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Jornal Cocamar Agosto 2018

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INTEGRAÇÃO<br />

“Preciso da agricultura para<br />

ter resultado com a pecuária”<br />

Família Neves Baptista, de Presidente Bernardes, São Paulo, descobriu<br />

na ILP a solução para ter lucratividade e sustentabilidade no negócio<br />

Afamília Neves Baptista,<br />

da Fazenda Santa Rita<br />

de Cássia localizada<br />

em Presidente Bernardes,<br />

São Paulo, sempre foi essencialmente<br />

pecuarista. E<br />

apesar de investir na reforma<br />

dos 2.129,6 hectares de pastagem,<br />

nos últimos anos não vinha<br />

obtendo bons resultados.<br />

“Estávamos dando ‘vitamina’<br />

para planta velha. Adubávamos,<br />

mas o pasto sempre ficava<br />

seco no inverno e tínhamos<br />

que fazer uma alimentação<br />

complementar do gado ou<br />

confinar. Não estava mais dando<br />

resultado e ficava cada vez<br />

mais difícil fazer a reforma da<br />

pastagem”, afirma Rômulo Neves<br />

Baptista, que junto com seu<br />

irmão Mário comanda a propriedade<br />

da família.<br />

SOLUÇÃO - A solução encontrada<br />

foi a Integração Lavoura<br />

Pecuária (ILP), apesar de<br />

nunca ter se imaginado produzindo<br />

grãos. Começou com<br />

uma pequena área de soja,<br />

46,5 hectares na safra 2016/<br />

17 e foi ampliando aos poucos.<br />

“Pensávamos que se com a<br />

agricultura só conseguíssemos<br />

cobrir os custos da reforma<br />

do pasto, já estaria<br />

bom. Mas com a integração<br />

melhorou muito a rentabilidade<br />

da pecuária”, diz Rômulo<br />

ressaltando que hoje precisa<br />

da agricultura para ter resultado<br />

com a pecuária.<br />

“Agora tenho pasto verde e abundante,<br />

mesmo no inverno, os animais<br />

têm um ganho de peso<br />

espetacular, sem dar qualquer<br />

complemento alimentar, melhorando<br />

muito os resultados com a<br />

pecuária”, destaca o pecuarista<br />

acrescentando que está trabalhando<br />

para diminuir também o<br />

ciclo de produção dos animais finalizando-os<br />

para abate, a pasto,<br />

com dois anos em vez de três,<br />

como ocorre hoje.<br />

Os irmãos Neves Baptista (à direita), com o agrônomo Diogo Rojas e um funcionário da fazenda<br />

ESCOLA - Segundo o engenheiro<br />

agrônomo Diogo Cardoso<br />

Rojas, da unidade da <strong>Cocamar</strong><br />

de Presidente Prudente (SP),<br />

que é especialista em ILPF e<br />

atende aos irmãos pecuaristas,<br />

o primeiro ano foi uma espécie<br />

de escola, com muitos erros,<br />

por causa da falta de experiência,<br />

da equipe da fazenda, com<br />

a cultura, mas já com os primeiros<br />

resultados aparecendo.<br />

Na área foi feito primeiro o preparo<br />

e implantação de pastagem<br />

para posterior plantio da soja,<br />

que acabou sendo tardio por<br />

causa da estiagem. Também, o<br />

custo com dessecação e manejo<br />

de plantas daninhas foi alto e<br />

houve um aumento no custo<br />

com adubação, em 50% da área,<br />

por erro na regulagem da máquina,<br />

resultando em um custo<br />

médio total de R$126.805,50/ha.<br />

A lavoura ainda passou por 22<br />

dias sem chuvas e com altas<br />

temperaturas, chegando a 42ºC,<br />

na fase de enchimento de grão.<br />

E como a colheita é terceirizada,<br />

houve 10 dias de atraso com perda<br />

estimada na colheita de 7 a<br />

10 sc/ha.<br />

J or n al d e S er vi ço Co c am ar | 9

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