<br />

do coração de uma criança que, mais<br />

uma vez, o Grêmio de Esportes<br />

Maringá, diante de todas as adversidades,<br />

diante de todos os olhares de<br />

reprovação, diante ao julgamento<br />

dos olhares dos deuses do futebol,<br />

no ano de <strong>2018</strong>, lança mais uma vez<br />

no tablado da “sorte”, seus dados,<br />

sua investida para tentar, novamente,<br />

sair da posição incômoda que atualmente<br />

ocupa no cenário futebolístico<br />

do Paraná e do Brasil.<br />

O Grêmio Maringá é uma espécie<br />

de “Highlander”, como o narrador<br />

que vos fala já foi denominado<br />

pelo editor deste jornal, denominação<br />

que quer dizer: “Guerreiro<br />

imortal”, ou seja, aquele que luta<br />

por uma causa nobre e, mesmo diante<br />

de todas as desgraças, viradas<br />

de mesa, falta de apoio, descrença,<br />

palavras proferidas para o desânimo,<br />

ele segue em frente, empunhando<br />

uma espada na direção de<br />

um exército contrário, pronto para<br />

fazê-lo descrer de tudo que acredita<br />

e luta, e apesar da honraria prestada<br />

pelo editor, é necessária uma<br />

ressalva, nenhum guerreiro, sozinho,<br />

pode vencer uma guerra, ele<br />

precisa de que seus companheiros<br />

o acompanhem, que creiam.<br />

O maior patrimônio que um time<br />

de futebol pode ter é a fidelidade<br />

de sua torcida, mesmo encarando<br />

o imenso abismo que se abre diante<br />

de seu brasão e de sua história.<br />

O intuito deste texto é fazer crer. É<br />

um chamamento para que, agora,<br />

no início de maio, façamos crer<br />

aqueles que vão vestir a camisa preta<br />

e branca do Grêmio Maringá, primeiramente,<br />

na categoria de base<br />

Sub-17 e logo mais entre agosto e<br />

setembro, no Campeonato Profissional<br />

da Terceira Divisão.<br />

Mesmo que muitos na cidade<br />

de Maringá digam o contrário, creiam,<br />

o Grêmio está vivo, mesmo jogando<br />

em uma divisão inferior à<br />

qual estava acostumado a representar<br />

a cidade de Maringá. O que<br />

move o mundo e o futebol é a convicção<br />

aliada à fé. Há vida, apenas,<br />

Galo Guerreiro, teus ombros suportam<br />

o mundo... mas quando vários<br />

deles estão firmes na base, é<br />

mais fácil levantar o mundo.<br />

É mais fácil fazer crer os incrédulos.<br />

Pois quando acreditamos,<br />

como diz o poeta, ele não pesa mais<br />

que a mão de uma criança, então,<br />

vencemos.■


Pág. 16 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA! Jornal Comunitário de Maringá | Ano 01 | Edição <strong>005</strong> | Maringá, maio de <strong>2018</strong>

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!