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Executive Digest Especial Empresas no Brasil

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EMPRESAS<br />

NO BRASIL<br />

APOIOS:


©<br />

ESPECIAL<br />

EMPRESAS NO BRASIL<br />

ANÁLISE<br />

COMÉRCIO LUSO-BRASILEIRO<br />

EM SUBIDA<br />

As trocas comerciais entre o <strong>Brasil</strong> e Portugal<br />

alcançaram a marca de 1,97 mil milhões de euros<br />

em 2017, o valor mais elevado dos últimos cinco a<strong>no</strong>s,<br />

apenas atrás do registo de 2,2 mil milhões de euros<br />

de 2012, de acordo com os dados do Ministério da<br />

Indústria, Comércio Exterior e Serviços do <strong>Brasil</strong>,<br />

divulgados este a<strong>no</strong>.<br />

O comércio entre os dois países <strong>no</strong> a<strong>no</strong> passado<br />

cresceu 75% em comparação com o valor de 1,12 mil<br />

milhões de euros transaccionados entre o <strong>Brasil</strong> e<br />

Portugal em 2016, beneficiando principalmente de<br />

um maior crescimento nas exportações brasileiras<br />

para Portugal.<br />

Segundo os dados do Ministério da Indústria, o<br />

<strong>Brasil</strong> exportou para o mercado português 1,24 mil<br />

milhões de euros em 2017, mais 119% do que <strong>no</strong> a<strong>no</strong><br />

anterior, enquanto Portugal exportou para o <strong>Brasil</strong><br />

720 milhões de euros, com um crescimento de 29%<br />

relativamente a 2016.<br />

A pauta exportadora brasileira foi dominada pelos<br />

minérios e laminados de ferro (contributo de 31%) e<br />

pelo petróleo (pouco mais de 25%), além de produtos<br />

como o milho (7%) e soja (6%).<br />

A CORRENTE DE COMÉRCIO ENTRE OS DOIS PAÍSES<br />

CRESCEU 75% NO ANO PASSADO, FACE A 2016<br />

As exportações portuguesas<br />

para o <strong>Brasil</strong> em 2017 foram lideradas<br />

pelo azeite, com mais<br />

de 25%. O gasóleo, com 16%, o<br />

bacalhau, com 7%, o vinho e as<br />

pêras, ambos com contributos<br />

de 5%, foram outros produtos em<br />

destaque nas vendas de Portugal<br />

para o mercado brasileiro.<br />

Historicamente, o melhor a<strong>no</strong><br />

de sempre nas relações comerciais<br />

luso-brasileiras foi 2011, com um<br />

volume de trocas de 2,51 mil milhões<br />

de euros, seguido de 2012,<br />

com 2,28 mil milhões de euros.<br />

Desde então o comércio entre<br />

os dois países abrandou, o que<br />

coincidiu com um período de crise<br />

económica em Portugal.<br />

EXPORTAÇÃO:<br />

PRODUTOS EM<br />

DESTAQUE 2017<br />

brasil – portugal<br />

Minérios e laminados<br />

de ferro: 31%<br />

Petróleo: 25%<br />

Milho: 7%<br />

Soja: 6%<br />

portugal – brasil<br />

Azeite: 25%<br />

Gasóleo: 16%<br />

Bacalhau: 7%<br />

Vinho: 5%<br />

Pêras: 5%<br />

108 OUTUBRO 2018


A TAP dá um empurrão.<br />

Nordeste <strong>Brasil</strong>eiro<br />

€308<br />

desde:<br />

A partir de Lisboa.<br />

Ida. Taxas incluídas.<br />

Sujeito à disponibilidade de lugares.


©<br />

ESPECIAL<br />

EMPRESAS NO BRASIL<br />

DELTA CAFÉS<br />

CRESCE E CONQUISTA<br />

O BRASIL<br />

A EFICIÊNCIA OPERACIONAL, A<br />

INOVAÇÃO, A SUSTENTABILIDADE E<br />

OS VALORES E CULTURA DA DELTA<br />

NORTEIAM A ACTIVIDADE NESTE<br />

MERCADO. DE FORMA A PROPORCIONAR<br />

AO CONSUMIDOR BRASILEIRO<br />

MAIS E MELHORES EXPERIÊNCIAS<br />

ADelta Cafés entrou <strong>no</strong> mercado<br />

brasileiro em 2011 com a<br />

abertura da primeira cafetaria<br />

Delta Q internacional e <strong>no</strong> a<strong>no</strong><br />

seguinte constituiu a Delta<br />

Foods <strong>Brasil</strong>.<br />

«Um player relevante, associado<br />

à qualidade, a um sabor<br />

excepcional e único», assim<br />

se posiciona a marca <strong>no</strong> “país<br />

do café” – um mercado competitivo, que assume<br />

importância crescente para a empresa.<br />

Rui Miguel Nabeiro, administrador do Grupo<br />

Nabeiro-Delta Cafés, põe-<strong>no</strong>s a par da estratégia, do<br />

processo de construção da marca, de futuros lançamentos,<br />

do posicionamento da Adega Mayor ou das<br />

principais conquistas, como o facto de já serem a 4.ª<br />

marca de cafés em cápsulas, num mercado dominado<br />

por gigantes mundiais.<br />

No processo de internacionalização da Delta, que<br />

importância assume o <strong>Brasil</strong>?<br />

Assume importância capital. Pela sua dimensão – 1.º<br />

produtor mundial de café, 2.º mercado consumidor,<br />

logo após os EUA, pelo momento vivido pelo sector,<br />

em que o expresso é ainda uma<br />

bebida jovem com um e<strong>no</strong>rme<br />

potencial de desenvolvimento,<br />

pela tendência de sofisticação do<br />

consumo com os consumidores a<br />

exigirem mais e melhores produtos.<br />

Um conjunto de circunstâncias<br />

favoráveis que se articulam criando<br />

oportunidades para uma marca<br />

com o perfil qualitativo como a<br />

<strong>no</strong>ssa, desenvolva o seu potencial<br />

de crescimento, ampliando a sua<br />

participação. Ou seja, por um<br />

lado a dinâmica e o aumento do<br />

segmento das cápsulas, que veio<br />

alterar uma categoria muito madura<br />

e até então pouco i<strong>no</strong>vadora,<br />

por outro, o segmento dos Cafés<br />

Especiais (moídos) a apresentar uma<br />

melhoria qualitativa e amplitude<br />

de oferta. Falamos justamente<br />

dos dois segmentos onde a Delta<br />

se encontra e posiciona.<br />

Qual é a estratégia actual?<br />

Entrámos neste mercado para ser<br />

um player relevante, associado à<br />

qualidade. Embora inseridos num<br />

mercado muito competitivo, a<br />

diferenciação dos <strong>no</strong>ssos blends<br />

com as melhores origens desde a<br />

Ásia, América do Sul e Central,<br />

passando por África, constitui<br />

uma vantagem qualitativa muito<br />

110 OUTUBRO 2018


INOVAÇÃO<br />

ESTE ANO SERÃO INTRODUZIDOS TRÊS NOVOS BLENDS<br />

DELTA Q E MAIS DOIS NOVOS MODELOS DE MÁQUINAS – A<br />

QLIP E A MILK QOOL. NA LINHA PROFISSIONAL “DELTA Q<br />

BUSINESS”, AS NOVAS MÁQUINAS QUORUM 2 E MAYOR Q<br />

concreta e sensorialmente perceptível.<br />

A estratégia é continuar<br />

crescendo alargando a <strong>no</strong>ssa base<br />

de clientes com Delta Q e Delta<br />

Cafés, conquistando progressivamente<br />

a preferência dos consumidores,<br />

mantendo o ritmo de<br />

lançamentos e i<strong>no</strong>vação. Neste<br />

aspecto, temos procurado activar<br />

um dos importantíssimos pilares<br />

da <strong>no</strong>ssa empresa, que mantém<br />

foco em permanentes processos<br />

de i<strong>no</strong>vação, e trazer para o <strong>Brasil</strong><br />

um elevado ritmo de introdução<br />

de <strong>no</strong>vos produtos: somente neste<br />

a<strong>no</strong> serão três <strong>no</strong>vos blends Delta<br />

Q e mais dois <strong>no</strong>vos modelos de<br />

>> Rui Miguel<br />

Nabeiro,<br />

administrador<br />

do Grupo<br />

Nabeiro-Delta<br />

Cafés<br />

máquinas – a Qlip e a Milk Qool.<br />

Na linha profissional “Delta Q Business”<br />

também traremos as <strong>no</strong>vas<br />

máquinas Quorum 2 e Mayor Q.<br />

Com Delta Cafés, acrescentamos à<br />

gama Origens, os lotes Cuba, Vietnam<br />

e Índia. A área promocional,<br />

com as máquinas e activação PDV<br />

foram e continuam sendo os pilares<br />

onde mais investimos. O desafio<br />

de ganhar uma boa distribuição<br />

ponderada nas áreas geográficas<br />

onde actuamos, num território tão<br />

extenso, implica uma focalização<br />

muito grande, sem esquecer naturalmente<br />

o processo de construção<br />

de marca, o qual constitui outra<br />

área prioritária de actuação.<br />

Como é que tem evoluído o processo<br />

de construção da marca <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>?<br />

