Revista +Saúde - 16ª Edição
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CONJUNTIVITES<br />
CONJUNTIVITES<br />
Termo geralmente utilizado pelos leigos para<br />
qualquer motivo de olhos vermelhos, o nome conjuntivite<br />
no meio médico é usado para qualquer pro-<br />
<br />
parente que reveste a superfície anterior do olho e<br />
<br />
decorrentes de processos alérgicos (muito comum<br />
em pacientes com rinite, asma e outras alergias respiratórias)<br />
e queimaduras químicas (por ácidos, álcalis<br />
e outros irritantes); o termo conjuntivite é mais<br />
<br />
infecciosos, sejam eles por vírus ou bactérias. Ambas<br />
as infecções tem como características a facilidade<br />
de contágio, gerando épocas com epidemias<br />
que aumentam o volume de consultas ao oftalmologista<br />
devido aos sintomas desagradáveis. Apesar<br />
da maioria das pessoas imaginarem o contrário, a<br />
disseminação não acontece pelo ar, mas sim pelo<br />
contato com lágrimas e secreção ocular contaminada,<br />
principalmente de forma indireta (mãos contaminadas,<br />
toalhas, travesseiros, roupas de cama,<br />
almofadas, etc).<br />
As conjuntivites infecciosas possuem algumas<br />
diferenças de sintomatologia e de sinais clínicos ao<br />
exame, o que diferencia inclusive os colírios a ser<br />
passados. Enquanto a conjuntivite viral é um pouco<br />
mais sintomática, causando maior ardor, fotofobia,<br />
prurido e lacrimejamento, sem secreção e com uma<br />
leve vermelhidão; a conjuntivite bacteriana se caracteriza<br />
por um olho mais avermelhado, com secreção<br />
amarelada abundante (chegando a “grudar”<br />
os cílios) e sintomas mais amenos. No nosso exame<br />
clínico com o aparelho adequado (lâmpada de fenda),<br />
também é possível avaliar diferenças entre elas.<br />
O tratamento das conjuntivites passa por uma<br />
orientação a respeito dos cuidados para evitar a disseminação<br />
das mesmas:<br />
<br />
par a lágrima que escorre;<br />
• Evitar “paninhos” e toalhas;<br />
• Enxugar os olhos com lenços de papel e descartar<br />
a seguir;<br />
• Higienização frequente das mãos;<br />
• Trocar a fronha de travesseiro todos os dias;<br />
• Separar as toalhas de banho e rosto do restante<br />
da casa;<br />
• Evitar encostar o bico do frasco de colírios nas<br />
pálpebras e cílios;<br />
• Suspensão e descarte no caso de uso de lentes<br />
de contato;<br />
• Uso de óculos solares.<br />
O tratamento medicamentoso inclui uso de co-<br />
<br />
ciais geladas; e no caso das conjuntivites bacterianas<br />
o uso de colírios antibióticos (vendidos somente<br />
com presença de receita médica), e higiene da se-<br />
<br />
údo do frasco pode ser usado nos olhos somente<br />
durante 3 dias após aberto, contaminando após esse<br />
período).<br />
Nos casos de suspeita de conjuntivite, o indicado<br />
é procurar o médico oftalmologista para o exa-<br />
<br />
diagnóstica e diferenciação do tipo de conjuntivite<br />
para estabelecer o tratamento adequado (em muitos<br />
casos usa-se erroneamente antibióticos sem necessidade,<br />
estimulando a resistência bacteriana e complicando<br />
o quadro).<br />
Dr. Thiago Berlingeri Riva<br />
CRM - 12598/GO<br />
Oftalmologista com Título de Especialista pelo CBO e MEC<br />
,75<br />
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