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Jornal Paraná Setembro 2018

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CANA-DE-AÇÚCAR<br />

sem isso. E o melhor<br />

caminho para se ter qualidade<br />

de muda é via Muda<br />

Pré-Brotada. O sucesso da<br />

atividade só é possível se<br />

tiver uma boa base”, citou<br />

ressaltando que o setor tem<br />

pago um alto preço por não<br />

ter cuidado disso. “Tem que<br />

deixar de enterrar cana e<br />

plantar muda”.<br />

Isso significa também caprichar<br />

no preparo do solo e<br />

tratos culturais, com análise<br />

e correção do solo com precisão,<br />

controle de pragas,<br />

doenças e plantas daninhas,<br />

uso de maturadores e inibidores<br />

de florescimento, além<br />

de fazer uso do plantio direto,<br />

de meiosi e de uma boa<br />

distribuição varietal, com no<br />

máximo 15% a 20% de cada<br />

variedade. Sem falar no cuidado<br />

com o stand da lavoura,<br />

sem falhas. “As outras<br />

culturas não convivem com<br />

falhas, não têm tolerância,<br />

só na cana isso acontece e<br />

não dá para ser assim”, enfatizou<br />

o consultor.<br />

Segundo Hilário, a longevidade<br />

do canavial passa pela<br />

qualidade do plantio com muda<br />

sadia, escolha apropriada<br />

das variedades (mínimo risco<br />

e máxima eficácia), qualidade<br />

das colheitas sem arranquio<br />

de soqueira ou pisoteio, e<br />

qualidade dos tratos culturais<br />

garantindo um bom stand.<br />

“Tem que pensar em reposição<br />

de falhas, desde que seja<br />

viável economicamente, para<br />

aumentar a produtividade e<br />

longevidade do canavial”.<br />

Mudas pré-brotadas: sucesso depende de boa base<br />

Rotação, meiosi e plantio direto são básicos<br />

Para o engenheiro agrônomo<br />

e consultor, Hilário Gonçalves,<br />

a rotação de culturas tem que<br />

entrar em qualquer projeto e<br />

se puder ganhar dinheiro com<br />

as demais culturas, melhor<br />

ainda. “Com a rotação de culturas,<br />

o produtor ganha sempre,<br />

mesmo que seja apenas<br />

não perdendo o patrimônio,<br />

que é o solo”, disse ressaltando<br />

que não existe tecnologia<br />

que busca a terra dentro<br />

do rio.<br />

Além das opções de cobertura<br />

verde, citou o consultor, a<br />

rotação pode ser feita com<br />

amendoim ou soja, que tem a<br />

vantagem de ter tecnologia,<br />

domínio do sistema e infraestrutura<br />

disponíveis na região e<br />

por atender a necessidade de<br />

faturamento na entressafra.<br />

Hilário enfatizou, entretanto,<br />

que a prioridade no planejamento<br />

deve ser a cana-deaçúcar<br />

e não as culturas intercalares,<br />

que devem ser encaixadas<br />

dentro das necessidades<br />

da cultura, escolhendo<br />

variedades de soja precoce e<br />

fazendo uso da meiosi (Método<br />

Interrotacional Ocorrendo<br />

Simultaneamente). “Com<br />

as novas variedades de soja,<br />

melhor tratamento de semente<br />

e maior proteção da cultura,<br />

tem se obtido produtividades<br />

maiores com a cultura intercalar,<br />

em torno de 60 sacas<br />

por hectare, o que dá boa lucratividade”.<br />

Cana-de-açúcar deve ser prioridade no planejamento das culturas intercalares<br />

E a meiosi deve vir acompanhada<br />

de outras tecnologias<br />

como o uso de piloto automático,<br />

espaçamento adequado,<br />

preparo localizado (canterizador),<br />

irrigação com água de<br />

qualidade, boa adubação, sanidade<br />

e cuidado com a origem<br />

da muda porque, segundo<br />

o consultor, uma boa taxa<br />

de multiplicação só é possível<br />

se o produtor levar para o<br />

campo uma boa base MPB.<br />

“As vantagens da meiosi em<br />

relação ao plantio convencional<br />

é que se colhe mais cedo,<br />

com maior produtividade, não<br />

perde cana industrial nem volume<br />

de produção, reduz o<br />

custo das operações, tem<br />

maior longevidade o canavial<br />

e usa muda de qualidade e em<br />

menor volume”, afirmou.<br />

Outra recomendação feita por<br />

Hilário é quanto ao uso de<br />

plantio direto ou reduzido.<br />

“Tem sido adotado com bons<br />

resultados em outras culturas,<br />

reduz custos de 8% a 13%,<br />

conserva o solo, e mostra resultados<br />

principalmente em<br />

períodos de estiagem prolongados<br />

ou de chuvas intensas,<br />

mantendo a umidade do solo<br />

por mais tempo e evitando a<br />

erosão”, exemplificou. Isso<br />

sem falar que há redução do<br />

número de equipamentos<br />

usados e operações, da potência<br />

dos tratores, melhor<br />

conservação da soja (cobertura<br />

morta), maior agilidade<br />

no plantio de soja e de cana,<br />

melhor qualidade de sulcação<br />

em período de estiagem.<br />

A Syngenta atua nesse segmento<br />

com Plene PB, uma<br />

tecnologia inovadora de plantio,<br />

oriunda de mudas sadias<br />

dos viveiros Syngenta (meristemas),<br />

tratadas de forma industrial<br />

com tecnologias de<br />

proteção de cultivos, proporcionando<br />

controle de doenças<br />

e pragas e melhor estabelecimento<br />

da cultura, Atualmente<br />

o Plene PB, possui alta performance<br />

em pegamento, velocidade<br />

de desenvolvimento<br />

e melhor taxa de multiplicação,<br />

promovendo excelentes<br />

retornos em TCH e longevidade<br />

do canavial, segundo a<br />

empresa.<br />

14 <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>

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