Temos conquistado algumas posições<br />

importantes – já somos a<br />

4.ª marca de cafés em cápsulas.<br />

Estamos prestes a iniciar um<br />

trabalho com um “embaixador de<br />

marca” com grande <strong>no</strong>toriedade<br />

<strong>no</strong>s dois países – Portugal e <strong>Brasil</strong>,<br />

e que será transversal às actividades<br />

de comunicação que aplicamos<br />

localmente – desde materiais de<br />

PDV, digital, eventos, RP, etc. Em<br />

paralelo, temos associado a marca<br />

a importantes eventos <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, na<br />

área da música e do entertainment,<br />

como seja o Rock in Rio, onde já<br />

fomos Café Oficial e por exemplo,<br />

o Camarote Brahma <strong>no</strong> Carnaval<br />

de São Paulo, onde participamos<br />

há três a<strong>no</strong>s consecutivos.<br />

No entanto, os <strong>no</strong>ssos clientes<br />

são o <strong>no</strong>sso principal veículo de<br />

visibilidade, seja em parceiros<br />

como Walmart, Pão de Açucar,<br />

Oba, Cencosud, seja <strong>no</strong>s clientes<br />

do canal Horeca, onde todos os<br />

dias juntamos <strong>no</strong>vos amigos a esta<br />

<strong>no</strong>ssa família “tropical”.<br />

Uma referência especial à <strong>no</strong>ssa<br />

presença cada vez mais “omnichannel”,<br />

também através do canal<br />

ecommerce, onde a <strong>no</strong>ssa loja online<br />

mydeltaq.com representa já 10%<br />

do negócio <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />

Como é que se diferenciam num<br />

mercado competitivo?<br />

Mantemos a <strong>no</strong>ssa estratégia de<br />

termos uma gama única <strong>no</strong> mercado<br />

brasileiro, trabalhando as<br />

origens do “mundo” e mantendo<br />

um ritmo de i<strong>no</strong>vação relevante<br />

nesta categoria. O produto, quando<br />

degustado, é imediatamente<br />

muito bem aceite e recebido pelos<br />

consumidores brasileiros. O<br />

café expresso Delta, de qualidade<br />

absolutamente diferenciada <strong>no</strong><br />

mercado, com a particularidade<br />

de ser composto por blends com<br />

as mais prestigiadas e diversas<br />

origens mundiais, e sujeito a um<br />

processo específico de torra, resulta<br />

numa bebida que se distingue<br />

positivamente <strong>no</strong> mercado.<br />

EXECUTIVE DIGEST.PT 111


©<br />

ESPECIAL<br />

EMPRESAS NO BRASIL<br />

DELTA CAFÉS<br />

A <strong>no</strong>ssa obsessão pela prestação<br />

de um serviço exemplar aos <strong>no</strong>ssos<br />

clientes e a busca permanente de<br />

garantir um expresso perfeito <strong>no</strong><br />

momento de consumo, constitui<br />

já um factor de diferenciação das<br />

<strong>no</strong>ssas marcas e produtos.<br />

Neste processo, contribui igualmente<br />

a rede de coffee shops com<br />

a marca Deltaexpresso, a qual<br />

está presente em diversos Estados<br />

do <strong>Brasil</strong>, e <strong>no</strong>s seus principais<br />

aeroportos, reunindo já cerca de<br />

70 unidades.<br />

Finalmente, tentar sempre perpetuar<br />

o exemplo que temos a<br />

felicidade e o orgulho de ter dentro<br />

da <strong>no</strong>ssa casa: a construção de uma<br />

marca de rosto huma<strong>no</strong>, onde os<br />

valores da humildade, da responsabilidade<br />

social, do trabalho, da<br />

sustentabilidade e da amizade estão<br />

>> Em 2017,<br />

o mercado<br />

brasileiro<br />

assumia um<br />

peso superior<br />

a 5% do negócio<br />

internacional.<br />

Hoje, o<br />

crescimento<br />

geral da empresa<br />

mantém-se<br />

sempre presentes, agradecendo<br />

permanentemente aqueles que<br />

em nós confiam, neste país tão<br />

especial e fascinante.<br />

A Delta é conhecida também por<br />

bons ritmos de i<strong>no</strong>vação. Prepara<br />

<strong>no</strong>vos lançamentos?<br />

A <strong>no</strong>ssa presença <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> tem<br />

sido marcada pelo forte ritmo de<br />

lançamentos. Como já foi referido,<br />

neste a<strong>no</strong> lançamos, em Delta Q,<br />

duas <strong>no</strong>vas máquinas e três <strong>no</strong>vos<br />

blends, além das embalagens especiais.<br />

Um importantíssimo passo,<br />

foi termos recentemente iniciado<br />

a <strong>no</strong>ssa operação <strong>no</strong> canal Horeca<br />

com a máquina Mayor, produzida<br />

em Portugal pelo Grupo Nabeiro.<br />

Com Delta Cafés, ampliamos o<br />

portefólio da linha “Origens”, já<br />

com a Adega Mayor, trouxemos em<br />

Agosto, o “Adega Mayor Reserva”<br />

e “Adega Mayor Selecção”.<br />

A e<strong>no</strong>rme vantagem é de facto<br />

a cultura cada vez mais presente<br />

na empresa à volta deste pilar da<br />

i<strong>no</strong>vação. A fortíssima e dinâmica<br />

actividade de transformar ideias em<br />

produtos e garantir a sua presença<br />

<strong>no</strong> mercado europeu, tem-<strong>no</strong>s permitido<br />

<strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> ampliar as <strong>no</strong>ssas<br />

