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11ª Edição_Revista ATRAÇÃO

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R E V I S T A<br />

Ciências:<br />

Magnética e Espírita<br />

<strong>11ª</strong> <strong>Edição</strong> - agosto/setembro de 2018<br />

Ações Centrípta<br />

e Centrífuga<br />

durante o passe magnético<br />

A espiritualidade<br />

como fator protetivo na<br />

prevenção ao suicídio<br />

Os maiores<br />

patrimônios<br />

do homem<br />

Pácto Áureo<br />

Finado Romão<br />

apenas passando<br />

a mão deixava<br />

um boi curado<br />

1


LEGADOS QUE FICAM NA MEMÓRIA<br />

Fatos reais do nosso cotidiano<br />

H O M E N A G E M<br />

Série Emanuel Zacarias<br />

O PARTO<br />

Transcrito do Livro RETALHOS DO TEMPO de Emanuel Zacarias da Silva (<strong>Edição</strong> - 1984)<br />

Por Júlio César 1<br />

Aracaju - SE<br />

¹ Psicólogo, Empresário e Magnetizador Espírita<br />

O nascimento representa o ponto culminante de uma viagem, onde o passageiro, um ser<br />

arraigado a outro que lhe deu origem, passa do estado de indiferença e toma uma posição de<br />

intrépida presença num novo ambiente que lhe é a princípio, hostil, desconhecido.<br />

É como se de repente abríssemos o túnel do tempo e, entre dores e gemidos, a mulher realiza<br />

a grande função psicobiológica que a natureza lhe conferiu: a maternidade.<br />

Aspecto cansado, olhar ansioso<br />

A mulher espera, com andar<br />

vagaroso...<br />

O parto!<br />

Semente que cresceu, no ventre<br />

que a acolheu.<br />

Veio o tempo, surge a hora<br />

e na agonia da demora<br />

a chegada impaciente do parto!<br />

O seguimento da vida<br />

amor, doação, guarida<br />

momento de luz e de dor<br />

alegria, angústia e calor.<br />

2<br />

Sofrimento fecundo<br />

vida nova vem ao mundo<br />

pelo espaço que se cria<br />

num ventre que se esvazia...<br />

pelo parto!<br />

Pela bênção de ser mãe<br />

fonte de amor e vida<br />

braços que se abraçam a barriga<br />

fortes dores que avisam...<br />

o parto!<br />

Ato doloroso, instante<br />

maravilhoso<br />

novo fruto, novo ser<br />

criança vindo a nascer<br />

pela graça inaudita<br />

pela luz infinita<br />

pelo parto!<br />

Contrações que se processam<br />

se amiúdam e inquietam<br />

gerando o instante maior<br />

da aguda travessia<br />

do parto!<br />

O parto é chegado, a morte<br />

é partida.<br />

A existência é passagem,<br />

tempo que marca uma vida.<br />

Quem parte sem dor, não leva<br />

saudade.<br />

se o momento faz o amor<br />

o parto opera o milagre.


Na 10ª edição, publicamos que o escritor Emanuel<br />

Zacarias era natural de Estância. Foi uma falha, pois,<br />

ele é aracajuano, e chegou a escrever para jornais da<br />

cidade de Estância e da Capital sergipana.<br />

Também é médico formdo pela UFS. Esteve também,<br />

participando do Movimento da Academia Sergipana<br />

de Letras.<br />

Pois quem nasceu já vivia<br />

no útero aconchegado<br />

como alma adormecida<br />

como corpo semi-acordado.<br />

Corpo e alma, tudo é vida.<br />

Vida que acorda,<br />

desperta consciente<br />

animal, ser humano, gente!<br />

Rebento que aflora<br />

nasce o menino,<br />

menina que chora<br />

pelo processo divino<br />

pelo fenômeno<br />

do parto!<br />

3


- -<br />

DEPOIMENTOS<br />

Desde que conheci a <strong>Revista</strong> Atração, através<br />

do amigo Izaías, fiquei encantado com a beleza<br />

gráfica de sua apresentação; a forma moderna de<br />

sua veiculação por meio virtual e, acima de tudo,<br />

pela qualidade das matérias que proporcionam<br />

a todos nós leitores uma vasta gama de conhecimentos,<br />

ajudando-nos a crescer como pessoas<br />

materiais e espirituais.<br />

É importante destacar, com louvor, os sábios<br />

e intensos ensinamentos sobre o magnetismo que<br />

cura o corpo e a alma. Indubitavelmente, é um fantástico<br />

veículo de comunicação para o bem.<br />

Parabéns aos que idealizaram e mantém viva<br />

a <strong>Revista</strong> Atração.<br />

GEPC<br />

GRUPO ESPÍRITA PAZ E CARIDADE<br />

Rua Abelardo Andrea nº 1, Centro<br />

Lauro de Freitas - Bahia<br />

Contato : Carlos<br />

Telefone: 3378-3637 / 99680496<br />

E-mail: cassos@oi.com.br<br />

Atendimentos:<br />

Quartas-feiras às 14h e 18h30<br />

Moacir Araújo de Sousa<br />

Economiário - ex Gerente da Caixa Econômica Federal<br />

Professor graduado em História pela UNEB<br />

Pós-graduado em Qualidade e Produtividade pela UFS<br />

Pós-graduado em Didática do Ensino Superior<br />

pela Faculdade Pio Décimo<br />

Curso de Extensão em Gestão Pública pela<br />

Universidade Federal de Santa Catarina<br />

Mestre em Geografia pela UFS<br />

Doutor em Geografia pela UFS na<br />

linha de Pesquisa Análise Regional<br />

" A <strong>Revista</strong> Atração traz uma<br />

leitura acessível e importante para<br />

a sociedade, abordando questões<br />

de Saúde e Espiritualidade, com temas<br />

relevantes envolvendo o corpo,<br />

a alma e a mente, visando a saúde e<br />

o bem estar. Dessa forma, observo<br />

que tem o intuito de auxiliar o leitor<br />

a ter uma melhor qualidade de vida<br />

além do incentivo a leitura. Por fim,<br />

parabenizo a todos os envolvidos na<br />

elaboração e edição da revista."<br />

"Tive a honra de ler todas as edições da revista<br />

atração e posso afirmar que é uma das mais<br />

completas e extraordinária que pude apreciar. Além<br />

de abordar a doutrina espírita /cristã com muita<br />

sabedoria e respeito, abrange a questão do magnetismo,<br />

reafirmando como os espíritos encarnados<br />

e desencarnados, se beneficiam através dessa ciência,<br />

muita vezes solitárias, em busca do equilíbrio<br />

espiritual, cura e proteção.<br />

Aproveito para fazer um pedido. Gostaria<br />

de ver um espaço reservado aos alunos de escolas<br />

para divulgação de seus poemas, visando<br />

o estímulo à literatura e a formação de futuros<br />

acadêmicos.<br />

Desejamos aos editores e idealizadores da revista.<br />

SUCESSO TOTAL!"<br />

Lafontaine, afirmava:<br />

A alma não se altera pelo mau estado do seu<br />

instrumento, mas é condenada à inércia se<br />

a harmonia se rompe. A alma e o corpo têm<br />

uma vida que lhes é própria e que, perfeitamente<br />

harmonizados, constituem a vida<br />

normal do homem.<br />

Fonte:<br />

4<br />

ERRATA<br />

Escritor e poeta EUVALDO LIMA<br />

Na 10ª edição, foi publicado o nome do escritor<br />

ao lado como se fosse o poeta JOÃO LOVER.<br />

O correto é: Euvaldo Lima Escritor e<br />

poeta sergipano Membro da Academia<br />

Gloriense de Letras<br />

Presidente do Centro Espírita<br />

“Ivone Pereira”na cidade em que reside.<br />

A INTERAÇÃO ENTRE CORPO E ESPÍRITO<br />

A MEMÓRIA E O TEMPO - pagina 102 - CAPÍTULO iii<br />

Hermínio C. Miranda<br />

Luiza Carla N. Dantas<br />

Nutricionista<br />

<strong>11ª</strong> <strong>Edição</strong> -agosto / setembro de 2018<br />

REVISTA<br />

O magnetismo de Deus em nossas vidas<br />

<strong>Revista</strong> Atração, ano 01 nº 11, é uma publicação bimensal<br />

Diretora Responsável IVONETE SANTOS CONCEIÇÃO<br />

Editor ISAIAS MARINHO CONCEIÇÃO<br />

Revisor(a) VIVIANE JULIÃO<br />

Diagramação BERGSON MARINHO<br />

Fotografias: LURDINHA LISBOA<br />

Atendimento ao Leitor: MICHELE FÉLIX<br />

Rita de Cascia N. Freire<br />

Escritora/poetisa, professora<br />

Formada em letras, português /Inglês<br />

Especialista em educação e psicopedagoga clínica e institucional.<br />

Ocupa a cadeira de número 13,<br />

na Academia Japoatanense de letras e Artes<br />

É um veículo destinado a promover e fortalecer o Movimento<br />

Espírita, assim como levar a ciência Magnética ao conhecimento da<br />

humanidade em prol da saúde física e espiritual no cenário mundial.<br />

Visa também consolidar o intercâmbio doutrinário em favor da<br />

humanidade, resultante da união das duas ciências.<br />

COLABORAM NESTA EDIÇÃO: Antônio Francisco (Saracura), Domingos Pascoal, Jacob Melo, Rita de Cácia S Souza, Raissa<br />

