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Ano 1 | Edição 6 | Maringá, junho de <strong>2018</strong> | Jornal Comunitário de Maringá<br />
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA! | Página 5<br />
José Carlos Leonel<br />
MARINGÁ - Após a apresentação<br />
do livro em Maringá, O <strong>FATO</strong><br />
<strong>MANDACARU</strong> quis saber mais sobre<br />
esse jovem jornalista italiano que entrevistou<br />
e escreveu o novo livro de<br />
Papa Francisco.<br />
Para encontra-lo usamos o instrumento<br />
que aparentemente teria sido<br />
criticado pelo Papa. Aparentemente<br />
sim, porque na verdade ao falar<br />
de Facebook, Francisco critica as<br />
pessoas que não sabem fazer uso dessa<br />
tecnologia e acabam tentando resolver<br />
tudo através dela.<br />
Uma rápida pesquisa entre os nomes<br />
de usuários nos conduziu ao perfil<br />
de Thomas Leoncini. Com uma<br />
mensagem privada escrita em italiano,<br />
pedimos a ele se nos concederia a<br />
honra de uma entrevista. 5 minutos<br />
depois Thomas nos responde surpreso<br />
e disponível:<br />
Thomas Leoncini: “Ciao Carlos,<br />
con molto piacere e grazie per<br />
avermi scritto... mandami pure<br />
quando vuoi le domande e rispondo...<br />
Ti abbraccio forte” (Oi Carlos,<br />
THOMAS LEONCINI<br />
JOVEM JORNALISTA QUE ESCREVEU O<br />
NOVO LIVRO DO PAPA CONCEDE<br />
ENTREVISTA EXCLUSIVA A “O <strong>FATO</strong>”<br />
Thomas Leoncini - Jornalista Italiano<br />
com muito prazer e obrigado por ter<br />
escrito. Me mande as perguntas<br />
quando quiser que respondo...)<br />
José Carlos Leonel: Foi assim,<br />
com bom uso da tecnologia que perguntamos<br />
a Thomaz: Como foi que um jovem<br />
jornalista como você teve a chance<br />
de escrever um livro do Papa?<br />
Thomas Leoncini:“Eu e o Papa<br />
Francisco nos encontramos pela<br />
primeira vez para conversarmos sobre<br />
o livro que escrevi junto com o<br />
grande Zygmunt Bauman. O encontro<br />
deveria ter durado 15 minutos,<br />
mas durou 'Uma Hora e Meia'”. Nasceu<br />
uma sintonia, o Papa ficou marcar<br />
outro encontro e quando se despediu<br />
me disse: “Refletirei sobre nosso<br />
encontro e te chamarei daqui uns<br />
dias. Dias depois meu telefone toca<br />
e quase não acreditei... Era ele, o Papa<br />
havia me telefonado. Já no telefone<br />
Francisco disse que pensa muito<br />
aos ‘milennials’ (geração dos nascidos<br />
a década de 80 e ano 2000 - e<br />
que cresceu tendo mais acesso às tecnologias<br />
da comunicação). Depois<br />
dessa conversa telefônica aconteceram<br />
várias outras até que o Papa decidiu<br />
que era hora de escrever um livro.<br />
Foi assim que passamos a nos<br />
encontrar a SANTA MARTA e que face<br />
a face escrevemos DIO È<br />
GIOVANE. (Deus é Jovem)”.<br />
José Carlos Leonel: Deus é<br />
jovem? Mas os jovens são os mais<br />
excluídos da existência serena<br />
neste mundo. Como o Papa enfrenta<br />
o tema?<br />
Thomas Leoncini: “Um dos<br />
pontos mais importantes do livro<br />
do Papa Francisco é o convite ao<br />
diálogo, sobretudo o diálogo entre<br />
as diversidades. Construindo muros<br />
não se obtém nada de diferente<br />
de guerras e ódio, construindo pontes<br />
passamos por momentos difíceis<br />
na fase de construção mas garantimos<br />
benefícios para o futuro.<br />
E ele fala de um futuro que chega rápido<br />
e que muda tudo. Respondendo<br />
a sua pergunta digo que o Papa<br />
declara que “os jovens são as primeiras<br />
vítimas da sociedade, são<br />
descartados e estão sempre enfrentando<br />
novos inícios que não levarão<br />
jamais a conclusões lógicas. O<br />
Papa porém diz que a união dos jovens<br />
com a outra parte dos descartados<br />
ou seja, os idosos, a sociedade<br />
poderá renascer. Temos necessidade<br />
que a maturidade memorizada<br />
pelos idosos doe raízes de coragem<br />
aos jovens. Será a indispensável<br />
força dos jovens a mudar a sociedade”.■
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