gamas com <strong>no</strong>vidades muito bem<br />

recebidas, como é o caso de Delta<br />

Q Canela, uma especiaria muito<br />

apreciada pelos consumidores.<br />

No a<strong>no</strong> passado, referia um portefólio<br />

ampliado com a Adega Mayor.<br />

Qual o balanço?<br />

Estamos ainda <strong>no</strong> início deste<br />

trabalho e o potencial mantém-<br />

-se, assim como o interesse dos<br />

clientes. Os vinhos portugueses têm<br />

ganho cada vez mais participação<br />

a qual é já maior que a Argentina.<br />

A Adega Mayor apresenta uma<br />

gama re<strong>no</strong>vada e com uma imagem<br />

excelente, tendo progressivamente<br />

ganho espaço <strong>no</strong>s <strong>no</strong>ssos clientes.<br />

A próxima linha a ser lançada será<br />

Qampo, com as azeitonas, tremoços<br />

e pickles, ainda durante 2018.<br />

Estima a entrada em <strong>no</strong>vas áreas?<br />

Por enquanto o pla<strong>no</strong> é reforçar a<br />

distribuição das <strong>no</strong>ssas marcas que<br />

já estão <strong>no</strong> mercado – Delta Cafés,<br />

Delta Q, Adega Mayor, Deltea e,<br />

até o final deste a<strong>no</strong>, Qampo. Naturalmente<br />

que estaremos atentos<br />

às oportunidades do mercado, mas<br />

este trabalho de consolidação será<br />

absolutamente crucial para garantir<br />

o crescimento e o valor das marcas,<br />

num território imenso e cheio de<br />

particularidades, que influenciam<br />

hábitos, preferências e a própria<br />

distribuição. A <strong>no</strong>ssa cultura de<br />

proximidade, a focalização <strong>no</strong>s<br />

<strong>no</strong>ssos clientes e consumidores para<br />

os servir sempre melhor, assume<br />

<strong>no</strong> maior país da América do Sul<br />

um desafio ímpar, que <strong>no</strong>s deve<br />

fazer sempre olhar para o <strong>no</strong>sso<br />

crescimento com ambição, mas<br />

simultaneamente com prudência<br />

e tranquilidade.<br />

Quais são as expectativas para 2019?<br />

Dar continuidade ao <strong>no</strong>sso processo<br />

de crescimento sustentado, estando<br />

cada vez mais próximo dos <strong>no</strong>ssos<br />

clientes e consumidores.<br />

Investimos recentemente <strong>no</strong><br />

crescimento da equipa com o objectivo<br />

de servir melhor os <strong>no</strong>ssos<br />

actuais parceiros e conquistar<br />

<strong>no</strong>vas frentes que <strong>no</strong>s irão permitir<br />

maiores coberturas.<br />

112 OUTUBRO 2018


17<br />

4


©<br />

ESPECIAL<br />

EMPRESAS NO BRASIL<br />

DOM PEDRO HOTÉIS<br />

UMA<br />

REFERÊNCIA<br />

NO MERCADO<br />

COM PRESENÇA FÍSICA NO BRASIL DESDE<br />

ABRIL DE 2011, ATRAVÉS DE UM RESORT CINCO<br />

ESTRELAS, O DOM PEDRO LAGUNA BEACH<br />

RESORT & GOLF. MAS HÁ MAIS DE 20 ANOS QUE<br />

ESTE É UM MERCADO DE EXTREMA IMPORTÂNCIA<br />

PARA O GRUPO HOTELEIRO PORTUGUÊS<br />

Amarca Dom Pedro Hotels tem<br />

uma forte <strong>no</strong>toriedade <strong>no</strong> mercado<br />

brasileiro. Embora tenha<br />

inaugurado o Dom Pedro Laguna<br />

Beach Resort & Golf há<br />

sete a<strong>no</strong>s, a presença <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong><br />

já conta com 20 a<strong>no</strong>s, através<br />

de acções regulares na comunicação<br />

junto dos canais de<br />

distribuição e do público final.<br />

«A estratégia de <strong>no</strong>s associarmos aos principais<br />

eventos de origem brasileira que acontecem em<br />

Portugal tem dado excelentes resultados. Devido à<br />

<strong>no</strong>toriedade do hotel de Lisboa, o Dom Pedro Laguna<br />

quando abriu já sentiu que a marca era conhecida <strong>no</strong><br />

<strong>Brasil</strong> e ao mesmo tempo começou a desenvolver a<br />

sua estratégia de comunicação própria, tendo hoje<br />

um excelente nível de <strong>no</strong>toriedade <strong>no</strong>s principais<br />

114 OUTUBRO 2018


DOM PEDRO LAGUNA<br />

POSICIONA-SE COMO UMA “BOUTIQUE RESORT”, A<br />

“VENEZA TROPICAL” ESTÁ SITUADO NO LITORAL DA<br />

COSTA LESTE DO CEARÁ, A 40 KM DE FORTALEZA, BEM<br />

PERTO DE AQUIRAZ, A PRIMEIRA CAPITAL DO CEARÁ<br />

mercados emissores <strong>Brasil</strong>eiros»,<br />

garante Pedro Ribeiro, director<br />

Comercial e de Marketing do<br />

Dom Pedro Hotels Portugal e<br />

<strong>Brasil</strong>, grupo que tem 48 a<strong>no</strong>s de<br />

experiência <strong>no</strong> desenvolvimento<br />

e gestão de hotéis.<br />

E a relação não se esgota aqui.<br />

Este é também um mercado de<br />

captação de potenciais clientes<br />

para as unidades portuguesas.<br />

«O mercado <strong>Brasil</strong>eiro tem vindo<br />

a crescer quanto ao desti<strong>no</strong> Portugal,<br />

prevendo-se para este a<strong>no</strong><br />

chegar-se a um milhão de turistas.<br />

No <strong>no</strong>sso caso, temos desde há 10<br />

a<strong>no</strong>s, o mercado <strong>Brasil</strong>eiro como<br />

número um <strong>no</strong> Dom Pedro Lisboa<br />

com um “share” a variar entre os<br />

20 e os 25% das dormidas», dá<br />

conta Pedro Ribeiro. Logo a seguir,<br />

os mercados predominantes são<br />

o Português e o Argenti<strong>no</strong>. Uma<br />

relação que Pedro Ribeiro define<br />

de «muito positiva. Em Lisboa<br />

continuamos a crescer <strong>no</strong> mercado<br />

<strong>Brasil</strong>eiro. Apesar de ser o<br />

<strong>no</strong>sso primeiro mercado em 2018,<br />

devemos atingir um crescimento<br />

de 7% neste mercado».<br />

Prova do posicionamento de<br />

diferenciação e qualidade são os<br />

reconhecimentos consecutivos ao<br />

Dom Pedro Laguna, <strong>no</strong>s World<br />

Travel Awards. Ao longo de quatro<br />

a<strong>no</strong>s conquistou o título de “melhor<br />

resort de praia da América do Sul”<br />

e pela terceira vez o de “melhor<br />

resort do <strong>Brasil</strong>”. Conquistas que<br />

Pedro Ribeiro acredita deverem-se<br />

«à qualidade do produto, ao seu<br />

carácter único e i<strong>no</strong>vador e à qualidade<br />

das equipas de operação».<br />

E a promoção da única unidade <strong>no</strong><br />

<strong>Brasil</strong> tem sido feita essencialmente<br />

>> O Dom Pedro<br />

Laguna Beach<br />

Resort & Golf<br />

acabou de<br />

conquistar,<br />

pela quarta vez<br />

consecutiva, o<br />

título de “melhor<br />

resort de praia<br />

da América<br />

do Sul” e pela<br />

terceira vez o<br />

título de “melhor<br />

resort do <strong>Brasil</strong>”<br />

durante a Gala<br />

Latina dos World<br />

Travel Awards<br />

junto aos canais de distribuição<br />

<strong>Brasil</strong>eiros «pelo que temos estado<br />

presentes <strong>no</strong>s principais eventos<br />

de Turismo <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>. Temos trabalhado<br />

igualmente com revistas<br />

de social e generalistas para conseguirmos<br />

que a imagem do hotel<br />

chegue ao consumidor final. Temos<br />

colaborado com bastantes estrelas<br />

da televisão <strong>Brasil</strong>eira para que<br />

fiquem alojadas <strong>no</strong> hotel e assim<br />

o divulguem. Para além destas<br />

acções, mantemos uma assessoria<br />

de imprensa em São Paulo de<br />

forma a comunicar regularmente<br />

o hotel bem como uma forte presença<br />

de equipa de vendas neste<br />

Estado. Em Setembro, o Dom<br />

Pedro Laguna organiza ainda a<br />

festa de inauguração da principal<br />

feira de turismo do <strong>Brasil</strong>, a ABAV<br />

Expo», detalha.<br />

O segmento de Golfe é outro factor<br />

importante para o grupo Dom<br />

Pedro. «Já o era para a ocupação<br />

dos hotéis e com a aquisição dos<br />

campos de golfe de Vilamoura passou<br />

a ser ainda mais importante. O<br />

mercado <strong>Brasil</strong>eiro tem obviamente<br />

uma importância significativa na<br />

ocupação do campo do Aquiraz<br />

Riviera quer na organização de<br />

torneios quer <strong>no</strong>s clientes de outros<br />

estados que individualmente vêm<br />

jogar ao Ceará. Quanto ao Algarve<br />

<strong>no</strong>ta-se um crescente interesse<br />

pelos jogadores <strong>Brasil</strong>eiros em<br />

virem conhecer Vilamoura», dá-<strong>no</strong>s<br />

conta o director Comercial e de<br />

Marketing do Dom Pedro Hotels.<br />

O Algarve tem sido um sucesso<br />

<strong>no</strong> mercado <strong>Brasil</strong>eiro, sendo o<br />

desti<strong>no</strong> “da moda” em 2018 <strong>no</strong><br />

<strong>Brasil</strong>. «Há quatro a<strong>no</strong>s que temos<br />

vindo a promover activamente o<br />

Algarve <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> e começamos a<br />