Encinas (Vórtice), Josilene S L Barbosa, Norma A de Oliveira, Telma M S Machado, Silvan Aragão.<br />

Publicidade / Contato<br />

atracao.magnetismo.emrevista@gmail.com<br />

Fones: (79)99650.4887 VIVO<br />

(79)99152.1642 TIM


Atendimento Magnético na Bahia<br />

Editorial<br />

O trabalho na forma de ENERGIA<br />

Foram inúmeras as vezes em que O ouvir dizer “transforma esta água em remédio<br />

salutar para a cura do corpo e da alma daqueles que aqui vêm para saciar-se, porque<br />

creem em Ti Senhor”, e com as mãos elevadas e dedos em movimento sobre cada recipiente<br />

cheio d´água e espalhados sobre a mesa, com a maestria de um sábio “chef”,<br />

fluidificava-a. Era a sua energia pessoal posta a serviço do Outro. Estou falando de<br />

Eribaldo Glebison Prata, eterno presidente do Pronto Socorro Bezerra de Menezes<br />

(1941-2018).<br />

Professor Eribaldo, como era conhecido, foi um homem dedicado a causa espírita.<br />

O seu dia a dia, dado o conhecimento e merecimento que possuía, e a assistência<br />

espiritual, foi um trabalhador incansável, em beneficiar, o quanto pode, o Outro. Acho<br />

até que Ele se inspirava no que disse Chico Xavier: “(...) através de nossas ações sobre<br />

os Outros, traçamos os nossos próprios caminhos”.<br />

E, numa destas ocasiões, na “Sala do Passe” alguém lhe pediu para tocar no vaso<br />

com água que consigo trazia. Ele a olhou e, mansamente, lhe disse “realmente crê,<br />

mas saiba: o que vem de mim não é meu, é Dele”. Nesse momento me transportei<br />

para um “tempo” da minha infância em que mantive contato direto com homens e<br />

mulheres tidos como “benzedores ou rezadores”, os quais, assim como<br />

Ele, possuidores de um “MAGNETISMO” capaz de restabelecer o<br />

equilíbrio corporal, físico e espiritual, e que conscientes ou não,<br />

doavam-se, davam-se, a favor dos necessitados e carentes de um<br />

“estado”, de uma “condição”, físico-espiritual ajustado.<br />

No presente temos a parceria da ciência, com técnicas e métodos,<br />

atestando a sua existência e seus efeitos, tão bem utilizados pelos<br />

bem feitores. O Magnetismo é real, e tem sido hoje, assim como<br />

no passado, prática adotada por profissionais e religiosos, terapeuticamente,<br />

em benefício da humanidade.<br />

Wellington de Campos<br />

Advogado e Professor<br />

5


Uma obra a ser explorada e saboreada<br />

O Dr. Luiz Carlos Andrade, médico, idealizador<br />

e obstinado.<br />

O que podemos dizer do Dr. Luiz?<br />

Que adjetivo formular à um homem de cultura<br />

e saber inigualável?!!!!<br />

Fica aqui uma pergunta aos que o conhece de<br />

perto, ou melhor, aos que o conhece dos tempos<br />

memoráveis de seu tempo de jovem irrequieto e<br />

sempre desejoso de alçar voos rumo ao futuro, num<br />

tempo de aventuras inesquecíveis e sadias.<br />

Ele, itabaianense. Dessa terra de gente articulada,<br />

sonhadora e de atitudes práticas que os levam<br />

ao sucesso. Itabaiana (SE), cidade de belezas inquestionáveis<br />

e produtora de riquezas que fazem crescer<br />

o nordeste brasileiro. Quem nunca ouviu falar desse<br />

lugar de gente de fé e de valor!<br />

Dr. Luiz Carlos Andrade, cultiva o amor à aquela<br />

terra onde sua raiz fora plantada e dela extraindo<br />

a seiva que suscita a sua adoração a seu lugar que<br />

o nutre com histórias – “verdadeiras fábulas”, despertando<br />

nele, a vontade incalculável de escrever,<br />

aplicando ao conhecimento acadêmico, tudo aquilo<br />

que o mundo pode ofertar. São histórias fantásticas<br />

que na atual obra - o livro “Coisas da Vida”, ele leva<br />

seus leitores ao imaginário encantado e descolado<br />

com as ações de cada ser humano. Na obra, temos<br />

inúmeros exemplos que marcaram a vida do médico,<br />

a ponto de impulsioná-lo a escrever como se<br />

estivesse vivenciando aqueles momentos áureos,<br />

aqueles acontecimentos, como o caso de Maceta<br />

– “o policial de última hora”, da Garçonete Zipper,<br />

da Genialidade indevida, do Prof. Rivas, dos WC<br />

Masculino e WC Feminino, além de outras<br />

histórias empolgantes que você leitor<br />

irá descobrir e se encantar ao ler essa<br />

obra fabulosa e popular. Diríamos,<br />

de qualidade inenarrável.<br />

É como se estivéssemos<br />

deixando para o leitor a possibilidade<br />

de visualização das curvas<br />

e rasgos atraentes de uma blusa em<br />

decote, expondo a beleza de suas formas em total<br />

transparência.<br />

6<br />

Vale apena conferir essa expressiva obra.


O Pácto Áureo é a confirmação incontestável do<br />

ideal unificacionista propugnado pelo codificador.<br />

Por ISAIAS MARINHO<br />

Para falar desse fato inesquecível, sigamos numa<br />

viagem que nos levará ao ano de 1904 e, em seguida,<br />

avançaremos no tempo. Iremos ao ano de 1949.<br />

Usaremos uma narrativa como se lá estivéssemos<br />

vivenciando esses momentos decisivos, ao vivo e a cores.<br />

Estamos no ano de 1904.<br />

Existe no meio espírita, sinais de preocupação com<br />

referência ao futuro da doutrina, principalmente com<br />

referência ao seu estudo e prática no mundo e principalmente<br />

aqui na Terra do Cruzeiro. Para nós, dirigentes a-<br />

tuais, é necessário ações decisivas que viabilizem a unicidade<br />

dos postulados da Doutrina Consoladora. E isso vem<br />

tomando forma e fôlego para possível concretização.<br />

Temos fé em Deus e tudo se concretizará.<br />

Meu Deus! Meus Deus! Orienta-nos, mostra-nos o<br />

caminho seguro a seguir.<br />

Senhor! A Doutrina Espírita precisa de mentes comprometidas<br />

com seu ideal, precisa de nosso apoio, de<br />

nossa luta com o intuito de evitar o naufrágio de suas<br />

bases.<br />

O tempo passa, passa e passa lentamente como se<br />

quisesse nos preparar para o dia “D”, o dia de glória.<br />

Chegamos hoje ao dia 1º de outubro de 1904, o<br />

“REFORMADOR” está publicando um documento intitulado<br />

“Bases da Organização Espírita”, cogitando pela<br />

primeira vez, da criação, em todos os Estados da União,<br />

de um órgão unificador, que através da comunicação com<br />

órgãos semelhantes de outros Estados e com a Federação<br />

Brasileira, possa manter a harmonia do movimento espírita,<br />

garantindo dessa forma sua unidade propiciando<br />

condições de uma expansão segura e equilibrada da Doutrina,<br />

evitando mistificações e discordância doutrinária.<br />

Agora, tomemos nossa condução rumo ao ano de<br />

1949.<br />

Aqui chegamos e aqui estamos buscando consolidar<br />

o ideal que norteou as “Bases da Organização Espírita”.<br />

Estamos quarenta e cinco anos depois daquela data<br />

memorável, junto aos possíveis signatários do pacto áureo.<br />

Isto é, do nosso objetivo.<br />

Enxergamos nessa busca de elaboração um propósito<br />

de reforçar aquelas “Bases”, o que permitirá a adoção<br />

de medidas mais concretas em face das intenções nelas<br />

especificadas, ou seja, a divulgação do espiritismo e a<br />

união dos espíritas. Estamos assistindo tudo isso. Urge<br />

uma ação decisiva e definitiva por conta do momento extremamente<br />

difícil em que passamos. Temos o compromisso<br />

da efetivação do ideal espírita.<br />

Desde o dia 02 de outubro desse, estamos aqui.<br />

Estamos recepcionando e registrando a presença de delegações<br />

nacionais e estrangeiras (Argentina, Cuba, México,<br />

Porto Rico, EUA, Colômbia e Uruguai) reunidas aqui<br />

no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, participando<br />

do ato inaugural do 2º Congresso Espírita Pan-Americano.<br />

E nesse momento, temos uma sensação de que algo engrandecedor<br />

irá acontecer. É uma sensação agradável e<br />

inexplicável. Meu Deus!<br />

Chegamos ao dia 05 de outubro de 1949.<br />

Estamos agora em meio a uma reunião de instituições<br />

mais expressivas, reunidas aqui na sede da Federação<br />

Espírita Brasileira e tendo como um dos paladinos o Dr.<br />

Bezerra de Menezes. Estamos celebrando o PÁCTO ÁU-<br />

REO DA CONFRATERNIZAÇÃO GERAL DOS ESPÍRITAS DO<br />

BRASIL. É contagiante e imensurável o que estamos vivenciando<br />

nesse momento. É tanta emoção. Estamos tendo<br />

a impressão de que do céu está descendo a LUZ e a PAZ.<br />

Há uma intensa vibração de fraternidade. Afirmamos que<br />

aqui nesse momento há a VITÓRIA DO AMOR.<br />

7


O PODER DOS MOVIMENTOS<br />

E a mudança de direção<br />

As ações Centrípeta e<br />

Centrífuga durante<br />

o Passe Magnético<br />

Assim como os Giros<br />

Horário e Ante Horário<br />

Por Isaias Marinho_Aracaju - SE<br />

Existe uma ação na aplicação do passe que<br />

sempre mim intrigou, a ponto de chamar minha<br />

atenção. Acredito que deve ter chamado a atenção<br />

de muitas pessoas ligadas ao passe magnético.<br />

Sempre aprendemos ou quase sempre, que<br />

o sentido da aplicação do passe deve ser horário.<br />

Mas cinco coisas levaram-me à reflexão, culminando<br />

com a conclusão de que a ação energética<br />

em nossas vidas, possuem dois sentidos. Horário<br />

e ante horário, assim como a ação que segue os<br />

sentidos - para cima (calmante) e para baixo (ativante),<br />

que também podemos chamar de ação<br />

centrípeta e centrífuga.<br />

Dados que chamaram-me a atenção:<br />

1º) Os movimentos das rodas de um carro.<br />

2º) O vídeo de uma animação publicada na internet.<br />

3º) A ação de uma máquina de lavar.<br />

4º) O movimento da terra – rotação e translação.<br />

5º) Quando Jacob Melo em sua palestra (curso)<br />

no Paraná, em uma de suas apresentações, ele<br />

explica sobre fluxo e refluxo.<br />

Agora analisemos o processo.<br />

• Os astros / planetas movimentam-se nas<br />

duas formas – agindo e reagindo com seus<br />

movimentos de rotação e translação.<br />

• Acreditamos que os movimentos energéticos<br />

exercidos pelos seres têm esses dois<br />

sentidos, rotação e translação, assim como,<br />

também têm em si as forças centrífuga e<br />

centrípeta, basta analisarmos os impulsos<br />

que damos para cima, ao mesmo tempo que<br />

detectamos, que existe a força da gravidade<br />

sempre nos puxando para baixo.<br />

• Quando aplicamos o passe magnético,<br />

também existe essas ações, tanto é que os<br />

vídeos relatados no 2º item, apresentam os<br />

micro túbulos girando para a direita e para<br />

esquerda, para dentro e para fora, explicando<br />

fielmente o movimento dos vórtices, onde<br />

demonstra que o sentido horário não é o único<br />

a existir. Claro que a ação no sentido horário<br />

tem uma maior preponderância e é fator<br />

8


-<br />

decisivo.<br />

• A ação contrária (ante horária) e os impulsos<br />

para cima e para baixo determinam<br />

que existe uma necessidade imperiosa para<br />

o equilíbrio energético em sua absorção e redistribuição<br />

visando o equilíbrio dos vórtices<br />

e consequentemente do assistido.<br />

Se eu aplico somente no sentido único, o<br />

que não acontece, em algum momento poderá<br />

haver obstrução por conta do acúmulo energético.<br />

Se não, vejamos. Uma criança ou um ancião,<br />

são criaturas que se encontram com seus vórtices<br />

limitados, um por ser pequeno e em fase de<br />

crescimento, o outro por conta do surgimento da<br />

decrepitude causando lentidão na redistribuição.<br />

Na prática, dentro do passe magnético não<br />

há problema nenhum, pois o magnetizador conhecendo<br />

as técnicas adequadas, irá aplicar<br />

(doar) e redistribuir no momento certo e com a<br />

pessoa certa caso seja necessário. Claro que entra<br />

ai também, a questão do tipo de enfermidade<br />

a ser tratada.<br />

Voltemos a aplicação no tocante aos direcionamentos.<br />

“(...) os movimentos<br />

energéticos exercidos<br />

pelos seres têm<br />

esses dois sentidos,<br />

rotação e translação,<br />

assim como, também<br />

têm em si as<br />

forças centrífuga e<br />

centrípeta, (...)<br />

”<br />

Ex.: Quando aplicados os longitudinais, podemos<br />

observar a presença de ação horária e ante horária.<br />

Veja bem. Nós não estamos afirmando que a<br />

ação estar contra a corrente, mas, comentando<br />

e mostrando que há uma ação nos dois sentidos,<br />

assim como verticalmente – para cima e para baixo.<br />

Observemos os passes cruzados no esplênico.<br />

Pois quando trabalhamos com depressivos<br />

ao aplicar o passe na região do gástrico (umbilical)<br />

e nos lombares (dorsais), também percebemos<br />

essas ações. Mesmo que a ação maior seja<br />

no sentido calmante (para cima), não deixará de<br />

atuar também com ativantes (para baixo). Técnica<br />

usada no Scheilla e com resultados surpreendentes,<br />

tanto é, que foi mencionada por mim, no<br />

X EMME ocorrido em Pelotas - RS.<br />

Mesmo que a ação ativante seja em menor<br />

escala, o sentido é decisivo. Observem que há<br />

uma ação centrífuga e centrípeta. Dessa forma<br />

haverá uma contribuição na organização dos chacras<br />

e redistribuição energética de maneira equilibrada.<br />

De uma coisa temos certeza. Tudo no universo<br />

tem uma razão de ser.<br />

9


Uma data contagiante<br />

e de alvissareiros projetos<br />

Por ISAIAS MARINHO<br />

Homengem do Dr. Carlos Alberto e família<br />

aos que fazem a ALEESE, por mais um ano<br />

de valorização da literatura Espírita<br />

08 de outubro de 2016.<br />

Há precisamente dois anos, fora<br />

descortinado mais um véu que encobria<br />

a visão de muitos que fazem parte desse<br />

mundo de Deus. A chegada da ALEESE –<br />

Academia de Letras Espíritas do Estado de<br />

A emoção ainda continua no âmago de cada<br />

Sergipe, para engrandecer o meio espírita<br />

e fortalecer<br />

integrante<br />

o ideal<br />

ao<br />

literário<br />

recordar<br />

que pudesse<br />

um momento<br />

dar<br />

especial,<br />

expansão histórico ao movimento e cultural espírita do povo no cearense. nordeste,<br />

no Brasil e Todos no mundo que através fazem dos o seus jardim de akademus do<br />

acadêmicos. Estado Ceará e, em particular a AGL - Academia<br />

Ao entrar Groairense no auditório de Letras, da Sociedade estão Semear, de parabéns, pois ao<br />

cada comemorar um dos convidados o aniversário ou não, notavam de nascimento que o de um<br />

ar de ponto descontração luz tomava que, à conta flor da dos idade presentes. já vêm demonstrando<br />

de consolidar poder e o valor objetivo ao proposto semear era novos e pro-<br />

A vontade<br />

estampado fundos na conhecimentos fisionomia dos futuros literários. acadêmicos Também vêm<br />

que não incentivando escondiam a os satisfação neófitos de poder na consolidação contribuir dos<br />

com o engrandecimento dessa doutrina consoladora.<br />

novos ideais e valores intelectuais dentro do<br />

Hoje, lembramos com alegria e muita emoção aquela data memorável. É como se<br />

cenário acadêmico nordestino, dando-lhes apoio<br />

lá ainda estivéssemos vivenciando um clima de confraternização, ao expor o desejo<br />

e o ideal<br />

necessário.<br />

de fomentar o crescimento da cultura literária que possibilitando a adesão<br />

de ações decisivas A AGL, ao há movimento um ano espírita. vem preenchendo uma<br />

PARABÉNS lacuna que A ALEESE. existia dentro do mundo adêmico cearense<br />

SERGIPE e consequentemente por essa luz do se traduz nordeste em base brasileiro de sustentação de um ideal.<br />

PARABÉNS<br />

O ideal 10 - no ESPÍRITA. universo literário.<br />

Há um ano! Até parece que foi ontem a formação desse Jardim de Akademus<br />

Um acontecimento inesquecível e histórico para Groaíras - Ceará - Brasil


Itabaiana - Sergipe<br />

http://www.colmonteirolobato.com.br/<br />

O escritor Antônio Francisco Saracura,<br />

pessoa de grande carisma e popularidade<br />

teve uma agradável surpresa que o deixou<br />

bastante emocionado. Ele narra com alegria<br />

o fato de ter participado de um evento preparado<br />

por jovens estudantes e amantes da<br />

literatura em Itabaiana – Sergipe – Brasil.<br />

Sua emoção ao participar do “Poesia na<br />

Sacada”, ocorrido em junho desse ano de 2018,<br />

foi algo tão marcante a ponto de lembrar<br />

esse acontecimento como se hoje fosse. O escritor<br />

diz que só tem a agradecer a Deus e a essa gente<br />

bonita e “descolada” que o envolveu com<br />

tamanho carinho.<br />

Tudo aconteceu, quando uma menina<br />

ligou para ele e depois outra. Queriam marcar<br />

uma entrevista em Itabaiana com o mesmo.<br />

“Ora, essa! Por que eu? Porque alguém me indicou. Nem me<br />

conheciam, nunca leram um de meus livros sequer”.<br />

Do outro lado responde: “Somos um grupo de meninas.<br />

Orientado pela professora Tatiana Silva. Do colégio Monteiro Lobato.<br />

Somos seis e estamos à frente do Poesia na Sacada e Quero<br />

mais Leitores. Dois programas de trabalho.<br />

Poesia na Sacada declama poemas para quem passa ao largo.<br />

Quero mais Leitores cativa pessoas a lerem livros. Imaginei.<br />

O senhor vem?”<br />

“Acertamos um dia de terça-feira, dia 05, às 15 horas na<br />

biblioteca de Itabaiana, nos fundos do cemitério Santo Antônio<br />

e Almas. Eu sabia o caminho e as encontrei à postos: Damares,<br />

Iane, Ester e Yasmin. As outras duas, Camile e Ane Camile não<br />

puderam comparecer.<br />

Quando começou a ler livros?<br />

Por que lê?<br />

Os livros vão acabar?<br />

Por que o senhor resolveu ser escritor?<br />

De que falam seus livros?<br />

Como criar novos leitores?<br />

Como segurá-los pelo resto da vida? ? ?<br />

Passei a duas horas respondendo perguntas. Um gravador<br />

apontado para mim lembrava à cada impulso: não fale besteira!<br />

Como saber, antes de falar?<br />

Retornei a Aracaju leve. Meu carro andava à meio metro da<br />

pista.<br />

Espero que Deus ajude a essas meninas irem em frente.<br />

Precisamos de muita poesia.<br />

Precisamos que todo mundo leia livros. Especialmente, nossos<br />

livros que falam de nossa gente, ora!<br />

11


A VIDA HUMANA POR UM FIO<br />

O abismo no convívio social<br />

A ESPIRITUALIDADE<br />

como fator protetivo na<br />

PREVENÇÃO AO SUICÍDIO<br />

Por Dra Norma A. de Oliveira¹<br />

Aracaju - SE<br />

¹ Psiquiatra, Psicanalista Transpessoal e Terapeuta de Vidas Passadas;<br />

Mestre em Ciências da Saúde pela UFS (Universidade Federal de Sergipe);<br />

Graduada em Medicina pela UFS; Ex-diretora científica e vice-presidente<br />

da ASP – Associação Sergipana de Psiquiatria<br />

Considerado uma epidemia silenciosa, o suicídio<br />

desponta entre as dez primeiras causas de morte no<br />

mundo: (800 a 1 milhão por ano, uma pessoa variando<br />

entre 31 a 40 segundos), matando mais do que as<br />

guerras e os homicídios somados ao ano, sendo que<br />

as tentativas chegam a dez vezes mais. No Brasil, 32<br />

pessoas se suicidam a cada 24 horas.<br />

Dados revelam que tentativas pregressas; trans<br />

tornos mentais como depressão, dependência química,<br />

esquizofrenia, transtornos de personalidade e<br />

outros; perdas recentes; ambiente familiar hostil;<br />

traços de personalidade como impulsividade, agressividade,<br />

labilidade de humor; história familiar de<br />

suicídio; suporte social deficitário; abandono; exposição<br />

a violência familiar e social; abuso físico e/<br />

ou sexual; eventos estressores ao longo da vida desde<br />

a gestação; conflitos de identidade sexual; doenças<br />

crônicas e incapacitantes; dentre outros; são fatores<br />

que predispõem ao suicídio.<br />

Um fenômeno que tem agravado é a indução e<br />

contaminação psíquica dos vulneráveis pela comunicação<br />

via internet, desafiando profissionais das<br />

diversas áreas científicas, estarrecendo a sociedade<br />

12<br />

quando jovens e crianças programam suicídios com<br />

transmissão via on-line; quando adultos investem em<br />

jogos, filmes, músicas, livros e etc. que induzem ou<br />

fazem apologia ao suicídio.<br />

O impacto social é grave, pois, para cada pessoa<br />

que se mata, seus familiares têm suas vidas devastadas<br />

pelos sentimentos de abandono, rejeição, baixa<br />

autoestima, revolta, raiva, impotência, medo, depressão,<br />

embotamento afetivo e vulnerabilidade ao<br />

suicídio.<br />

Evidências científicas destacam fatores protetivos<br />

como: autoestima elevada; bom suporte familiar<br />

com laços sociais bem estabelecidos com família e<br />

amigos; espiritualidade e religiosidade independente<br />

da afiliação religiosa e razão para viver; ausência de<br />

doença mental; estar empregado; ter crianças em<br />

casa; senso de responsabilidade com a família; gravidez<br />

desejada e planejada; capacidade de adaptação<br />

positiva; capacidade de resolução de problemas,<br />

acesso a serviços de cuidados da saúde mental.<br />

Quanto aos fatores espiritualidade e religiosidade,<br />

evidências científicas constatam que a espiritualidade<br />

é um indicador de melhor qualidade de


vida, tolerância às frustrações, motivação e fator de<br />

proteção contra o suicídio (WHO, 2013). Idosos envolvidos<br />

em práticas religiosas apresentam maiores<br />

índices de bem estar e menos depressão. A adolescentes<br />

que creem em Deus e frequentam serviços<br />

religiosos apresentam menor taxa de depressão e<br />

menos envolvimento em comportamentos de riscos<br />

em relação aos menos religiosos, sendo a fé e espiritualidade<br />

propostas como fatores de resiliência entre<br />

os jovens. Pesquisas com pacientes esquizofrênicos<br />

em Genebra constataram que 85% consideravam a<br />

religião importante em suas vidas, dando-lhes conforto<br />

e estabilidade, encontrando significado, aceitação<br />

e possibilidade de crescimento espiritual. A religiosidade<br />

tem sido a primeira linha de defesa, para grupos<br />

socialmente vulneráveis em desvantagem social,<br />

psicológica ou culturais.<br />

Portanto, diante dessa epidemia mundial silenciosa<br />

e devastadora, mas com evidências científicas<br />

quanto aos fatores protetivos, que possamos investir<br />

na transcendência que nos conecta com o sentido da<br />

existência, reduzindo progressivamente as estatísticas<br />

alarmantes que retratam uma sociedade vulnerável<br />

diante dos desafios existenciais inerentes ao<br />

nosso processo evolutivo.<br />

13


Uma semente<br />

mal plantada em um<br />

terreno baldio<br />

Rita de Cascia Nascimento Freire<br />

É natural de Japoatã -SE - BR, é escritora/poetisa,<br />

professora e trabalha na área de educação<br />

desde os 14 anos.<br />

Formada em letras, português /Inglês e suas<br />

respectivas literaturas. Especialista em educação<br />

e psicopedagoga clínica e institucional.<br />

Ocupa a cadeira de número 13, na Academia<br />

Japoatanense de letras e Artes, e tem como<br />

patrona Maria Aparecida Freire,<br />

sua mãe. (In memória )<br />

14<br />

NUM TERRENO BEM VERDINHO<br />

SEM ADUBO, SEM NOÇÃO<br />

RESOLVERAM SEMEAR<br />

MALTRATANDO ELE ENTÃO<br />

LÁ LANÇARAM A SEMENTE<br />

DE UM GRÃO TÃO INOCENTE<br />

NUM CANTINHO BEM QUENTINHO<br />

SEM AMOR, RESPEITO E CARINHO...<br />

OS DIAS FORAM PASSANDO<br />

A GERMINAÇÃO ENTÃO SURGIU<br />

CHOROS, GEMIDOS E SUSSURROS<br />

EM UM TERRENO VAZIO<br />

FOI DANDO SINAIS DE VIDA<br />

SEM IMAGINAR QUE A PARTIDA<br />

VINHA EM DIAS SOMBRIOS...<br />

O TEMPO FOI O INIMIGO<br />

AQUI TUDO MUITO ESCURO<br />

O DONO DA SEMENTINHA<br />

SEMPRE EM CIMA DO MURO<br />

SENTIA QUE ALGO ERRADO<br />

NAS TERRAS DAQUELE ARADO<br />

ESTAVA FRIO, SURDO E MUDO....<br />

OS RAMINHOS FORAM CRESCENDO<br />

NAQUELE LUGAR QUENTINHO<br />

ME SENTIA PROTEGIDO<br />

SEM FOME, SEM SEDE, SEM FRIO<br />

OUVIA UM CORAÇÃO<br />

QUE VIBRAVA ATRAPALHADO<br />

NUM BATE, BATE VAZIO...<br />

EU NAO SEI LHE AFIRMAR<br />

O QUE FOI QUE ACONTECEU<br />

SÓ LEMBRO DO AMARGO DA ALMA<br />

UM SENTIMENTO TRISTE ME DEU<br />

SENTI ALGO TÃO ESTRANHO<br />

DAS ENTRANHAS ARRANCANDO<br />

A VIDA QUE DEUS ME DEU...<br />

DE PEDAÇOS, EM PEDAÇOS<br />

FUI ALI APARECENDO<br />

NAQUELE TERRENO MALVADO<br />

UM MAR DE SANGUE ESCORRENDO<br />

AGORA AGOAVA A TERRA<br />

NAQUELE MESMO INSTANTE<br />

SERIA ELA MUTANTE?<br />

OU SERIA A SEMENTE GIGANTE?<br />

ERA UM TRONCO MUITO LINDO<br />

DE FIOS BEM COLORIDOS<br />

DE DENTRO DELE VIM SURGINDO<br />

DOIA MEU CORPO INTEIRO<br />

SENTIA QUE ERA O FIM<br />

DAQUELA PEQUENA SEMENTE<br />

DE ALMA TÃO INOCENTE<br />

QUE FOI GERMINADA ALI....<br />

EU NAO SEI O QUE ACONTECEU<br />

O PORQUE DA DESPEDIDA<br />

NÃO GOSTARAM DA SEMENTE<br />

INTERROMPERAM A SUA VIDA<br />

SÓ QUERIA UMA CHANCE<br />

PRA DIZER AQUELA MUTANTE<br />

O PORQUE DA MINHA VINDA...<br />

EU NÃO TIVE UMA CHANCE<br />

NÃO ME DEIXARAM NASCER<br />

NAQUELES TERRENOS FRIOS<br />

FUI DESTINADO A MORRER<br />

O QUE EU ACHO BEM ESTRANHO<br />

SOBRE OS QUE ME VIRAM MORRENDO<br />

É QUE MINHA VIDA FOI DECIDIDA<br />

POR AQUELES QUE HOJE AINDA<br />

VIVEM COMENDO, BEBENDO E VIVENDO....<br />

ESSAS ATITUDES ESTRANHAS<br />

COM PITADAS DE MALDADE<br />

DIZEM QUE SÃO DO BEM<br />

EM PROL DA TAL LIBERDADE<br />

EU NÃO SEI COMO É QUE PODE,<br />

MATANDO UM LINDO INOCENTE<br />

ENQUANO O ANJINHO DORME...<br />

PASSANDO DAS DORES DA ALMA<br />

VENHO AQUI ACONSELHAR<br />

INVÉS DE TIRAR A VIDA<br />

POR QUE NÃO TENTA DOAR?<br />

É BOM QUE TODOS SAIBAM<br />

QUE NESTE MOMENTO HÁ MÃES<br />

ENFRENTANDO DIAS E NOITES<br />

EM FILAS DE ADOÇÕES<br />

QUE O TEMPO É O INIMIGO<br />

PARA AQUELES QUE QUEREM UM FILHO<br />

PARA AQUECER SEUS CORAÇÕES...<br />

(RITA FREIRE)


15


GRANDIOSAS OBRAS<br />

Proporcionando colheitas positivas<br />

Setembro<br />

Amarelo<br />

e o Viver<br />

Por Jacob Melo¹<br />

Natal - RN<br />

¹ Estudioso e praticante do Espiritismo e do Magnetismo há mais de 50 anos.<br />

Autor de vários livros sobre o tema, é um dos fundadores do EMME, bem como<br />

da Casa que dirige: o Lar Espírita Alvorada Nova, de Parnamirim (RN). Reside<br />

em Natal (RN). É formado em Engenharia Civil e pós-graduado em Psicanálise.<br />

Já tem alguns anos que escrevi<br />

um livro: Viver Ainda é a Melhor Saída.<br />

Mas o interessante disso é que este livro<br />

continua produzindo correspondências<br />

até hoje, com relatos e depoimentos de<br />

pessoas que se basearam em sua leitura<br />

e decidiram por continuar vivendo e<br />

vencendo.<br />

É um livro simples, mas bastante<br />

convincente, já que se trata de uma obra<br />

escrita não na busca de um sucesso literário<br />

e sim de oferecer novas paisagens<br />

para quem a vida está escura demais.<br />

16<br />

Escrito de tal forma que o/a leitor/a<br />

não se sente diferenciado (já que<br />

não há aplicações no sentido feminino<br />

ou masculino em separado, evitando<br />

frases como a que acabo de colocar neste<br />

artigo), a identificação com o texto é<br />

imediata. É um convite a uma caminhada<br />

e não necessariamente a uma leitura.<br />

Tanto que de repente surgem páginas em<br />

branco, como uma forma bem enfática de<br />

convite a reflexões ou de exercício real naquele<br />

momento.<br />

E quando chega setembro, onde o<br />

mundo se empenha para que a Vida seja<br />

melhor considerada, este livro se engrandece<br />

e favorece para que pensemos, de<br />

forma não condenatória, mas de estímulo<br />

ao que possa haver de melhor, meios<br />

e mecanismos de apoiar e ajudar pessoas<br />

que momentaneamente estão sem conseguir<br />

ver ou sentir o outro lado da grande<br />

experiência que é continuar vivendo.<br />

São milhares e infinitas histórias de<br />

pessoas que se deram a oportunidade de<br />

prosseguirem, apesar de todas as dores,<br />

de todos os traumas vividos e sofridos,<br />

mas que, passada a tormenta, veio uma


nova e rica etapa de vida... e tudo isso<br />

sem considerar as vitórias verdadeiramente<br />

psíquicas e espirituais.<br />

Quanta gente a gritar que não se<br />

imaginava com saídas e que agora só<br />

teem a agradecer pelo grande salto que<br />

só foi possível depois de resistirem um<br />

pouquinho mais! Isso nos enche de vida<br />

e nos leva a grandes esperanças, por isso<br />

que te convido a ler ou a presentear essa<br />

obra: Viver Ainda é a Melhor Saída!


JUSTICEIROS DO MUNDO! - SERÁ????<br />

Até onde vai o julgamento?<br />

“Atire a<br />

primeira pedra”<br />

Por Dra. Telma Mª S. Machado¹<br />

Aracaju - SE<br />

¹ Delegada da ABRAME (Associação brasileira dos Magistrados Espíritas)<br />

em Sergipe, Diretora de Eventos da ALEESE e coordenadora de Estudos<br />

da FEES.<br />

Existe um adágio antigo que diz: “quem tem<br />

telhado de vidro não joga pedra no dos outros”.<br />

Esse adágio remete a uma das mais belas<br />

e enérgicas lições sobre a necessidade de exercitar<br />

a autocrítica, sem sofismas e hipocrisia: o<br />

inesquecível episódio em que se pretendia apedrejar<br />

a mulher acusada de adultério, narrado<br />

no Evangelho. Não foi casualmente, portanto,<br />

que os pretensos julgadores, todos com pedras<br />

à mão cheia, inflamados pela covardia moral em<br />

querer agredir uma mulher indefesa e sequer<br />

vestida por completo, arrastada de casa que fora,<br />

soltaram as pedras, um a um, e se retiraram.<br />

Nessa passagem memorável, narra o Evangelho<br />

de João (capítulo 8: 1 a 11), os escribas e<br />

fariseus fizeram questão de lembrar ao Mestre<br />

que “na Lei Moisés nos ordena apedrejar tais<br />

mulheres”, para completarem com um “Tu, pois,<br />

que dizes?”. Essa pergunta escondia uma nítida<br />

intenção de colocar Jesus em situação difícil,<br />

pois, sob o domínio do Império Romano, somente<br />

ao Imperador ou a seus representantes<br />

cabia decidir sobre a vida dos filhos de Israel.<br />

Quiseram, pois, induzir Jesus a um atrito ou com<br />

a Lei de Moisés, ou com as disposições legais do<br />

Império Romano.<br />

Abstraíram que Jesus, essência divina de<br />

amor, perfeição, sabedoria e justiça, aproveitaria<br />

tal ensejo para brindar a humanidade de<br />

todas as épocas com a lição da necessidade de<br />

constante autocrítica. Quem naquele episódio, a<br />

não ser o Cristo, tinha autoridade moral para julgar<br />

aquela mulher? E ao invés de julgá-la, o que<br />

fez o Mestre? Exortou-a no sentido de mudar de<br />

vida, através da frase “vá e não peques mais”.<br />

Sim, porque todo o Evangelho é permeado de<br />

misericórdia, mas também de compromisso,<br />

dando nova oportunidade para que o erro seja<br />

corrigido. Não há cumplicidade com os equívocos,<br />

mas sim, uma proposição para a mudança<br />

de atitude, a fim de que as falhas não se repitam<br />

e se evitem comprometimentos espirituais e,<br />

por derivação, perispiritual e biológico.<br />

São várias as formas de se adulterar os reais<br />

valores, a essência das coisas, os nobres sentimentos,<br />

para satisfazer a sede de vaidade, de orgulho,<br />

de poder, desprezando-se a ética, o bom<br />

senso e a justiça.


