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Edição 05 - GrepoNews

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ENTREVISTA – BERNARD GRAHAM<br />

Game Designer do Grepolis<br />

O Bernard é Game Designer do Grepolis e trabalha para melhorar o jogo.<br />

Ele praticamente escuta a comunidade e faz com que a vida dos jogadores<br />

seja mais fácil e emocionante. Ele é Brasileiro e nossa equipe conversou<br />

com ele para que toda a nossa comunidade possa conhecê-lo um pouco<br />

mais.<br />

01) Nós queremos conhecer melhor o Bernard, saber de onde veio, por<br />

quanto tempo morou no Brasil e como foi – e tem sido – a adaptação em<br />

outro país, no tocante à distância, aceitação e diversidade cultural. Você<br />

pode nos contar um pouco sobre isso?<br />

R: Morei no Rio de Janeiro a minha vida inteira até mais ou menos 8<br />

meses atrás, quando eu vim para a Alemanha. Trabalhei em outras<br />

empresas de jogos antes de vir para cá e a experiência aqui esta muito legal,<br />

estou gostando bastante. Eu ouvi muito que o povo alemão era muito frio e<br />

que ia ser muito mais difícil de eu fazer amigos e tudo mais, mas até agora<br />

eu não tenho nada negativo para dizer.<br />

O pessoal da empresa me recebeu muito bem, inclusive em<br />

pequenas interações na rua, como ir à padaria, todos são sempre muito<br />

amigáveis e tentando me ajudar nas coisas. A experiência está sendo muito<br />

legal, também estou gostando bastante da interação cultural, minha esposa<br />

também veio comigo e já fez vários amigos, ela está se adaptando muito<br />

bem.<br />

Em termos de distância dos pais, irmão e o resto da família, tem<br />

um impacto, mas cada vez mais agora com a tecnologia a gente fica mais<br />

próximo, então, antes você não tinha uma ligação fácil por WhatsApp, por<br />

vídeo e tudo mais, essa distância era uma coisa muito maior. Hoje em dia<br />

eu me sinto muito mais próximo da minha família, mesmo estando longe.<br />

Eu também já fiquei longe do Brasil por alguns meses, quando eu era mais<br />

jovem, era muito mais difícil, era só telefonema e era caro, mas hoje em dia<br />

eu acho que esta muito mais fácil essa distância, não sinto tanto um<br />

impacto não.<br />

02) Você começou os estudos em Comunicação Social e 3 anos depois,<br />

em 2009, iniciou sua formação na área dos jogos. Desde então, toda sua<br />

carreira profissional foi com o foco em Game Design. Como começou o<br />

seu interesse no desenvolvimento de jogos e por quê escolheu essa área<br />

ao invés de continuar na área de Comunicação Social?<br />

R: Eu sempre desde moleque fui apaixonado por jogos, imagino que<br />

muitos de nós na área de jogos passa pela mesma coisa. Quando eu escolhi<br />

a faculdade que eu ia fazer, eram muitos raros os cursos que tinham a ver<br />

com jogos no Brasil, então eu meio que escolhi alguma coisa que remetia a<br />

criatividade e a criação de qualquer coisa, era algo muito mais limitado. Eu<br />

fiz a faculdade, cheguei a trabalhar um pouco com comunicação social em<br />

empresas de publicidade, mas eu logo percebi que aquilo não era o que eu<br />

queria, era muito diferente. Depois que eu terminei o curso e sai do rumo<br />

da comunicação eu resolvi dar um tempo, viajei para fora, passei 4 meses<br />

nos Estados Unidos para pensar no que eu queria de verdade e quando eu<br />

voltei, eu percebi que eu queria era trabalhar com jogos, trabalhar com<br />

Game Design especificamente.<br />

Então eu comecei a estudar por mim mesmo, comecei a ler vários<br />

livros e ir para eventos, foi quando eu comecei uma formação técnica na<br />

Estácio, de jogos digitais, que inclusive eu não terminei, pois nesse período<br />

eu consegui uma oportunidade para trabalhar, então eu acabei largando o<br />

curso e focando no trabalho. Foi quando eu comecei realmente trabalhar<br />

com jogos e aprender de verdade o que é ser Game Designer. Nessa época<br />

não tinha uma formação específica para Game Designer, eu já estava até<br />

considerando estudar com foco em arte, design gráfico no caso, ou com<br />

foco em programação para ver se eu conseguia uma brecha para entrar<br />

numa empresa de jogos no Brasil, que é muito complicado conseguir. A<br />

maioria das empresas não tinham Game Designer dedicado a isso, era<br />

sempre programador ou um artista que fazia que fazia o trabalho, ou o time<br />

mesmo que fazia junto, mas eu dei sorte e o Paulo Matos que era da<br />

Olympia Software na época, me deu a oportunidade de trabalhar com o<br />

Game Design e foi ai que eu comecei.<br />

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