ver os resultados destas acções»,<br />

acrescenta Pedro Ribeiro. Para<br />

quem 2018 está a ser um a<strong>no</strong> de<br />

consolidação das receitas do grupo<br />

Dom Pedro. Em específico, para<br />

o Dom Pedro Laguna a expectativa<br />

é a de continuar a crescer em<br />

ocupação e nas receitas de forma<br />

transversal <strong>no</strong>s vários segmentos.<br />

«Na primeira vertente a importância<br />

é até alta demais pois cerca de 80%<br />

dos clientes são <strong>Brasil</strong>eiros quando<br />

seria desejado que os mercados<br />

internacionais aumentassem.<br />

Esperamos que com o aumento<br />

das ligações aéreas internacionais<br />

tal venha a acontecer <strong>no</strong> curto<br />

prazo», remata.<br />

EXECUTIVE DIGEST.PT 115


©<br />

ESPECIAL<br />

EMPRESAS NO BRASIL<br />

EDP<br />

EFICIÊNCIA E<br />

CONSISTÊNCIA<br />

A EDP BRASIL É UMA DAS MAIORES EMPRESAS PRIVADAS DO SECTOR<br />

ELÉCTRICO, CONSIDERADA UMA REFERÊNCIA EM ÁREAS COMO<br />

INOVAÇÃO, GOVERNANCE E SUSTENTABILIDADE. E DENTRO DE<br />

TRÊS A CINCO ANOS, ESPERA DOBRAR A ESCALA DA COMPANHIA<br />

Com mais de 20 a<strong>no</strong>s de actuação,<br />

a EDP <strong>Brasil</strong> opera em toda a<br />

cadeia de valor do sector: Geração,<br />

Transmissão, Distribuição,<br />

Comercialização e Soluções em<br />

Energia. A companhia, que tem<br />

mais de 10 mil colaboradores,<br />

possui 15 unidades de geração<br />

hidroeléctrica e uma termoeléctrica.<br />

A EDP <strong>Brasil</strong> está presente<br />

em 11 estados brasileiros e responde por 15-20% do<br />

EBITDA do Grupo, consoante a taxa de câmbio.<br />

Em entrevista à <strong>Executive</strong> <strong>Digest</strong>, Miguel Setas,<br />

presidente da EDP <strong>Brasil</strong>, abre-<strong>no</strong>s as portas<br />

de uma empresa virada para o futuro, com uma<br />

estratégia global de i<strong>no</strong>vação e<br />

um ciclo de investimentos que<br />

colocaram a EDP na vanguarda<br />

das principais tendências do sector,<br />

estando agora focada em <strong>no</strong>vas<br />

etapas de crescimento.<br />

Está presente neste mercado há<br />

20 a<strong>no</strong>s, que importância assume?<br />

A EDP é uma das maiores empresas<br />

privadas do sector eléctrico a<br />

operar em toda a cadeia de valor. A<br />

companhia, que tem mais de 10 mil<br />

colaboradores directos e indirectos,<br />

actua em Geração, Transmissão,<br />

Distribuição, Comercialização e<br />

Soluções em Energia, e possui 15<br />

unidades de geração hidroeléctrica<br />

e uma termoeléctrica. Em<br />

Distribuição, atende cerca de 3,4<br />

milhões de clientes em São Paulo e<br />

<strong>no</strong> Espírito Santo. Recentemente,<br />

adquiriu participação na CELESC,<br />

em Santa Catarina.<br />

A EDP está presente em 11 estados<br />

brasileiros: Amapá, Pará, Ceará,<br />

Maranhão, Tocantins, Mato Grosso,<br />

Espírito Santo, Minas Gerais,<br />

São Paulo, Santa Catarina e Rio<br />

Grande do Sul. No que diz respeito<br />

116 OUTUBRO 2018


ROBOTIZAÇÃO<br />

FOI A PRIMEIRA EMPRESA DO SECTOR ELÉCTRICO BRASILEIRO<br />

A CRIAR UM CENTRO DE EXCELÊNCIA, COM UMA EQUIPA<br />

CERTIFICADA E DEDICADA A AUTOMATIZAR E GERIR A FORÇA<br />

DE TRABALHO DIGITAL. JÁ TEM DISPONÍVEL 84 ROBOTS<br />

>> Miguel Setas, presidente da EDP <strong>Brasil</strong><br />

<strong>no</strong>ssas distribuidoras para expansão<br />

e melhoria das redes, adicionalmente<br />

aos R$ 298 milhões empregados<br />

na aquisição de 19,62% do capital<br />

da CELESC. Temos hoje o compromisso<br />

de investir R$ 3,1 mil<br />

milhões até 2022 na construção<br />

de 1,3 mil quilómetros de linhas<br />

e de quatro subestações em Santa<br />

Catarina, São Paulo, Minas Gerais,<br />

Espírito Santo e Maranhão. Além<br />

disso, estão previstos mais de R$<br />

100 milhões em aportes na área<br />

de Solar e Eficiência Energética.<br />

aos negócios de Comercialização<br />

e Soluções em Energia, actua em<br />

todo o território nacional. A EDP<br />

<strong>Brasil</strong> tem 3 GW de capacidade<br />

instalada em Geração; 24,7 TWh<br />

de energia distribuída; 17 804 GWh<br />

de energia comercializada e 1300<br />

KM de linhas de transmissão.<br />

No <strong>Brasil</strong>, é referência em áreas<br />

como I<strong>no</strong>vação, Governance e<br />

Sustentabilidade, estando há 12<br />

a<strong>no</strong>s consecutivos <strong>no</strong> Índice de<br />

Sustentabilidade Empresarial<br />

(ISE) da Bolsa de Valores, em São<br />

Paulo (B3).<br />

Qual é a estratégia actual?<br />

Após o fim de um ciclo de investimentos<br />

em Geração, com a entrega<br />

das centrais hidroeléctricas Santo<br />

Antônio do Jari (2014), Cachoeira<br />

Caldeirão (2016) e São Ma<strong>no</strong>el<br />

(2018), iniciamos agora uma <strong>no</strong>va<br />

etapa de crescimento focada <strong>no</strong>s<br />

segmentos de Transmissão, Distribuição<br />

e Serviços de energia. Para<br />

este a<strong>no</strong>, a EDP <strong>Brasil</strong> prevê um<br />

investimento de quase R$1,4 mil<br />

milhões, um aumento de quase 30%<br />

em relação a 2017. Desse total, R$<br />

630 milhões serão destinados às<br />

>> A Usina<br />

hidroeléctrica<br />

de Lajeado foi<br />

construída <strong>no</strong> rio<br />

Tocantins entre<br />

os municípios<br />

de Miracema<br />

e Lajeado. O<br />

lago abrange<br />

os municípios<br />

de Miracema<br />

do Tocantins,<br />

Lajeado, Palmas,<br />

Porto Nacional,<br />

Brejinho de<br />

Nazaré e Ipueiras<br />

Como tem evoluído o processo de<br />

construção da marca <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>?<br />

A EDP <strong>Brasil</strong> tem optado por concentrar<br />

os investimentos voltados<br />

ao fortalecimento da sua marca<br />

em algumas grandes acções com<br />

impacto social associado. Uma<br />

delas foi o patrocínio Master da<br />

reconstrução do Museu da Língua<br />

Portuguesa, destruído por<br />

um incêndio em Dezembro de<br />

2015. Além disso, a companhia<br />

é patrocinadora das Bienais do<br />

Livro do Rio e de São Paulo e uma<br />

das duas maiores patrocinadoras<br />

EXECUTIVE DIGEST.PT 117


©<br />

ESPECIAL<br />

EMPRESAS NO BRASIL<br />

EDP<br />

>> A EDP <strong>Brasil</strong><br />

tem vindo a<br />

investir na<br />

sua marca em<br />

grandes acções<br />

com impacto<br />

social associado,<br />

tais como o<br />

patrocínio da<br />

reconstrução do<br />

Museu da Língua<br />

Portuguesa<br />

da Festa Literária Internacional<br />

de Paraty (Flip), maior festival de<br />

literatura do <strong>Brasil</strong>. Além disso,<br />

criou a exposição itinerante “A<br />

Energia da Língua Portuguesa” que,<br />

instalada num camião, percorre o<br />

<strong>Brasil</strong> levando informações sobre<br />

as peculiaridades do <strong>no</strong>sso idioma<br />

e dos países lusófo<strong>no</strong>s.<br />

Como é que se tem diferenciado<br />

num mercado tão competitivo?<br />

Pela eficiência e consistência <strong>no</strong>s<br />

resultados que, neste a<strong>no</strong>, <strong>no</strong>s<br />

permitiram entrar na lista das 50<br />

maiores empresas do <strong>Brasil</strong> segundo<br />

os dois rankings económicos mais<br />

respeitados do país. Na lista Valor<br />

1000, do jornal Valor Econômico,<br />

a EDP ficou na 47.ª posição, um<br />

avanço de 18 colocações em relação<br />

a 2017. No ranking da revista<br />

Exame, subimos 14 posições na<br />

comparação com o a<strong>no</strong> passado.<br />

Contribuiu para isso, por exemplo,<br />

a entrega antecipada de obras,<br />

que se tem tornado uma marca<br />

registada da EDP <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>. Em<br />

2018, a Central de São Ma<strong>no</strong>el foi<br />

a terceira entregue pela EDP antes<br />

do prazo, após Cachoeira Caldeirão,<br />

em 2016, e Santo Antônio do Jari,<br />

em 2014. Com o cro<strong>no</strong>grama adiantado,<br />

foi possível vender a energia<br />

>> A EDP <strong>Brasil</strong><br />

criou a exposição<br />

itinerante “A<br />

Energia da Língua<br />

Portuguesa” que,<br />

instalada num<br />

camião, percorre<br />

o <strong>Brasil</strong> levando<br />

informações<br />

sobre as<br />

peculiaridades<br />

do <strong>no</strong>sso idioma<br />

e dos países<br />

lusófo<strong>no</strong>s<br />

gerada pelo empreendimento<br />

<strong>no</strong> Mercado Livre, o que rendeu<br />

para a companhia a facturação de<br />

R$ 93,5 milhões até ao início do<br />

Contrato de Comercialização de<br />

Energia Eléctrica.<br />

Temos sido, ainda, reconhecidos<br />

pelos <strong>no</strong>ssos elevados padrões de<br />

governance. Em 2018, conquistámos<br />

pelo quinto a<strong>no</strong> o Troféu<br />

Transparência, concedido pela<br />

Associação Nacional dos Executivos<br />

de Finanças, Administração<br />

e Contabilidade (Anefac). Além<br />

disso, temo-<strong>no</strong>s posicionado como<br />

uma companhia de referência em<br />

i<strong>no</strong>vação. A EDP foi a primeira empresa<br />

do sector eléctrico brasileiro<br />

a criar um Centro de Excelência<br />

em Robotização (CER), com uma<br />

equipa certificada e dedicada<br />

a automatizar e gerir a força de<br />

trabalho digital. A companhia já<br />

disponibilizou 84 robots programados<br />

para a realização de processos<br />

repetitivos, permitindo que os<br />

colaboradores se concentrem em<br />

tarefas mais criativas e analíticas.<br />

A meta é atingir 120 processos<br />

robotizados até o fim de 2018. A<br />

empresa também inaugurou na<br />

autoestrada entre o Rio de Janeiro<br />

e São Paulo, em parceria com o<br />

BMW Group, o maior corredor para<br />

abastecimento de carros eléctricos<br />

da América Latina. Entretanto,<br />

lançámos a EDP Ventures <strong>Brasil</strong>,<br />

o primeiro veículo de investimento<br />

118 OUTUBRO 2018


RESULTADOS 2018<br />

ENTROU NO RANKING DAS 50 MAIORES EMPRESAS DO<br />

BRASIL. DE ACORDO COM A LISTA “VALOR 1000”, DO JORNAL<br />

VALOR ECONÔMICO, A EDP FICOU NA 47.ª POSIÇÃO E NA<br />

REVISTA EXAME, SUBIU 14 POSIÇÕES FACE AO ANO PASSADO<br />

de capital de risco do sector eléctrico<br />

brasileiro, com previsão de<br />

aportes iniciais de R$ 30 milhões<br />

em startups, com negócios focados<br />

em soluções para o mercado<br />

de energia. Mais recentemente,<br />

fomos <strong>no</strong>tícia por termos sido os<br />

primeiros a utilizar a tec<strong>no</strong>logia<br />

blockchain <strong>no</strong> sector eléctrico<br />

brasileiro. São investimentos que<br />

colocam a EDP na vanguarda das<br />

principais tendências do sector.<br />

Quais os principais desafios?<br />

O sector eléctrico brasileiro pode-se<br />

orgulhar dos avanços conseguidos<br />

na última década. Os resultados<br />

obtidos na expansão da Geração e<br />

da Transmissão e a consolidação<br />

da fonte eólica são alguns dos<br />

motivos. O ambiente regulatório<br />

brasileiro é relativamente estável e<br />

tem atraído investimento estrangeiro.<br />

Entretanto, um ponto onde<br />

é preciso avançar é a gestão do<br />

risco hidrológico, que, pelas regras<br />

actuais, onera as distribuidoras e,<br />

em última instância, o consumidor<br />

final. Nesse sentido, a EDP<br />

tem-se posicionado em favor da<br />

criação de um mercado de risco<br />

hidrológico. A ideia é repassar<br />

esse risco para quem consegue<br />

tomá-lo, como as comercializado-<br />

>> A EDP <strong>Brasil</strong><br />

vai construir um<br />

parque solar para<br />

fornecer energia<br />

re<strong>no</strong>vável ao<br />

Banco do <strong>Brasil</strong>.<br />

A central vai ter<br />

15 mil painéis<br />

fotovoltaicos na<br />

região de Minas<br />

Gerais e vai<br />

fornecer energia<br />

100% limpa<br />

a 58 agências<br />

da instituição<br />

ras, de modo a reduzir o impacto<br />

sobre as distribuidoras. Estas<br />

pagariam um valor fixo para que<br />

esse risco fosse gerido por agentes<br />

especializados. Adicionalmente,<br />

a EDP tem defendido também a<br />

inserção de centrais térmicas de<br />

baixo custo variável na matriz<br />

energética brasileira, como forma<br />

de compensar o défice de geração<br />

hídrica, que tem afectado o país<br />

<strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s.<br />

A EDP anunciou o reforço da produção<br />

de energia eólica <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />

O que se vai processar na prática?<br />

A geração eólica encontra-se <strong>no</strong><br />

âmbito das actividades da EDP<br />

Re<strong>no</strong>váveis. Ao longo dos últimos<br />

a<strong>no</strong>s tem desenvolvido um<br />

portefólio alargado de projectos<br />

<strong>no</strong>s estados do Rio Grande do<br />

Sul, Santa Catarina, Bahia e Rio<br />

Grande do Norte. Recentemente, a<br />

companhia ganhou <strong>no</strong>vos projectos<br />

com um investimento estimado de<br />

cerca de R$ 2 mil milhões.<br />

Quais são as metas da EDP <strong>Brasil</strong>?<br />

Até o fim do a<strong>no</strong>, a empresa fará o<br />

maior investimento da sua história<br />

<strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, um aporte de R$ 1,372<br />