"Uma das mais belas e enérgicas lições<br />

sobre a necessidade de exercitar a autocrítica,<br />

sem sofismas e hipocrisia"<br />

“ Correções<br />

não<br />

se fazem com “apedrejamento”,<br />

e sim<br />

com o chamamento<br />

à razão, através de<br />

mecanismos de retificação<br />

éticos.(...)<br />

”<br />

Não é, pois, razoável alguém se investir na<br />

condição de justiceiro dos outros, afinal, são<br />

inúmeros os fatos que interferem em determinada<br />

atitude ou comportamento, e quase sempre<br />

não se tem acesso ao que lhes subjaz.<br />

Tais ponderações, entretanto, não pretendem<br />

afirmar que erros e atitudes maldosas não<br />

devam ser corrigidos. Mas o que não se pode é,<br />

a pretexto de censurar um mal, adotar-se uma<br />

conduta odiosa, tal a de, na verdade, impor um<br />

julgamento social mediante o qual se procura<br />

mesmo, sorrateiramente, é humilhar ou torturar<br />

o autor do ato a ser corrigido.<br />

A própria lei penal, enfatizava o filósofo inglês<br />

Jeremy Bentham (1748-1832), que é o método<br />

para fazer com que coincidam os interesses<br />

do indivíduo e os da comunidade, e nisso encontra<br />

sua justificação, pune para prevenir o delito<br />

e não porque odiamos o criminoso (Giovanni<br />

Reale e Dario Antiseri, in: História da Filosofia,<br />

v. 5, p. 304), mesmo diante do também caráter<br />

retributivo da pena.<br />

Correções não se fazem com “apedrejamento”,<br />

e sim com o chamamento à razão, através de<br />

mecanismos de retificação éticos. Portanto, sobre<br />

a intenção da corrigenda deve-se fazer uma<br />

profunda autoanálise, com o intuito de verificar<br />

quais sentimentos estão guiando quem se coloca<br />

no papel de juiz.<br />

E mesmo para aqueles agentes a quem o<br />

ordenamento jurídico confere o Poder Jurisdicional,<br />

grande conquista da humanidade na área<br />

do direito e da justiça, é salutar lembrar uma<br />

frase atribuída a Sócrates: “Quatro características<br />

um juiz deve possuir: escutar com cortesia,<br />

responder sabiamente, ponderar com prudência<br />

e decidir imparcialmente”.<br />

Por fim, as sábias palavras do Espírito Emmanuel:<br />

“Realmente, advertiu-nos Jesus: – Não julgues<br />

para não serdes julgados. O Divino Mestre,<br />

entretanto, não nos proclamou impedidos de<br />

julgar a nós próprios, de modo a revisarmos nossos<br />

ideais e atitudes, colocando-nos finalmente a<br />

caminho da própria sublimação.” (In: Algo mais,<br />

psicografia de Chico Xavier)<br />

Eis a lição para os que têm ouvido para ouvir<br />

e determinação para praticar, encontrar o mapa<br />

do aperfeiçoamento e alcançar o sólio do Altíssimo.<br />

19


EXPERIÊNCIA POPULAR<br />

Realidade Inquestionável<br />

Os rezadores<br />

3º episódio<br />

A família<br />

Romão<br />

Por Antônio Saracura¹<br />

Itabaiana - SE<br />

¹ Romancista, Contista, Cronista e Poeta<br />

Formado em Administração pela Universidade<br />

Federal de SE<br />

Membro da Academia Itanbaianense de Letras e da<br />

Academia Sergipana de Letras<br />

Esta história que quero<br />

Contar agora a você<br />

É de uma família inteira<br />

E do jeito dela ser.<br />

Resgatar sua memória<br />

E devolver-lhe a glória<br />

Que ela fez por merecer.<br />

É a família Romão<br />

De linhagem sergipana<br />

Criada ali na Macela<br />

Pertinho de Itabaiana.<br />

Eu pretendo aqui contar<br />

O que eu pude apurar<br />

À revem 2 de sua fama.<br />

O tronco dessa família<br />

(Quem semeou o legado)<br />

Já morreu há muitos anos<br />

Mas inda hoje é lembrado<br />

Pois o finado Romão<br />

Apenas passando a mão<br />

Deixava um boi curado.<br />

Romão teve muitos filhos<br />

Mas só quatro vou citar:<br />

Manezinho e Felismino<br />

Que não quiseram rezar.<br />

Pedro Romão e Zezé<br />

Praticaram o mister<br />

De benzer e de curar.<br />

Filhos de Pedro, que eu saiba,<br />

Nenhum quis ser rezador...<br />

Mas dos filhos de Zezé<br />

Um deles é curador<br />

Seu nome é Zé Aminta,<br />

Uma pessoa distinta<br />

E de notório valor.<br />

Mora pros lados de Dores<br />

Onde tem uma fazenda<br />

Fui visitá-lo um dia<br />

Depois de muita encomenda<br />

Enjoei de chá de sala<br />

Voltei arrastando a mala.<br />

Nem vi a sombra da lenda<br />

Ou fui eu quem não foi lá<br />

E fiz de conta que fui<br />

Inventei que levei sala<br />

Pois inventar me seduz<br />

A linha da ficção<br />

É a linha da minha mão<br />

Que mais intensa reluz.<br />

Soube, depois, que Aminta


O finado Romão<br />

Apenas passando<br />

a mão deixava um<br />

BOI curado.<br />

“<br />

Romão teve<br />

muitos filhos<br />

Mas só quatro<br />

vou citar:<br />

Manezinho e Felismino<br />

Que não<br />

quiseram rezar.<br />

Pedro Romão e Zezé<br />

Praticaram o mister<br />

De benzer e de curar.<br />

”<br />

Naquele dia citado<br />

Teve que sair correndo<br />

Para atender um chamado...<br />

Eu distante ou eu à vista<br />

Não haveria a entrevista<br />

Que eu pensei haver marcado.<br />

xxx<br />

Pedro e Zezé já se foram<br />

Para as fazendas do além<br />

Estão curando as cobras<br />

Que existem no Céu também...<br />

Viveram uma vida exemplar,<br />

Conforme eu vou contar,<br />

Fizeram somente o bem.<br />

Guardaram os dias santos<br />

Que manda a religião<br />

Dedicaram aos animais<br />

Especial devoção<br />

Só usavam a reza forte<br />

Quando o caso era de morte<br />

E sem outra solução.<br />

Macumba? Não praticaram,<br />

Era outro segmento.<br />

Respeitavam Luiz Couro<br />

E os santos daquele tempo.<br />

Para alianças com o demo...<br />

Mesmo em caso extremo<br />

Não davam consentimento.<br />

Tinham na Cruz de Cravaca<br />

O elo de ligação<br />

Com Quem realmente pode<br />

Resolver qualquer questão<br />

E nos livros da ciência<br />

Buscavam a competência<br />

Para exercer a função.<br />

Zezé fabricava látegos<br />

Pedro também os fazia,<br />

No pescoço de uma rês,<br />

O rebanho protegia...<br />

Por dez anos, se estou certo,<br />

Cobra não chegava perto,<br />

Eles davam garantia.<br />

2<br />

À respeito.<br />

Termo usado na Terra Vermelha.<br />

Do livro - Os Curadores de Cobra e de Gente<br />

21


O REAL SENTIDO DA VIDA<br />

Aproveitando o aprendizado do dia-a-dia<br />

Os maiores<br />

patrimônios<br />

do homem<br />

Por Domingos Pascoal¹<br />

Aracaju - SE<br />

¹ Formado em Filosofia e Ciências Jurídicas e pós-graduado em Gestão de<br />

Pessoas, Advogado, Jornalista e ocupante da cadeira nº 17 da Academia<br />

Sergipana de Letras. Membro da Associação Cearense de Escritores - ACE<br />

O texto publicado em uma seção de outra revista anteriormente<br />

inspirou-me a discorrer, um pouco mais, sobre um<br />

assunto, a meu ver, muito importante.<br />

É acerca dos maiores patrimônios do ser humano e como<br />

eles são vistos, valorizados e aproveitados.<br />

Por todos os ângulos que verificarmos, podemos facilmente<br />

constatar que nós, seres racionais, possuímos três<br />

grandes e essenciais bens.<br />

Este trio é, inclusive, o mais protegido pela Lei de Deus<br />

e dos homens.<br />

Já foi possível identificar quais são estas dádivas? Com<br />

certeza, não mesmo? A primeira delas é a VIDA, pois sem ela<br />

os outros também não existiriam, é claro.<br />

A vida, embora tão pouco valorizada, é o maior e o mais<br />

importante bem. Há alguma discordância? Acredito que não.<br />

Ela representa tudo para nós. Tire a vida de uma pessoa e então,<br />

o que fica? Nada.<br />

E agora, seguindo assim a ordem de relevância, qual ocuparia<br />

o segundo lugar?<br />

Eu estaria certo se afirmasse que o segundo maior<br />

patrimônio do ser humano é a LIBERDADE? Creio não existir<br />

também nenhuma dúvida, concorda? Pois é, a liberdade representa,<br />

depois da vida, o segundo maior bem do ser humano.<br />

Assim, a vida com liberdade é o sonho de todos nós.<br />

Quem tem vida quer liberdade. Ser livre é o sonho maior de<br />

quem já tem a vida. Não por acaso a maioria dos mártires lutaram<br />

e morreram em busca dela.<br />

Também, não por acaso, até aos animais irracionais é assegurada<br />

a liberdade.<br />

E o terceiro maior tesouro do humano, você já descobriu?<br />

Não? Pois talvez já o esteja desperdiçando lendo estes<br />

apontamentos que escrevo. Refiro-me ao TEMPO.<br />

Poderíamos até tecer sobre cada um destes patrimônios<br />

algum comentário, contudo, pareceria muito óbvio, se falássemos<br />

da vida e da liberdade. Por tal motivo discorrerei um<br />

pouco mais sobre o terceiro bem: o tempo.<br />

Está na Bíblia: “Todas as coisas têm o seu tempo, e tudo<br />

o que existe debaixo dos céus tem a sua hora...” (Eclesiastes<br />

3:1). O determinismo sagrado não pode, no entanto, nos fazer<br />

esperar que tudo aconteça exatamente dentro dos limites do<br />

comodismo impostos pela interpretação literal.<br />

O tempo é dinâmico, se movimenta em direção ao infinito,<br />

sempre com um passo à frente, nunca volve ao ponto<br />

anterior.<br />

O tempo é democrático, pois, para todos, o número de<br />

horas é o mesmo. Por que então para algumas pessoas ele sobra<br />

e para outras falta?<br />

A sua distribuição é universal e igualitária. A todos são<br />

dadas as mesmas vinte e quatro horas por dia. Não existe neste<br />

mundo um felizardo sequer, por maiores que sejam os seus<br />

