03.05.2018 Views

Jornal Paraná Março 2018

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

O Brasil utiliza apenas 7,6%<br />

de seu território com lavouras,<br />

somando 63.994.479 hectares.<br />

Estudo da agência espacial<br />

dos Estados Unidos<br />

NASA confirma os números<br />

da Embrapa. O estudo da<br />

NASA demonstra que o Brasil<br />

protege e preserva a vegetação<br />

nativa em mais de 66%<br />

de seu território e cultiva apenas<br />

7,6% das terras. A Dinamarca<br />

cultiva 76,8%, dez vezes<br />

mais que o Brasil; a Irlanda,<br />

74,7%; os Países Baixos,<br />

66,2%; o Reino Unido<br />

63,9%; a Alemanha 56,9%. A<br />

Carinata<br />

Um novo produto está sendo<br />

estudado nos Estados Unidos<br />

para contribuir com o<br />

mercado de biocombustíveis:<br />

a chamada Carinata,<br />

uma oleaginosa produzida<br />

no inverno, parecida com a<br />

canola, que pode ser utilizada<br />

para produzir um biocombustível<br />

de alta qualidade<br />

e rações para gado.<br />

Tailândia<br />

Área<br />

Foto Valter Cunha<br />

área da Terra ocupada por lavouras<br />

é de 1,87 bilhão de<br />

hectares. A população mundial<br />

atingiu 7,6 bilhões em outubro<br />

passado, resultando que<br />

cada hectare, em média, alimentaria<br />

4 pessoas. Na realidade,<br />

a produtividade por<br />

hectare varia muito, assim<br />

como o tipo e a qualidade dos<br />

cultivos. A maior parte dos<br />

países utiliza entre 20% e 30%<br />

do território com agricultura.<br />

Os da União Europeia usam<br />

entre 45% e 65%. Os Estados<br />

Unidos, 18,3%; a China,<br />

17,7%; e a Índia, 60,5%.<br />

Máquinas agrícolas<br />

O faturamento da indústria<br />

de máquinas e implementos<br />

agrícolas alcançou R$ 13,5<br />

bilhões em 2017, incluindo<br />

vendas para o mercado interno<br />

e externo. Este montante<br />

é 7,2% superior em<br />

relação ao apurado em<br />

2016, conforme nota da Associação<br />

Brasileira da Indústria<br />

de Máquinas e Equipamentos.<br />

A receita das exportações<br />

do setor cresceu<br />

84,5% no período, para R$<br />

923,5 milhões, ante R$<br />

500,5 milhões ao fim de<br />

2016. As importações de<br />

máquinas para agricultura<br />

também aumentaram. O<br />

valor importado superou em<br />

10,6% o de 2016 e alcançou<br />

R$ 312,8 milhões.<br />

Selo<br />

No mapa, são 27 os estados<br />

do Brasil, considerando<br />

o Distrito Federal. Mas uma<br />

região nas fronteiras dos<br />

estados do <strong>Paraná</strong>, Mato<br />

Grosso do Sul, São Paulo,<br />

Minas Gerais e Goiás ganhou<br />

o status de “28º estado<br />

informal”. Surgido a<br />

partir do avanço da cultura<br />

de cana nas últimas décadas,<br />

esse novo “estado”<br />

tem 250 municípios e cinco<br />

milhões de trabalhadores.<br />

Tem dinâmica, leis e orçamento<br />

próprios, além de influência<br />

econômica e política,<br />

que garantem ao Brasil<br />

Pesquisa<br />

Uma equipe formada por pesquisadores<br />

do Brasil, Reino<br />

Unido e Estados Unidos identificou<br />

um gene envolvido na<br />

dureza das paredes celulares<br />

de vegetais. A supressão desse<br />

gene aumentou a liberação<br />

de açúcares em até 60%. Segundo<br />

os pesquisadores, para<br />

a produção de etanol de segunda<br />

geração, feito a partir<br />

da biomassa vegetal, a descoberta<br />

trata-se de um<br />

avanço importante que permitirá<br />

o desenvolvimento de<br />

plantas com paredes celulares<br />

mais fáceis de serem quebradas,<br />

aumentando a eficiência<br />

na produção do combustível.<br />

‘28º Estado’<br />

o posto de maior produtor<br />

de cana do mundo. Esta é a<br />

conclusão do pesquisador<br />

Ângelo Cavalcante, doutorando<br />

pelo Programa de<br />

Pós-Graduação em Geografia<br />

Humana da Faculdade<br />

de Filosofia, Letras e Ciências<br />

Humanas da USP. Segundo<br />

ele, trata-se de um<br />

“estado autônomo”, que,<br />

com a produção de energia<br />

elétrica, biomassa, etanol e<br />

açúcar, movimenta mais de<br />

R$ 100 bilhões ao ano. Região<br />

responde por mais de<br />

80% da produção canavieira<br />

do país.<br />

A Tailândia deve produzir recordes de cana e de açúcar na<br />

safra 2017/18, em meio a condições climáticas favoráveis<br />

no país, devendo ficar entre 11 milhões e 12 milhões de toneladas.<br />

Nos últimos dois anos, o segundo maior exportador<br />

global de açúcar sofreu com a pior seca em duas<br />

décadas, seguida de fortes chuvas que interromperam os<br />

trabalhos agrícolas em algumas regiões. O recorde anterior<br />

foi de 105 milhões de toneladas em 2014/15.<br />

Disputa<br />

O governo militar da Tailândia<br />

eliminou o controle dos preços<br />

domésticos do açúcar e<br />

da administração de vendas<br />

como parte de uma revisão<br />

regulamentar para evitar uma<br />

disputa comercial com o Brasil.<br />

Os movimentos foram delineados<br />

em uma série de<br />

documentos do governo. A<br />

partir de agora, os preços do<br />

açúcar se moverão de acordo<br />

com os preços do mercado.<br />

A Tailândia fornecia<br />

subsídios domésticos de 160<br />

bahts (5 dólares) por tonelada<br />

aos produtores de cana,<br />

estabelecia preços domésticos<br />

de açúcar entre 19 a<br />

22,50 bahts (0,6 a 0,7 dólar)<br />

por quilo e atribuía uma certa<br />

quantidade de açúcar para<br />

consumo doméstico enquanto<br />

exportava o resto.<br />

No início de ano, 60 usinas<br />

sucroenergéticas que produzem<br />

energia elétrica renovável<br />

e sustentável para o consumo<br />

próprio e para o Sistema<br />

Interligado Nacional<br />

passou a deter o Certificado<br />

Energia Verde, emitido pelo<br />

Programa de Certificação de<br />

Bioeletricidade. A iniciativa,<br />

lançada em 2015 pela Unica<br />

em cooperação com a Câmara<br />

de Comercialização de<br />

Energia Elétrica, tem o apoio<br />

A indústria de agrotóxicos está<br />

preocupada com a escassez<br />

de matéria-prima para a produção<br />

dos defensivos agrícolas.<br />

O cenário de oferta apertada<br />

decorre do endurecimento das<br />

Defensivos<br />

leis ambientais na China, maior<br />

produtora de matérias-primas<br />

para a indústria química, o que<br />

provoca o fechamento de fábricas<br />

e o aumento dos preços de<br />

princípios ativos nas indústrias<br />

da Associação Brasileira dos<br />

Comercializadores de Energia.<br />

O selo é a primeira certificação<br />

no Brasil focada na<br />

energia produzida a partir da<br />

cana.<br />

remanescentes. Diante disso, a<br />

expectativa de analistas é que<br />

os defensivos tenham aumento<br />

de no mínimo 30% este ano. O<br />

maior temor hoje é que haja<br />

falta de produtos.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 11

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!