mil milhões nas áreas de Distribuição,<br />

Transmissão, Geração e<br />

na aquisição de participação na<br />

CELESC, entre outros.<br />

Já estamos a colher frutos importantes<br />

desses investimentos, como<br />

a inauguração da quarta e última<br />

máquina da Central Hidroeléctrica<br />

de São Ma<strong>no</strong>el (a primeira<br />

máquina foi entregue com quatro<br />

meses de antecipação), o início da<br />

construção do primeiro projecto<br />

de Transmissão do Grupo, <strong>no</strong><br />

Espírito Santo, e a conclusão da<br />

OPA para ampliar a <strong>no</strong>ssa participação<br />

na CELESC. A Linha de<br />

Transmissão do Espírito Santo já<br />

está com mais de 60% das suas<br />

obras concluídas, o que confere<br />

uma antecipação de mais de 17<br />

meses face ao prazo regulatório.<br />

A EDP também já recebeu o licenciamento<br />

ambiental das linhas de<br />

Santa Catarina, Maranhão e Minas<br />

Gerais/São Paulo, sinal favorável<br />

para possíveis antecipações. Dessa<br />

forma, esperamos concluir 2018<br />

com resultados sólidos que permitam<br />

a consistência operacional<br />

e financeira da EDP em todas as<br />

suas áreas de negócio.<br />

Fechou o semestre com um investimento<br />

de 685 milhões de reais. Quais<br />

as previsões <strong>no</strong>s próximos a<strong>no</strong>s?<br />

Estão previstos cerca de R$ 600<br />

milhões anuais para a expansão<br />

e melhoria das redes das <strong>no</strong>ssas<br />

distribuidoras e R$ 3,1 mil milhões,<br />

até 2022, para a construção de<br />

1,3 mil quilómetros de linhas e<br />

de quatro subestações em Santa<br />

Catarina, São Paulo, Minas Gerais,<br />

Espírito Santo e Maranhão. Além<br />

disso, estão programados para os<br />

próximos meses mais de R$ 100<br />

milhões em aportes na área de<br />

Solar e Eficiência Energética.<br />

Quais as expectativas para 2019?<br />

Inicia-se um <strong>no</strong>vo ciclo político.<br />

Esperamos que estejam reunidas<br />

condições para que o <strong>Brasil</strong> reafirme<br />

o seu protagonismo <strong>no</strong> quadro das<br />

grandes eco<strong>no</strong>mias mundiais, e que<br />

o ambiente de negócios favoreça a<br />

atracção de investimento estrangeiro.<br />

De preferência português!<br />

EXECUTIVE DIGEST.PT 119


©<br />

ESPECIAL<br />

EMPRESAS NO BRASIL<br />

GALP<br />

EIXO DE<br />

CRESCIMENTO<br />

A GALP PRODUZIU 100 MILHÕES DE<br />

BARRIS DE PETRÓLEO E GÁS NO BRASIL.<br />

UM MARCO HISTÓRICO NUM PAÍS ONDE<br />

TEM VINDO A CONSOLIDAR A POSIÇÃO<br />

COMO A TERCEIRA MAIOR PRODUTORA<br />

DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL, ATRAVÉS<br />

DA SUBSIDIÁRIA PETROGAL BRASIL<br />

Omercado brasileiro é o principal<br />

eixo estratégico de crescimento<br />

da Galp. A empresa assume-<br />

-se como um dos operadores<br />

com maior experiência <strong>no</strong><br />

desenvolvimento de projectos<br />

petrolíferos em águas ultraprofundas<br />

e em particular nas<br />

regiões do pré-sal.<br />

Igualmente relevante é o<br />

papel do <strong>Brasil</strong> na transformação do perfil da Galp<br />

em termos globais. «Em poucos a<strong>no</strong>s, a Galp reinventou-se:<br />

de uma empresa doméstica de refinação e<br />

distribuição, tor<strong>no</strong>u-se na empresa integrada de Oil<br />

& Gas focada na produção com maior crescimento<br />

do mundo», esclarece-<strong>no</strong>s Miguel Pereira, CEO da<br />

Petrogal <strong>Brasil</strong>.<br />

O <strong>Brasil</strong> representa 95% da produção de óleo<br />

e gás da Galp, correspondendo os restantes 5% à<br />

produção Angolana. A empresa fechou o primeiro<br />

semestre deste a<strong>no</strong> com um resultado líquido de<br />

387 milhões de euros, mais 68% do que em igual<br />

período de 2017. Graças aos projectos em curso <strong>no</strong><br />

<strong>Brasil</strong>, a Galp cresce a um ritmo mais acelerado em<br />

todo o mundo, ultrapassando todos os a<strong>no</strong>s marcos<br />

históricos relevantes.<br />

120 OUTUBRO 2018


METAS<br />

A GALP PREVÊ CRESCER A SUA PRODUÇÃO NO<br />

UPSTREAM ENTRE 15 A 20%, ALICERÇADO NOS<br />

DESENVOLVIMENTOS EM CURSO NO BRASIL,<br />

CONTANDO AINDA COM PROJECTOS EM ANGOLA<br />

A Galp entrou <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> em 1999, que<br />

importância assume este mercado<br />

para a empresa?<br />

O <strong>Brasil</strong> é nesta altura e continuará<br />

a ser durante muitos a<strong>no</strong>s<br />

um dos principais eixos estratégicos<br />

de crescimento da Galp. Essa<br />

importância e essa prioridade do<br />

<strong>Brasil</strong> estão patentes <strong>no</strong> volume de<br />

investimento acumulado desde a<br />

entrada da empresa <strong>no</strong> país, que<br />

ultrapassou recentemente os $5<br />

mil milhões. Este valor corresponde,<br />

<strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s, a 80% do<br />

investimento total da unidade de<br />

negócio de Exploração e Produção<br />

de petróleo e gás (E&P) da Galp.<br />

Ou seja, este é um mercado onde<br />

temos uma parte relevante dos<br />

<strong>no</strong>ssos recursos, que colocamos ao<br />

serviço de projectos absolutamente<br />

únicos, desafiantes, mas fora de<br />

série. Fruto dessa aposta, a Galp<br />

atingiu recentemente o marco histórico<br />

dos 100 milhões de barris de<br />

petróleo e gás produzidos <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>.<br />

Pode partilhar a estratégia actual<br />

<strong>no</strong> mercado brasileiro?<br />

A Galp investe <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> há cerca<br />

de duas décadas. E na altura em<br />

que a empresa iniciou esta fase de<br />

crescimento ímpar na indústria,<br />

poucos acreditavam <strong>no</strong> pré-sal.<br />

Agora, o que pretendemos é continuar<br />

a apostar neste país. A <strong>no</strong>ssa<br />

presença tem uma perspectiva de<br />

longo prazo e insere-se na estratégia<br />

definida pelo Grupo para a área de<br />

upstream: garantir a sustentabilidade<br />

do portefólio de exploração e<br />

produção da Galp, que deverá ser<br />

competitivo e rentável <strong>no</strong>s variados<br />

cenários de preços expectáveis de<br />

petróleo, incorporando a avaliação<br />

>> Miguel Pereira,<br />

CEO da Petrogal<br />

<strong>Brasil</strong><br />

da pegada carbónica da <strong>no</strong>ssa actividade.<br />

Nesse sentido, a estratégia<br />

actual <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> está assente – como<br />

sempre esteve – na identificação de<br />

<strong>no</strong>vas oportunidades em geografias<br />

onde exista uma vantagem competitiva<br />

ou um ângulo estratégico,<br />

<strong>no</strong>meadamente pela aquisição de<br />

recursos descobertos ou projectos<br />

de exploração, de modo a manter a<br />

competitividade da sua produção<br />

futura e assegurar uma exposição<br />

equilibrada ao gás. As principais<br />

prioridades continuarão a ser a<br />

execução disciplinada dos projectos<br />

existentes e o aumento da<br />

extracção de valor dos mesmos.<br />

Tem vários projectos em fases de<br />

desenvolvimento e produção. Quais<br />

são os mais importantes?<br />

Neste momento, a Galp tem sete<br />

unidades de produção flutuantes<br />

<strong>no</strong> bloco BM-S-11, mais conhecido<br />

pelo campo Lula, na bacia de Santos,<br />

que é o mais produtivo de todo o<br />

<strong>Brasil</strong>, onde a Galp prevê ter duas<br />

unidades adicionais em operação<br />

até ao final do a<strong>no</strong>.<br />

A Galp dispõe ainda de posições<br />

importantes <strong>no</strong>utros projectos<br />

offshore na prolífica bacia de San-<br />

tos, que detém, <strong>no</strong> seu conjunto, a<br />

maior acumulação conhecida de<br />

petróleo e gás natural em águas<br />

ultraprofundas. São os casos da<br />

área do Grade Carcará (BM-S-<br />

8), o campo Sépia (BM-S-24) e<br />

o campo Uirapuru. Está ainda<br />

presente nas bacias de Potiguar,<br />

Pernambuco-Paraíba e na bacia<br />

de Barreirinhas. Nos projectos<br />

onshore, a Galp é operadora em<br />

dois blocos na bacia de Sergipe-<br />

-Alagoas e está presente na bacia<br />

de Potiguar, sendo ainda operadora<br />

em quatro blocos exploratórios na<br />

bacia de Parnaíba.<br />

Como tem evoluído o processo de<br />

construção da marca e do negócio<br />

<strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>?<br />

As actividades da Galp <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong><br />

