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CANA-DE-AÇÚCAR<br />
sem isso. E o melhor<br />
caminho para se ter qualidade<br />
de muda é via Muda<br />
Pré-Brotada. O sucesso da<br />
atividade só é possível se<br />
tiver uma boa base”, citou<br />
ressaltando que o setor tem<br />
pago um alto preço por não<br />
ter cuidado disso. “Tem que<br />
deixar de enterrar cana e<br />
plantar muda”.<br />
Isso significa também caprichar<br />
no preparo do solo e<br />
tratos culturais, com análise<br />
e correção do solo com precisão,<br />
controle de pragas,<br />
doenças e plantas daninhas,<br />
uso de maturadores e inibidores<br />
de florescimento, além<br />
de fazer uso do plantio direto,<br />
de meiosi e de uma boa<br />
distribuição varietal, com no<br />
máximo 15% a 20% de cada<br />
variedade. Sem falar no cuidado<br />
com o stand da lavoura,<br />
sem falhas. “As outras<br />
culturas não convivem com<br />
falhas, não têm tolerância,<br />
só na cana isso acontece e<br />
não dá para ser assim”, enfatizou<br />
o consultor.<br />
Segundo Hilário, a longevidade<br />
do canavial passa pela<br />
qualidade do plantio com muda<br />
sadia, escolha apropriada<br />
das variedades (mínimo risco<br />
e máxima eficácia), qualidade<br />
das colheitas sem arranquio<br />
de soqueira ou pisoteio, e<br />
qualidade dos tratos culturais<br />
garantindo um bom stand.<br />
“Tem que pensar em reposição<br />
de falhas, desde que seja<br />
viável economicamente, para<br />
aumentar a produtividade e<br />
longevidade do canavial”.<br />
Mudas pré-brotadas: sucesso depende de boa base<br />
Rotação, meiosi e plantio direto são básicos<br />
Para o engenheiro agrônomo<br />
e consultor, Hilário Gonçalves,<br />
a rotação de culturas tem que<br />
entrar em qualquer projeto e<br />
se puder ganhar dinheiro com<br />
as demais culturas, melhor<br />
ainda. “Com a rotação de culturas,<br />
o produtor ganha sempre,<br />
mesmo que seja apenas<br />
não perdendo o patrimônio,<br />
que é o solo”, disse ressaltando<br />
que não existe tecnologia<br />
que busca a terra dentro<br />
do rio.<br />
Além das opções de cobertura<br />
verde, citou o consultor, a<br />
rotação pode ser feita com<br />
amendoim ou soja, que tem a<br />
vantagem de ter tecnologia,<br />
domínio do sistema e infraestrutura<br />
disponíveis na região e<br />
por atender a necessidade de<br />
faturamento na entressafra.<br />
Hilário enfatizou, entretanto,<br />
que a prioridade no planejamento<br />
deve ser a cana-deaçúcar<br />
e não as culturas intercalares,<br />
que devem ser encaixadas<br />
dentro das necessidades<br />
da cultura, escolhendo<br />
variedades de soja precoce e<br />
fazendo uso da meiosi (Método<br />
Interrotacional Ocorrendo<br />
Simultaneamente). “Com<br />
as novas variedades de soja,<br />
melhor tratamento de semente<br />
e maior proteção da cultura,<br />
tem se obtido produtividades<br />
maiores com a cultura intercalar,<br />
em torno de 60 sacas<br />
por hectare, o que dá boa lucratividade”.<br />
Cana-de-açúcar deve ser prioridade no planejamento das culturas intercalares<br />
E a meiosi deve vir acompanhada<br />
de outras tecnologias<br />
como o uso de piloto automático,<br />
espaçamento adequado,<br />
preparo localizado (canterizador),<br />
irrigação com água de<br />
qualidade, boa adubação, sanidade<br />
e cuidado com a origem<br />
da muda porque, segundo<br />
o consultor, uma boa taxa<br />
de multiplicação só é possível<br />
se o produtor levar para o<br />
campo uma boa base MPB.<br />
“As vantagens da meiosi em<br />
relação ao plantio convencional<br />
é que se colhe mais cedo,<br />
com maior produtividade, não<br />
perde cana industrial nem volume<br />
de produção, reduz o<br />
custo das operações, tem<br />
maior longevidade o canavial<br />
e usa muda de qualidade e em<br />
menor volume”, afirmou.<br />
Outra recomendação feita por<br />
Hilário é quanto ao uso de<br />
plantio direto ou reduzido.<br />
“Tem sido adotado com bons<br />
resultados em outras culturas,<br />
reduz custos de 8% a 13%,<br />
conserva o solo, e mostra resultados<br />
principalmente em<br />
períodos de estiagem prolongados<br />
ou de chuvas intensas,<br />
mantendo a umidade do solo<br />
por mais tempo e evitando a<br />
erosão”, exemplificou. Isso<br />
sem falar que há redução do<br />
número de equipamentos<br />
usados e operações, da potência<br />
dos tratores, melhor<br />
conservação da soja (cobertura<br />
morta), maior agilidade<br />
no plantio de soja e de cana,<br />
melhor qualidade de sulcação<br />
em período de estiagem.<br />
A Syngenta atua nesse segmento<br />
com Plene PB, uma<br />
tecnologia inovadora de plantio,<br />
oriunda de mudas sadias<br />
dos viveiros Syngenta (meristemas),<br />
tratadas de forma industrial<br />
com tecnologias de<br />
proteção de cultivos, proporcionando<br />
controle de doenças<br />
e pragas e melhor estabelecimento<br />
da cultura, Atualmente<br />
o Plene PB, possui alta performance<br />
em pegamento, velocidade<br />
de desenvolvimento<br />
e melhor taxa de multiplicação,<br />
promovendo excelentes<br />
retornos em TCH e longevidade<br />
do canavial, segundo a<br />
empresa.<br />
14 <strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong>