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INDÚSTRIA E COMÉRCIO<br />
grandes empresas fazem”, diz. A ideia é que cada<br />
vez mais indústrias tenham interesse em adaptar a<br />
produção aos clientes, assim como os varejistas estão<br />
se adaptando aos <strong>nov</strong>os hábitos de consumo. “O<br />
empresário deverá produzir mais coleções durante o<br />
ano, em tamanho menor, adaptando sua capacidade<br />
produtiva a partir do comportamento do consumidor”,<br />
avalia Zortéa.<br />
Outros fatores ajudam a desequilibrar o setor,<br />
como aponta a pesquisa do <strong>Sebrae</strong> RS. Um deles<br />
é a falta de conhecimento, por parte dos lojistas,<br />
das indústrias locais, que preferem manter<br />
fornecedores de fora do Estado, com quem<br />
têm, geralmente, um longo relacionamento. Localizada<br />
em São Jerônimo, a empresa varejista<br />
Energy tem apenas 20% de indústrias gaúchas na<br />
cartela de fornecedores. “Nós não conhecemos e<br />
não temos tempo para conhecer esses fornecedores.<br />
Então procuramos as marcas que os clientes<br />
pedem, realizando pedidos menores para que toda<br />
hora chegue <strong>nov</strong>idade na loja”, aponta a proprietária,<br />
Jamila Vergara. Já a empreendedora da Unique<br />
reclama da falta de interesse do varejo. “Aqui onde<br />
fica nosso atacado, tem muitas lojas que não nos<br />
conhecem”, diz.<br />
Um desafio essencial com relação à prospecção<br />
está no posicionamento de marca das empresas<br />
de confecção, que podem melhorar o seu<br />
marketing, explica Zortéa. A atuação nesta área pode<br />
fortalecer também os principais pontos fortes da indústria<br />
de moda gaúcha, que é reconhecida pela sua<br />
qualidade e por ser pontual nos prazos de entrega.<br />
Já a comunicação na internet é uma ferramenta considerada<br />
imprescindível na prospecção de clientes.<br />
Atualmente, as redes sociais, com destaque para o<br />
Instagram, funcionam como um showroom virtual.<br />
Por isso, é fundamental ter uma comunicação de<br />
marca consistente, mostrando os produtos com<br />
boas fotos, contando histórias relevantes e se conectando<br />
emocionalmente com os compradores.<br />
“Uma presença digital qualificada faz parte da condição<br />
de ter um negócio de moda”, explica Zortéa.<br />
ENCONTROS COM VAREJISTAS<br />
Embora muitas marcas invistam nos showrooms e em<br />
representantes comerciais para prospectar clientes,<br />
o maior ponto de encontro com os varejistas acontece<br />
nas feiras do setor. O Rio Grande do Sul tem três<br />
eventos realizados ou apoiados pelo <strong>Sebrae</strong> RS, voltados<br />
a atualizar o mercado acerca das tendências e<br />
também gerar negócios: RS Moda, na Feira Brasileira<br />
do Varejo, que ocorre anualmente em Porto Alegre; o<br />
Integramoda, realizado duas vezes por ano na Serra<br />
gaúcha, e ainda o Erechim Moda Show, no mês de<br />
<strong>nov</strong>embro. “Este ano, estamos ampliando para além<br />
da região norte, trazendo varejistas de todo o Estado<br />
e realizando palestras sobre desafios e oportunidades<br />
dessa conexão”, relata Gladistom Deliberali, gestor de<br />
projetos da Indústria do <strong>Sebrae</strong> em Erechim.<br />
Foto: Luis Carlos Chaves<br />
FIQUE LIGADO<br />
Tendências em alta no mercado da moda nas quais as indústrias gaúchas podem<br />
investir<br />
Produção dinâmica<br />
<strong>Mais</strong> coleções ao ano ou minicoleções movimentam o setor, trazendo <strong>nov</strong>idades em menos tempo,<br />
tendência cada vez mais procurada pelos consumidores<br />
Posicionamento de marca<br />
Importante para agregar valor ao produto e fortalecer a imagem da empresa<br />
Comunicação online<br />
O Instagram, rede social adequada para publicar imagens, é bastante visitado pelos varejistas na hora de<br />
buscar <strong>nov</strong>as marcas. Publique fotos de qualidade e se comunique também com o público-alvo<br />
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