centram-se essencialmente na<br />

produção de petróleo e gás natural<br />

em áreas remotas, incluindo em<br />

alto mar, não havendo por isso um<br />

processo de construção de marca<br />

<strong>no</strong> sentido tradicional em que ele<br />

existe em Portugal, em Espanha,<br />

ou <strong>no</strong>s países africa<strong>no</strong>s em que a<br />

Galp vende energia a milhões de<br />

clientes. Mas há, naturalmente, um<br />

esforço de construção de uma identidade<br />

institucional que reflicta as<br />

características distintivas da <strong>no</strong>ssa<br />

presença <strong>no</strong> mercado, enquanto<br />

um dos operadores com maior<br />

experiência <strong>no</strong> desenvolvimento<br />

de projectos petrolíferos em águas<br />

ultraprofundas, e em particular<br />

nas regiões do pré-sal.<br />

Igualmente relevante, é o papel do<br />

<strong>Brasil</strong> na transformação do perfil<br />

da Galp em termos globais. Em<br />

poucos a<strong>no</strong>s, a Galp reinventou-<br />

-se: de uma empresa doméstica de<br />

EXECUTIVE DIGEST.PT 121


©<br />

ESPECIAL<br />

EMPRESAS NO BRASIL<br />

GALP<br />

RIO OIL & GAS<br />

refinação e distribuição, tor<strong>no</strong>u-se<br />

na empresa integrada de Oil & Gas<br />

focada na produção com maior<br />

crescimento do mundo.<br />

O <strong>Brasil</strong> foi e será sempre uma<br />

região-chave para a transição sustentada<br />

para os <strong>no</strong>vos paradigmas<br />

do sector energético global, dada<br />

a qualidade dos seus recursos<br />

e do desenvolvimento previsto<br />

pela indústria na região. Por isso<br />

queremos manter e expandir sustentadamente<br />

a <strong>no</strong>ssa posição neste<br />

país, que é um dos pilares do <strong>no</strong>sso<br />

desenvolvimento estratégico.<br />

Quais os factores distintivos do<br />

sucesso da empresa?<br />

À medida que a indústria de Oil<br />

& Gas brasileira continua a abrir-<br />

-se ao exterior, atraindo alguns<br />

dos maiores players da indústria<br />

através dos leilões mais recentes,<br />

a posição da Galp – enquanto<br />

protagonista com experiência de<br />

longa data <strong>no</strong> desenvolvimento do<br />

pré-sal –, é um activo que tem sido<br />

alavancado para sublinhar o seu<br />

excepcional portefólio, assim como<br />

as suas capacidades e vantagens<br />

competitivas <strong>no</strong> mercado.<br />

O compromisso de longo prazo<br />

com o <strong>Brasil</strong>, a relação especial<br />

que estabelecemos com a brasileira<br />

Petrobras e com outros protagonistas-chave<br />

da indústria <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> e<br />

a nível mundial – como Si<strong>no</strong>pec,<br />

a Shell-BG, a EXXON, a Queiroz<br />

Galvão, Barra Energia, e agora<br />

também a Equi<strong>no</strong>r – ex-Statoil – e<br />

a Total –, mais o facto de sermos<br />

já o terceiro maior produtor de<br />

petróleo e gás, são factores que<br />

distinguem a Galp como um player<br />

incontornável neste país.<br />

Que desafios tem este mercado?<br />

Os projectos altamente desafiantes<br />

do ponto de vista técnico <strong>no</strong> pré-<br />

-sal foram, sem dúvida, o principal<br />

desafio do mercado brasileiro para<br />

a Galp. Fomos um dos primeiros a<br />

acreditar <strong>no</strong> potencial petrolífero do<br />

<strong>Brasil</strong>. No início do século, o pré-sal<br />

era um território desconhecido, um<br />

sonho que poucos se aventuravam<br />

a perseguir. Desde o primeiro dia,<br />

ajudámos a tornar este sonho em<br />

A Galp teve uma participação activa <strong>no</strong> Rio<br />

Oil & Gas, o maior evento de gás e petróleo<br />

da América Latina e um dos maiores do sector<br />

a nível mundial. Com o tema “Energia para<br />

transformar”, a edição deste a<strong>no</strong> teve como<br />

foco a retoma da indústria e as perspectivas e<br />

caminhos para o futuro do sector. A Petrogal<br />

<strong>Brasil</strong> e a IBM Research apresentaram<br />

uma viagem a mais de 5 mil metros de<br />

profundidade guiada por um sistema cognitivo<br />

de inteligência artificial que dá recursos aos<br />

geocientistas e reduz o risco e impacto<br />

na exploração da subsuperfície. Foram<br />

ainda apresentados estudos técnicos<br />

produzidos por profissionais da empresa,<br />

a geofísica aplicada <strong>no</strong>s reservatórios<br />

do pré-sal brasileiro e a modelagem 3D<br />

em reservatórios carbonatados.<br />

realidade através do <strong>no</strong>sso compromisso,<br />

das <strong>no</strong>ssas parcerias e<br />

das <strong>no</strong>ssas competências.<br />

Feita essa aposta estratégica, o<br />

grande desafio seguinte foi manter<br />

a capacidade de resiliência. A Galp<br />

tem vindo a apostar <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> desde<br />

o início deste século, em montantes<br />

crescentes. No final de 2010,<br />

uma década depois do início desta<br />

aventura, lançámos o primeiro<br />

piloto comercial <strong>no</strong> Campo Lula.<br />

E só <strong>no</strong> a<strong>no</strong> passado, as <strong>no</strong>ssas<br />

operações começaram a libertar<br />

mais cash-flow do que aquele que<br />

injectámos em investimento.<br />

Foi essa resiliência que <strong>no</strong>s permitiu<br />

olhar para <strong>no</strong>vas áreas com<br />

outro poder de fogo e sem a pressão<br />

de entrar em <strong>no</strong>vos projectos a todo<br />

o custo, pois temos muito para desenvolver<br />

<strong>no</strong>s próximos a<strong>no</strong>s.<br />

122 OUTUBRO 2018


Uma empresa<br />

global <strong>no</strong> pré-sal<br />

brasileiro<br />

A Galp é uma empresa integrada de energia,<br />

presente em 11 países. Atua <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> há 18 a<strong>no</strong>s e<br />

foi uma das empresas pioneiras <strong>no</strong> desenvolvimento<br />

de alguns dos projetos mais importantes do pré-sal<br />

da Bacia de Santos.<br />

<strong>Brasil</strong><br />

Barreirinhas<br />

Potiguar<br />

Parnaíba<br />

Pernambuco-Paraíba<br />

Sergipe-Alagoas<br />

Campos<br />

Santos<br />

Atualmente, é o terceiro maior produtor de petróleo<br />

e gás <strong>no</strong> país, com participações<br />

em 29 projetos, contribuindo ativamente para o<br />

desenvolvimento de algumas das maiores reservas<br />

de petróleo do mundo.<br />

galp.com/brasil


©<br />

ESPECIAL<br />

EMPRESAS NO BRASIL<br />

VILA GALÉ<br />

UM PONTO<br />

ESTRATÉGICO<br />

ASSUME-SE COMO A MAIOR REDE<br />

DE RESORTS DO BRASIL, POSIÇÃO<br />

REFORÇADA COM A ABERTURA DA<br />

8.ª UNIDADE: O VILA GALÉ TOUROS.<br />

A PAR DA HOTELARIA É TAMBÉM UM<br />

IMPORTANTE MERCADO DE EXPORTAÇÃO<br />

DOS VINHOS E AZEITES SANTA VITÓRIA<br />

Aproximidade cultural, a língua<br />

e o potencial que existe de<br />

desenvolvimento do turismo<br />

e hotelaria foram os motivos<br />

que levaram a escolher o <strong>Brasil</strong><br />

como primeiro desti<strong>no</strong> de<br />

internacionalização da Vila<br />

Galé. «E continuam a justificar<br />

a <strong>no</strong>ssa aposta e expansão<br />

neste mercado, até porque já<br />

conhecemos muito bem o país e as questões jurídicas<br />

e laborais», esclarece Gonçalo Rebelo de Almeida,<br />

administrador da Vila Galé.<br />

A cadeia hoteleira está <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> desde 2001, com<br />

