Coroa Imperial da Áustria, conservada no Tesouro Imperial de Viena (Áustria) Fotos: Yelkrokoyale / Gryffindor 33
<strong>Luzes</strong> da Civilização Cristã Percebe-se nessa coroa muita bondade, própria de um reino paterno, uma joia perfeita. É a transesfera 4 , a águia bicéfala voando. Dignidade, bondade, esplendor, conforto e força A coroa de Luís XV é uma maravilha, mas comparada com a coroa austríaca… Eu a considero como a coroa mais bonita do mundo. Por quê? Por uma razão muito simples. É que, olhando-a, tenho a impressão da beleza total, insuperável e dificilmente igualável. Logo, tem de ser a mais bonita do mundo. A inteligência de não fazer dessa coroa um capacete todo fechado de metal, mas deixar aparecer dentro um gorro de veludo muito bonito, bem arranjado... Acho essa abertura ideal. Por cima do veludo passa uma espécie de arco, que toca numa ponta e se abre de um modo bonito. Ela tem algo de oriental. Aliás, percebe-se também o papel do sonho nessa coroa; não é uma coroa que se planeja, sonha-se com ela. É uma coisa diferente. Eu a considero a obra-prima em matéria de coroa. Ela é austera? É preciso ver o que se entende como austeridade; se é seriedade, gravidade, creio não haver dúvida de que ela é austera. O que essa coroa tem de muito interessante é qualquer coisa de materno. Um súdito que olha para essa coroa, e entenda que ela é feita para governá-lo, se sente protegido. Essa coroa é a imagem de um estado de espírito que abrange não apenas um aspecto, mas toda a mentalidade de um homem. Esse homem sonhou para si um estado de espírito de dignidade, de bondade, de esplendor, de conforto e de força; é o Céu na Terra para ele. E depois ele mandou executar o trabalho. v (Extraído de conferências de 13/5/1982, 6/6/1992 e 19/7/1992) 1) Rodolfo II de Habsburg (1552-1612). Arquiduque da Áustria, Imperador germânico, Rei da Hungria e da Boêmia, filho de Maximiliano II. 2) Conferência entre embaixadores das grandes potências europeias, realizada na capital austríaca, entre 2 de maio de 1814 e 9 de junho de 1815, cuja intenção era a de redesenhar o mapa político do continente europeu após a derrota da França napoleônica. 3) Do francês: desabrochar. 4) Assim denominava Dr. Plinio as realidades situadas em um plano metafísico, acima das realidades terrenas. 34