méritos, que possa usufruir um minuto a mais. Bem como, não<br />

há um infeliz que tenha apenas 23 horas por dia.<br />

O tempo é igual para todos. Não importa o poder exercido,<br />

quer seja Presidente da República ou simples e anônimo<br />

vivente no canto mais longínquo do globo terrestre. Todos só<br />

podem contar com aquelas mesmas vinte e quatro horas por<br />

dia.<br />

Embora o tempo, no geral, rume ao infinito, no particular,<br />

é um bem que tem fim. Aproveitá-lo é uma questão de sabedo-<br />

22


“<br />

A vida, embora<br />

tão pouco valorizada,<br />

é o maior e o mais<br />

importante bem. Há<br />

alguma discordância?<br />

Acredito que não. Ela<br />

representa tudo para<br />

nós. (...)<br />

”<br />

ria e urgência. Nosso tempo não é medido somente em horas,<br />

nem em dias e sim em momentos curtos e valiosos.<br />

Há pessoas que buscam atividades para “matar” o tempo,<br />

embora devamos considerar que o tempo existe para ser<br />

vivido e não para ser “matado”. Ser escravo do tempo é típico<br />

das pessoas que não o utilizam a seu favor.<br />

Para outras pessoas, o corre-corre do dia-a-dia faz com<br />

que desempenhem atividades de maneira robotizada, sem<br />

identificar o real sentido ou objetivo do que fazem.<br />

O nosso dia é dividido teoricamente em três partes:<br />

são oito horas para trabalhar, oito para descansar e as oito<br />

restantes para fazer tudo aquilo que não se pode fazer quando<br />

se está trabalhando ou dormindo. É com estas últimas oito horas<br />

que realmente poderemos fazer a diferença.<br />

Portanto, não adianta reivindicar ao Ser Supremo mais<br />

uma hora por dia ou minuto por hora. A hora continuará com<br />

sessenta minutos e o minuto com sessenta segundos. O que<br />

conta, na verdade, é o que fazemos com estas horas e minutos<br />

tão importantes.<br />

Há quem diga, com muita propriedade, que “tempo é<br />

dinheiro”. Não há como discordarmos desta inteligente assertiva.<br />

Realmente, tudo o que diferencia uma pessoa da outra é<br />

a maneira como ela usa o seu tempo, transformando-o naquilo<br />

que ele mais valoriza.<br />

Nós não podemos “entesourar” o tempo. E a única coisa<br />

que podemos fazer é usá-lo. A única maneira de usá-lo é<br />

seguindo o seu passo, e seu passo está exatamente no momento<br />

atual, que de tão precioso é chamado de “presente”.<br />

Já afirmaram que: “não se toma banho no mesmo rio<br />

duas vezes, pois quando você retorna já é outro rio, as águas<br />

do primeiro já passaram”. De igual forma é o tempo: passou,<br />

não volta mais.<br />

Hoje, no mundo virtual em que vivemos, saber usar o<br />

tempo não representa somente uma virtude, significa muito<br />

mais: define quem terá sucesso ou fracasso na vida.<br />

Como dissemos, ninguém pode armazenar o tempo,<br />

guardando-o para uso posterior. Na verdade, ninguém pode<br />

economizar um pouco do hoje para usá-lo amanhã. A única<br />

maneira de guardá-lo é aproveitando muito bem o presente.<br />

Cuidado com os tomadores de tempo, pois são muitos.<br />

Hoje os maiores ladrões de tempo são exatamente aqueles<br />

que foram criados para que o economizássemos. É irônico,<br />

mas é a pura realidade. A televisão é tida como um dos melhores<br />

meios para que fiquemos sabendo, em tempo real, os<br />

acontecimentos ocorridos em qualquer parte do mundo. Contudo,<br />

quanto tempo é perdido vendo aquilo que não é de nada<br />

interessante. Do mesmo modo o computador, o telefone, os<br />

bate-papos, os chopinhos etc.<br />

Alguém já parou para pensar em quantas horas são perdidas<br />

em frente ao televisor? Faça uma experiência, num dia<br />

qualquer. Conte quanto tempo você perdeu vendo um ou mais<br />

programas de televisão.<br />

Ah, mas este é o meu divertimento! É verdade, porém,<br />

tenha cuidado para não estar jogando fora todas aquelas maravilhosas<br />

horas mais importantes e que deveriam ser utilizadas<br />

com algo mais promissor.<br />

Falei apenas de alguns tomadores de tempo. Mas, como<br />

foi explicado acima, existem muitos. Cabe-nos procurar onde<br />

eles estão e fazer um julgamento se devem ou não continuar<br />

com eles. O tempo não espera. Ele passa e nunca mais volta.<br />

23


PROCESSO DE MUDANÇA<br />

O mundo e o efeito da transição<br />

UM NOVO CÉU<br />

E UMA NOVA TERRA<br />

9 - A geração nova<br />

Allan Kardec, no capítulo XVIII de “A<br />

Gênese”, que é de 1.868, refere-se a uma geração<br />

futura “desembaraçada das escórias do<br />

velho mundo e formada por elementos mais<br />

purificados”. Discorre, ainda, do choque de i-<br />

deias típico da fase de transição por qual passa<br />

o nosso planeta, onde temos, por exemplo, o<br />

materialismo contrapondo-se ao espiritualismo.<br />

Por isso, uma nova geração está vindo para<br />

vencer resistências desse tipo.<br />

O referido capítulo trata, também, da influência<br />

que os corpos celestes exercem uns<br />

sobre os outros, mormente quando se aproximam,<br />

em face de seus movimentos de translação,<br />

que são cíclicos. Tal aproximação facilita<br />

a transfusão de Espíritos entre os mundos, quer<br />

individualmente, nas condições normais, quer<br />

por massas, em circunstâncias especiais, como<br />

a que passa a nossa Terra. Ao tempo em que<br />

daqui sai grande quantidade expurgada para<br />

mundos inferiores, para aqui estão vindo muitos<br />

missionários de Alcíone.<br />

Divaldo Franco, citando constatações<br />

científicas, fala-nos que o Sistema Solar realiza<br />

24<br />

Por Silvan Aragão 1<br />

Aracaju - SE<br />

¹ Formado em Administração. Funcionário aposentado do<br />

Banco Brasil. Maricultor<br />

um grande Périplo em volta de Alcíone, estrela<br />

de 3ª grandeza da Constelação das Plêiades, que<br />

faz parte da Constelação de Touro. Segundo ele,<br />

a força de atração exercida por Alcíone é tão<br />

grande que todo o Sistema Solar gira em uma<br />

elipse grandiosa que dura 26.000 anos, quando<br />

encerra o seu Périplo. A cada 12.000 anos o Sistema<br />

Solar adentra-se em uma faixa de fótons<br />

(menor partícula da luz) que circunda aquela<br />

estrela. Os fótons produzem uma luminosidade<br />

sem calor que propicia a Alcíone uma psicosfera<br />

das mais excelentes. A partir de 1.972 o Sistema<br />

Solar começou a penetrar nessa faixa de fótons<br />

e a partir de 1.982 a Terra começou a adentrar<br />

no mesmo campo, o que acontece a cada 12.000<br />

anos (e concluiu o “mergulho” por volta de 2012,<br />

ou seja, uma duração de 30 anos). O Sistema Solar<br />

passa 2.000 anos nessa faixa.<br />

O livro “Transição Planetária”, de Manoel<br />

Philomeno de Miranda pela mediunidade de Divaldo<br />

Franco, trata, também, da encarnação na<br />

Terra de Espíritos vindos de Alcíone, para ajudar<br />

nessa fase de transição por qual passa o nosso<br />

planeta.


Na década de 1970, psicólogos americanos<br />

começaram a melhor observar crianças com<br />

características especiais, diferenciadas do que<br />

era considerado “normal”. Na década seguinte,<br />

psicólogos da linha transpessoal, espiritualista,<br />

observaram nelas uma aura de cor azul e denominaram-nas<br />

“índigo”, em função de uma planta<br />

existente na Índia. As pesquisas avançaram e perceberam<br />

que algumas crianças tinham as características<br />

das índigo (hiperatividade, dificuldade<br />

de adaptação, nível de inteligência maior, questionadoras,<br />

muitas vezes rebeldes, etc etc) mas,<br />

ao contrário delas, eram dóceis, e suas auras<br />

eram alvinitentes, classificando-as de “cristais”.<br />

Ainda segundo Divaldo, as crianças índigo vêm<br />

criar biótipos para o futuro da humanidade, uma<br />

biotipia de natureza transpessoal, de natureza<br />

transcendental.<br />

Do estudo do assunto, conclui-se que a humanidade<br />

do futuro será também fisicamente<br />

mais bonita, mais aperfeiçoada. Assim como os<br />

Capelinos melhoraram a nossa raça, há cerca de<br />

30.000 anos, essas crianças vão imprimir novas<br />

formas, além de apressarem o progresso moral<br />

da Terra. Graças a Deus!<br />

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26


Com o tema: "tudo me é lícito, mas o que me convem?",<br />

a juventude espírita de Sergipe exerceu seu poder de encantar,<br />

motivar e dinamizar o movimento espírita do Estado e, isso tem<br />

sido a tendência dentro desse grupo e demais participantes. O<br />

trabalho está tendo repercussão positiva em todo o nordeste<br />

brasileiro. Não dá para mensurar a alegria contagiante dessa<br />

turma, o que demonstra que eles estão no caminho certo fazendo<br />

com que essa geração possa encarar o objetivo de ser<br />

base fomentadora de um ideal - Tornar o mundo melhor dentro<br />

desse processo de transformação do orbe terreno em um<br />

Mundo de Regeneração, o que está prestes a se concretizar.<br />

O Encontro foi maravilhoso e todos estão de parabéns.<br />

Principalmente a equipe de coordenadores da Infância e Juventude.<br />

Principalmente a competente tarefeira Jandaíra. O resultado<br />

é fruto de muito trabalho e muitos dias de dedicação.<br />

À todo os participantes o sincero parabéns da Equipe de<br />

Comunicação da Federação Espírita do Estado de Sergipe e<br />

dos que fazem a <strong>Revista</strong> Atração.<br />

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