a abertura do Vila Galé Fortaleza. «Hoje somos a<br />

maior rede de resorts, posição que reforçámos com<br />

a abertura do Vila Galé Touros, <strong>no</strong> Rio Grande do<br />

Norte. Mas já estamos a trabalhar <strong>no</strong>utros projectos»,<br />

adianta. Portanto um mercado estratégico. A operação<br />

<strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> representa cerca de 40% do volume de<br />

negócios do grupo. E em 2017, as receitas foram de<br />

265 milhões de reais, mais 2% do que <strong>no</strong> a<strong>no</strong> anterior.<br />

CONSTRUÇÃO DA MARCA<br />

A Vila Galé foi desde logo muito bem recebida e hoje já<br />

conquistou um elevado reconhecimento e <strong>no</strong>toriedade<br />

>> Vila Galé Touros<br />

>> Vila Galé Rio de Janeiro<br />

<strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>. É o que <strong>no</strong>s conta Gonçalo<br />

Rebelo de Almeida. «De acordo<br />

com as <strong>no</strong>ssas análises, e quando<br />

olhamos para as classificações que<br />

os clientes atribuem através das<br />

plataformas Booking, Tripadvisor,<br />

Hotels.com ou Google, a média das<br />

oito unidades é de quase 90%. E<br />

olhando para cada hotel, todos<br />

registam níveis de satisfação acima<br />

dos 80%. Este indicador é crucial<br />

para a valorização e sucesso da<br />

marca», garante Gonçalo Rebelo<br />

de Almeida.<br />

É certo que o <strong>Brasil</strong> atravessa<br />

um ciclo difícil, que acaba por<br />

reflectir-se sobretudo <strong>no</strong> turismo<br />

de negócios. «Mas encaramos<br />

esta fase como um desafio, que<br />

<strong>no</strong>s obriga a i<strong>no</strong>var, a procurar<br />

soluções que cativem os clientes<br />

e produtos que os surpreendam.<br />

124 OUTUBRO 2018


FACTORES CRÍTICOS DE SUCESSO<br />

LOCALIZAÇÃO ADEQUADA, BOA RELAÇÃO QUALIDADE-PREÇO,<br />

PROPOSTAS ALICIANTES PARA AS FAMÍLIAS, GASTRONOMIA<br />

DIVERSIFICADA, EXCELÊNCIA DOS RECURSOS HUMANOS<br />

TÊM SIDO OS PRINCIPAIS ARGUMENTOS VENCEDORES<br />

>> Gonçalo<br />

Rebelo de<br />

Almeida,<br />

administrador<br />

da Vila Galé<br />

Temos procurado fazê-lo de várias<br />

formas. Reforçámos a oferta para<br />

famílias, em particular para os<br />

mais <strong>no</strong>vos, com a instalação de<br />

parques de trampolins e de salas<br />

de cinema para as crianças e dos<br />

espaços Galéra, pensados para<br />

os jovens entre os 13 e 18 a<strong>no</strong>s,<br />

com jogos de consola, ligações<br />

Bluetooth, s<strong>no</strong>oker. Introduzimos<br />

mais opções gastronómicas,<br />

com a exportação das pizzarias<br />

Massa Fina – que lançámos em<br />

Portugal, <strong>no</strong> Estoril – para quase<br />

todas as unidades <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>. E <strong>no</strong><br />

caso do Vila Galé Fortaleza ainda<br />

lançámos o conceito all inclusive<br />

gourmet. Em Touros, detectámos<br />

que havia falta de espaços para<br />

eventos corporativos, congressos,<br />

acções empresariais, e por<br />

isso, o resort está equipado com<br />

o maior centro de convenções da<br />

região, com capacidade para 1200<br />

pessoas, permitindo-<strong>no</strong>s captar<br />

outros públicos. No Vila Galé Rio<br />

de Janeiro, queremos tirar partido<br />

da localização do hotel, em plena<br />

Lapa, e criámos o pacote all in-<br />

>> Vila Galé Touros<br />

>> Vila Galé Touros<br />

clusive cultural, com alojamento<br />

e entradas em algumas atracções<br />

da cidade. Intensificámos os benefícios<br />

que damos aos clientes<br />

que fazem parte do <strong>no</strong>sso programa<br />

de fidelização. Começámos<br />

por ter hotéis junto à praia e em<br />

2006 abrimos o primeiro resort, o<br />

Vila Galé Marés, na Bahia, com o<br />

conceito all inclusive, que foi uma<br />

estreia absoluta <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>. E fomos<br />

crescendo nesse segmento, com os<br />

resorts do Cumbuco, Angra dos Reis,<br />

Cabo de Santo Agostinho e Touros.<br />

Paralelamente, abrimos hotéis em<br />

Salvador e <strong>no</strong> Rio de Janeiro, mais<br />

corporativos e vocacionados para<br />

as viagens em negócios», detalha.<br />

A actual estratégia passa por<br />

continuar a investir e a alargar a<br />

rede. Localização adequada, boa<br />

relação qualidade-preço, propostas<br />

aliciantes para as famílias, gastro<strong>no</strong>mia<br />

diversificada, excelência<br />

dos recursos huma<strong>no</strong>s têm sido os<br />

pilares da estratégia. Além disso,<br />

o <strong>Brasil</strong> é também um mercado de<br />

exportação dos vinhos e azeites<br />

Santa Vitória.<br />

Uma marca com um posicionamento<br />

sólido, que tem vindo a<br />

apostar em <strong>no</strong>vos canais de divulgação,<br />

com parcerias e patrocínios,<br />

presença online, campanhas digitais,<br />

mais eventos com influencers e<br />

reforço da comunicação através das<br />

redes sociais, além da publicidade<br />

<strong>no</strong>s meios tradicionais. E com peso<br />

junto dos consumidores locais.<br />

«Nos <strong>no</strong>ssos hotéis <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong>, os<br />

clientes brasileiros representam<br />

90% da ocupação e das receitas.<br />

Mas também temos muitos hóspedes<br />

portugueses, argenti<strong>no</strong>s,<br />

uruguaios e chile<strong>no</strong>s», acrescenta.<br />

De momento, já tem traçadas<br />

várias aberturas. «Em Dezembro,<br />

é inaugurado o Vila Galé Cumbuco<br />

Suites, um empreendimento junto<br />

ao resort Vila Galé Cumbuco,<br />

composto por apartamentos de<br />

várias tipologias. A ideia é que os<br />

dois produtos se complementem:<br />

o resort tem um regime all inclusive<br />

e o Cumbuco Suites tem um<br />

funcionamento mais flexível, ideal<br />

para long stays. Estamos também<br />

a desenvolver um <strong>no</strong>vo resort em<br />

Una, <strong>no</strong> litoral da Bahia, que será<br />

o Vila Galé Costa do Cacau, com<br />

um investimento de 150 milhões de<br />

reais. Terá perto de 500 quartos e<br />

funcionará em all inclusive. Outra<br />

<strong>no</strong>vidade é a chegada a São Paulo,<br />

onde planeamos vir a ter um hotel<br />

mais corporativo, com cerca de 100<br />

quartos, investindo 50 milhões de<br />

reais. Temos olhado para desti<strong>no</strong>s<br />

como Jericoacoara ou Belém do<br />

Pará para construção de resorts.<br />

Outra via de crescimento pode ser<br />

gerirmos unidades de terceiros,<br />

tirando partido destes 30 a<strong>no</strong>s de<br />

experiência de hotelaria», conclui.<br />

EXECUTIVE DIGEST.PT 125

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